[Filler de Time Skip] Penitências

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Raves

Tokubetsu Jonin

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Qui 21 Jul 2022 - 1:53

Kurohime Aburame

Penitências
Falas | Pensamentos

[Missão Rank-B N.°1 / 525 palavras]

Finalmente, com a queda do falso pastor, o mundo tomava de volta a luz solar e retornava a sua normalidade. Não que metade da população do planeta estando morta não fosse grande coisa, mas também não era algo do qual Kurohime se importaria em lamentar. Entretanto, por conta de seu desaparecimento durante "A Noite Mais Escura", a caolha se viu obrigada a realizar diversas missões em pró de Sunagakure para recompensar sua inatividade no vilarejo.

— Resgatar um totem? Eu tenho cara de arqueóloga por acaso?! — Esbravejava para os quatro ventos, bufando a cada passa dado, enquanto caminhava na direção do que aparentavam serem Ruínas de um templo antigo na Fronteia Norte do País do Vento. Sua missão era resgatar o totem "místico" que estava guardado no local, pois tinham suspeitas entre os superiores de que um grupo de ninjas renegados estava em busca do artefato para fins desconhecidos. A Kunoichi percorria o deserto com certa dificuldade, fazia algum tempo desde que ela não sentia a sensação térmica do calor, aja vista que durante a ausência do sol a temperatura de Sunagakure permaneceu negativa com os longos períodos noturnos.

Não tardou muito para chegar ao seu destino, observando estar diante dos restos de uma arquitetura religiosa que fora muito degastada com o passar dos séculos. — Tsk. Não basta a praga dos Jashinista em Sunagakure e restante do mundo, esse lixo religioso me persegue aonde quer que eu vá. — A mulher apertava a ponta de seu nariz em frustação, sentindo o cenho de sua testar franzir também. — Pequeninos, ajudem a mamãe a procurar um totem de aparência mística. Quanto mais rápidos acabarmos aqui mais cedo estaremos longe dessa espelunca. — Dizia em voz alta, embora não fosse necessário, os besouros da raça Bikōchū assim como a maioria dos insetos especiais do clã seguiam a vontade de sua mestra de forma independente, graças a simbiose que esses insetos tinham com o corpo da Aburame.

Uma nuvem de Bikōchū rapidamente se espalhou pelas ruínas, exercendo o melhor trabalho que eles sabiam fazer: rastreamento. Kurohime, como uma obsecrada por insetos, não deixava de assistir o quão incríveis eram os seus bichinhos narigudos, ao mesmo tempo que também realizava sua própria busca pelo totem místico nos arredores do templo. Os insetos ficavam responsáveis pela investigação interna do local, cobrindo o máximo possível daquela região.

Após cerca de vinte minutos, os Bikōchū encontravam o totem mítico daquelas ruínas, escondido dentro de uma câmara subterrânea. Kurohime tinha força suficiente para levantar o totem, carregando-o em seus braços com relativa facilidade. — Missão número concluída. — Falava com um pouco de soberba. Instantes depois, um grupo de passos poderia ser escutado nos andares superiores, a mulher resmungava com isso e fitava alguns de seus besouros especiais que permaneciam espalhados pelo chão. — Parece que temos companhia. Os Nukenins devem aparecer aqui logo, então, seguiremos conforme o planejado em nosso treinamento. Até loguinho, meus bebês! ♫ — Cantarolava se despedindo, alegremente, enquanto sumia do lugar junto com o totem místico em seus ombros, deixando para trás os insetos Bikōchū como armadilha para seus futuros alvos da missão posterior a essa.

[Missão Rank-B N.°2 / 569 palavras]

Completando a missão de resgatar o totem místico, dava-se início a segunda missão na ruínas do templo abandonado no deserto. As suspeitas sobre o grupo de ninjas renegados mostravam-se verdadeiras após meia hora de espera, cerca de quatro homens e uma mulher chegavam a câmera secreta subterrânea onde o totem se encontrava anteriormente e seu desaparecimento levava ao grupo de criminosos a entrarem em conflito entre si. Kurohime não poderia aguardar oportunidade melhor que essa para ataca-los de onde eles nem veriam o que lhes acertaram.

Os cinco Nukenins continuam discutindo, gritando palavras como "incompetente" e "desgraçado" entre seus iguais, principalmente a única mulher do grupo, a qual parecia ser a grande chefona da tropa. Seus ânimos tinham crescido tanto que seus ruídos preenheciam completamente a sala, tornando-se difícil para se notar o pequeno tremor que acontecia por debaixo do solo. Quando o chão eclodia, no entanto, dois homens mais a mulher conseguiam notar a tempo de reagirem e saltarem numa distância segura, enquanto os dois últimos eram surpreendidos por um enxame de besouros que emergia em da terra e os atacavam violentamente, aprisionando lhes dentro de uma tempestade de insetos.

— Puhuhuhu! Saudações, queridos, poderiam simplesmente morrer todos de uma vez? ♪ — Surgindo entre o enxame, Kurohime cantarolava, exibindo-se como se fosse uma apresentação. Percebia os olhares raivosos e enojados que recebia, mas isso não era suficiente para que ela deixasse o sorrisinho bobo que tinha em seu rosto. A moça triunfava observando a dupla de homens continuarem a insultarem por subestima-los, porém a outra mulher somente fitou a Aburame em silêncio.

A dupla masculina partia contra a Aburame em alta velocidade (12m/s), cada um tomando um lado diferente e visando acerta-la pelas laterais, principalmente o rapaz da direita, que intencionalmente desejavam tirar vantagem da cegueira da Kunoichi. Não esperavam, todavia, que essa fosse ridiculamente mais rápida (22m/s), ao ponto dela ser quem desaparecia da visão dos inimigos e ressurgia nas costas de um deles, aplicando-lhe um chute de direita que o fazia voar contra a parede com grande impacto. Sem perder tempo, a caolha saltava ao segundo homem que estava próximo e também o acertava com outro chute com o qual desabava fortemente contra o solo.

Contudo, nem tudo era tão fácil quanto parecia, ainda existia um verdadeiro desafio naquele combate e esse problema chegava sorrateiro, aplicando um chute por trás do joelho de Kurohime a fazendo perder o equilíbrio, antes de golpeá-la com um soco na horizontal que a arrastava pelo chão com muita brutalidade. Desnorteada, a Kunoichi de Suna não fazia nada ao ser pega pelo colarinho e sentir a outra mulher pressionando seu pescoço na tentativa de sufoca-la. — Honestamente, seria um desperdício mata-la assim, veja que eu sou misericordiosa, que tal você se juntar a mim? Nós seriamos uma boa dupla. — A Nukenin aguardava pela resposta da Aburame, mas tudo que conseguiu foi uma surpresa nenhum pouco agradável.

— Foi mal, não sou do tipo que fica fugindo com o rabinho entre as pernas. — Antes que pudesse se virar uma segunda Kurohime aparecia pelas costas da renegada e aplicava-lhe um golpe certeiro na têmpora, causando-lhe o desmaio e encerrando aquele embate. A primeira Kurohime caía no chão, desfazendo-se num exame de insetos que logo voltavam ao corpo da hospedeira. — Missão concluída. — Finalizava, antes de tomar as devidas providências para levar todo grupo de Nukenins sob custódia à Sunagakure.

[Missão Rank-B N.°3 / 512 palavras]

[...] Desde os eventos relacionados aos jashinistas, um ano havia se passado, no entanto, mesmo em pleno 15 DG, Kurohime ainda tinha de cumprir suas penitências com Sunagakure. A Kunoichi recebia uma nova missão de sua patente, desta vez, uma escolta na qual alguns banqueiros estão transportando um carregamento de Dinheiro para algumas cidades do País do Vento, com seu risco de viagem sendo considerado de nível mediano.

— Será que eles perceberiam se eu roubasse uma quantia generosa? — A caolha sussurrava consigo mesma para que ninguém a ouvisse, enquanto assistia os banqueiros guardando os cofres na carruagem que partiriam. Era necessário estar preparado para uma viagem daquela magnitude, com duração de vários dias e diversos criminosos ocultos entre as dunas aguardando pela melhor oportunidade de agirem, por isso os membros da carroça e Kurohime se juntaram para fazer um plano de estratégia com os Nukenins que viessem a aparecer.

Saindo em viagem, todos os participantes se colocavam em seus respectivos assentos. Kurohime ficava junto ao piloto da carruagem, lugar no qual poderia assistir não somente a viagem por completa como também manter sua atenção para a paisagem externa e reagir com prontidão em caso de perigo. O sol nesse dia estava mais quente do que o habitual, a Kunoichi até conseguia reconhecer os primeiros sinais de insolação em alguns dos viajantes, o compartilhamento de mantimentos como água e comida tornavam-se vitais e suas economias ainda mais importantes. Kurohime observava que a temperatura do ambiente era ruim até para seus insetos, aja vista que embora sua tolerância ao calor fosse grande eles ainda não tinham conforto ao serem expostos diretamente nessas condições, tampouco as sombras da carroça eram suficientes para melhorar essa situação, e ela pressentia que teria de cumprir sua missão sem depender muito de suas principais habilidades.

Felizmente, a primeira de muitas paradas acontecia em cerca de poucas horas. A mulher do óleo continuava mantendo guarda durante o escoamento dos cofres para seus respectivos destinos, garantindo de que nenhum ladrãozinho se aproveitasse dessas brechas entre os intervalos; como imaginava, foram inúmeras as vezes, com vários grupos de criminosos diferentes, todos tentando colocar suas mãos naquelas quantias exorbitantes de dinheiro vivo. Para o azar dos criminosos, Kurohime estava sendo pior do que um cão de guarda, ao perceber que ela mesma não poderia tomar qualquer moeda de ouro para si, ela ficou determinada a garantir de que ninguém iria rouba-la e esfolaria a pele de qualquer engraçadinho que fosse longe demais.

Esse processo se repetiu durante vários dias seguidos: preparação de saída na cidade; viagem desgastante; parada numa cidade; escoamento de dinheiro; proteção aos cofres; esfolamento de vagabundo; e preparação de saída na cidade, repetindo tudo novamente. Kurohime poderia se dizer entediada com a rotina monótona, apesar da parte em que ela sadicamente desmancha toda a epiderme nos corpos dos criminosos sempre fosse divertida ao seu prazer, mas, para sua felicidade, a última cidade finalmente aparecia na paisagem do horizonte. Ao chegar nela, Kurohime tratava da papelada que deveria responder ao comprimento de sua missão, dando sua missão como concluída.

[Missão Rank-B N.°4 / 534 palavras]

Passando-se algum tempo, Kurohime recebia outra missão na mesma cidade a qual tinha finalizado sua última tarefa. Desta vez um grupo infame de Nukenins mercenários está assaltando vários lugares pela região, o novo objetivo da Aburame era encontrar o líder do grupo e desmantela-lo. Uma característica importante desse grupo, relatada entre os moradores e vítimas, era que seu líder, "Kiroshi Yamaguchi", se disfarçava entre a população e fazia rondas pelas regiões que pretendia realizar seus assaltos, com a provável intenção de explorar as melhores oportunidades para agir.

Buscando tirar vantagem dessa informação, Kurohime solicitava um vestígio do procurado a fim de começar a seguir seu rastro. Enviavam-na um pedaço de tecido rasgado informado ser parte de um dos antigos disfarces utilizados pelo renegado, deixado para trás num de seus assaltos anteriores. A ideia principal da Aburame era utilizar de seus insetos para rastrear o alvo, no entanto, a espécie especial de Bikōchū, fazendo uso de seus poderosos olfatos para encontra-lo. Conforme a vontade de sua hospedeira os Bikōchū iniciavam seu trabalho, farejavam primeiro o tecido de antemão e depois saiam voando para todos os lados, espalhando-se discretamente por toda a cidade para cobrirem o máximo de área possível.

Cerca de uma hora depois, felizmente, um grupo de seus besouros retornava com a localização do renegado descoberta. Kurohime percorria o caminho em sua velocidade média (12m/s), ela não podia desperdiçar aquela oportunidade, mas também não queria chamar atenção suficiente para que o Nukenin desconfiasse. A população da cidade era bem alta, era fácil conseguir se misturar com a multidão, logo a vantagem estava completamente com o fugitivo.

Kurohime chegava ao que parecia ser um grande restaurante de lámen, no qual alguns civis faziam suas refeições do meio dia, e para sua sorte e com ajuda de seus besouros narigudos encontrava seu alvo bisbilhotando atentamente o movimento da loja enquanto saboreava uma marmita, disfarçado e misturado na clientela do lugar. "Concentração, Kurohime, essa é uma oportunidade única, você consegue desmaiar esse arrombado com um soco, só precisa fazer com jeitinho..."

Furtivamente, a Kunoichi de Suna caminhava em passos lentos para onde o Nukenin estava próximo, visualizando que esse estava distraído prestando mais atenção nos funcionários da loja. A princípio, ela desejava chegar próximo suficiente sem levantar desconfiança do rapaz, apenas sentando-se ao lado desse para aguardar pelo melhor momento de atacar; o que ela não esperava, no entanto, era que o rapaz já soubesse de sua intenção e se levantasse lhe dirigindo um soco na face...

— Pois bem, facilita o meu trabalho, ainda bem que nunca ando despreparada. — Pronunciava com um sorriso, encarando o sujeito levantar a mão quebrada com o impacto que ela sofrera. Com um reflexo de luz do ambiente a armadura transparente de Doton era revelada envolvendo todo corpo de Kurohime, essa qual já estava devolvendo o soco que tinha tomado. — SHANNARO!!! — Exclamava junto ao estrondo de seu punho esmagando o sujeito no chão, causando um alvoroço no restaurante entre as pessoas e funcionários próximos dos ninjas. Nocauteado, Kiroshi Yamaguchi era capturado e mandado para a prisão de Sunagakure, com o restante de seu grupo sendo também capturado dias depois, fazendo disso mais uma missão concluída para a Aburame.

[Missão Rank-B N.°5 / 522 palavras]

[...] — Caralho, não recebo folga sequer no meu aniversário!? — Bradava indignada lendo o conteúdo de um pergaminho, esse que trazia mais uma missão para a Aburame que fazia seus 22 anos de vida naquele dia. Em Outono de 16 DG, atualmente, Kurohime havia se tornado uma mulher madura tanto de corpo quanto de mente. Embora sua visão científica e mórbida do mundo ninja não tenha sofrido alterações, ela sofreu mudanças sutis em sua personalidade, antes imprudente e histérica, para um "alter ego" mais controlado e convincente.

Sua nova missão consistia numa incompetência da própria vila. Uma semana atrás, um quartel, especializado em Marionetes, sofreu um ataque surpresa, mas conseguiram resgatar quase todos do local, menos os dois melhores manipuladores de Sunagakure. E atualmente, várias cidades espalhadas pelo Deserto do Vento estão sendo atacadas por poderosas marionetes, muito parecidas com as marionetes da Areia Oculta. Kurohime tinha que ir atrás dessas marionetes e encontrar os causadores desse problema, possivelmente, os dois manipuladores supostamente mortos, Homuka e Makirou.

Rastrear a dupla de titereiros não era uma tarefa difícil, ao menos para Kurohime, o pergaminho da missão informava que a maior série de ataque das marionetes acontecia no Sul do país e, sendo do Clã Aburame, com auxílio de seus Bikōchū farejando de antemão tornavam as coisas muito mais fáceis. Essa facilidade irritava ainda mais Kurohime até certo ponto, mas, também a fazia sentir orgulho próprio vendo que suas habilidades estavam refinadas para esse ramo de trabalho. No fim ela chegava ao que aparentava ser uma pequena aldeia civil, os sinais de destruição contemplavam todo seu horizonte, mesmo que não soubesse o verdadeiro potencial que as marionetes de guerreilha poderiam ter a Aburame sabia apreciar uma generosa chacina quando bem feita.

Quatro marionetes surgiam sobrevoando os céus em velocidade altíssima, diminuindo a distância que tinham da Aburame em questão de segundos. "Poupando-me o trabalho de encontra-los... Certo, eu não retorno sem a cabeça desses dois separadas dos corpos." Pensava irritada, recuando mais e mais a cada ataque em conjunto que o quarteto de bonecos fazia. Suas proezas em Taijustu e sua velocidade superior tornavam possíveis a realização de evasivas laterais, saltos elaborados e corridas de curta distância, ao ponto de que a Kunoichi sequer dava muito atenção no quão efetivas suas esquivas estavam sendo, mas formulava uma teoria de como poderia finalizar aquele combate.

— Mushi Damashi no Jutsu. — Pronunciando sua técnica a Kunoichi enviava seus insetos por debaixo das marionetes, os quais subiam nos bonecos e, sendo atraídos pelas fontes de chakra, percorriam discretamente as linhas que conectavam os fantoches aos seus manipuladores. Em questão de segundos o quarteto inanimado parava de se mover corretamente, permitindo que Kurohirme simplesmente os ignorasse e saísse em busca dos fugitivos problemáticos.

— Patéticos... Mas acho que matar vocês é melhor do que celebrar sozinha em casa, então, obrigado pelo "presente de aniversário". — Dizia inexpressiva em seu tom e semblante, fitando a dupla derrotada com a perda de chakra em seus corpos, antes de puxar uma Kunai para finalmente terminar o serviço e decidir voltar para Sunakugare, e talvez assim, finalmente cumprindo suas penitências.

| N° de Palavras: 2662 | N° de Post's: 01 |

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