Biblioteca da Vila
Descrição: A faxina se estende aqui também, só não vale ficar lendo os pergaminhos ao invés de limpar!

Após ouvir algumas batidas, abri a porta e me deparei com um dos mensageiros da vila. O mesmo me entregou duas cartas, cada uma com o símbolo do quartel general. O homem não falou muito, mas soube o motivo de ambas as mensagens. Cada uma daquelas cartas se referia a uma missão distinta. As abri ali mesmo, sem nem mesmo fechar a porta antes. Quando li os conteúdos de cada uma, entendi o que devia ser feito.

Não houve demora, foram alguns minutos da minha casa até a biblioteca da vila. —‌ Bom dia, vim ajudar na limpeza. ‌—‌ Na recepção, tinha uma jovem de cabelos loiros e olhos esverdeados olhando o que me pareceu ser uma revista. Ela não percebeu a minha chegada até ouvir a minha voz. Ela se assustou um pouco, algo que geralmente acontecia quando eu me aproximava de alguém.

—‌ Me perdoe senhor, eu não te vi chegar. Bom… ‌— A menina escondeu a revista rapidamente debaixo do balcão, tentando consertar a situação com um pequeno sorriso. —‌ Venha comigo. Por sorte nós limpamos o lugar esta semana, então terá pouca poeira. ‌— Mesmo que dissesse aquilo, meu nariz começou a queimar assim que adentrei. A vontade de espirrar foi inevitável, e assim que ela parou de falar explodi ao seu lado. —‌ Desculpa. ‌—‌ Ela ficou meio sem graça, como se o trabalho feito não tivesse sido suficiente.

—‌ Me desculpa, me desculpa. Quer que eu pegue uma máscara? ‌— Sinalizei que não seria preciso. Um pequeno sorriso se abriu em meus lábios, de forma a tranquilizá-la quanto a minha situação. —‌ Não tem necessidade, é apenas um pouco de poeira. Só me mostre onde ficam os materiais de limpeza. ‌—‌ A menina prontamente me levou até um quartinho nos fundos do lugar, onde haviam vassouras, espanadores, flanelas e mais outras coisas úteis. —‌ Aqui estão. ‌—

Não precisava de muito para limpar aquele ambiente. Mesmo que o nariz se incomodasse com tanta poeira, realmente o lugar não estava tão sujo. —‌ Obrigado, eu vou começar a limpar. Pode continuar a ler, prometo não contar para ninguém. ‌—‌ Devia ser chato ficar naquele lugar. O ambiente era parado, e raramente via um ninja entrando para pegar alguma coisa ou até mesmo para ler algo ali mesmo.

Com espanador em uma mão e flanela na outra, comecei a limpeza. Comecei pelas estantes, cada uma delas recebeu uma boa dose do espanador. A flanela foi utilizada nos livros, que confirmaram a limpeza da semana dita pela garota. Eles tinham mesmo limpado o lugar, mas ambiente como aquele atraia poeira sem nenhum esforço. Acabei espirrando mais algumas vezes antes de terminar as estantes e partir para o chão.

Varrer era a parte mais simples, não tinha muito o que fazer. Precisei apenas passar a vassoura por todo o piso de madeira e depois passar pano com um produto próprio para aquele tipo de piso. O cheiro agradável do produto me ajudou a parar de espirrar, e deixou o ambiente muito mais confortável e cheiroso. Terminei mais ou menos depois de uma hora trabalhando.

—‌ Prontinho, consegui arrumar tudo para você. Está bem cheiroso lá dentro. ‌—‌ Ela se alegrou em ouvir aquilo, e agradeceu bastante pela ajuda. —‌ Obrigado, muito obrigado mesmo. O senhor me ajudou bastante. Não faz ideia do quão trabalhoso é cuidar deste lugar. ‌— Em meio a algumas reverências, a menina agradeceu por toda a ajuda. —‌ Que isso, não precisa agradecer. Eu fiz o meu trabalho, apenas isso. ‌—‌

Floricultura da Vila
Descrição: A garota que cuida da floricultura agora é uma Kunoichi (ninja) médica muito atarefada, sua missão é cuidar da Floricultura enquanto ela está fora! Se tem alergias a flores, use uma máscara!

A segunda missão era próxima da biblioteca. Permaneci parado na frente da floricultura por alguns segundos antes de entrar. Observei, durante aquele tempo, o movimento de pessoas entrando e saindo do local antes de começar a trabalhar. Claramente não era muito, mas os clientes que entraram saíram com grandes buquês de flores de todos os tipos. ”Bom, agora é só mais esse.”

—‌ Bom dia. ‌— Não havia ninguém ali além da dona do local, uma mulher de cabelos negros e olhos azuis cintilantes, com um sorriso amigável e chamativo. —‌ Ah, mais um cliente. Como posso ajudar? ‌—‌‌ Fiquei sem jeito ao ser reconhecido como cliente, e não como a pessoa que estava ali para ajudá-la a cuidar da loja. —‌ Não não, eu vim aqui para cuidar da sua loja. ‌—

O rosto da mulher se tornou vermelho, e seu sorriso desapareceu. —‌ Mas não iam enviar um gennin? Te deram um trabalho tão simples. ‌—‌‌ Entendi o que ela estava querendo dizer, mas talvez ela não tivesse percebido que o gennin era eu. —‌ Sou eu mesmo, eu sou o gennin que enviaram para ajudar. ‌—‌ Não a julgava, mesmo que minha aparência fosse bem mais jovem que o comum, a altura e o porte me faziam parecer quase com a idade que eu realmente tinha.

A moça ficou sem jeito, mais até do que já se encontrava. —‌ Mas não se preocupe. Deixe este lugar comigo, você fica com a parte mais importante no momento. ‌—‌ Dava para ver o alívio em seu rosto por não ter que continuar falando. Ela se despediu com um sorriso desajeitado, e eu acabei rindo um pouco mais quando ela se retirou. Aquela não foi a primeira vez que aquilo me aconteceu, e realmente não me incomodava. Era velho demais para ser um gennin, mas havia um motivo forte para isso.

O serviço não parecia muito complicado. Comecei colocando água nas flores, ajeitando alguns jarros e trocando a terra de outros. Não foi nada difícil. Para mim, que vivia da plantação no antigo vilarejo, mexer com as plantas era o mesmo que respirar. Atendi alguns clientes algumas vezes, coloquei remédio em algumas flores que estavam um pouco doentes, e também limpei a loja. Foi tudo muito tranquilo, por isso nem percebi o tempo passar. Somente quando a tarde caiu que então vi que o trabalho tinha sido finalizado.

Considerações:

Reformas da Vila
Descrição: Desde o último ataque, a vila está sendo reconstruída, e você como um jovem ninja deve colaborar! Sua missão é pintar muros e cercas por toda a vila!

Estava cansado, a noite não havia sido justa comigo após todo o esforço que fiz para ajudar no desabamento do prédio em chamas. Pelo menos o trabalho daquele dia não seria tão complicado. Pintar muros e cercas pela vila era simples, e também seria reconfortante e relaxante pela falta de pessoas a me incomodar. Tiraria esse tempo para pensar um pouco na vida, e talvez pensar em algo para fazer depois.

Para um gennin, o nível de poder que estava em minhas mãos, era suficiente para as missões simples que chegavam para mim. Claramente não estava totalmente satisfeito, pois sentia que faltava muito para conquistar o que tanto almejava. No entanto, para o meu estado atual, já seria de grande auxílio.

Lata de tinta na mão e um pincel na outra, comecei o trabalho junto de mais dois garotos que também eram gennins. Um deles ficou do outro lado da rua, enquanto eu pintava um dos muros, o terceiro ninja ficou com uma pequena cerca da casa de uma senhora de idade, que o observava da janela.

Muitos achariam aquilo estranho, mas eu entendia a situação da idosa. Ter alguém pintando sua cerca, era de se esperar que alguém ficasse vigiando. Continuei os meus afazeres, sem ser interrompido por nenhum dos dois. Quando terminei, eles ainda estavam na metade, e por isso parti para o próximo local.

Pintei mais alguns muros, algumas poucas cercas, e aos poucos vi a vila tomando cor e vida novamente. A mesma vila que antes me deu abrigo, e que me ajudou a trazer vingança aos bandidos que acabaram com o meu lar, estava sendo revitalizada aos poucos.

Considerações: