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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Dazai
Chūnin
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[Capítulo - Solo] - Gray Eyes 5dec40b5fc969ba492910c74d91c04bf
HP: 1150/1150
CH: 1250/1250
ST: 00/07
Palavras: 1000
- Falas
"Pensamentos"
Gray Eyes
2x Missões Rank B

A Lua brilhante pairava sobre uma pequena aldeia, dentro dela havia um casebre luxuoso num local mais afastado no país, próximo a algumas ferroviarias que seguiam até confins distantes, era uma noite calma e serena como qualquer outra desse ambiente, um local simples mas muito caridoso e amigável para os moradores, fazendo ser um grande atrativo para grandes famílias com um mínimo fundo monetário, a distância de quaisquer perigos e a boa localização num local pacífico era o suficiente para ricos de todos os lugares se reunirem numa outra sociedade, mas naquela noite algo estava diferente.
Os grilos cantavam junto das cigarras numa grande sinfonia que logo era cortada bruscamente com o som de um grande objeto se rachando contra o solo foi o suficiente para despertá-la naquela noite. Intrigada e levemente assustada foi conferir a origem do som, logo percebendo que havia sido no quarto de seus pais, o único ambiente com as luzes ainda ascesas em plena madrugada, a pequena lentamente subiu as escadas esfregando suas pálpebras, ainda estonteada com o sono em que estava. Após terminar de subir os degraus, virou ao lado e ficou rente a um largo e extenso corredor que terminava numa porta com uma pequena fresta perceptível, este corredor era o mesmo onde os outros quartos da casa ficavam, e aquela sala entre aberta era o escritório, o mesmo que pertencia a seu pai. Calmamente a garota foi se encaminhando até a sala ascesa, então empurrando um pouco a porta, esgueirando seus olhares para dentro do cômodo, era um verdadeiro massacre.
Uma forte pancada mental a avisava do que estava acontecendo, mas ela não queria acreditar no que seus olhos estavam vendo, a cabeça de seu pai estava decapitada em cima de sua escrivaninha com um triângulo invertido fechado por um círculo cravado em sua testa, a última feição da face do homem que a inspirava todos os dias era do puro medo, o terror da morte iminente. Desesperada, a criança solta um grande grito que ecoa pelos corredores, com lágrimas saindo de seus olhos, ela cai no chão desesperada e em completo choque com sua visão, como última reação, ela vai correndo até o quarto de seus pais numa tentativa esperançosa de achar os braços amorosos e carinhosos de sua mãe, mas como um choque agora familiar, ela encontra o corpo de sua mãe com uma grande katana enfiada no peito e os pulsos completamente cortados e também com o mesmo símbolo marcado em sua testa, o som do objeto rachado emanou do quarto, a mulher usou de suas últimas forças para derrubar um pequeno vaso na cabiçeira e tentar acordar sua filha do perigo na casa antes de ser apagada completamente, o som do gotejar do sangue dos pulsos de sua figura materna foi a última coisa que a garota ouviu antes do completo silêncio e da visão de um breu súbito.

No dia seguinte, o Sol escaldante pairava sobre as cabeças dos moradores da Nuvem, as regiões montanhosas estavam movimentadas acima do padrão com o novo fluxo que surgiu recentemente de uma proposta nunca antes vista, o Jashinismo movia corações e fazia revoltas em todas as nações e em Kumogakure não era diferente, religiosos de várias colônias e vilas se reuniam em diversas revoluções, um deles foi um ataque num trem de um grande empresário, Bao Zangoi, responsável por grande investimentos econômicos do país, com medo de sofrer esses golpes contratou a escolta de um shinobi para sua proteção, porém, essa missão sofreu um grande desastre causado pelas ações do ninja contrado, tendo que agora arcar com as consequências de seus erros e da culpa de seus atos.
Yuta estava com a cabeça encostada no seu travesseiro olhando para uma pequena fresta que as cortinas deixavam em sua janela, deixando um pequeno feixe de Sol adentrar em seu quarto completamente escuro e desorganizado, seus olhos cinzas estavam cansados da mesma vista de sempre e de uma vontade maléfica que lentamente crescia em seu peito, ele tinha escutado alguns toques em sua porta e um barulho arrastado de algo sendo passado por sua porta, mas o mesmo não tinha vontade nenhuma de se levantar dali, seus olhos as vezes ficavam mais fechados do que abertos e com certa frequência resmungava consigo próprio respondendo prováveis vozes atormentadoras em seus pensamentos, tinha horas que seus olhos ficavam marejados com alguma lembrança aterrorizante ou do fardo de seus pecados, era uma situação deplorável.
Após algumas horas, o mesmo se levantou de seu conforto e verificou o que se tratava aquele som, logo vendo que tinha recebido duas tarefas a serem feitas naquele momento, duas missões que iriam acompanhar sua nova graduação, mas quando começou a ler o pergaminho, logo o mesmo foi rapidamente manchado com lágrimas que escorriam do Hattori. O mesmo só arrumou seu cabelo ensebado com um pente que havia em sua cômoda e amarrou a bolsa de armas em sua cintura, ao abrir a porta, o forte brilho do Sol irritava seus olhos frágeis e agora mal acostumados com tanta claridade.
O Chunnin foi rumo ao portão da vila, apresentando o pergaminho aos guardas e partindo rumo a estrada. Suas tarefas eram concertar os estragos causados com seu último fracasso do trem de Zangoi, a primeira missão era arrumar fazer uma manutenção nos trilhos próximos a ferroviaria, afinal, parte deles haviam sido explodidos naquela grande bola de fogo feita pelo líder daquele bando, também deveria juntar os restos mortais das vítimas explodidas e procurar se algum fragmento de documento havia sido deixado no local. Sua outra tarefa era procurar alguns dos criminosos que estavam envolvidos naquele incidente, um do grupo que participou do saqueamento dos vagões, procurando pistas do paradeiro de parte do grupo e resgatar alguns documentos que haviam sido saqueados pelos responsáveis do furto, aparentemente, alguns daqueles criminosos estavam atormentando uma pequena aldeia próxima.
Com um bom atraso, o Hattori partiu rumo a primeira ferroviaria, seguindo todo o caminho até o local do incidente para iniciar suas tarefas.

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Então, o Hattori partiu rumo aos trilhos onde todo o desastre havia acontecido, a cada passo que ele caminhava rumo aquela direção após começar a se deslocar de Kumo era um novo ruído que crescia em seu cérebro, as vozes de lamento e desespero daquele dia, a futilidade de seu ser as vezes espantava a si próprio, após o caso de Kirigakure o Chunnin realmente começou a pensar que poderia ser um herói, que poderia mudar o mundo e tranformar um local sem brigas e sem guerras, mas os pecados eram cada vez mais presentes em sua vida, desde o dia que Himeno morreu em seus braços, não... Foi desde o dia em que sua amada mãe havia falecido, desde aquele maldito dia ele já estava destinado a ser um ninguém como foi seu pai, a figura que era pra ser seu herói e o símbolo de justiça em sua vida era um homem cheio de defeitos, e agora Yuta finalmente havia começado a entender os erros que todos cometem, o passado que assombra todos nós.
O caminho era demorado e estava longe de ser minimamente interessante, árvores são só árvores e motanhas sempre serão só montanhas, nada de novo era apresentado em seus olhos além da dor e isso fazia cada passo ficar num ritmo mais desacelerado com a desmotivação, será que ele devia mesmo continuar essa missão? Ele realmente deveria desenterrar aqueles fantasmas de seu descanso com a maldição da sua presença? Ou será que devia só deixar tudo de lado? A cria de seus poderes era só uma presença infértil, sua vontade lentamente era desestabilizada com as imagens daquela cena, aquela maldita cena que se repete todos os dias em sua cabeça, os gritos, o fogo, os vagões, Zangoi, os inocentes, o líder criminoso roubo inocentes fogo gritos culpa culpa culpa... Culpa, tudo isso era culpa sua.
O Hattori parou por alguns instantes e apenas começou a lacrimejar sozinho, abaixando a cabeça e começando a refletir sobre seus próprios atos, a desistência estava ao próximo passo que o mesmo fosse dar, um pensamento veio em sua cabeça, o que é realmente ser um herói? Após uns bons minutos sentados encostado numa tora de madeira refletindo, o mesmo chegou a uma conclusão, ele precisava descobrir se alguém como ele podia ser um herói, alguém como os verdadeiros grandes shinobis, alguém como Mei.
As próximas paradas foram breves, ele estava destinado a se entregar de corpo e alma para essa causa, não podia desistir até saber se realmente ainda podia ser um ninja. Agora, faltava poucos minutos para finalmente chegar naquele vale amaldiçoado.

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Após longas horas de caminhada os passos do Hattori foram queimando por toda a estrada fazendo uma rota até alguns trilhos numa vila distante no País do Relâmpago, próximo a fronteira dos outros países que Kumo dividia território, dentre uma grande paisagem montanhosa, era possível perceber um caminho feito por construtores para trens e afins conseguirem trafegar pela área, porém, tinha uma região que estava completamente explodida num grande incêndio, separando os trilhos para todos os lados e fazendo uma grande abertura na passagem, impossibilitando veículos atravessarem aquele circuito, que mesmo após o lançamento de Trens-Bala ainda era bastante movimentado devido aos vários pontos que as ferroviárias passavam, então ter essa parte destruída era péssimo para os sistemas maquinários, então, o trabalho inicial do Chunnin era terminar aqueles trilhos antes que cause mais problemas do que o mesmo já havia causado.
Quando finalmente chegou naquele vale próximo a algumas montanhas com longos cumes, a memória lentamente ia ficando mais sólida, agora ele conseguia sentir a brisa batendo em sua pele queimada, o som da explosão e dos gritos de agonia claramente junto com a risada do líder, a visão do caos completo enquanto o homem debochava de seu estado, a mesma cena que foi o estopim para um colapso mental completo em sua cabeça, ele olha rente ao horizonte pairando o cume e sei peito começa a arder, ele coloca sua palma esquerda em seu estômago enquanto cobre seu olho direto com sua mão destra, uma ânsia misturada com um enjoo repentino, o coração palpitando cada vez mas forte e um sentimento de vertigem, todas essas sensações não eram únicas e sim bem familiares, foi a última coisa que o mesmo sentiu antes daquele gás ascender, era como uma imersão completa em seu passado, uma memória vívida que fez o mesmo começar a murmurar sozinho, relembrando daquela história, daquele pesadelo.

Ele estava de joelhos frente ao líder agora descoberto como Jashinista, os passageiros agora estavam rindo e debochando de sua fraqueza assim como o líder que o espancava até sangrar no chão, ele esmagava a cabeça do Hattori contra o vagão com a sola de sua bota preta, humilhando o ninja que não podia ter qualquer tipo de reação, ele aperta ainda mais até quase fazer seus glóbulos saltarem para fora de seu rosto, até que ele começa a escutar palavras vindo dos reféns, ofensas direcionadas ao Chunnin rebaixando ainda mais sua moral resaltando ainda mais a impotência que o mesmo sempre soube ter desde criança. Então, o criminoso ri mais uma vez enquanto o corpo de Yuta começa a se incendiar até se tornar uma grande bola de fogo, explodindo até fazerem seus corpos carbonizarem com sua própria chama, o líder parece não ser atingido da explosão do Hattori, ele apenas sai rindo em direção aquele cume. Agora, Yuta estava agachado em frente a inúmeros corpos que o mesmo matou com sua explosão, mesmo com seus corpos destruídos completamente pelas chamas, ele sente sua alma ser observada pelo fundo vazio da falta de olhares nos corpos, culpa era a única coisa que o mesmo conseguia ouvir, ele tenta se levantar mas é agarrado pela mão dos corpos que o começam a puxar em direção ao solo. O pesadelo de suas ações, o pesadelo que é a realidade.

Esses pensamentos começaram a se instaurar na mente do jovem, que apenas cai de joelhos no chão com o rosto coberto de lágrimas, ele tenta limpá-las mas o mesmo não possui vontade nem para levantar seus braços, ele nunca se sentiu tão fútil em toda a sua vida, tão impotente e tão descartável pra sociedade, era melhor que ele nem existisse, se não, mais pessoas iriam morrer por sua imprudência.
- Não... Não. Não, chega disso... CHEGA! Gritava consigo mesmo enquanto acertava sua cabeça com pequenos socos laterais, ele não queria mais pensar, não queria sequer existir, viver era um fardo muito pesado para ser carregado por alguém tão minúsculo e tão impotente. Ajoelhado, ele olha para cima vendo as nuvens se formando pelos céus fechando o clima do país, talvez nem o Sol aguentasse mais olhar para tanta fraqueza.

Completamente sozinho e perdido, ele começa a sentir um calor em seu corpo como se braços femininos rodeassem seu tórax em um gesto carinhoso, ele apenas amolece seu braços ficando apenas ajoelhado olhando para o horizonte, ele sente uma fraca brisa passando por seus ouvidos, como se sentisse o vento dizendo algo.
"Como eu queria ter você aqui comigo, poder te ver e te abraçar uma última vez..." Murmura internamente, ele lembrava de quem era aquele calor, começou a lembrar das vezes que seu pai o ensinou a controlar as chamas, as vezes que sua mãe o levou num pequeno restaurante barato perto de casa para comer sua comida favorita, as vezes em que ele brincava de bolas de neve com a sua irmã, ele não sabia mas era o menino mais sortudo do mundo em ter gente que amava ele por perto, era uma dádiva divina da natureza em conceder o amor, o amor que ele precisava agora.
Ele se levantou e enxugou de vez suas lágrimas, ele precisava enfrentar aquela coisa que assombrava o seu passado, o medo é uma doença que se não for combatida ela vai lentamente te consumindo até te reduzir a inexistência, e o Hattori estava a um passo da desistência, essa era talvez uma das únicas formas de seguir em frente no momento. Ele se levantou e pegou o pergaminho que recebeu do Quartel de Kumo, pronto para iniciar sua tarefa.

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Dazai
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HP: 1150/1150
CH: 1250/1250
ST: 00/07
Palavras: 572
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Gray Eyes
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O Hattori pegou o pergaminho e respirou fundo, ele até iria seguir a ordem dita na tarefa mas achou importante primeiro fazer um outro trabalho mais sentimental, com antecedência ele se concentrou no atual e deixou seus pensamentos vazarem por sua mente por pelo menos o tempo que ele precisava para terminar esse serviço inicial, assim, ele começou uma varredura pela área da explosão, determinando uma metragem mínima para sua busca, ocupando sua cabeça com outras ideias para não se lembrar com clareza do ocorrido novamente, a memória era difícil demais para se suportar num momento como esse, era hora de se concentrar e focar na missão que tinha que fazer.
A busca era complicada, a área de explosão enviou diversos destroços de metais e alguns buracos no solo daquela região montanhosa, então tudo deveria ser averiguado dentro de buracos ou por debaixo de engrenagens soltas e isso dava um cansaço extremo no jovem, carregar metais e metais para todos os lados a procura de itens que talvez ele nem encontre eram frsutantes, mas após algumas horas, ele achou algo traumatizante.
Ele tinha certeza, ele sentia o ressoar dentro de sua alma, a chama da culpa crescendo lentamente. Embaixo de vários escombros implorando por salvação, um corpo carbonizado até a metade de seu rosto e por algumas partes de seu tórax, sua mão direita estava estendida para fora das engrenagens como se em vida ele implorasse por salvação, mas ninguém veio e ele morreu sozinho por culpa dos atos de Yuta, imediatamente, o sentimento bateu em seu coração e uma ânsia começou a embrulhar seu estômago, não era de nojo por cadáveres afinal ver corpos mortos era cada ez mais rotineiro, era um enjoo de sua própria existência ao lembrar do grito do homem preso pelos pecados do Hattori.
Ele começou a desenterrar o corpo morto do rapaz, seus os olhos estavam marejados e cheios de arrependimentos, o mundo era cruel com os mais fracos e essa agora era a sua realidade. No meio do processo trabalhoso que Yuta estava realizando, o mesmo foi percebendo cada vez mais e mais restos mortais espalhados por diversos locais, ele praticamente estava desovando túmulos de pessoas que nem ao menos podiam descansar eternamente, o incomodo veio não só para suas almas mas como também atingiu a mente do Chunnin que murmurava com cada corpo em lamentos de perdão.
Após poucas horas fazendo todo esse serviço, ele recolheu todos os restos que ainda faltavam naquela estrada e foi enterrando-os um a um num gramado próximo, fazendo orações pela alma de cada um deles a cada terra que fosse jogada em seus corpos, no final, desculpou-se por todos os pecados que cometeu, ele sabia que o perdão não iria vir e pelo menos não agora, o seu trabalho era ajudar as famílias prejudicadas por suas atitudes, ele só conseguia pensar em quantas histórias ele encerrou naquele dia, quantos vazios foram criados por seus atos? Ele sabia que não importava quanto ele se perguntasse ele nunca conseguiria obter a resposta dessa forma, a solidão que ele formou em inúmeros corações podem nunca nem sequer serem percebidas pelo Hattori, e isso fazia seu peito arder.

Após minutos de lamento pelos mortos, ele continuou seu serviço, agora, tinha que realizar mais algumas tarefas.

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Emme



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Dazai
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Dazai
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[Capítulo - Solo] - Gray Eyes 5dec40b5fc969ba492910c74d91c04bf
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HP: 1150/1150
CH: 1250/1250
ST: 00/07
Palavras: 570
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"Pensamentos"
Gray Eyes
2x Missões Rank B

Agora, após já feito uma das tarefas partiu para a próxima etapa, seu próximo objetivo seria achar os pertences daqueles que foram mortos que já não estivessem em seus corpos e recolher todos os itens de passageiros que achasse perdidos, sejam eles durante a explosão ou só durante a movimentação da saída dos vagões ou algo que foi deixado pelos criminosos durante o furto, qualquer objeto com o mínimo valor sentimental ou material deveria ser resgatado e recolhido pelo Hattori, que novamente começou outra varredura, mas agora se atentando em pequenos objetos que fossem estar espalhados pela terra.
Os primeiros minutos foram os mais exaustivos e demorados, o Hattori não sabia exatamente o que estava buscando e nem como deveria encontrar, talvez itens tenham sido sobterrados, talvez já tenham sido saqueados por outros ou só teve a chance de nada cair para fora dos vagões, ele não tinha nenhuma forma pra buscar mais rapidamente então teve que passar algumas horas escavando a região para encontrar alguma coisa para se orientar, obviamente os que estavam mais próximos dos trilhos foram fáceis de serem buscados, mas como ele iria saber que tinha resgatado todos os objetos? Tinha alguma cota mínima? Coisas assim passaram em branco no pergaminho, então ele colocou um limite máximo de duas horas de busca que caso não encontrasse algo dentro desse tempo, iria enviar para o Quartel apenas uma mensagem de aviso, mas, após uns longos minutos em sua cabeça, ele começou a vasculhar próximo aos corpos e aos restos mortais das vítimas da explosão, delimitando uma área para onde cada corpo estava, foi bem mais fácil encontrar dessa forma. Logo após uma certa busca, começou a achar joias como alianças ou colares incrustados com pérolas preciosas próximas a sua área de busca, com o tempo os itens que o mesmo encontrava foram ficando cada vez mais escassos, começando agora a só escavar mais aleatoriamente e contar com a sua sorte.
Em um dos buracos cavados por Yuta, ele conseguiu achar algo que parecia uma moldura com uma madeira meio desgastada, dentro dela um retrato bem empoeirado pela terra e sujo com restos da explosão, ele estava parcialmente queimado mas ainda era possível ver um pai erguendo uma criança pro céu, ambos estavam sorrindo felizes, com certeza era um retrato de uma família unida e feliz. Aquilo destruiu completamente o Hattori que se sentou no chão e ficou olhando para a foto por alguns instantes, saber que tinha roubado a alegria de uma pequena garotinha com um futuro pela frente, será que seu pai era um homem bom? Isso tentava desviar sua mente da destruição de seus atos, era agoniante saber o mal que seus atos fizeram a alguém, quando você escolhe fechar seus olhos para a verdade no começo pode ser reconfortante, mas desafiá-la cara a cara era desgastante demais, o mesmo já não tinha certeza nem se continuar a missão era uma boa escolha, um ninja inútil é só o próximo a ser morto ou vai ser a ruína de alguém, esse era o fato que tinha descoberto com aquela foto. Com um sorriso entristecido, seus olhos por um momento se encheram de emoções repentinas, podia ser ele a criança naquela foto, podia ter sido ele o garoto amaldiçoado a viver agora sem uma figura paterna, ele tinha condenado um pai de uma humilde família ao desastre, tudo isso para brincar de herói, quanta ignorância. O Hattori que causou tudo isso, esse era seu segredo mais obscuro.
Apenas colocou a moldura junto aos outros itens achados e os guardou num recipiente entregue pela Academia para esta missão, deixando num local mais separado antes de enviar para o Quartel General para distribuir os bens dos passageiros. Um pouco mais frágil mentalmente, Yuta não viu outra opção a não ser continuar suas tarefas.

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Chūnin
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[Capítulo - Solo] - Gray Eyes 5dec40b5fc969ba492910c74d91c04bf
HP: 1150/1150
CH: 1250/1250
ST: 00/07
Palavras: 665
- Falas
"Pensamentos"
Gray Eyes
2x Missões Rank B

Sua próxima tarefa seria procurar alguns documentos perdidos durante o saqueamento dos vagões. Um dos itens mais valiosos de todas aquelas familias hospedadas no trem talvez nem fosse suas riquezas encarnadas em joias brilhantes ou colares caros com diamantes reluzentes, e sim a importante papelada que empresários carregam em suas maletas, papéis esses que vinham com assinaturas de pessoas importantes no mercado econômico para as mais diversas tarefas, esses documentos podiam valer mais do que centenas de vidas dependendo das informações contidas no mesmo, isso era de extremo valor para grandes empresas e deixá-los soltos no meio da estrada não soava uma boa ideia, por isso, devia recolher os destroços dos documentos e achar algumas páginas que foram roubadas antes que elas viessem a público.
Sem mais delongas, o Hattori começou juntando os papéis jogados e queimados que foi achando pela estrada, os mais destruídos ele apenas juntou-os num monte e queimou os restos numa grande fogueira, já que já estavam quase completamente destruídos, a melhor forma de garantir que nada fosse vazado das corporações seria o extermínio das provas, então pensando por esse ponto Yuta acreditou ser a melhor atitude a ser tomada naquela hora. Os que ainda fossem legíveis ele colocou numa grande maleta designada pelos empresários e os organizou do mais queimado até o menos destruído.
Mas, ao fazer a contagem de folhas que a Academia passou para ele, viu que o número não batia com o recebido no pergaminho, ele vasculhou e buscou mas não encontrou nada além do que já tinha guardado, então, fez uma suposição mais arriscada: Alguns dos criminosos daquele dia tinham conseguido fugir com algumas maletas, provavelmente algumas delas tinham o resto do que ele precisava, o problema é que ele teria que enfrentar o seu pesadelo, o cume onde seus sonhos foram destruídos.

Ele caminhou até toda a paisagem ser uma enorme região montanhosa quase inacabada, seus cumes podiam ser comparados com a maior das construções e ainda sobraria muitos materiais para chegar em pedras tão elevadas, e exatamente em um desses cumes que a maioria dos arruaceiros tinham fugido naquele dia, só de olhar na direção daquele ponto específico já lhe dava calafrios e fazia sua espinha arrepiar com o medo, medo de si próprio, o medo de fracassar novamente.
Seu estômago embrulhava e sua visão entrava numa espécie de espiral inacabável, a vontade do vazio foi tomando seu corpo fazendo suas pernas cambalearem com suas forças sendo drenadas, ele sentia o doçe da morte em sua boca como se soubesse que iria morrer se fosse se adentrar por lá, ou talvez fosse só seu inconsciente querendo o término de sua própria história, sua alma ressoava com diversas outras que foram libertas naquele dia, em sua mente, aquele cume era o cume infernal dos mortos, o cume onde sua ruína começou. Passos para trás foram ficando cada vez mais constantes, um ruído crescia em sua mente dando duas ondas distintas, um deles era um coral infernal de gritos torturosos com um som insuportável e o outro era a uma voz feminina que ele não se recordava ao certo.
Essa voz a cada palavra que dizia parecia que seu corpo ia parando de tremer como se fosse confortado por inúmeros pássaros, logo ele foi reconhecendo aquele timbre, o mesmo timbre que o fez agir naquele expurgo ocorrido em Kirigakure, a voz de sua mestre, Mei-Sensei. Suas falas que pareciam revestidas de sentimentos de tão importante que foram pro Chunnin fizeram sua visão desembrulhar lentamente, ser a égide era uma tarefa cada vez mais complexa, mas ele precisa conseguir, não só por ele e sim por elas e todas as almas que não podiam descansar até terem sua vingança de volta, claro, talvez isso envolvesse o fim do Hattori para um descanso eterno, mas era um pecado que ele iria resolver mais tarde.

Lentamente, começou a caminhar em direção aquele cume maldito, procurando quaisquer pista ou rastros que pudessem mostrar o paradeiro dos arruaceiros.

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Dazai
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Dazai
Chūnin
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HP: 1150/1150
CH: 1250/1250
ST: 00/07
Palavras: 831
- Falas
"Pensamentos"
Gray Eyes
2x Missões Rank B

O Hattori logo começou sua procura atrás de pistas que pudessem o levar até o paradeiro dos criminosos, a busca não era muito eficiente pela sua baixa qualidade em rastreamento do mesmo, então cada vez mais o tempo foi passando e nenhum indício foi achado pelo Chunnin, que começou a pensar em medidas que preferiria não abdicar, uma delas era reviver aquele momento em sua cabeça com o máximo de detalhes possível para se recordar com exatidão dos passos feitos pelos criminosos, mas não sabia se realmente deveria ir a fundo em suas próprios lembranças, afinal, há coisas que a mente humana esconde de seus olhos para não enxergar aquilo novamente, talvez fosse se lembrar de algo que o apavore ainda mais. Os fantasmas de seu próprio passado eram seu maior terror. Ele não havia outra escolha, nem sabia ao certo o que buscar exatamente, ficar andando em círculos esperando alguma bênção divina não mudaria nada na ajuda do caso, então, começou a olhar ao horizonte entre o cume fixamente, não observando sua passagem ou sua beleza cintilante, ele buscava enxergar através daquela presença física, ele buscou olhar entre a linha que separava a realidade de sua cabeça e o massacre causado naqueles vagões, ver através do fogo poderia ser sua dávida ou uma completa maldição.

Ele lentamente começou a se lembrar daquele dia, vários capítulos foram sendo pulados até o momento pós explosão, sua mente ainda estava desnorteada e seus ouvidos emitiam um zumbido de seus próprios tímpanos com o choque do fogo contra o solo, mas além dos gritos de agonia e o semblante sorridente daquele homem ele conseguiu se recordar de duas coisas que não fazia ideia do que eram exatamente, uma delas era a citação da frase "Morimoto está morto" ou algo similar, mas afinal, quem era Morimoto e porque isso surpreendeu tanto aquele líder que esboçou surpresa instantaneamente? Será que era o real líder de toda aquela fundação ou alguma peça chave num jogo muito maior que o garoto podia compreender? Seja lá o que for, a procura de pistas podia ser fundamental para achar o homem que fez todo esse desastre ocorrer ou pelo menos buscar uma vingança digna de todo esse desastre. A outra coisa que refrescou sua memória era o local para onde os criminosos foram junto ao líder após esse anúncio repentino, eles seguiram por cima do cume e continuaram rente por alguns instantes, a movimentação do grupo era alta, então talvez pegadas ou rastros de poeira fossem o suficiente para o levar até algo realmente útil.
Enquanto tentava focar nas partes úteis, era inevitável agora ver com clareza o real estado daquela situação, o vagão pegando fogo com civis queimando em desespero com seus últimos gritos eram a verdadeira sinfonia do inferno em sua cabeça, a única coisa que conseguiu desenvolver com aquilo foi um grande trauma e uma aversão inexplicável ao fogo, que logo podia ser ligado com aquelas sensações causadas pelos gases naquele laboratório, será que isso pelo menos chegava perto do que aquelas três pobres almas sofreram ao serem conectadas? Ou era uma dor muito além da compreensão humana? Aqueles experimentos não poderiam ter sido feitos por algo realmente que vive entre nossas terras e se alimenta de nossa comida, era algo muito mais diabólico do que sequer o Hattori conseguia imaginar, talvez Moira e esse líder compartilhassem do mesmo neurônio pois ver dezenas de inocentes terem suas peles carbonizadas e achar aquilo algum tipo de comédia também era fora de questão, seja como for, ele precisava trabalhar para impedir isso.

Agora com tudo mais vívido em sua visão, se encaminhou através dos rastros que ia achando, alguns começavam em pegadas pesadas de provavelmente corpos mais robustos, algumas davam em galhos quebrados e algo que pareciam rastros de cortes realizados na terra , algumas até davam em respingos de sangue completamente secos em alguns gramados espalhados, seja como for, tudo indicava que era o caminho onde aquele bando tinha fugido. Pelo o que o pergaminho constava o líder de toda aquela operação não estava mais nos limites do País do Relâmapgo então talvez nem fosse ter tantos problemas assim, mesmo o rank da missão ser mais alto que sua média.
O tempo foi passando e finalmente Yuta parecia ter chego em algum lugar, seguindo todos os rastros que levou até o entardecer pareciam terem terminados num pequeno acampamento com algumas barracas armadas e um tracejar de fumaça solto pelos ares, provavelmente eram parte dos arruaceiros se escondendo da noite, mas agora, o Hattori que seria a Lua em suas visões.
Esperou um momento oportuno para agir, após aqueles atos pensar e repensar suas ações o ajudaram a tomar decisões menos suicídas e improváveis para coisas mais realistas, ele não queria cometer o mesmo erro então seu raciocínio foi apurando junto com a quantidade de vezes que a voz do chefe asqueroso martelava em seus ouvidos. De qualquer forma, esperou a noite cair pelos céus para então começar a agir.

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Dazai
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Dazai
Chūnin
[Capítulo - Solo] - Gray Eyes 5dec40b5fc969ba492910c74d91c04bf
[Capítulo - Solo] - Gray Eyes 5dec40b5fc969ba492910c74d91c04bf
HP: 950/1150
CH: 1175/1250
ST: 01/07
Palavras: 1714
- Falas
"Pensamentos"
- Jashinistas
Gray Eyes
2x Missões Rank B

A Lua lentamente se estabelecia nos céus e agora, o Hattori iria começar a agir. Primeiramente, nesse meio tempo ele se concentrou em analisar a posição dos guardas e os caminhos que faziam, alguns ficavam dentro de suas cabanas conversando outros faziam algumas patrulhas pelo local fazendo rondas em locais até que minimamente afastados do resto do bando, talvez começar pelos patrulheiros noturnos fosse um bom começo, mas preferiu continuar analisando através de uma pedra numa outra montanha próxima. Alguns guardas pareciam rir de forma exagerada enquanto mostravam suas riquezas, uma até pareceu familiar para o Hattori, talvez de dentro do trem ou de algum outro civil que percebeu durante o caminho, e dentre esses itens apresentados lá estava uma grande maleta esbelta com entalhes dourados num grande metal enegrecido, com certeza revestindo a segurança de seja lá o que estiver escrito nos papéis desse equipamento mas pelo menos agora ele tinha seu alvo localizado, continuando sua observação também percebeu que a maioria estava armada com tipos variados de armas brancas desde kunais até grandes foices curvadas, e também pela contagem do garoto eram ao todo seis capangas contando com os dois responsáveis pela patrulha, todos trajando longos mantos brancos com um triângulo negro invertido em suas costas, alguns até vestiam balaclavas em seus rostos com esse símbolo também marcado em suas testas.

Agora com as informações necessárias, esperou um momento oportuno até um dos patrulheiros ficar num local mais afastado, assim dando uma boa observada com atecedência para garantir que não seria percebido por algum outro fugitivo. Primeiramente, deu um grande salto entre as pedras até alcançar a ponta daquela montanha, usando um pouco da sua força para se manter preso na pedra ao invés de deslizar pelo desfiladeiro, com isso, se levantou e furtivamente se encaminhou até alguns arbustos por ali perto, assim, esperando um momento que o homem fosse dar as costas para o mesmo atacar. Mas, durante seu percurso até aquele capanga sua baixa furtividade e sua desastrosidade fizeram com que pisasse em um pequeno galho próximo, fazendo um estalo consideravelmente alto perto daquele mato.
Obviamente, o guarda virou atencioso em direção ao som e o Hattori sabia que se continuasse ali seria claramente percebido pelo rapaz, então, flexionou seus joelhos e deu um grande impulso com boa parte de sua velocidade até o homem, sua maestria naquela técnica parecia fazer com que o corpo de Yuta virasse apenas uma silhueta e surgisse nas costas do rapaz (Kage Buyō). Instintivamente, o criminoso com o som tentou se esgueirar para trás, mas antes que conseguisse se mover o Chunnin já havia acertado um grande soco em sua nuca com toda a sua força, fazendo o homem cair completamente imóvel com o rosto contra o chão, o real problema foi o som de sua queda, que fez todos os outros cinco criminosos entrarem em guarda.
"Ótimo, vou ter que improvisar..." O Hattori já viu a movimentação através dos arbustos juntos com alguns chamados pelo provável homem inconsciente, então, o Chunnin queria usar sua força ao seu favor, esperou o primeiro homem encapuzado atravessar a mata e qunado chegou do outro lado, deu um grande chute descendente em sua perna esquerda fazendo a mesma entortar para o outro lado como se tivesse quebrado, acompanhado do golpe veio um grande grito de agonia que fez todos os passos que ele escutava ficarem cada vez mais apressados, rapidamente, o Chunnin segurou a cabeça do encapuzado e com toda a sua força a atingiu contra uma pedra próxima fazendo gotas de sangue jorrar por seus dedos vinda de uma ferida aberta na testa do homem, ele provavelmente não estava morto, mas a concussão seria o suficiente para causar um bom estrago. Logo, quatro figuras chegaram no local e cercaram o Hattori, que só olhou com frieza para cada um deles.
- Porra é ele... Sussuravam alguns dos Jashinistas entre si. - Olha só que temos aqui, se não é o caozinho perdido do trem, queimou muito foi querido? Bem que nós estavamos te procurando desde aquele dia. Entoou um rapaz que deu um passo a frente, olhos claros e cabelos loiros, tinha um corpo maior do que o da média entre os outros.
- Recebemos ordem direta de caçar um garoto de cabelo preto e uma jaqueta com botões espirais, me lembrava de você ser maior bonitinho, mas infelizmente não passa de um muleque, trata direito essas queimaduras ai viu? Ou eu vou te queimar mais ainda. O homem tentou uma intimidação direta, mas não pareceu afetar muito o Chunnin, que apenas deu alguns passos a frente.
- O que vocês querem fazendo tudo isso, qual o propósito de tanto sangue? Perguntou o Hattori enquanto via o homem loiro também se aproximar, desembainhando uma grande foice.
- O que todo homem são deseja, a vida eterna, a graça que Jashin pode oferecer a todos nós, uma pena que um herege feito você não possa entender tudo isso. Disse quase rindo enquanto olhava nos olhos de Yuta.
- Então vou mandar você e seus amigos pra conhecer o seu Deus. Ditou Yuta enquanto começou uma investida para cima do homem a sua frente, ele apenas sorriu de forma debochada e desferiu um golpe ascendente mirando na mandíbula do Chunnin.

Rapidamente, usou sua força para parar seu corpo antes que a lâmina o alcançasse, dando apenas uma ferida leve em seu ombro, em seguida, o Hattori segurou o cabo da arma e usou de toda a sua força para desarmar seu oponente que não conseguiu resistir a essa força contrária. Os outros três capangas começaram a se movimentar em direção a Yuta, que continuou focado no homem a sua frente. Arremessou a foice em direção ao desfiladeiro e em uma grande investida ficou frente a frente com o homem do manto branco, ele tenta desferir um soco no rosto do Shinobi mas logo é interceptado pelo braço esquerdo de Yuta, que segura o pulso do homem e puxa seu corpo para próximo do seu, assim, dando um soco com conhecimentos do Gouken aplicados na mandíbula do rapaz que é acertado em cheio, sendo levado-o um pouco para trás com o choque do golpe.
Yuta puxa novamente o homem para seu alcance começa a socar sem parar o rosto do Jashinista que começa a afundar com a potência dos ataques, seus dentes começam a voar pelo chão e um de seus olhos parece começar a nem funcionar como deveria, o sangue escorre pela face do criminoso e fica marcado no punho do Chunin junto com lágrimas que escorrem do seu rosto. Mas ainda assim o Hattori continua socando sem recesso até os outros capangas se aproximarem e desferirem alguns cortes pelas suas costas, rasgando levemente sua pele, com a dor, ele solta o corpo do seu oponente que cai completamente imóvel no chão.

- SEU HEREGE DESGRAÇADO! Gritou um dos outros três meliantes ao ver o estado do homem que foi espancado pelo Chunnin, ele parte para cima de Yuta enfincando sua espada na perna do garoto que solta um pequeno grito de dor. Yuta usa dessa aproximação para segurar o homem pelo pescoço e o levantar com sua força até seus pés desencostarem do chão. Nesse tempo, a raiva do Hattori foi ficando cada vez maior até as chamas azuladas tomarem seu corpo num formato de um grande manto azulado representando a chama que tinha despertado em seu coração naquele momento (Kori no Okami no Mezame). O homem sendo erguido ficava com seu rosto cada vez mais inchado, enquanto isso, um dos outros capangas tenta se aproximar mas logo é chutado para longe pela perna direita do Hattori, o outro restante se afasta um pouco e junta ambas as suas mãos imitando o formato de uma arma com os dedos, assim, uma grande esfera líquida começa a se formar e logo é disparada contra Yuta, que larga o corpo do homem e desvia daquela massa de água. O criminoso que estava sendo enforcado parecia apenas tentar retomar seu ar e o chute no estômago do outro foi o suficiente para fazê-lo agachar e agonizar no chão.
Logo, apenas um rapaz faltava para terminar aquela parte do serviço, ele tenta correr mas logo é interceptado pelo Hattori que quebra a perna esquerda do homem com um grande chute, fazendo o mesmo cair no chão e começar a agonizar.
- AI, MERDA! Porfavor Jashin me ajuda, alguém me ajuda, SOCORRO! Gritou o criminoso enquanto se rastejava para longe tremendo completamente com lágrimas escorrendo de seus olhos, Yuta apenas pisou na mão do homem prendendo-o ali mesmo.
- Isso é por todos os seus pecados. Foi a última coisa que o Hattori disse antes de pisar com toda a sua força na nuca do homem que batia contra o chão completamente inconsciente ou até morto.

Yuta agora cheio de sangue lentamente deixou as chamas retornarem a seu corpo enquanto analisava ao seu redor, primeiramente veio o choque de suas ações, o mesmo não sabia que tinha capacidades de fazer isso mas agora já estava feito, era só mais um trauma que ele teria que lidar, o sangue de mais gente escorrendo entre os seus dedos, a morte era algo cada vez mais rotineiro em sua vida, hoje podiam ser esses homens, mas amanhã podia ser o Chunnin. Acordar todos os dias sabendo que pode morrer a qualquer momento, era mesmo um ato de heroísmo ou só idiotice? Seja como for, ele não tinha tempo de ser reflexivo agora, precisava levar aqueles documentos junto aos outros, e foi isso o que ele fez.
Andou até o acampamento e pegou aquela grande maleta de ferro que faltava, mas, percebeu que logo ao lado tinha uma pequena carta, curioso, abriu e leu seu conteúdo para saber do que se tratava.
Aparentemente, era uma carta que esse grupo recebeu de algum outro esquadrão, nela dizia algo sobre o ataque na família Togata ter sido sucedida, e logo isso despertou a memória da outra missão que ele havia recebido, talvez isso fosse relacionado com aqueles criminosos que estavam atormentando uma vila próxima, com curiosidade, guardou a carta e retornou até onde havia deixado os compartimentos com os documentos que encaminharia para a vila e começou a se preparar para sua próxima tarefa, agora, tinha que concertar o real estrago para as ferroviárias.

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[Capítulo - Solo] - Gray Eyes Image10
Dazai
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HP: 950/1150
CH: 1175/1250
ST: 00/07
Palavras: 833
- Falas
"Pensamentos"
Gray Eyes
2x Missões Rank B

No caminho até os trilhos explodidos, pegou algumas folhas e algumas faixas que tinha consigo e amarrou em seus ferimentos, nada que fosse lhe regenerar nada ou curar de alguma forma, afinal o mesmo não sabia usar ervas medicinais, era só uma forma preventiva para que o sangue não continuasse jorrando de seus ferimentos. Quando finalmente havia chego novamente no local desejado, colocou a maleta junto com todos os outros itens que teria que entregar ao Quartel General como os pertences e os documentos roubados, agora, pegou de sua bolsa um pequeno manual que havia recebido da ferroviária que indicava a forma que teria que seguir no tratamento dos trilhos até sua reconstrução civil, como foi sua culpa pela explosão, a Academia designou como algo justo que tivesse que reparar seus erros.
Sem muita enrolação, ele pegou o manual e começou a ler detalhadamente cada etapa da montagem do carril, não era um trabalho tão complexo, mas sua cabeça fazia cada tarefa lógica ter o dobro de sua dificuldade natural, então as partes que mais se encaixavam com seu porte foram rápidas. Primeiro começou com a remoção dos destroços que sobravam, alguns fragmentos dos trilhos anteriores ainda tinham ficado presos pelo solo ou conectados no resto do carril, por isso ele começou recolhendo os destroços pelo solo e juntando numa grande pilha de metais que tardiamente teria que descartar, depois, foi na madeira que ainda restava no carreiro e removeu as placas queimadas usando principalmente sua força bruta, como já estavam bem desgastadas com as chamas não foi uma tarefa tão complexa principalmente para sua força monstruosa, também ajeitar os ferros soltos não era tão complicado, o problema era a estruturação do novo carril para a colocação dos trilhos.

O manual constava que deveria primeiro calcular a distância com os materias disponibilizados, mas sempre que ele começava a conta ele sempre se perdia com os números altos ou a medida certa a ser utilizada, então o tempo foi passando e a progressão foi cada vez menor, com certeza o Hattori não era de exatas.
Após muito tempo, as madeira certas foram conectadas com o resto do carril, agora faltava ligar os metais para formar os trilhos e o trabalho estava feito. O Chunnin pegou as ferramentas e os materiais e começou a montagem da estrutura do carreiro.
Minutos ou horas iam se passando e Yuta conectava e desconectava os metais, seu medo de montar a estrutura de forma errada era maior que sua certeza com o manual, e se ele errar? Será que um trem pode ser descarrilhado por sua culpa? Quantos morreriam? Vagões, fogo, morte... Culpa. Um ciclo sem fim se iniciou na mente do Hattori que fez repetir a mesma montagem dezenas de vezes, todas ele mudava alguma coisa ou pelo menos achava que estava mudando, a chance de errar consumia seu corpo as vezes até inconscientemente, talvez devesse abandonar o trabalho de uma vez, ele poderia machucar alguém por conta de sua burrice, sua burrice... Porque tão inútil? Imprestável e inconsequente, se não fosse burro para agir naquela hora ele poderia ter salvo quinze vidas, mas sua confiança em sua própria força tinha que superar qualquer razão lógica, pensar não custa nada e mesmo assim ele o torna uma tarefa tão cansativa, que deprimente, que vida deprimente.
Por um momento, ele largou os materiais e entrou numa crise infinita espiral em sua própria cabeça, erros geram a morte e a morte gera a culpa, mas no final ele que escolheu viver essa vida, ele poderia ter ficado em casa e só esperar que os verdadeiros shinobis cuidassem do trabalho, mas não, ele tinha que agir, tinha que mostrar pro mundo a sua grande força e dom, era só um ser patético implorando por atenção, ele não era útil pra esse mundo, nunca foi e nunca será, porque ele virou um ninja mesmo? Nem o mesmo sabia agora, seu estômago revirava e sua cabeça girava e balançava, um barco perdido na imensidão do oceano, o mesmo que lentamente o engolia para dentro para o abismo.

Com ambas as mãos na cabeça e olhos marejados, ele começou a se perguntar o real motivo da existência, porque a vida humana era tão efêmera? Bom, ele sabia que nunca teria essa resposta, por isso, bastava ele trilhar seu destino, afinal, o que os lamentos iriam ajudar agora? A forma que ele tinha de contribuir era concertando aqueles trilhos, ficar mais forte para impedir de mais pessoas morrerem, a chama que seu pai tinha foi passada para sua irmã, que por sua culpa agora era ele quem teria que cuidar até o seu leito de morte, então, era isso que iria fazer. Começou a se acalmar com memórias passadas de tempos antigos, quando finalmente retornou a realidade e terminou de vez o serviço, montando os trilhos e renovando alguns mais enferrujados na região.
Pronto, finalmente sua missão estava concluída, agora, bastava entregar os resultados para a ferroviária e enviar os itens recolhidos para a Academia.

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Dazai
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Chūnin
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HP: 950/1150
CH: 1175/1250
ST: 00/07
Palavras: 282
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"Pensamentos"
Gray Eyes
2x Missões Rank B

Com todas as tarefas da primeira missão concluída, o mesmo juntou todas as suas coisas e os itens que teria que entregar numa grande mochila disponibilizada pela Academia, assim, seguiu viagem até a ferroviária mais próxima que ficava a alguns quilômetros de distância. A viagem por si só era até refrescante com a grande vista que aquela cordilheira tinha, mas o cansaço mental fazia tudo parecer tediante com a frequência que vistas assim já tinham se tornado em sua vida, a graça e a vontade de se aventurar já não era mais algo real em sua cabeça, ele só queria terminar aquele serviço logo para voltar para sua cama e continuar sua vida imprestável e cansativa onde recebia ordens, cumpria ordens e decepcionava todo mundo.
Boas horas já tinham se passado desde o começo dessa tarefa, e a cada segundo que passava uma questão crescia em sua mente, realmente valia a pena tentar vingar todo mundo? Talvez ele nem prestasse pra esse papel, seria mais adequado chamar ninjas experientes para esse papel, afinal, o Hattori só sabia ser salvo por terceiros, quando dependia de sua força era patético em todos os quesitos, mas agora ele tinha um dever, cuidar daqueles  outros arruaceiros atormentando aquela pequena vila dentro do País do Relâmpago.

Depois de certo tempo, finalmente começou a ver uma grande instalação metálica acompanhada de um mar de trilhos, era a ferroviária que tanto precisava ver, apenas deixou os itens junto dos guardas locais apresentando sua identificação e o pergaminho de Kumo, logo entenderam a situação e então resgataram a mochila de Yuta assinando também o papel que ele precisava.
Agora, precisava caçar alguns criminosos numa vila próxima, mais trabalho, mais mortes.

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Dazai
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Dazai
Chūnin
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HP: 950/1150
CH: 1175/1250
ST: 00/07
Palavras: 428
- Falas
"Pensamentos"
Gray Eyes
2x Missões Rank B

Com a primeira missão completa, Yuta organizou suas coisas e partiu para mais uma longa viagem, agora, com destino ao leste do país numa pequena vila escondida num enorme montante de cordilheiras enormes. Ver montanhas e o céu estrelado já era repetitivo e exaustivo, mas era intrigante imaginar se havia algo além desse enorme cosmo, algo maior com dimensões maiores, o Hattori nunca foi do papo cientifico mas certas coisas eram atrativas para a humanidade quase de forma instintiva, mas o seu instinto parecia querer dizer algo que o mesmo não entendia, e essa falta de compreensão de seus próprios sentidos era frustante. Não saber ao certo o que pensa exatamente e o que deseja fazer mesmo tendo um sentimento no fundo de sua alma que tenta te orientar de alguma forma, talvez tenha sido isso que tentou impedir suas ações aquela vez, se tivesse um controle e poder maior talvez ele conseguisse despertar esse sentido, mas o que está feito já foi feito, ele não pode viajar atemporalemente mesmo que fosse sua vontade, apenas podia agora lamentar consigo mesmo por eras.
O tempo foi passando e finalmente o pequeno lobo havia chego perto do local, sua primeira vista além de um grande aglomerado de rochas foram uma grande ponte sobre um lago cristalino que levava a uma pequena vila iluminada pela noite, era uma bela paisagem de se admirar, era possível ver pessoas caminhando pelas ruas e se divertindo com a graça do anoitecer, algumas se entretiam com as águas do lago e outros já estavam em completo descanso com luzes apagadas, após viver tanto tempo numa grande vila o Chunnin tinha esquecido como era viver numa vida simples, trabalhar, passar um tempo com a família e acordar no dia seguinte com um grande sorriso, a simplicidade era algo que ele havia perdido desde que saiu de sua própria casa, desde então nunca mais soube ver esses ares longe de quarteis ou de grandes intrigas econômicas ou sociais, e também não parecia um lugar que gostava do caos, sendo perceptível com a falta de pichações ou reclamações jashinistas sobre o governo pintadas pelas paredes, era tudo que o Hattori queria, ficar mais tempo com os que amava, a sua família.
Então, o pequeno lobo atravessou a grande ponte até os portões do locais, apenas mostrou sua identificação na Hitai-Ate junto do pergaminho para os guardas e continuou sua missão, agora, deveria investigar o que de fato tinha acontecido no último ataque, aparentemente, teriam alguns policiais na cena que iriam orientá-lo e passar as informações básicas.

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HP: 950/1150
CH: 1175/1250
ST: 00/07
Palavras: 856
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"Pensamentos"
- Guardas
Gray Eyes
2x Missões Rank B

Finalmente frente com a cena do crime, o Hatori conseguiu observar um grande casebre luxuoso, era uma estrutura com dois andares com diversas janelas espalhadas e decorações douradas, era provavelmente a melhor moradia que o dinheiro conseguia pagar naquele local, a única coisa que o Chunnin conseguiu pensar é o desperdício, comprar casas tão enormes com milhares de pessoas sem dinheiro para as coisas básicas, gastar em absurdos assim era desnecessário e só traria mais mortes para todos, mais um erro da humanidade, a ganância. Enfim, o trabalho dele não era julgar o dono da casa, e sim o que fizeram com ele.
Ao adentrar no casarão conseguiu ver uma grande sala praticamente impecável, não tinha nada fora do lugar e os móveis estavam ainda bem limpos mesmo para o caso que lhe foi passado, um único detalhe fora de lugar era o sofá que estava levemente bagunçado como se alguém tivesse dormido nele. No mesmo andar ainda tinha cozinha, banheiros e alguns outros cômodos mais diversos porém nada parecia fora de ordem de alguma forma. Só tinha um detalhe que cheirava, ou melhor, escutava mal em toda essa história, tinha um som desde que o Hattori entrou na casa que não parava, parecia um som contínuo de ar sendo soprado ou de gás vazando, mas preferiu ignorar por hora, mesmo esse som lhe trazendo memórias bem ruins. O Hattori foi em direção a escada que subia para o próximo andar, próximo a ela algumas faixas de "não ultrapasse" acompanhadas de alguns guardas, que logo o Chunnin foi dialogar sobre.
- Hattori Yuta, sou o Chunnin enviado pela academia para ajudá-los nesse caso. Diria num tom meio mórbido e melancólico, um dos guardas deu alguns passos a frente, tinha um cabelo raspado e uma barba longa.
- Prazer senhor Yuta, me chamo Murata Hashibira, sou o encarregado desse caso, te passaram as informações da investigação? Entoava enquanto estendia seu braço para um aperto de mão, que logo o Hattori devolvia num singelo cumprimento.
- Só por cima.
- Bom resumindo, conheça Jigoro Ubayashiki. Diria enquanto passava uma foto de um homem de cabelos grisalhos para o Chunnin. - Jigoro é o líder da família Ubayashiki, a mesma que controla grande parte das vendas de armamentos ninjas por boa parte do país, ele recentemente se mudou junto de sua esposa, Kanata Kocho para essa vila a fim de evitar problemas com o surto religioso recente. Novamente repassando documentos fichados de Kanata Kocho e algumas informações empresariais para Yuta.
- Na madrugada de ontem a casa foi invadida e tanto Jigoro como Kanata foram assassinatos por membros Jashinistas, o pior é que a filha do casal, Eri Ubayashiki sumiu por volta do mesmo horário, seja lá quem cometeu esse crime não deixou pistas, sem sinais de arrombamento, sem digitais em nada, os pingos de sangue foram limpados da arma então não levam a lugar nenhum, sem pegadas, não temos nada, é quase como se um fantasma tivesse entrado aqui e matado os dois, enfim, conto com a sua ajuda. Entoou esperando alguma resposta do Hattori. Enquanto novamente dizia suas palavras, mostrou algumas fotos tiradas pelos investigadores locais, mostrando o estado do corpo de ambas as vítimas.
- Obrigado senhor Hashibira, vou dar uma olhada lá em cima. Logo o guarda deu alguns passos para o lado e o Chunnin subiu as escadas até o segundo andar. A cada passo dado, o som de gás lentamente ia crescendo em seus tímpanos a ponto de começar um desconforto interno, uma sensação de nostalgia indesejada em todo o seu corpo, o fogo, o maldito fogo.

Dando uma olhada rápida em ambas as cenas, era possível ver uma cabeça decapitada com um símbolo Jashin cravado na testa do homem em cima de sua própria escrivaninha, o corpo estavam jogado pela cadeira com o sangue começando a coagular e secar pela sala, o único detalhe minimamente importante era a janela que estava aberta mas sem sinais de arrombamento, o próprio homem tinha aberto antes de morrer.
No outro cenário, era possível ver uma mulher com uma grande espada cravada em seu peito enquanto deitava em sua cama, seus pulsos estavam completamente cortados com feridas abertas, ao lado dela, um criado-mudo com um vaso derrubado completamente estilhaçado em pedaços, na testa dela o mesmo símbolo marcado com seu próprio sangue.
Sejá lá quem fez tudo isso, com certeza não queria piedade em suas ações. Junto a polícia, o Hattori deu um check-up geral no casabre mas não encontrou nada de muita utilidade, apenas a demora de Yuta em realizar quaisquer tarefas simples, sempre enrolando tudo o que fazia e murmurando consigo próprio enquanto atravessavam os corredores, ele não aparentava estar muito são com toda aquela situação. Ver corpos mortos depois daquele expurgo em Kirigakure se tornou habitual, então era preciso mais do que corpos empalados para abalá-lo fortemente, óbvio que ver corpos dessa forma fazia sua culpa ficar mais forte do que nunca, afinal, se não tivesse enrolado e saído de casa mais cedo podia ter tentado impedir esses acontecimentos, mas agora, estava feito.

Junto com os guardas, eles começaram a decidir o próximo passo da investigação.
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Dazai
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Chūnin
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HP: 950/1150
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ST: 00/07
Palavras: 613
- Falas
"Pensamentos"
- Guardas
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Após um consenso geral, a maioria concordou em começar por depoimentos de civis próximos ao local do crime nos horários estipulados pela perícia, Yuta estava mais como acompanhante do que de fato ajudando na investigação, seu baixo intelecto não lhe permitia processar as informações direito e as vezes só fazia sua mente embaralhar com os fatos e suas teorias, por isso só ficou dando suporte nas ações tomadas pelos guardas e caminhando junto a eles para garantir a proteção do grupo, eles ainda não sabiam a localização do criminoso então sempre ficar atento era uma boa tese, talvez ele tentasse atacar seus investigadores ou ele nem soubesse que estava sendo seguido. Mas de qualquer forma, não eram vidas que o Hattori estava disposto a sacrificar, então protegê-los de qualquer ameaça iminente já ajudaria bastante.
Então, começaram com algumas perguntas nas lojas próximas a casa, em seguida, passaram para civis que moravam com vistas frente ao local do crime até chegar em pessoas aleatórias que frequentemente transitavam por aqueles locais. O tempo foi passando e todos relatavam as mesmas coisas, estavam ocupados com seus trabalhos pessoais e não viram nada acontecer de estranho por aquele horário estipulado, e o mesmo foi se repetindo por mais e mais relatos até toda quase toda a área estipulada pela perícia já ter sido coberta de perguntas, eles estavam cada vez ficando mais sem ideias.

Enquanto faziam alguns questionamentos para alguns civis, um deles pareceu ter visto alguma coisa na madrugada do dia anterior, aparentemente, o senhor Jigoro repentinamente abriu sua janela cobrindo sua própria boca com um pano enquanto parecia se abanar ou tentar aerar a sua volta, era de fato uma visão um tanto estranha, porque ele tomou aquelas atitudes? Talvez tinha algo invadindo seu quarto? Logo, o Hattori conectou esse fato com aquele som de gás vazando por toda a casa, provavelmente essas pistas tinham alguma conexão e pelo o andar da investigação até agora provavelmente não conseguiriam muito mais informações interrogando civis aleatoriamente, mas pela segurança dos guardas o Chunnin disse pros detetives continuarem perguntado para moradores locais se tinham visto alguma coisa enquanto ele iria na cena verificar uma teoria. Um pouco confusos, eles concordaram em separar as equipes e partiram para as próximas moradias.

Agilmente voltando para a cena do crime, o Hattori entrou no escritório de Jigoro e começou a perceber a mais fraca das vibrações através de sua forte audição, e buscando pela origem da frequência, conseguiu perceber que atrás da mesa do Ubayashiki havia um encanamento, mas por algum motivo, tinha um pequeno furo em um de seus tubos metálicos, fazendo uma pequena quantia de gás vazar para o resto da sala, não seria prejudicial e nem preocupante de início principalmente num ambiente aerado, mas expor isso por muito tempo num local fechado podia fazer a sala inteira se lotar de gases. Agora o Hattori provavelmente sabia o motivo da abertura da janela, não havia sinais de arrombamento porque o criminoso forçou o homem a abrir uma entrada para o meliante, a inteligência avançada do culpado desse crime seria preocupante para o pequeno lobo.
Mas, se a vítima inalou esse gás por tanto tempo, talvez a causa da morte nem seja o decapitamento sofrido, talvez ele tenha ido a óbtio pelo próprio ar inalado, criando essa pista falsa a fim de distrair a atenção dos policiais na procura de problemas estruturais na casa, então independentemente do que ocorreu com o corpo ele teria uma dica no encanamento local, e foi isso que o Chunnin foi verificar, pegou seus pertences e se dirigiu até o exterior da casa onde procuraria por mais pistas.

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"Pensamentos"
Gray Eyes
2x Missões Rank B

Logo Yuta se dirigiu até o exterior da casa, mais especificamente para a parte traseira do local onde a maioria dos canos do local desciam até o subsolo da cidade na rede de encanamentos. Primeiramente começou uma varredura pelo ambiente buscando itens largado pelos chãos ou problemas externos nos encanamentos da casa, após alguns minutos de procura o Hattori localizou entre algumas pedras o que parecia ser um tanque metálico sem rótulo ou qualquer tipo de identificação, o que mais chamou sua atenção era o encaixe que a lata possuia no topo de sua estrutura, era quase um tipo de spray que ele podia conectar a um cabo maior ou borrifar o próprio gás direito do tubo, talvez fosse o item que o criminoso usou para espalhar o ar modificado pelo escritório de Jigoro. Agora o Chunnin tinha certeza, o sujeito usou do encanamento para assassinar o homem, sua cabeça desconexa do corpo era só um capricho artístico de seus serviços, seu próximo objetivo era rastrear o caminho de sangue deixado pelas lâminas que fizeram aquelas atrocidades com o homem e sua esposa.
Sua suspeita era como o homem havia atravessado o muro e invadido a vila, provavelmente considerando os métodos usados até agora com a discrição tomada em todas as suas ações, ele provavelmente não arriscaria criar uma abertura chamativa ou entraria por qualquer local que pudesse ser visto por alguém que não fosse uma de suas vítimas, então talvez o sujeito se tratasse de algum tipo de shinobi treinado, afinal seria fácil usar de algum jutsu para escalar aquelas altas paredes sem levantar suspeitas.
Por esses motivos o Hattori foi buscar por além da área da vila, usando do Ki Nobori no Shugyō para manipular seu chakra e andar pelo muro da aldeia, assim saltando sua estrutura e indo para o outro lado, onde uma grande cordilheira de montanhas escondia uma extensa floresta fechada.

As árvores com seus troncos tão próximos uns aos outros fazia o rastreamento de qualquer informação demorar o dobro do tempo comum ainda mais com a falta de atenção de Yuta, mas após uma profunda busca o Chunnin conseguiu perceber um pequeno rastro de gotejares de sangue seco no gramado que seguia para dentro do coração da floresta, entrar dentro do covil inimigo poderia ser uma ideia cheia de problemáticas mas agora  o Hattori não se via com muitas escolhas, continuou seguindo o rastro achado até encontrar o seu fim, onde provavelmente o levaria frente ao criminoso gasoso.

Após alguns minutos indo e vindo e se perdendo dentre o matagal, o Chunnin encontrou o que provavelmente seria o fim do caminho. As últimas gotas da trilha acabavam com uma vista no que parecia ser um casebre de madeira abandonado e já bem destruído, era possível ver rodeando o local mais de quinze homens com mantos brancos e balaclavas com o símbolo jashinista marcado em suas testas, sem dúvida era o centro de toda aquela operação, o Hattori começou a se preparar para a guerra, se haviam tantos guardas protegendo um único local, era provável que fosse ali onde Eri estivesse sendo mantida pelo criminoso. O Chunnin começou a analisar o ritmo da patrulha de cada um dos guardas até montar alguma estratégia de entrada.

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Chūnin
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CH: 1175/1250
ST: 01/07
Palavras: 663
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"Pensamentos"
Jashinistas
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Após longas horas, Yuta começou a aprender alguns movimentos que se repitiam nas patrulhas de alguns guardas, por isso, começou a esperar os momentos certos para abater cada um deles, primeiramente, como eram muitos guardas ele precisava afastá-los do centro do casebre e separá-los em pontos onde ele consiga abatê-los com menos chance de ser descoberto ou visto por algum outro ser no campo.
Sua primeira iniciativa foi com os mais fáceis de serem nocauteados que eram os que cobriam as pontas maiores da floresta, dos quinze guardas o que aparentava é que quatro deles foram designados para patrulhar pelos cantos do abrigo numa figura quadrangular, se dirigiu até a vértice inferior mais próxima e se escondeu atrás de uma das grossas árvores que possuia naquela mata, assim quando o guarda se aproximou, usando dos conhecimentos do Muon no Ken ele rapidamente puxou o soldado pela gola de suas vestes e desferiu um grande golpe em sua testa usando de toda a sua força, fazendo o homem desmaiar instantaneamente com a concussão da força monstruosa do Chunnin. Após isso, rapidamente escondeu o corpo inconsciente atrás do tronco onde estava se escondendo, assim, juntando ambas as suas mãos e fazendo três selos sequênciais para manipular seu própria chakra, assim, uma pequena névoa tomaria o corpo do pequeno lobo e quando ela se dissipasse, o Hattori estaria fisicamente idêntico ao homem nocauteado a sua frente (Henge no Jutsu). Com seu físico alterado, ocultou de forma melhor o corpo do Jashinista e saqueou seus bolsos a fim de buscar alguma ferramenta característica que o mesmo usada, achando assim uma kusarigama meio enferrujada, iria servir.

Segurou a ferramenta com ambas as mãos e andou calmamente na direção de alguns guardas assegurando a porta, o Hattori sem falar nada tentou adentrar no casabre tentando não levantar suspeitas, mas logo era barrado por um dos homens.
- Ou ou ou Genichiro, tá indo aonde cara? Fica no teu posto, o chefe não liberou a entrada ainda. Dizia enquanto encostava a mão no peito do Chunnin impedindo ele de dar um passo a frente.
- Eu, eu... Preciso ir no banheiro. Disse o Hattori meio desesperado.
- Sério cara? Ai pelo amor de Jashin, tu é idiota? Faz na árvore cacete. Era fácil de notar desconfiança em sua fala e seus olhos que eram minimamente espremidos por suas pálpebras.
"Droga, ele já deve estar desconfiando, vou ter que improvisar..." Disse a si mesmo enquanto respirava fundo e virava para trás e dava poucos passos em direção a uma árvore.
- Certo, certo, foi mal ai, é que eu to muito apertado e– Cortou sua própria fala enquanto usava de toda a sua velocidade para virar uma silhueta negra e quase teletransportar nas costas de um dos guardas (Kage Buyō), assim usando dos conhecimentos do Gouken para estender sua força e bater a cabeça de ambos contra a outra, gerando uma concussão em cada um fazendo ambos desmaiarem com o choque do golpe e com os atributos avançados do Hattori.
Mas, para o azar do Chunnin alguns guardas estavam olhando a confusão acontecendo, e não tardou para um deles gritar.

- INTRUSO!!! Entoou em alto e bom som para todos na região daquele casebre conseguirem escutar seu chamado, logo foi possível ouvir o som de metais tendo seu fio desembainhado de suas proteções e vários passos apressados por todos os lados, sem opções, o Chunnin desfez o Henge no Jutsu, soltou a Kusarigama perto dos corpos dos guardas recém desmaiados e correu para dentro do casebre.
Lá no interior do local era condizente com sua aparência externa, um local lotado de musgos e teias e uma baixa iluminação, tendo apenas a penumbra da Lua para permitir o mesmo de sequer enxergar alguma coisa dentro daquele recinto, a única presença que chamava sua atenção era uma grande escadaria num canto da sala que descia para o subsolo.
Agora, o Hattori havia um tempo contado até achar Eri e resgatá-la do covil daqueles criminosos.

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Chūnin
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HP: 900/1150
CH: 1137/1250
ST: 02/07
Palavras: 1043
- Falas
"Pensamentos"
- Número 7
Gray Eyes
2x Missões Rank B

Desesperadamente o Hattori começou a descer as escadas enquanto ouvia mais passos entrando junto a ele no casebre, ele tinha que correr contra o tempo e contra treze outros guardas. Descendo o andar foi possível primeiramente ver um grande corredor que termina em apenas uma única porta de madeira meio desgastada e entre-aberta, sem pensar duas vezes o Chunnin usou de toda a sua velocidade para correr em direção a entrada e ao ficar frente a porta o Hattori se jogou contra ela a fim de derrubá-la de uma vez usando de toda a sua força no corpo para maximizar os estragos, que com todos os esforços não foi complicado ainda mais com a idade da casa.
Após derrubar a entrada, ele conseguiu ver o que parecia ser um grande depósito com várias caixas mais caídas e estantes derrubadas, nessa sala havia três guardas que estavam espalhados pelo local ainda confusos com a gritaria no andar de cima. Um deles sacou sua espada e partiu para cima do Chunnin, que logo usou do Gouken para dar um grande chute na perna de seu alvo e fazer sua investida parar com a dor em seu membro, em seguida, segurou o homem pela cabeça e o levantou até seus pés desencostarem do solo, jogando o corpo do Jashinista em um outro guarda que estava partindo para cima do Hattori em conjunto do primeiro atacante, fazendo ambos voarem até o outro lado da sala.
O guarda restante sacou de um grande martelo preso em suas costas e tentou desferir um golpe nas costelas do Chunnin, como contra-ataque, o mesmo se abaixou numa esquiva rápida, quando a arma já tinha passado para o outro lado o Hattori segurou em seu cabo, desarmou o oponente e bateu com o próprio martelo na cabeça do guarda que automaticamente desmaiou com o choque do ataque.
Após essa confusão Yuta conseguia ouvir os passos ficando cada vez mais altos, procurando uma saída rápida, viu uma porta na esquerda que sem pensar duas vezes chutou seu centro e derrubou a entrada, saindo correndo pelo caminho liberado.

Nesse outro largo e extenso corredor havia várias portas de ambos os lados, o shinobi conseguia ver algumas delas sendo abertas com mais guardas saíndo do local, com maestria usando de toda a sua velocidade ele foi se esquivando da maioria dos cortes, mas ao longo do tempo se tornou inevitável sofrer alguns arranhões por sua pele, fazendo um pouco de sangue respingar pelo solo num rastro vermelho, quando viu que apenas correr não iria adiantar, foi neutralizando os guardas que tentavam barrar o seu caminho.
O primeiro deles partiu com um machado visando acertar a canela do Chunnin, Yuta levantou seu membro e pisou na lâmina para cravá-la contra o solo amadeirado, assim segurando o inimigo pelo pescoço e batendo sua cabeça contra a parede mais próxima, saindo correndo ao término do ataque para o fim do corredor onde havia uma grossa porta.

Desviando de mais algumas lâminas e contra-atacando os que ele conseguia, finalmente havia chego no fim do corredor e sem pensar duas vezes, o mesmo desferiu um grande salto e esticou sua perna direita contra a porta num grande chute horizontal, fazendo a grossa camada de madeira ser completamente destruída com o ataque. A primeira vista nessa sala havia vários instrumentos afiados e de origens duvidosas, na parede havia uma pequena e jovem garotinha de cabelos longos num tom azulado e meio esbranquiçado, seus olhos eram cinzas e vazios como se não tivesse mais nada que a menina não tivesse visto, os olhares da dor e da tristeza sem fim, a pior parte de tudo isso eram as correntes que faziam seu corpo se esticar contra a parede. O Hattori ao trocar seus olhares já sabia, essa era Eri Ubayashiki.
Rapidamente o shinobi sacou uma kunai e usou de sua força para romper as correntes que prendiam a menina na parede. - Desculpe a demora pequena mas agora não precisa se preocupar, eu vou cuidar de você. Disse tentando confortar a garota que não esboçava muita reação a nada. Com agilidade, o Hattori tirou sua jaqueta e amarrou Eri em suas costas enquanto a mesma se segurava com força no pequeno lobo.
- Feche os olhos. Foi a última coisa que o Hattori disse antes de usar do Gouken e começar a concentrar toda a sua força num grande chute para trás horizontal, mas agora, ele concentrou seu chakra por todo o corpo e amplificou o poder da técnica, fazendo com que pessoas minimamente veloz como ele mal consigam ver o ataque surgindo (Konoha Gōriki Senpū). A força do ataque era tão devastadora que formava um redemoinho ao redor do Hattori, fazendo apenas o vento deixado pelo ataque atingir inúmeros oponentes de uma vez só, além de chegar no final do corredor e acertar um guarda em cheio fazendo-o automaticamente cair no chão inconsciente.

Sem tempo a peder e com a maioria dos Jashinistas derrotados, Yuta começou a deixar o acampamento e correr em direção a floresta. Enquanto o mesmo se deslocava, algo parecia estar errado, algo que não deveria acontecer começou a se tornar real na frente de seus olhos.
Enquanto o mesmo corria, ele conseguiu ver uma forte neblina roxa se formando em meio a floresta, essa neblina era tão densa que ele mal conseguia enxergar o outro lado que desejava se movimentar, forçando o Chunnin a parar com desconfiança do que poderia estar escondido no meio dessa fumaça, completamente inquieto e raivoso, ele já imaginava o que estava em meio ao gás.
Apenas uma risada começou a ecoar pelo tronco das árvores, e um grande brilho vermelho surgiu em meio a fumaça fazendo um contorno sombrio de uma silhueta. "Não pode ser..."

Saindo em meio a fumaça, um jovem magro com postura esguia se revelava, ele trajava o que parecia um uniforme masculino padrão das academias do país, em suas mãos haviam um par de luvas brancas assim como os calçados que usava, em sua cabeça quase que ostentando o seu equipamento uma grande máscara de gás esverdeada que esconde seu rosto completamente, ela era presa a dois tanques platinados que carregava em suas costas, em seu peito tinha escrito "Número 7" em Kanjis dourados.

[Capítulo - Solo] - Gray Eyes 5e59dcfb20246913fcbc239aa1adfaaded2aad3c_hq
- HAHAHAHAHA!~ E AÍ? VAMOS COMEÇAR OS JOGOS?

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HP: 305/1150
CH: 1012/1250
CJ: 300/400
ST: 03/07
Palavras: 1023
- Falas
"Pensamentos"
- Número 7
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- Jogos? Que jogos são esses e quem é você? Ditou o Hattori observando cada movimento do homem com olhares desconfiados.
- Ah é, foi mal ai parceiro achei que você sabia ler, permita-me me apresentar... Falou num tom mais alto olhando para o Chunnin enquanto fazia uma reverência extravagante. - O mais estupendo, o mais maravilhoso, o magnífico, perfeito, fantástico, o incrível Número Sete!!! Enquanto gritava seu próprio título, várias granadas de fumaça arroxeadas eram estouradas junto de sua fala, fazendo tudo ser incrivelmente mais dramático.
- Número Sete? Do que você tá falando? Isso é algum tipo de organização jashinista? E você ainda não disse o que vamos jogar... Perguntou enquanto já entrava em posição de combate.
- Ih rapaz, bom, nós vamos jogar um jogo simples, o Jogo da Morte!!! As regras são simples, um tem que matar o outro antes que morra pelo gás que vai ser liberado pelo meu tanque, você só vai poder parar o avanço do gás se meu coração for inteiramente destruído então sem moleza! Time ninja chato contra Moon Presence boladona, que empolgante! Disse enquanto arranhava seu próprio pescoço com suas mãos.
- PERA, VOCÊ DISSE MOON PRESEN– – COMEÇANDO!!! Gritou o Número 7 enquanto uma quantia absurda de gás começou a explodir por vários pontos da floresta. O Hattori ficou completamente em choque com as palavras do mascarado, Moon Presence era o nome da organização que tirou tudo o que ele tinha, a mesma que fez seu pai, mãe e irmã morrerem, a que estragou toda a sua vida e fez a ruína de inúmeros outros inocentes, uma organização tão pecadora que sua base queimava como o inferno mesmo estando entre humanos comuns, era hora do início da vingança do Chunnin, terminar o que começou.
"SEU VERME!!!" Pensou consigo mesmo enquanto desamarrava Eri de suas costas e a ordenava correrde volta ao casebre e se esconder por lá, a mesma completamente desesperada apenas saiu correndo em direção a casa e sumiu com o gás explodindo um pouco atrás de seus passos. Agora, o Hattori estava cercado por quantias exorbitantes de uma fumaça roxa que nem queria saber o que eram suas verdadeiras propriedades. Seus dentes rangiam e batiam uns contra os outros de raiva, seu olhar virou algo friamente assassino enquanto buscava a silhueta do Número Sete que havia sumido junto com as explosões de gases.
O embate enfim começava.

- TENGU: FÊNIX AZULA!!! Bradou o Hattori enquanto fazia um pássaro de sombras com ambas as suas mãos, ao entoar aquilo a si mesmo, seus cabelos rapidamente cresicam e se esbranquiçavam em velocidades extremas, uma grande estrela negra foi queimada em seu rosto junto com o surgimento de uma chama azulada que começou em seu nariz e partiu para o resto do corpo, fazendo seus olhos serem tomados por um brilho vermelho. Quando essas chamas azuladas chegaram nas suas costas duas grandes garras em formato de asas rasgaram sua coluna e viraram as asas de uma fênix ao serem tomadas pelas chamas, era a transformação suprema do Chunnin, juntando as suas mais poderosas técnicas (Juinjutsu V2+Kori no Okami no Mezame).
- HAHAHA!~ QUE PASSARINHO LINDO QUE EU ACHEI, ISSO... SE ENCHA DE ESPERANÇA PARA EU QUEBRA-LÁ DE UMA SÓ VEZ! Gritou Número Sete de algum lugar entre a névoa.
- Seu maldito... Afinal, de que lado você está? O que a Moon Presence quer com tudo isso? O que eles querem com um pau-mandado como você? Você é um lixo, só um verme... Disse num tom mais baixo enquanto realizava sua transformação.
- Acho que você entendeu errado passarinho, posso te chamar de passarinho né? Eu estou do lado da esperança absoluta que pode superar qualquer desespero. E acredito que uma esperança assim... Só possa nascer quando um desespero muito forte vier, e eu sou esse desespero que o mundo precisa. Tempos difíceis criam ninjas fortes o suficiente para serem o símbolo da esperança e se eu e mais milhares de vidas precisarem ser o trampolim até a chegada de Jashin no Mundo Ninja que seja, mas eu quero que a minha morte seja fenomenal, capiche?~ Foram as últimas palavras antes do homem repentinamente surgir da névoa e desferir alguns golpes nas costas do Chunnin que é empurrado com o choque dos ataques, com tamanha força que ele estava naquele momento ele nem sentiu os ataques, apenas deu alguns passos para frente.
- Não brinca comigo seu... Você quer tanto assim morrer? Então não se preocupe, eu vou te mandar pra conhecer o seu Deus de merda. Disse o Hattori enquanto terminava completamente sua transformação, ele estava com tanto ódio naquela hora que mal conseguia colocar todos os seus sentimentos para fora, ele apenas queria acabar com aquela luta, nem que para isso ele precisasse matar intencionalmente alguém pela primeira vez.

Agora o Número Sete parecia mais cauteloso, como iniciativa seu oponente começou o ataque. Rapidamente diversas agulhas d'água eram formadas por vários pontos entre as árvores e jogadas para cima do Hattori que desviava com maestria devido a sua velocidade extremamente avantajada, mas todos os movimentos já eram calculados pelo Número Sete que após terminar sua sequência de agulhas, fez um grande anel de fogo ser formado no solo ao redor do Chunnin limitando qualquer passo que o mesmo quisesse dar, e como se ainda não bastasse, quatro grandes pilares de pedra são formados ao redor do Hattori e criam uma grande jaula com relâmpagos, fazendo vários deles atingirem o Chunnin e paralisem seu corpo inteiro.
"Que merda eu não consigo me mexer, denovo não... Denovo não..." Pensou consigo mesmo enquanto caia de joelhos no chão enquanto seu corpo era carbonizado com os raios ferozes e cruéis.
- E agora o Grand Finale: Enryū! Ao ditar aquelas palavras, no meio da fumaça um grande dragão arroxeado era formado com partida do Número Sete, assim planando até o topo da jaula de relâmpagos e atingindo em cheio o Hattori que recebe de uma vez só todos os efeitos daquele gás letalúrgico ao inalar a substância pós a explosão do jutsu.
Toda a sequência de ataques do Número Sete acertaram Yuta completamente, que era extremamente machucado cada vez mais, era um momento desesperador.

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Dazai
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Dazai
Chūnin
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[Capítulo - Solo] - Gray Eyes 5dec40b5fc969ba492910c74d91c04bf
HP: 305/1150
CH: 1012/1250
CJ: 300/400
ST: 04/07
Palavras: 1002
- Falas
"Pensamentos"
- Número 7
Gray Eyes
2x Missões Rank B

Após uma sequência consecutiva de golpes fazerem grande estrago no corpo do Chunnin, o mesmo é jogado contra o chão devido o choque dos ataques e ambas as suas transformações são desativadas pela falta de concentração e da manipulação de chakra, a crise e o desespero eram reais na mente do Hattori, talvez ele finalmente fosse conhecer a única sensação que desejava, afinal, ele merecia aquela dor não é? Um fracassado como ele que se rasteja entre os humanos e rouba tudo o que eles podem sentir, a ruína da humanidade, sua existência era um desastre completo.
Agora com diversas feridas pelo corpo o Chunnin estava contra o chão tentando se manter consciente, ele usa de suas braços para tentar se levantar mas logo sente um peso em suas costas que o joga contra o chão, era os calçados do Número Sete pisando em sua coluna e o esmagando contra o chão.
- Vamo comédia, já cabo? Ai que deprimente nunca achei que ia conhecer aquele ditado, cão que arde não morre ou algo assim, não tava prestando muita atenção quando falaram isso pra mim, enfim, acho que vou ter que te matar agora. Alguns sons de gases podiam ser escutados entre os ecos dos cascalhos na floresta.
- Fala pra mim, decapitamento, empalamento, sufocamento, fala uma morte ai que tu acha braba... To brincando, você não vai poder escolher HAHAHA!~ Ria como se tivesse o total controle da situação, afinal ele provavelmente tinha mesmo, seu inimigo estava deitado no chão sendo pisoteado por sua bota, era a posição mais patética que poderia ocorrer naquele momento.
- Tá meio pra baixo amigo, não seja tão pessimista vai, tu deveria olhar pra essa situação com um pouco mais de esperança sabe? Afinal otimismo é essencial pra viver uma vida satisfeita e se você ficar se mijando de desespero e medo não vai servir de trampolim para a esperança absoluta de Jashin, preciso que lute mais, vamos herói! Não era pra ser você que ia morrer no lugar de todos nós? Aff levando sua teimosia tão longe em não se levantar, que desespero, hein? Foram as últimas palavras antes do Hattori começar a escutar passos em direção a cabana, a mesma onde ele mandou Eri se esconder.

Enquanto ruídos indistinguíveis ecoavam pela cabeça do Hattori, ele só conseguia pensar em seu próprio fracasso, Yuta estava deitado no chão sem conseguir mover seu corpo com precisão, ele mal sentia seu corpo com o gás daquele dragão de fumaça entrando em seus pulmões e queimando seu corpo de dentro para fora, era uma sensação agonizante não suportar seu próprio corpo, ele só queria fugir daquela situação, mas após pensar um pouco, não seria melhor ele morrer ali mesmo? Não seria melhor para a toda sociedade que o mesmo jurou proteger ficar fora do caminho de uma vez por todas ao invés de ser a ruína de mais milhares de civis? Tão patético.
O Chunnin começou a reviver suas memórias em frações de segundo em sua própria cabeça, as lembranças em seus tempos de trabalho escravo na Moon Presence, os tempos onde seu pai espancava ele e sua irmã por estar tão alcolizado que não reconhecia os dois como seus próprios filhos, os dia onde o mesmo atravessou o tórax de sua irmã com seus próprios braços e fez a mesma sangrar até a morte, as memórias do fogo de suas ações e da culpa que sentia queimando aquele vagão com sua irresponsabilidade, os gritos de terror que faziam um coral diabólico em sua cabeça, tudo isso passava em frações de segundos, como se um grande tunel iluminado por desespero fosse atravessado por sua mente até chegar na desistência total.

Mas, em algum lugar dessas memórias existe algo a mais não é? Os tempos onde Yuta brincava na neve com Himeno, as vezes que seu pai o levava para comer alguma coisa fora, as lembranças que sua mãe o contava histórias para dormir, ele realmente iria colocar tudo isso a perder? Iria abandonar tudo e todos por frustração própria? Não era isso que Mei lhe ensinou, ele precisava se tornar um escudo que jamais se quebra, e não uma ferramenta que se auto flagela e abandona seu protegido, cabia apenas a ele ditar sua própria história e destino, todos cometem erros e algumas coisas jamais voltam a ser o que eram antes de partir, mas ele não precisava sempre ser a ruína, ele podia ser a representação da esperança como desejava, o verdadeiro símbolo da paz para os indefesos, e o único que poderia salvá-lo agora era ele mesmo.

Lentamente o Hattori começa a se levantar novamente, ele vomitava cada vez mais sangue por sua boca com as dezenas de ferimentos internos, as hemorragias que ele não conseguiria se regenerar sem descansar mas ele precisava de seu corpo agora mais do que nunca, talvez alguém um pouco menos determinado e com menos durabilidade que o Chunnin já estivesse morto ou perdido a capacidade de movimento devido a um provável desmaio, porém ele precisava terminar esse confronto, ele precisava salvar Eri das garras da Moon Presence.
Ele cambeleava com fraquejo e sua visão estava tão turva que mal conseguia andar numa linha continua, o sangue escorria por seus lábios e respingava no chão num gotejar que ecoava até o Número Sete, que ao perceber uma silhueta de pé atrás dele já entrou em guarda.
- Incrível, deve ser meu dia de sorte...  Um coração que se recusa a desistir até o fim, isso deve ser a esperança abosluta... Não se preocupe passarinho, seu fim é um trampolim para a paz mundial. Disse enquanto executava alguns selos de mão olhando em direção ao Hattori.
- To cansado do seu jogo seu maldito, eu juro que vou derrubar vocês um por um custe o que custar, eu vou assistir todos vocês caírem em frente a mim, um... por... um. Disse Yuta enquanto também entrava em posição de combate, agora, ele estava determinado a terminar aquele combate ou ele iria morrer protegendo o que acreditava.

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Dazai
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Dazai
Chūnin
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[Capítulo - Solo] - Gray Eyes 5dec40b5fc969ba492910c74d91c04bf
HP: 190/1150
CH: 870/1250
CJ: 000/400
ST: 05/07
Palavras: 762
- Falas
"Pensamentos"
- Número 7
Gray Eyes
2x Missões Rank B

Agora era o embate decisivo entre a Esperança do Hattori contra o Desespero da Moon Presence, ele precisava lutar não só por ele, e sim por todos aqueles que confiam em sua força e lhe deram a chance de estar consciente nos dias de hoje, ambos estavam prontos para arriscarem suas vidas para lutarem pelo o que acreditam. Com o impacto dos ataques anteriores que sofreu, seus braços não estavam se movendo direito então a única coisa que ele possuía era suas pernas para encerrar aquele embate.
O Chunnin logo ativou suas transformações para amplificar seus atributos, fazendo as grandes asas de garra surgirem em meio a labaredas azuladas que faziam um grande manto de chamas azul formar simultaneamente (Kori no Okami no Mezame+Juinjutsu V2), em hesitação, partiu com toda a sua velocidade e força para cima do Número Sete que contra-atacava com uma série de cortes aéreos desferidos por inúmeras agulhas d'água, com maestria o Hattori conseguia se esquivar com facilidade. Seu oponente ao ver o fracasso na técnica anterior já iniciou a desferir inúmeros selos de mão, fazendo com que a partir de seu hálito fluindo pela máscara seja conjurada uma grande bola de fogo que carbonizou todos os cascalhos em que cruzava até chegar em seu alvo, agilmente o shinobi se propulsionou contra o solo e usufruiu de um grande salto, fazendo seu corpo sair da trajetória da técnica.
Número Sete rapidamente direcionou ambas as suas palmas centrando o shinobi como alvo, executando um jutsu onde esse gás fluindo pela floresta comece a se modificar e forme dois grandes dragões de fumaça que planam em direção ao Hattori, o Chunnin manteve a concentração e começou a rotacionar seu corpo para gerar energia por seus membros, quando os dragões chegaram perto o suficiente para estarem dentro do alcance de sua técnica, desferiu um chute cruzado em pleno ar que logo com a força dos ventos se transformava num grande tornado (Konoha Ryūjin), fazendo com que os Enryūs de seu oponente se desfaçam contra a potência de seu ataque.

Após atingir o solo e se equilibrar completamente o Hattori continuava avançando e a empolgação de Sete era cada vez mais nítida com as atitudes precipitadas tomadas pelo mesmo, rapidamente o criminoso começou a canalizar grandes massas de relâmpagos em suas mãos condensando uma grande quantidade de energia, quando o Chunnin deu apenas mais alguns passos para frente Sete empurrou ambos os seus punhos para frente fazendo com que um poderoso raio parta em direção a Yuta.
O Chunnin retoma sua guarda e realiza um único selo que cria um grande manto de uma energia azul cintilante (Shunshin no Jutsu) amplificando ainda mais a sua velocidade enquanto desfere uma arrancada para o lado, fazendo com que saia do caminho do ataque. Agora, o shinobi já estava perto demais do sujeito a ponto de que seus golpes entrem no alcance entre eles.
Antes que Número Sete consiga ter qualquer tipo de reação, Yuta preparou uma investida fazendo que sua perna direita suba acima de sua própria cabeça e com os conhecimentos do Gouken desça com toda a sua força no membro esquerdo do Sete, devido a velocidade surreal do Chunnin o golpe é acertado em cheio fazendo com que o braço de seu oponente tenha seu osso completamente quebrado com o impacto, antes do mesmo sequer conseguir agonizar com a dor em que sentia, o Hattori já preparou um outro chute agora mirando no joelho direito do criminoso, invertendo sua rótula e rompendo alguns de seus ossos, fazendo o mesmo cair contra o solo quase que completamente imobilizado.
- Quantos de vocês existem ainda? Disse enquanto pressionava o outro membro do Sete.
- Por que eu responderia passarinho? Debochou em cima do Chunnin.
- Resposta errada. Junto com sua fala, o Hattori esmagava o braço direito do criminoso, fazendo seus ossos romperem completamente. - Vou perguntar de novo: Quantos de vocês ainda estão na Moon Presence?
- Ai tio vai com calma, sabe que eu não vou responder, são as regras do jogo, lembra? Hehehe~ Seu riso era cortado com o sangue saindo de sua boca e escorrendo por toda a máscara de gás que trajava.
- Sinto muito por isso. Foram as últimas palavras que o Sete ouviu antes de ver a sola do pé do Chunnin esmagar sua cabeça contra o solo, fazendo-o desmaiar com a concussão, infelizmente ainda não estava completamente morto então havia cada vez mais gás sendo espalhado pela floresta, talvez agora o Shinobi realmente estivesse num caminho sem saída.

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Dazai
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Chūnin
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HP: 190/1150
CH: 870/1250
ST: 04/07
Palavras: 573
- Falas
"Pensamentos"
- Falas da Eri
Gray Eyes
2x Missões Rank B

Logo, como não havia mais nenhuma ameaça iminente, o Hattori desativou suas transformações e voltou para seu estado natural. Antes de realmente ter que destruir o coração do Sete, o Chunnin tentou mexer nos tanques e na máscara do sujeito, ao removê-la, conseguiu ver que se tratava apenas de um garoto loiro sem nenhum detalhe muito característico além do grande hematoma que tinha no rosto com a pancada que levou durante o confronto que acabaram de ter. O Chunnin removeu os tanques metálicos das costas do garoto e estilhaçou a máscara completamente, fazendo o gás começar a diminuir ligeiramente a cada segundo que passava, talvez fosse um blefe para trazer os verdadeiros sentimentos do shinobi ou só desejasse muito a sua própria morte, mas isso não vinha ao caso agora. Yuta usou de algumas ferramentas que haviam no casebre e amarrou ambas as mãos do criminoso, provavelmente ele não iria despertar tão cedo mas não era um risco que ele queria correr.

Deixou o corpo do ao lado do casarão e começou a buscar por Eri dentro do local, que ao escutar a voz do Chunnin foi correndo ao seu chamado, assim, segurou a mão da pequena e foi a guiando para longe daqueles corpos desmaiados no ambiente, essa tarefa não foi nem um pouco fácil mas era gratificante saber o bem que fez aquela cidade, esse grupo Jashinista dizimou uma família e ainda tinha muitos interesses na vila, o perigo iria ficar cada vez mais alto e impedir o avanço do mal na sociedade lembrava um dos motivos do porque tinha escolhido esse caminho. Ele estava muito fraco para fazer uma varredura detalhada, então seu plano era indicar o local para os guardas e os mesmos fazerem o trabalho deles naquela cabana endiabrada, seja como for, sua missão finalmente estava concluída, o tempo passou tão rápido que ele já conseguia ver alguns raios solares vazando pela noite e abrindo um novo horizonte.
Sem muito tempo a perder, segurou firme a mão de Eri com sua palma destra e carregou Sete com seu braço esquerdo levando ambos até a entrada da vila, o caminho após tantas turbulências foi gratificadamente pacífico, ter e saber qual o seu propósito em levantar todas as manhãs podia fazer sua mente pairar pelos céus com tantos pensamentos.

Yuta entregou o Número Sete aos policiais locais e relatou o local exato da direção onde ficava o casebre, que logo levaram o criminoso até o Quartel da vila e assinaram o pergaminho declarando a conclusão da missão, além de auxilar Eri na volta a vila e lhe orientar sobre algumas coisas, o Hattori até queria passar um tempo com a garotinha mas ele realmente tinha muitos assuntos pendentes a tratar agora, apenas se despediu da menina e partiu viagem.
- Tio, espera! Dizia Eri ao vê-lo partir.
- Sim? Virou-se com um sorriso no rosto.
- Muito obrigado! A garota correu e lhe deu um forte abraço enquanto lacrimejava e soluçava de emoções, o Hattori apenas se abaixou para ficar na altura dela e colocou o braço que conseguia mover em sua cabeça.
- Não precisa me agradecer pequena, eu que tenho que me desculpar por me atrasar tanto, segue os tios policiais e eles vão te ajudar daqui pra frente, ok?
- Vo-Você promete voltar aqui algum dia? O Hattori trocou olhares com a garota e deu um sorriso pequeno, mas gentil.
- Claro que prometo.

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Dazai
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Situação: Aprovado
Considerações:
Recompensa: 4 Missões Rank B, 100 de Status & 300.000 RY. (Quinzena do UP).
Bloodlad
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