Yagura encontrava-se numa fase importante da sua vida. Num espaço de semanas passou de um jovem tímido que se considerava fraco para um jovem tímido que se considerava forte. Fortalecido com novos conhecimentos e capacidades, era agora vítima de um ligeiro excesso de confiança e ego inflado que é suposto um jovem de 15 anos sentir em tais circunstâncias. Ao ponto de achar que os simples afazeres de vila, apesar de nobres, não eram suficientes para satisfazer a sua necessidade de constante expansão pessoal.

Fez questão de chegar mais cedo ao Quartel de Iwagakure na esperança de conseguir uma missão que estivesse num nível um pouco acima. O ninja ao qual usualmente reportava, e responsável por atribuir as missões aos genins da vila, estava ainda a montar o Quadro de Missões para aquele dia.

- Bom dia ninja-san… – disse numa voz baixa e sem querer incomodar. O superior retorquiu com o olhar e sorriu – Hoje gostaria de sair da vila. Há alguma coisa para um genin à procura de um desafio? – o genin surpreendeu-se por ter dito tantas palavras seguidas. Inédito. O que o excesso de confiança faz.

- Olá Yagura! Vejo que tens feito um bom trabalho pela vila! Bem, o que temos aqui hoje… – ar pensativo, o ninja olhava para as várias missões espalhadas pelo quadro – temos reporte de pequenos incêncios numa aldeia a oeste … Estamos a precisar de um ninja para tentar chegar à origem dos incêndios e reportar, seria uma boa para ti! – após acabar de falar, o superior indica o papel a Yagura, que fica a avaliar o descritivo e a informação contida.

- Talvez fosse uma boa ideia levares alguns colegas contigo – um grupo de colegas seus da academia estavam agora também a chegar ao local. O superior queria tentar motivar o genin, que andava quase sempre sozinho, a interagir com outros.

- Não. estou bem assim e para oeste seguirei, obrigado… – a ideia de interagir com outras pessoas e de lhes pedir ajuda deixou-o, por alguma razão, nervoso e a libido que até agora demonstrava desfez-se. Virou costas e seguiu o seu caminho, tentando passar despercebido pelos colegas.

- Ah, Yagura – o ninja que recomendou a missão tinha-se esquecido de algo – essa zona passou por um conflito recente, mostra alguma sensibilidade para com os aldeões e… – mostrou-se relutante em continuar, parece que não tinha a certeza se devia falar – toma especial cuidado se o nome Arthur surgir…

Com tudo anotado, o genin saiu da vila iniciando o seu percurso para oeste em passada rápida.

HP 225/225
CH 250/250
STA 00/03

Informações Gerais:

Na caminhada até ao destino teve a primeira indicação de que estaria a chegar através do olfato. Um intenso cheiro a cinza podia ser sentido ainda a quilómetros de distância. Era um cheiro peculiar pois por um lado lembravam-no de calor e alimento - elementos essenciais para a sobrevivência. Por outro lado, a progressiva intensificação do odor disparava um qualquer instinto primordial dando-lhe a sensação de que caminhava em direção a perigo.

Apesar dos terrenos sobretudo rochosos do País da Pedra, esta aldeia situava-se no cerne de uma floresta. A disposição da maioria das árvores parecia estar organizada num padrão, o que poderia indicar uma floresta feita pelo homem para exploração económica. Antes de chegar ao ponto de encontro reparou que havia uma boa quantidade de madeireiros a cortar árvores, como que apressadamente.

O tempo hoje estava estranho, cinzento, não havia sol. Ao chegar ao centro da aldeia o ambiente ficou ainda mais cinzento. O ar repleto com cinzas tornava a respiração mais pesada. As pessoas eram escassas, viu apenas algumas mulheres a passar de um lado para o outro, apressadas, abatidas, até desconfiadas do pobre genin que as mirava com olhos de quem queria ajudar mas não sabia como. Levavam consigo baldes de água para uma das extremidades da aldeia. Ao olhar com atenção, o shinobi conseguiu ver uma réstia de fumo preto dissipada com origem nessa direção.

- Olá jovem, deves ser um ninja enviado pela vila para ajudar – um senhor de meia idade, desgastado mas com voz de lutador aproximou-se de Yagura que parecia perdido no meio da aldeia acizentada. O jovem acenou positivamente.

- A situação está crítica… Tivemos um grande incêncio na última noite… Não faz sentido, estamos a meio do Inverno e todos os dias estamos a perder árvores. Demos instruções para que todos os homens da aldeia cortem o máximo de árvores para que não as percamos para o fogo… – O genin conseguia sentir a tristeza na sua voz, como se o projeto de uma vida estivesse agora próximo do fim – Estamos a cortar muitas árvores antes do seu tempo, estamos a quebrar o ciclo natural de renovação da floresta que perdura à gerações. Precisamos de ajuda- Yagura sentiu-se sensibilizado com a situação daquela aldeia, o desespero sentia-se no ar.

- Vou ver o incêndio. - disse o loiro. Foi o que conseguiu dar àquele senhor, deixando na dúvida se ele era realmente o ninja que veio ajudar ou um piromaníaco que gostava de ver fogo.

HP 225/225
CH 250/250
STA 00/03

Informações Gerais:

A visão era devastadora, mais de mil árvores tinham ardido no local agora composto por réstias de troncos negros. O chão também negro ainda estava quente e fumegava. As aldeãs, os anciãos e mesmo as crianças mais destemidas despejavam água nestes focos para que não reacendessem. A natureza que ali existia dizimada de um dia para o outro, transformada em negrume…

O genin olhava em redor para avaliar o que podia agora fazer. Como não tinha um balde de água para ajudar, restava-lhe tentar investigar o cenário. Foi-lhe indicado o local de origem do fogo antes de se ter propagado. Um bom ponto de partida.

O nível de destruição até ao epicentro foi intensificando. Aqui não havia restos de troncos negros, apenas uma total devastação. Tudo desapareceu exceto a rocha que sustentava a floresta. E mesmo essa, estava queimada. Como se uma intensa explosão calorífica ocorrera naquele exato local.

Numa lufada de inspiração investigativa, o genin de Iwa decide olhar para o cenário de outro prisma. Afastou-se do local de origem do incêndio até à árvore mais próxima que não estava danificada. Subiu, e de lá observou.

No meio deste cenário escuro algo se tornara mais claro. A vista deste ponto avantajado permitia observar o trajeto de dispersão de fogo em formato de cone. Um exato cone com a aresta pontiaguda no local de origem. Como se algum fenómeno da natureza tivesse estudado a exata direção do vento que maximizaria a propagação do fogo numa noite ventosa...?

Algo, ou Alguém.

HP 225/225
CH 250/250
STA 00/03

Informações Gerais:

Tudo apontava para um fogo posto. Nas profundezas da sua mente começava a considerar todas as possibilidades. Simulava inúmeras questões à qual procurava respostas… Como, quem, porquê, não excluindo também a hipótese de haver chakras elementais envolvidos.

Por sorte, o tempo húmido que se fazia sentir permitiu que o fogo não se estendesse muito para além daquele cone impulsionado pelo vento. Caso a estação fosse de Verão facilmente toda o sustento daquela população teria ardido. Também por sorte, isto significava que a localização mais provável do incendiário quando provocou os estragos – atrás do fundo do cone/funil – também não tinha ardido.

Yagura deslocou-se para esta zona e focou aí as suas buscas. Talvez o criminoso pudesse ter deixado algo para trás com a esperança de que tudo queimaria. Começou por examinar cuidadosamente o chão naquela área. Tentava identificar algo que se destacasse por entre o substrato florestal composto por inúmeros tons de verde-seco e castanho. Mas nada. Era uma busca exaustiva ao ponto de fazer doer o pescoço. Foi por isso que, após um alongamento em que levantou a cabeça, o shinobi visualiza algo estranho.

Era uma árvore que se destacava no meio das outras árvores. Nela, podia-se observar uma espécie de gravura. Por curiosidade ou coincidência, a marcação era profunda o suficiente para que dos orifícios formados jorrasse um líquido vermelho vivo e viscoso que parecia escorrer tronco abaixo. Ao aproximar-se, o símbolo tornava-se discernível.


HP 225/225
CH 250/250
STA 00/03

Informações Gerais:

O cenário era dantesco para o jovem e inexperiente genin que via à sua frente uma árvore a expelir o fluído da vida. Aterrorizado, perguntava-se se ali teria ocorrido algum tipo de ritual de sacrifício? De onde poderia ter vindo toda aquela quantidade de sangue? Será que mais uma vez o tema “Morte” iria surgir, como uma constante que o segue sempre que sai da vila?

O estado de espírito era de pânico como uma presa à espreita do seu predador. Tentando manter algum do seu raciocínio lógico de pé e aversão a sangue de lado, observava com mais atenção a marca cravada e o líquido que dela irrompia.

O momento foi de algum alívio e de um suspiro quando percebeu que o sangue se tratava na verdade de seiva da árvore, de uma cor vermelha característica e de uma textura cristalina que a fazia parecer líquida, mas encontrava-se já ressequida. Mais tarde o loiro ficou a saber que a aldeia não era apenas conhecida pela venda de madeira, mas também por esta particular seiva de árvore que tinha inúmeros usos desde os medicinais até aos de envernizamento. Restava agora apenas esclarecer uma coisa.

… A letra “A” estampada no tronco da árvore.

Yagura partilhou o que encontrou com aquele que parecia ser o responsável pela aldeia e dois outros. Não ficaram surpreendidos com a seiva, mas a marca estampada aterrorizou-os de igual modo. Confirmou o que eles já temiam e que até agora não queriam acreditar.

- Arthur… Ele ainda está por aqui. Depois de tudo, ele continua a infernizar a nossa vida! – de punho cerrado como para estancar uma ferida, o capataz suspirava.

- Um renegado da nossa aldeia que esteve envolvido no contrabando de seiva com os nossos inimigos, que a utilizavam para produzir um veneno! Recentemente, ele juntou-se a eles e liderou a frente de ataque contra nós. Sofremos mas felizmente nós vencemos a batalha... Mas parece que a guerra ainda não terminou. - terminou a frase num tom de desespero que imbuía o genin com uma enorme vontade de parar este deliquente e de proteger os aldeões !

Estava já a anoitecer e o loiro seguiu com o grupo para a taverna da aldeia. Era altura de recarregar energias com alimento e preparar a noite que aí vinha.

HP 225/225
CH 250/250
STA 00/03

Informações Gerais:

A refeição ocorreu sobretudo em silêncio e a cara de pessoas exaustas havia em mais abundância que a refeição principal. Durante o dia todos os aldeões capazes de segurar um machado tinham estado a cortar árvores com um objetivo: dividir a floresta em sub-secções, criando corredores de "zona morta" para evitar a passagem do fogo entre secções e aumentar o tempo de resposta dos aldeões. A aldeia ripostava!

Era agora noite. A lua estava parcialmente visível por de trás de um manto de nuvens que preenchiam o céu e o deixavam num tom de branco alaranjado que refletia a luz artificial gerada no solo de volta. Ia ser uma noite de vigília e grupos de aldeões estavam a ser formados e divididos pelas várias secções para proteger a sua floresta.

"Arthur deve andar por aqui. Não há duas sem três...."- monologava no seu pensamento - "Ele conhece a seiva, a madeira e como a aldeia opera... Ele saberá que outro incêndio não irá deflagrar da mesma forma!" - desconfiado, o genin raciocinava intensamente tentando colocar-se no lugar do piromaníaco. Olhava à sua volta, os aldeões estavam a deslocar-se para os postos e ele tinha de decidir para onde ir. Numa zona entre a floresta e a aldeia estava um curral que continha toda a madeira que tinha sido cortada, em pilhas, a secar. "É isso!"

O último grupo chamava o genin para se adentrar pela floresta e ir para o seu posto.

- Não, eu não vou! -gritou, o que o deixava desconfortável. Mas... certamente o grupo de aldeões merecia uma justificação para o ninja delegado não os ir ajudar, certo? Mas o genin não tinha pensado nisso até acabar a frase - Está frio! - manteve-se breve, mas a justificação estava dada.

Enquanto toda a aldeia estava concentrada nas buscas na floresta, Yagura escondera-se no meio de duas pilhas de troncos. E lá manteve-se quase uma hora até que foi possível ouvir passos de alguém. Um barulho leve mas discernível. Era alguém que não queria mostrar a sua presença. Por entre os montes de madeira o loiro espreita e vê um homem, que começava a realizar alguns selos de mão.

- Katon.......!

HP 225/225
CH 250/250
STA 00/03

Informações Gerais:

O tempo para reagir era muito pouco.

Yagura via o homem a realizar os selos de mão a poucos metros de si. Não saíam da sua cabeça as imagens daquele dia, do solo desfeito, dos troncos sem vida e do padrão em cone da destruição. À frente do suspeito estavam pilhas de toda a madeira cortada naquele dia e anteriores. O seu sustento, madeira que iria abastecer partes de todo o país para o resto do Inverno. O genin não iria deixar que o delinquente lhes tirasse isso!

Por entre duas pilhas de madeira e num ato de coragem o loiro dá uma cambalhota, confrontando aquele que deveria ser o renegado e começando também a realizar selos de mão. De um lado, o seu oponente finalizava os selos e inspirava fortemente, enchendo os pulmões com ar. Do outro lado, o genin acabava também os seus selos e ajoelhava-se, colocando as suas duas mãos sobre o chão e mantendo o seu centro de gravidade baixo.

- Katon!

- Doton! Doruku Gaeshi!

Poderosas labaredas saíam da boca daquele que se confirmava ser Arthur, o renegado. À sua frente, uma parede de terra ergue-se do chão, absorvendo praticamente todo o impacto da onda de fogo que protegia o adolescente e também as pilhas de madeira atrás de si.

O calor gerado fez toda a parede aquecer quase ao ponto da efervescência, a luz emanada das labaredas iluminava o cenário de um forte laranja. Mas agora tudo subsidia, o renegado parecia ter ficado sem fôlego.

- Tsk… Jovem estúpido! – uma voz pôde ser ouvida por trás da parede em que estava o genin. Era a voz de Arthur, uma voz maníaca, de um obcecado. Yagura estava sem visão do que se passava do outro lado, mas das suas costas ouviu um pequeno eco de um objeto metálico a cortar madeira e depois… boom.

Tratava-se de uma kunai armada com um papel bomba que rebentava sobre a pilha de troncos. O detalhe mais importante era que ia explodir no exato local das amarras que compactavam todos os troncos uns aos outros.

Uma avalanche de troncos começou a cair para cima do defensor dos aldeões.

HP 225/225
CH 231/250
STA 00/03

Informações Gerais:

Tudo aconteceu muito rápido. Uma manada de pesados troncos caíam sobre o genin. Quando viu o que enfrentava apenas teve tempo de se colocar numa posição defensiva, aguentando a pancada inicial dos troncos com as suas costas.

Após os primeiros momentos em que perdeu a noção de onde se encontrava, Yagura conseguia sentir o peso de todos aqueles troncos sobre si. O ar que tinha nos pulmões tornava-se cada vez menos e cada ciclo de inspiração-expiração custava-lhe mais. O peso estava a constringi-lo da mesma maneira que uma cobra constringe a sua vítima, aos poucos e poucos impossibilitando a respiração através de contínua pressão sobre os órgãos respiratórios. Tentava mover os seus braços e pés, mas nem isso parecia possível.

O sentimento de estar preso naquelas circunstâncias era de uma enorme angústia alimentada pela impotência de não conseguir fazer nada. No entanto, não era altura para desistir, não enquanto a sua consciência se mantivesse à tona.

Se entrasse em pânico e o seu ritmo cardíaco aumentasse, certamente ficaria sem ar muito rápido.  Como se estivesse no meio do deserto com um cantil de água, racionava o seu oxigénio e as suas respirações. O seu coração abrandava e um estado de maior calma permitia também um melhor alinhamento com o seu fluxo de chakra, agora mais percetível.

Visualizou mentalmente os seus ombros e braços, focando a sua atenção nessas zonas e sentindo o acumular de chakra, de força vital. Também nos seus joelhos e pés se concentrava, sentia os músculos a fortalecerem-se através da imagem mental criada. A fortalecerem-se de uma força que ele não sabia que tinha. Começava a fletir os músculos com toda a sua força. As imagens de destruição e dos aldeões infelizes fortaleciam-no ainda mais, ficava com raiva de tal injustiça, com vontade de acabar com o seu causador!

- AHHHHHHH!!!! – Um grito de raiva, um grito de libertação. O genin utilizou toda a sua força superior para conseguir movimentar alguns dos troncos que o prendiam. Com toda a sua força inferior impulsiona-se para vir à tona do emaranhado de troncos, erguendo-se no topo da pilha caída e inspirando o ar que tinha em falta.

Durante este momento, Arthur tinha aproveitado para contornar a parede de terra e aproximar-se. Mais uma vez, ele preparava o jutsu de fogo para arder com tudo, incluindo o shinobi.

Assim que o viu, Yagura preparou o selo Cobra e partiu em velocidade máxima em direção ao inimigo com o seu Shunshin. Durante a corrida começava a sentir-se ainda mais repleto de força. O seu punho ficava escurecido e enrijecido de chakra Doton e é então impulsionado com toda a força contra a face de Arthur, interrompendo a execução do jutsu de fogo e impulsionando-o para trás. Ao desferir tal golpe também Yagura se desequilibra sendo que não era o ninja mais apto no combate corpo a corpo.

Ambos foram parar ao chão.

HP 190/225
CH 172/250
STA 01/03

Informações Gerais:

Caído no chão, o genin retomava o fôlego e o rush de adrenalina dissipava-se, permitindo que se apercebesse dos danos sofridos. Sentia dores musculares provocadas tanto pela queda dos troncos como também pelo feroz ataque a Arthur que levara o seu corpo ao limite. Preparava-se para levantar quando um ruído de consternação que exigia justiça começou a ser notado. Toda a locomoção tinha chamado a atenção dos aldeões que se aproximavam para confrontar Arthur.

O renegado encontrava-se também no chão, apoiando-se sobre as duas mãos e cuspindo da sua boca aquilo que parecia ser saliva misturada com sangue. Assim que notou a aproximação dos ex-consagrados, entrou imediatamente em pânico, era a sua vez de ter a sua injeção de adrenalina. Ele tinha que sair dali.

Arthur começa a correr numa das direções contrárias ao ruído das pessoas, um passo desesperado mas bastante rápido. Yagura não ia deixar este criminoso fugir. O loiro começa a realizar alguns selos de mão estando ainda de joelhos apoiados sobre o chão.

- Doton… Ganchūrō no Jutsu – A voz era agora mais calma e concentrada, a voz de alguém que tinha a situação sob controlo. Não a voz apressada e impulsiva dos momentos anteriores.

À frente de Arthur, que se escapava, um substancial pilar de terra ergueu-se. Tentou desviar-se para a esquerda, mas à esquerda outro pilar ergueu-se, e depois à direita. Até que todas as direções que o renegado podia tomar estavam tapadas. Ele tinha sido aprisionado num composto de grades de pedra em formato de cone. O cone tinha-se virado contra o feiticeiro!

Arthur estava preso e era hora da justiça ser servida. Era o fim para o piromaníaco, que parecia recusar-se a acreditar nisso, rindo-se enquanto se deixava cair no chão da jaula de pedra, um riso desolado.

HP 190/225
CH 134/250
STA 02/03

Informações Gerais:

Os aldeões reuniram-se de volta do criminoso onde se procedeu uma merecida sessão de enxovalhamento à volta da jaula. Todos os tipos de insultos eram proferidos no local, mas ninguém tocou com um dedo no criminoso. Os aldeões não desceriam ao nível do repugnante.

Yagura ficava apenas a observar o que acontecia. Apesar de gostar da originalidade de alguns dos insultos, ele não tinha o espaço mental ou a criatividade para esse tipo de criações, não sabia como. Sentia-se satisfeito de ter conseguido parar Arthur, de ter conseguido superar novos obstáculos, de ter saído da sua zona de conforto.

O genin foi depois informado que o criminoso seria mantido na jaula com constante guarda dos aldeões até que ninjas da vila o viessem escoltar para ser devidamente punido. Também recebeu informação de que parte da floresta ardida iria ser replantada e que o método desenvolvido neste tempo de crise – criação de secções de floresta para evitar a propagação do fogo – ia passar a ser uma prática comum na aldeia para salvaguardar o valioso bem.

- Ninja de Iwagakure, ótimo trabalho!  Vamos para a taverna festejar! – disse um dos aldeões, entusiástico.

- Não, obrigado… – O genin não estava habituado a ser tratado assim, e apesar de não o transparecer, ele gostava – Preciso de ir passar pelas brasas… – uma frase estranha para dizer a uma pessoa que acabara de passar pelo trauma do fogo, mas o genin nem se apercebeu de tal, estava exausto e queria o seu merecido descanso. O aldeão acabou por se rir pela falta de aptidão social do rapaz, para não chorar.

Yagura dirigiu-se para um quarto de hóspedes que lhe foi atribuído pelo chefe da aldeia. Na manhã seguinte seguiria de volta para a vila para reportar a missão bem sucedida.

HP 190/225
CH 134/250
STA 02/03

Informações Gerais: