Mais uma manhã pacata em Kirigakure no Sato. Clima ameno, como sempre desde quando iniciara-se o inverno. Desde que me naturalizei shinobi, meus dias tem sido mais tranquilos num geral. Os civis furiosos pararam de me olhar de cara feia e / ou me atacarem no meio da rua de forma selvagem como animais. — Estava com saudades dessa tranquilidade... mas é só questão de tempo até vir uma bomba para mim. Uma missão não deve demorar. — Faria um monólogo interno, observando o horizonte do lado de fora da minha nova casa enquanto o vento bate no meu rosto.

— Então essa "Hydra" era realmente uma organização criminosa... e pensar que atuei tão perto deles lá no Templo. — Comentaria sobre o jornal enquanto o lia, logo prosseguindo com o restante das informações: — 2 Hokages perdidos em um curto período de tempo. Que fase vive Konoha... fico triste que minha vila natal esteja assim. — Balbuciaria, fechando o jornal e olhando para o céu, imaginando que em partes tinha culpa pela fase em que Konoha está vivendo.

Terminando o que eu tinha para fazer do lado de fora, adentraria novamente os meus aposentos, indo em direção ao quarto. Após, sacaria alguns livros de psicologia que tinha adquirido após a naturalização. Agora sem probabilidade de morte e tranquilidade poderia continuar meus estudos acerca dos comportamentos humanos sem maiores empecilhos.

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Sentado sob o sofá e com os pés na mesa, pegaria os livros selecionados manualmente para enfim iniciar meus estudos. — A mente humana é fascinante... bendito seja aquele que a criou. Tantos seres diferentes e nenhum exatamente igual. Tão símiles, mas também com tanta dissimilitude... — Faria um comentário acerca do que estara lendo, com um sorriso de canto e absurdamente feliz com o ganho de conhecimento. — Compreendê-la por completo é... como sonhar acordado. — Prosseguiria.

— Quinésica... sou capaz de compreender através da percepção avançada do Sharingan. Mas e se eu pudesse identificar esta e outras linguagens corporais sem precisar gastar Chakra ou chamar atenção com meu Dojutsu? Seria de muita ajuda para mim. — Diria conforme passava as páginas, imaginando cenários prováveis na cabeça. Estou vendo aqui uma oportunidade de fortalecer meus métodos de manipulação através do simples entendimento da mente humana. Através de palavras ou até mesmo do silêncio com gestos, expressões e afins abordando-as de forma mais técnica.

De certa forma, algo que me intrigara na linguagem corporal dentre mão na boca, testa contraída e afins fora o "Olhar fixo", que não indica apenas um tipo de sentimento, mas sim possui várias interpretações que podem potencialmente enganar alguém com facilidade. — Acredito que o que define o que a pessoa está sentindo nesse caso é a direção em que ela está olhando... a mais positiva deve ser no olho a olho. Isso se não em demasiado, pois pode gerar desconforto ao encarado. Talvez propositalmente por parte daquele quem encara para desestabilizá-lo, ou talvez não. Devo me atentar a isso. — Balbuciaria, formulando uma teoria que em minha cabeça faz sentido até certo ponto.

— É verdade... se eu utilizar a quinésica,  proxêmica, tacêsica, paralinguagem e características físicas quando quiser aplicar um Genjutsu posso reaproveitar minha capacidade de aplicá-los através do meu próprio corpo como método de entrada, facilitando o processo através do método certo, na hora certa. O afetado sequer irá desconfiar que está preso em uma ilusão pois irei aplicá-la agindo normalmente... — Daria uma leve pausa com a mão no queixo. — Como nunca pensei nisso antes? Na verdade estava... ocupado lidando comigo mesmo. "Não posso ser livre sem domínio próprio". Era o que vovô gostava de dizer isso. — Finalizaria olhando para cima, imaginando que Matsuo estivesse me olhando de algum lugar lá do Outro Lado.

Passando-se algumas horas de estudo, ouviria batidas na porta. Descartei que fosse Nezuko porque ela simplesmente arrombaria a porta se quisesse, então deve ser algum vizinho ou o "Cara das missões" vindo me entregar alguma nova. Sem tardar, iria de encontro à porta para atendê-lo (a). Não sei o que posso esperar.

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Atendendo a porta, notaria um homem de estatura média com bandana de Kirigakure, aparentando ser um shinobi. Rapidamente ele me abordaria, explicando que a área investigativa da vila estara me convocando para que descobrisse informações sobre um grupo de Nukennin's pois minhas habilidades seriam altamente úteis. Apesar de escutar com perfeição as informações, todo meu foco estaria em analisar suas expressões faciais para testar se conseguia detectar os detalhes que havia acabado de aprender. "Ele parece bastante preocupado com essa tal revolução. Perceptível pelos movimentos das mãos e testa franzida. Ok, realmente consigo compreender as pessoas melhor agora. Com um pouco de prática dominarei com perfeição essa arte."

— Agradeço pelo recado. Partirei assim que possível. — Balbuciaria em resposta; seguidamente, o homem se dispersaria no vento, desaparecendo. Por dentro eu estava muito feliz por ser tratado como um semelhante e que agora iria finalmente atuar por Kirigakure em uma missão. Assimilaria todos os detalhes indicados por ele, pensando na forma de abordagem que adotaria para conseguir as informações. — Que coincidência vir uma missão com este tipo de descrição horas depois de eu estudar o que precisaria para completá-la... isso é, tirando a parte do combate. Em partes, né. — Faria um rápido monólogo, pensativo.

Preparando-me para partir, o faria assim que possível em direção aos arredores de Kirigakure, no País da Água, sem avisar à Área Investigativa da vila que estara fazendo isso. Lá, podia notar pessoas de diversos tipos de etnias, culturas e afins, indo para um lado e pro outro. Umas conversando, outras aproveitando o silêncio do ambiente e por aí vai. Teria que tentar uma abordagem amigável em busca de puxar assunto se quisesse conseguir as informações que desejo. — E aí, pra que são esses cartazes de "Viva à Revolução"? — Indagaria para um comerciante local logo após uma busca pelo lugar, fitando-o seriamente mas não fixamente de forma a não causar desconforto no velho. — Ora, filho, não ouviu falar sobre a Seita? Eles não concordam com o fato do Mizukage ser intitulado "Deus". Acham que isso é uma afronta a suas culturas. E eu também. Ridículo o quanto endeusam este mortal com força acima da média. — Responderia-me o comerciante aparentando estar bastante nervoso, notável pelos seus braços cruzados e voz engrossada para me responder. Eu acenaria agradecendo. Satisfeito com a resposta, trataria de procurar outra pessoa para sanar minhas dúvidas.

— Ei, moleque. Não tenho certeza mas ouvi falar sobre um tal de Manjiro que parece ser um dos líderes da revolução. Você parece ser um forte candidato e focado. Se estiver disposto a se juntar a nós, sugiro que tente encontrá-lo para descobrir onde se organizam para discutir as formalidades. Ele possui uma presença social e eloquência absurdas. Você perceberá apenas de vê-lo e irá compactuar com suas ideias rapidamente. Garanto. — Elucidaria o velho que me parara enquanto andava num tom audível somente para mim. Essa informação seria assimilada com sucesso e possui um potencial absurdo para auxiliar minhas buscas. Tendo parado momentaneamente para escutá-lo — mas sem me virar para trás — continuaria minha caminhada.

Dessa vez, filtrarei minhas buscas em fofocas aleatórias. Certamente serão de grande valia.

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Seguindo por uma via movimentada, notaria multidões de pessoas conversando entre si com assuntos aleatórios. Uma a uma eu iria abordando-as na rua e perguntando por informações a respeito de quem eu estava procurando, Manjiro. De informações nada haver com o que eu queria à detalhes fragmentados que me auxiliariam pouco a pouco. O que eu obtive me levou ao discurso de um homem com aparência chamativa, que estava falando no meio de toda aquela multidão em um ponto específico, parecendo ser um homem com "Figura de respeito" e de grande influência na tal iniciativa de revolução. Aparentemente eu tinha pegado um bom momento para começar a escutá-lo.

— Amigos, amigas, irmãos e irmãs... agradeço a todos por vierem até aqui. Sabemos que recentemente nosso Mizukage se intitula como "Deus", o que é uma afronta a nossas culturas. Como pode um simples homem chegar aqui e se dizer um ser divino? Esse herege merece ser retirado do poder, e não sou capaz de fazer isso sem vocês. O povo deve se voltar contra ele. Precisamos nos unir para... — E assim ele iria bradando por minutos e minutos. Sua eloquência era de fato, admirável. Conseguia tomar a atenção de todos e persuadi-los a seguir suas ideias. Um manipulador nato. Ele pararia quando me notasse na multidão, me fitando.

— Obrigado a todos, e lembrem-se: A voz do povo é a voz de Deus! — Finalizaria ele num tom audível para todos. Nesse momento, todos começariam a pular, gritar seu nome e por aí vai, enquanto ele acenava. Parado sem esboçar nenhuma reação apenas analisando suas feições para identificar seu tipo manipulativo através de minha percepção, notaria ele me chamando com um movimento de seus ombros e pescoço logo após me olhar de canto. Disfarçando para que não percebessem que era comigo, eu o seguiria, atento para caso fosse uma emboscada ou coisa parecida.

Iríamos parar em um local mais silencioso, indicando que ele queria conversar de forma privada comigo. Talvez me persuadir a me juntar a sua causa, me ameaçar ou sabe Deus o que. Com a impressão de que estava sendo observado por algo ou alguém, o silêncio seria quebrado por ele: — Bom dia, filho. Eu senti o seu Chakra e percebi o quão atencioso estava no meu discurso. Está interessado em se juntar a nós? Você parece um enviado de Deus, como pedi em minhas orações. — Indagaria ele, com ambas as mãos nas costas e um semblante confiante, tentando me convencer.

— Acredito que sim, eu quero me juntar ao senhor e sua causa. Sou Takashi, muito prazer. Gostaria de saber o que preciso fazer para poder ajudar a Seita, por favor. Acredito que posso contribuir e muito com vocês. — O responderia, claramente mentindo mas mantendo a compostura séria a todo momento. A reação dele seria esboçada com um sorriso. Ele caiu no blefe.

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— Então Tadashi, servo de Deus... você agora é um Ocultista verdadeiro e eu, como Bispo, te dou a minha bênção. Juntos somos mais fortes. Amém? — Indagaria ele enquanto passava uma espécie de óleo com um cheiro forte e agradável em minha testa, além de um sorriso bastante largo a ponto de mostrar seus dentes areados. — Nós teremos uma reunião daqui a três horas ao norte daqui. Você verá um templo guardado por dois homens de branco. Basta pronunciar "Esse Est Deus!" e eles te deixarão passar. Nos encontraremos lá, jovem. Deus lhe abençoe e te ilumine no seu caminho. — Finalizaria ele, explicando os detalhes, cujo seriam assimilados com perfeição por mim. Pelas suas feições, parecia não estar mentindo e sim falando espontaneamente com convicção.

— Agradeço, bispo. Estarei lá sim, se Deus quiser. Shalon. — Balbuciaria para ele, fazendo uma breve reverência e, vendo que não tinha mais nada para dissertamos sobre, me viraria e partiria, de volta a Kirigakure para solicitar os reforços indicados no pergaminho. Provavelmente eu não conseguiria enfrentar a Seita sozinho, então precisarei do apoio de mais ninjas, embora eu seja péssimo em trabalho em equipe. Após uma longa caminhada até finalmente chegar no Quartel General de Kirigakure, eu iria me apresentar formalmente por lá, sendo bem recebido. — Ao norte do País da Água há um templo guardado por dois homens de branco. Basta pronunciar as palavras "Esse Est Deus" e eles irão permitir o acesso pois irão reconhecer que "são" da organização. — Elucidaria ao comitê investigativo

— Não acho que sou capaz de prendê-los sozinho, então vim solicitar reforços para que me ajudem. Sei que não tenho um histórico legal, mas jurei lealdade à Kirigakure no Sato e farei de tudo para limpar meu nome e continuar ajudando no crescimento da vila. — Discursaria, pedindo reforços com postura firme e tom eloquente. Tinha conseguido "Encantar" os ali presentes, que me asseguraram que em três horas os reforços seriam enviados para o local. Agradecendo e cumprimentando a todos, partiria, procurando algo para que pudesse passar o tempo antes da invasão.

Apesar da vontade de invocar Garuda para dar um passeio, evitaria invocá-lo para poupar Chakra para o que viria a seguir. Então apenas caminharia tranquilamente pelas ruas de Kirigakure, completamente preso em meus devaneios e pensamentos que ninguém consegue compreender. Nem mesmo eu consigo. — Parando pra pensar, fui bem para essa primeira parte da missão de reconhecimento. Acho que posso tentar um emprego na área de investigação caso essa missão seja um sucesso. Me aparenta ser um bom ramo e adequada para minhas habilidades. Talvez eu possa desenvolvê-las melhor, também. Vou considerar essa hipótese mais tarde. — Faria um monólogo interno enquanto continuaria a caminhar. Dessa vez, com as mãos nos bolsos.

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Horas e mais horas de ócio caminhando por aí e pensando para gastar tempo, finalmente havia chegado a hora de adentrar o esconderijo. Faltando pouco mais de 30 minutos para completar as 3 horas indicadas pelo Bispo para o início da cerimônia, eu partiria de Kirigakure rumo ao norte do País da Água novamente, tentando não demorar muito até chegar lá. Ao passo em que chegasse, perceberia que tinha chegado mais cedo que o indicado, faltando alguns minutinhos, então encostaria em alguma parede para aguardar. Não tardaria até que notasse a chegada de shinobis da névoa, sem olhar para seus rostos. Sendo assim, desencostaria da parede e iria de encontro a eles, até que...

— Quem é o crianção da maninha? — Indagaria uma voz doce e conhecida logo após minha visão ficar completamente escura enquanto eu sentia algo macio e frio cobri-las. De repente, meu corpo começou a reagir de forma diferente do convencional por identificar de quem era essa voz. — S-Sa-Saori? O que está fazendo aqui?! — Indagaria no susto, dando um chute certeiro a respeito da garota. Tirando as mãos dos meus olhos, ela andaria até minha frente, bastante sorridente. Os demais ninjas dialogavam entre si, aparentemente esperando apenas eu e ela terminarmos nosso diálogo.

— Acertou! — Bradaria ela, fazendo uma pose "Cool" com o corpo e um sinal com a destra, logo após continuando: — Descobri que meu irmãozinho desertou de Konoha e procurei informações para encontrá-lo. E acabei te achando aqui. Eu sou da área de investigação, então não foi muito difícil. Atuo aqui em Kirigakure agora para poder te acompanhar. Aliás, obrigado por investigar sobre esse "Culto". Tem talento para a área investigativa, Iori. — Balbuciaria Saori, minha irmã mais velha, elogiando o meu feito e agradecendo por eu ter auxiliado o comitê investigativo de Kiri, além de fazer um convite indireto para me especializar na área. Apesar de estar com vergonha por dentro por ela saber que desertei e não ter dado um sermão — ainda — eu sorriria de forma sem graça, aceitando os elogios. — Vamos acelerar logo e acabar com esses Nukennin's safados! Esse Est Deus, não é? — Indagaria ela, dessa vez com uma expressão mais séria, encarando os guardas na porta, não muito longes de nossa posição.

— Afirmativo. E concordo. Vamos logo acabar com esses lunáticos religiosos. Vocês, preparem-se. — Bradaria para os reforços ali presentes. Liderando a entrada, me dirigiria até os dois guardas, gêmeos, que estavam protegendo a porta. Sendo fitado de forma incessável por eles. De forma séria, os encararia, pronunciando as palavras "sagradas" — Esse Est Deus. — Finalizaria. Em seguida, ambos permitiram o acesso, abrindo a porta. Sendo assim, com os demais, entraria.

O que irá de ocorrer agora, bom, ficará pra depois.

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Adentrando o que parecia ser o culto, veria um ambiente completamente gigante por dentro, com arquitetura bastante moderna e cara, diga-se de passagem, aparentando ter sido usado com o dízimo do povo. — Credo, esses ridículos usam o dinheiro do povo para essas... coisas. — Murmuraria Saori para mim, visivelmente incomodada com o ambiente circundante. E de fato, incomoda pensar que tudo isso foi feito com dinheiro de fiéis que só pensam em obter sua salvação e caíram na lábia de uma organização Nukennin que planeja tomar o controle de Kirigakure de Yohma usando a fé como meio de persuasão. — Vou acabar com eles quando a oportunidade surgir. — Sussurraria em resposta à minha irmãzinha, tentando tranquilizá-la um pouco enquanto andávamos.

Conforme prosseguíamos, o som da oração de alguém — aparentando ser a voz do Bispo — ia ficando cada vez mais alto, até todos nós chegarmos a uma enorme sala ritualística, com várias velas ao redor iluminando o local e nove (9) pessoas com corpo completamente coberto por vestidos largos e véu em seus rostos, além de uma figura enorme na parede mais distante. Talvez a figura de fé dos ali presentes. O tal do "Deus único". Eles pareciam falar línguas estranhas e impossíveis de serem decifradas. Nesse momento, Saori se mostraria bastante assustada, os demais ninjas de Kiri em um estado de transe e eu adotaria uma postura mais defensiva e expressão séria. Eles parariam todos em conjunto de pronunciar tais "coisas", com o Bispo de outrora se virando para mim.

— A Paz do Senhor, Tadashi. Ou deveria dizer, Iori Uchiha? — Indagaria ele, caminhando um pouco para perto de mim, mas se mantendo à alguns metros de distância. Já estava sério, mas agora ficaria mais ainda com ele sabendo minha identidade por algum motivo. — Percebi quem era você na primeira vez que te vi. Consegui te manipular para fazê-lo vir até aqui. O manipulador sendo manipulado... faltou mais esperteza, garotão. Enfim, irei capturar você e tomar Kirigakure. Dois coelhos numa cajadada só. Você já atrapalhou demais os planos do chefe e ele quer você vivo. Serão dois coelhos numa cajadada só. — Explicaria ele seu "Plano maligno infalível". — Pois bem, divirta-se. E cuidado com seus amigos. Eles não parecem legais... — Finalizaria o Bispo se afastando. Antes mesmo que eu pudesse entender do que ele estava falando, os ninjas de Kiri começariam a encarar eu e Saori com olhares sanguinários, além dos demais que já estavam ali presentes se levantarem e se colocarem em posição ofensiva.

— Genjutsu por fala. Se prepare, irmã. Precisaremos machucá-los. — Ordenaria a Saori, me colocando em base invertida para ter maior segurança. — Tô contigo, irmãozinho. — Responderia ela, ficando na minha retaguarda de costas pra mim enquanto sacava uma kunai e ativava seu Sharingan. Dois dos cincos ninjas de Kiri começariam a preparar selos, prontos para um ataque. De forma sincronizada a isso o Bispo ria bastante em tom maléfico.

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E iniciada a luta, eu iria ativar meu Sharingan, já preparando uma contra-ataque para combater os dois que estavam fazendo selos que me aparentavam ser de Katon pelo padrão. Mas, antes que eu pudesse preparar minha técnica, Saori os acertaria com um Suiton de bastante pressão, os nocauteando por consequência, ficando menos dois. A expressão do do Bispo mudara um pouco, mas ele ainda parecia confiante de que nós morreríamos ali. — Faltam apenas três shinobis de Kiri. Lide com eles, eu fico com o resto. Conto com você! — Bradaria para ela em um tom de "Não vai recusar, é como mandei", o que impressionou ela levemente ao ver que o irmãozinho dela havia crescido e se tornado um homem capaz de tomar as próprias decisões e liderar algo. Mas sem questionar, ela assentiu positivamente e foi de combate contra os três reforços restantes.

— Não vou conseguir vencer um 10 x 1 facilmente. Terei que adotar uma estratégia diferente. — Faria um monólogo interno. Em seguida, enquanto os cultistas esperavam um avanço meu pois o objetivo deles parecia ser defender o Bispo dos meus ataques, ativaria o Kokuangyo no Jutsu, efetivamente cegando todos os 9 cultistas mais o Bispo com a técnica. — E disse-lhe Jesus: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida". Eu ouvi um amém, igreja?! — Bradaria o Bispo. Ao passo em que ele fizesse isso, três dos nove cultistas avançariam contra mim com facas, enquanto os outros pareciam se atacar de forma burra. — Sensor, é sério isso? — Indagaria, me colocando em base invertida novamente para ter maior força de impulsão, e, auxiliado pela previsão de movimentos do Sharingan e minha velocidade máxima, conseguiria antecipá-los para poder desviar tranquilamente, me reposicionando para a diagonal traseira direita.

Apesar dos outros estarem completamente perdidos, estes três conseguem se locomover pelo meu Genjutsu através do Kanchi. E me atacaram pelo fato de eu também ter atingido o Bispo com ele. Apesar de velozes, não aparentam ser muito inteligentes. Sendo assim, colocaria minha estratégia pensada agora mesmo em prática. Vendo que um deles viria em minha direção de forma sanguinária, iria andar na mesma direção que ele. Mas não iríamos colidindo. O que estou querendo dizer? Pois bem, o cultista viria para cima de mim, e, antecipando-o com meu Dojutsu, veria que seu golpe seria linear. Levando isso em consideração, gingaria para a direita me aproveitando da base invertida para maior flexibilidade no movimento, golpeando seu braço com meu cotovelo destro e rapidamente puxando uma Kibaku Fūda com minha mão dominante e colando em seu pescoço, que estara corcundo pela postura que ele tomou para dar o golpe.

Com tudo isso dando certo, notaria o cultista que me atacara e eu colara a bomba entrar em desespero, indo pra perto dos outros. Os que também possuem Kanchi foram tentar ajudá-lo, e, aproveitando da aglomeração, eu não explodiria a bomba, mas amassaria Chakra de fogo no estômago e dispararia como uma imensa bola de fogo com o Katon: Gōkakyū no Jutsu, os atingindo sem força suficiente para matá-los mas efetivamente os desmaiando. Notaria logo após isso que Saori havia conseguido abater os ninjas de Kiri sem machucá-los demais. — Até as coisas nós terminamos em conjunto. Somos do mesmo sangue mesmo. — Diria a ela com um sorriso de canto, sendo respondido com um sorriso, logo virando minha atenção para o Bispo.

— E aí, velho. É só eu e você agora. — Bradaria pausadamente, enquanto desativava meu Genjutsu e fitaria-o intensamente.

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— E assim disse-lhe: "Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos." — Bradaria o Bispo de olhos fechados logo após minha fala, pronunciando novamente coisas que pareciam ter sido tiradas de algum manuscrito. Em seguida, seu corpo começaria a ser coberto por ventanias. — Um usuário especializado de Fuuton. Saori, tira eles daqui. Eu lido com esse coroa fanático. — Bradaria para minha irmã, que assentiria positivamente e criaria clones para auxiliá-la a retirar os corpos desmaiados, desde aliados à inimigos. — Que a justiça do Deus Único recaia sobre você, Iori Uchiha. — Diria ele, obviamente direcionado a mim, juntando ambas as mãos.

Depois, ele estenderia ambas para mim. Nesse momento eu iria avançar contra ele, tudo para ser repelido por uma forte brisa, que me jogara para trás. Em seguida, uma ventania forte recairia sobre toda a área, afetando um pouco as velas no local mas sem as apagarem. Essa ventania seria focalizada em mim, por ele estar com seus braços estendidos em minha direção. Sendo repelido aos poucos eu me manteria levemente firme concentrando Chakra nos pés para não perder o equilíbrio. Eu sei que caso ele consiga me "Controlar" com o vento irá me arremessar contra alguma estrutura sólida, como o chão ou a parede, várias e várias vezes até morrer. Por isso, tinha que pensar rápido para que seu plano não tão minucioso assim não se concretizasse.

— Pelo visto, o vento é mais forte apenas na direção que ele está apontando, nos outros pontos é mais fraco... Já sei alguém que pode me ajudar. — Murmuraria, fazendo lentamente os selos para o Kuchiyose no Jutsu. Quando enfim conseguisse completar a sequência, iria bater em qualquer superfície, invocando Garuda no ar, que, por já estar acostumado com a aerodinâmica e o vento não for muito forte na direção dele, avançaria com tranquilidade em direção ao bispo, o atingindo com seu bico desfocando o de sua técnica por jogá-lo para atrás, logo pousando em um local próximo. Com isso, eu teria liberdade para avançar contra o velho, e assim eu o faria. Antes dele levantar completamente, eu o seguraria pelo seu pescoço e o levantaria, fitando-o intensamente.

— Por favor, não me machuque! Eles me obrigaram a fazer isso. Se não conseguir cumprir essa missão não irão devolver minha filh... — E antes mesmo que ele terminasse de falar, eu o colocaria no Genjutsu: Sharingan com intuito de vasculhar suas memórias. Por algum motivo, eu não conseguiria, havendo uma espécie de "Bloqueio" mental. Ele simplesmente me desmaiaria, e eu o largaria no chão, ainda tentando entender o que houve com minhas capacidades ilusórias.

— Valeu amigão. — Agradeceria a Garuda, que, aparentemente alegre, se dispersaria em fumaça, voltando para seu lugar de origem.

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Finalizada a luta e a missão por consequência, me dirigiria até a parte de fora para encontrar-me com Saori, deixando o Bispo ali jogado e desmaiado aonde estava. Desativando meu Sharingan veria ela terminando de amarrar os cultistas com fios de arame, parecendo bastante cansada pelo trabalho braçal necessitado no processo. Os demais ninjas de Kirigakure pareciam sem muitos machucados, felizmente.

— Já lidei com o coroa ali dentro. Nossa missão está finalizada. — Balbuciaria para ela, que ainda não tinha me notado, mas rapidamente se virou ao me ouvir. — Os reforços já estão chegando. Acho que você não é muito sociável e já vai embora, né? Eu irei testemunhar seus feitos e seu pagamento será feito em algumas horas. — Elucidaria ela com um ar de "Vai logo embora daqui e deixa que eu cuido dessa bagunça. — Você realmente me conhece, né? — Indagaria com um sorriso bobo e coçando a cabeça denotando vergonha, nada de comum pra minha pessoa de fato.

Sem querer atrapalhá-la mais, eu começaria a caminhar em direção a minha casa, e, ao ter passado por ela e me afastado levemente, escutaria: —E Iori?! Eu irei recomendá-lo para o Comitê Investigativo de Kirigakure, você querendo ou não. Sou mais velha então tenho total liberdade para isso. Aguarde ser chamado! — Bradaria ela, e eu simplesmente continuaria andando e acenaria para ela, simplesmente como se não me importasse com o que ela falou, a deixando levemente irritada, mas de forma fofa. "Há um Chefe do Crime de olho em mim... preciso tomar cuidado.

Enfim, seguiria até em casa para dormir.

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