Devido ao grande frio que fazia atualmente na cidade, Nezuko levantava um pouco mais tarde, aquele clima gerado fazia com que a menina ficasse um pouco preguiçosa. Acordou uma hora depois do normal e logo fez os afazeres que deveriam ser feitos durante todo o dia. Era final da tarde quando a gennin olhava pela janela na parte de trás da casa, em direção ao horizonte, reparando o céu coberto de nuvens cinzas onde, naquela hora, costumava formar um degradê um pouco laranja no horizonte atrás da cadeia de montanhas, tendo o sol como ponto central.

A menina usava seu macacão usual, porém dessa vez o zíper que sempre estava aberto, deixando sua regata preta à mostra, agora encontrava-se fechado até o máximo, pegando também a gola da roupa, criando uma proteção para o seu pescoço. Por baixo do macacão usava uma camisa preta, aumentando a proteção contra o frio. Sua bandana continuava amarrada em sua testa.

Ela observou a paisagem pela janela por alguns segundos e logo teve sua atenção desviada para um shinobi que corria velozmente pela rua, demonstrando estar com pressa de chegar a algum lugar. Não demorou muito e Nezuko ouviu batidas na porta de entrada de sua casa e a mesma logo foi atender.

Ao abrir a porta se deparou com o mesmo shinobi que tinha visto correr na rua atrás de sua casa, sua respiração estava ofegante devido ao esforço que havia feito enquanto corria a alguns segundos atrás. Uma brisa gelada entrava pela porta, tocando o rosto da menina e fazendo com que ela se arrepiasse com frio.

O homem entregou um pergaminho a menina, depois de informar que o mesmo era pra ela, e logo voltou a correr se afastando da casa. A gennin logo fechou a porta, impedindo que a brisa gelada continuasse a invadir sua casa. Curiosa a menina abriu a carta, seu conteúdo revelava que a mesma foi convocada para uma missão Rank C que envolvia escoltar alguém da vila Zefira e que ela deveria ir até lá para ter mais informações.

-Shinobu, Uzui! - falou animada em um tom mais alto, chamando seus tutores - tenho minha primeira missão Rank C - falava enquanto andava pela casa arrumando as coisas para sua partida.

Levou duas horas até que a menina terminasse de arrumar tudo. Agora além de seu macacão usual, ela usava um casaco preto e sua bolsa de armas presa na perna direita. A menina terminou de jantar, se despediu dos tutores e saiu em direção a vila que sua missão mandava.

O caminho até seu destino era um pouco longo e levou a noite inteira para que a gennin o percorresse e finalmente chegasse ao local pela manhã. A viagem tinha sido calma, sem nenhum tipo de perturbação, o que facilitou um pouco sua chegada.

- Sou de Kumo e preciso falar com Hutian Venti - falava ao chegar na vila, perguntando às pessoas enquanto procurava alguém que pudesse ajudá-la.

Caso encontrasse alguém que pudesse ajudá-la e essa pessoa a levasse até Hutian Venti, ela abriria um sorriso para ele e o saudaria.

-Bom dia! Me chamo Nezuko e fui designada para a missão que foi pedida pelo senhor - se apresentaria amigavelmente ao ancião.

Considerações:

Não demorou muito até que o jovem guiasse Nezuko até a pessoa que ela procurava e ao chegar até o mesmo se deparou com um senhor careca com a aparência de cansado. O mesmo franzia o cenho ao ver a garota e a mesma pensou ter percebido que isso fosse uma demonstração decepção do mais velho, mas porque? Será que ela não conseguia passar segurança a ele? Ou será que isso era apenas coisa de sua cabeça e o senhor estava confortável com a sua presença ali? Ela decidiu manter a segunda alternativa, e mesmo que se tratasse da primeira, ela faria de tudo para mostrar a ele que não tinha o que se preocupar.

Depois que a menina chegou se apresentando, o homem lhe deu as boas vindas e falou ironicamente com a gennin, deixando-a um pouco desconfortável, agora ela realmente entendia que aquele franzir de cenho foi apenas por duvidar das capacidades dela e isso fez com que uma chama de desafio se acendesse dentro dela. Um pouco nervosa, ela retirou um pirulito do bolso de seu macacão e o colocou na boca, o doce conseguia fazê-la controlar suas emoções.

- Pode ter certeza que Kumo tinha inúmeros shinobis para mandar nessa missão, mesmo que alguns estejam ocupados em Kiri, porém fui escolhida por me mostrar capaz - a menina falou um pouco ríspida, porém tentando controlar suas palavras, não queria ser tão grossa com um contratante.

Depois que a menina terminou de falar, uma voz de criança invadiu seus ouvidos chamando pelo avô e seu olhar logo seguiu em direção da onde vinha a voz. Ela pôde ver uma figura pequenina de cabelos brancos correndo em direção ao ancião e em seguida abraçando-o nas pernas, perto dos pés. Sem nem responder, Hutian Venti apenas acariciou a cabeça da criança e voltou a atenção para a gennin que sorria com a fofura da criança.

Nezuko voltou sua atenção para o mais velho que agora explicava qual seria sua missão e arqueou as sobrancelhas ao ouvir o homem falar raivoso sobre seus shinobis. “Engraçado, depois quis ironizar Kumo por ter me mandado aqui, insinuando que não teríamos shinobis melhores para vir, enquanto sua vila tem apenas meia dúzia deles”. A menina pensava enquanto concordava com a cabeça com tudo que o homem falava, evitando expor seus pensamentos.

- Pode deixar que suas crianças serão bem protegidas - Nezuko falou após retirar o pirulito da boca e logo deu um sorriso. Ela voltou a colocar o doce na boca quando o mais velho se retirava dali, junto a criança, em buscas das demais.

O frio ali realmente era intenso, obrigando a gennin a puxar o capuz de seu casaco para cobrir sua cabeça, tentando protegê-la do vento gelado que a incomodava. Ela retirou uma máscara de sua bolsa de armas e logo colocou no rosto, protegendo-o do frio. Enquanto esperava, ela encontrou uma escada ali perto e sentou-se, colocando as mãos dentro dos bolsos do casaco, aquecendo-as.

Já fazia quase uma hora que a menina estava sentada ali à espera do senhor, ela já sentia-se um pouco entediada e mexia em algumas pedras com os pés quando ouviu alguns barulhos a sua frente e olharia para o local para ver um grupo de 15 crianças junto ao senhor. Ela se perguntava o que ele iria fazer com todas elas no santuário enquanto se levantava pronta para partir.

-Vamos - responder enquanto começava a seguir o homem.

Nezuko sabia que aquela missão não seria fácil, afinal o destino ficava bem longe e o grupo era formado por crianças e um senhor, certamente eles não andariam tão rápido e teriam que ter várias paradas para descansar, além do intenso frio que fazia ali. Eles caminhavam calmamente já por uma hora, a gennin sempre atenta a tudo ao seu redor, quando uma das crianças pediu para que parassem para urinar e logo o ancião permitiu, fazendo com que a mesma corresse para entre as árvores em direção ao leste. As outras crianças ficaram ali, esperando.

Assim que a criança começou a correr, a menina ativou o Byakugan, já que ela não conseguia se dividir em duas para olhar as duas partes do grupo agora separadas, usaria sua kekkei genkai que permitia que a mesma enxergasse a longas distâncias, assim esperava conseguir ver se algo ou alguém se aproximasse da criança que havia se separado do grupo, já que agora ela conseguia enxergar a 3km e 100m.

Seus olhos que antes eram roxos, agora estavam brancos, com as veias em volta dos mesmos bem elevadas, quem olhasse para a menina naquele momento veria que eles não eram normais.

Considerações:

Jutsus usados:

Com sua Kekkei Genkai ativa, a menina conseguiu observar todos ali presentes, inclusive a criança que havia se separado do grupo para fazer suas necessidades. Enquanto estava atenta a tudo, ouvia o mais velho falar com a voz carregada em um tom de preconceito, fazendo com que a menina não conseguisse segurar o suspiro de desaprovação, ela estava tentando ser educada com o senhor a todo o tempo, porém o mesmo não estava ajudando.

-Olha, o tempo passa e novas histórias vão surgindo. Não é porque no passado você não via esse tipo de coisa que hoje em dia você não vai ver. As pessoas mudam, os lugares mudam, a história muda… É um ciclo normal da evolução humana - a menina dizia um pouco irritada, porém sem demonstrar muito. Mesmo tendo apenas 10 anos de idade, a menina sempre lia bastante e com isso sabia muitas coisas - no começo de tudo não usávamos nossos ninjutsus como estilo de luta, mas hoje estamos aqui, não é mesmo? - terminou sua frase lembrando de um livro sobre ninshu que havia lido algum tempo atrás - o nosso ninjutsu era chamado de ninshu e era usado para conectar as pessoas, não para que a gente matasse uns aos outros como fazemos hoje em dia - completou antes de cortar o assunto, ela pretendia deixar o mais velho pensativo e esperava ter conseguido seu objetivo.

Ao terminar de falar, pôde perceber que a menina que estava afastada, agora voltava para perto do grupo e falava que já poderiam ir. Nezuko não pôde deixar de notar que a mesma estava sem máscara e então se aproximou da mesma, para em seguida erguer a mão direita na direção do rosto da criança, na tentativa de colocar a máscara da mesma no lugar caso ela permitisse. O frio estava intenso e as crianças deveriam andar o mais protegidas possível, a gennin não queria que elas ficassem doentes logo quando estavam sob sua proteção.

Nezuko agora andava com seu Byakugan ativo, observando sempre o local à sua volta, não queria ser pega por nenhum ataque surpresa. O grupo andou por mais uma hora até que fizeram mais uma parada depois que outra criança reclamou de cansaço. Eles pararam embaixo de uma árvore bem desenvolvida, com uma grande copa que protegia a todos da neve que caía. A Kumo-nin ficaria alguns minutos observando as crianças, notando suas características bem semelhantes; “Provavelmente é uma marca genética das pessoas nascidas nessa vila, nós vemos isso em Kumo também…” Pensava enquanto observava os cabelos brancos e olhos claros dos mais novos.

As crianças brincavam de formar selos com as mãos, o que fazia com que Nezuko sorrisse lembrando de seus dias quando mais nova, quando ficava muito empolgada apenas por aprender selos, trazendo memórias felizes para a mesma. Outra coisa que a menina não pôde deixar de notar foi o tipo de elemento que eles estavam manipulando enquanto brincavam; o Futon. Elemento esse que era o mesmo que o dela. Uma das crianças até derrubou um monte de frutas da árvore, criando um alvoroço entre as outras que correram para pegá-las e comer.

A gennin observava enquanto o senhor se abaixava para pegar uma das frutas e logo trazia até ela, falando para que a mesma comesse. O estômago da menina roncou e só aí ela percebeu que estava com fome. Ela aceitou a fruta com o sorriso no rosto, talvez o homem não perceberia devido a máscara que a mesma usava.

- Senhor, eu não pude deixar de notar que vocês usam o Futon...- falou meio sem jeito enquanto tirava a máscara para comer a fruta - é o mesmo elemento que o meu… Eu queria saber se você não poderia me dar algumas dicas… - a voz da menina estava baixa devido a vergonha que ela sentia, afinal a um tempo atrás tinha sido um pouco ríspida com o mesmo.

Considerações:

Jutsus ativos:

Devido às atitudes e opiniões anteriores do mais velho, Nezuko achou que seu pedido seria negado, pois pelo que podia ver o Futon era um elemento forte na vila dele e com certeza o mesmo conhecia muitos segredos e ele não parecia o tipo de pessoa que passaria segredos para uma desconhecida de outra vila, porém a menina foi surpreendida quando o ancião começou a falar. A gennin observava os movimentos do homem, vendo como ele direcionava o vento com o movimento que fazia com braço, fazendo com que a fina camada de neve fosse empurrada para o lado.

Logo Hutian pega duas folhas que haviam sido derrubadas no chão e coloca uma na mão da menina e a outra deixa em sua própria mão, explicou que aquele era um dos primeiros exercícios que ensinava para as crianças e logo começou a fazer folha que estava em sua mão levitar, permanecendo completamente estável, nem mesmo o vento frio que passava por eles fazia com que a folha saísse do lugar. Ao terminar de falar o mais velho deixou a menina ali, encarando a folha que tinha na mão, sem nem ao menos dar alguma dica de como ela faria aquilo.

Passou alguns segundos concentrada na folha até que a voz do ancião, mandando as crianças levantarem para seguir caminho, a tirou do transe. Rapidamente a menina catou várias folhas no chão e as colocou dentro da sua bolsa de armas presa em sua perna direita, nunca se sabe quando a que está em sua mão vai voar, fazendo com que ela precise de outra.

A menina começou a andar atrás do grupo, dividindo sua atenção no local em volta e a folha em sua mão esquerda. Ela começou a infundir um pouco de chakra na mão que segurava a folha, tentando conseguir fazer com que a folha levite, mesmo se obtivesse sucesso, ela sairia voando com o forte vento que passava por ela.

-Mas que droga - a menina resmungaria frustrada por não conseguir fazer aquele simples exercício enquanto pegava outra folha em sua bolsa de armas.

Longos minutos se passaram e antes que pudesse perceber, sua atenção estava completamente na folha, tinha esquecido quase que completamente do grupo que estava escoltando quando sentiu algo tocar em seu nariz, fazendo com que ela levasse um pequeno susto, deixando a folha que estava em sua mão voar novamente.

-Certo, me desculpe - a gennin falava desapontada e logo voltava a prestar atenção ao seu redor, Hutian estava certo; a missão dela era escoltar o grupo e não fazer uma folha levitar.

O grupo andou por mais algumas horas, parando por alguns minutos em alguns pontos para um breve descanso e nesses minutos Nezuko sempre aproveitava para tentar fazer a folha levitar e permanecer completamente estável, mas sem sucesso. A mente da menina pensava incansavelmente em como ela conseguiria fazer o mesmo que o mais velho tinha feito, mas de tudo que tentava fazia a folha levitar, mas logo ela era levada pelo vento.

Eles andaram mais algum tempo até que a voz do homem interrompeu os pensamentos da menina, falando que eles acampariam por ali. Rapidamente as crianças foram desfazendo as bolsas, tirando partes dos equipamentos que logo montaram um pequeno acampamento. A gennin fez o mesmo, desfez a bolsa e logo o seu cantinho estava pronto bem embaixo de uma árvore. Ela pensou em acender uma fogueira, afinal a noite seria fria, porém logo lembrou que fogueiras poderiam trazer presenças indesejáveis e logo deixou a ideia pra lá.

Nezuko sentou-se perto de suas coisas e logo retirou uma folha da sua bolsa de armas, certamente usaria esse momento para treinar. Ela deixou a folha na palma da mão direita e então infundiu um pouco de chakra, fazendo a mesma levitar, quando chegou a 4 centímetros de distancia de sua mão, ela então fixou a quantidade de chakra que infundiu para que ela não subisse mais e ali tentaria controlar o vento em volta da folha para que ela não saísse do lugar, o que provavelmente resultaria em mais uma falha e isso faria com que a menina jogasse o corpo para trás, deitando frustrada ao lado de suas coisas.

-Mas que saco… - a menina sussurrava para que só ela pudesse ouvir enquanto colocava a mão dentro da bolsa de armas para pegar outra folha - tudo que eu tento fazer faz com que essa merda de folha voe… - agora ela segurava a folha entre o dedo polegar e o indicador e olhava para mesma - Eu não quero que você voe, quero que você fique flutuando parada na minha mão - voltava a sussurrar como se conversasse com a folha.

Depois de ter essa pequena conversa com aquela folha, ela voltou sua atenção à sua volta, tentando ver se não havia alguém ou algo se aproximando e caso não tivesse ela voltaria sua atenção para o exercício, porém antes de recomeçar a mesma colocaria a mão no bolso do macacão e pegaria seu pirulito, colocando-o logo em seguida na boca, esperando que aquele sabor doce maravilhoso a ajudasse a pensar em algo.

Permaneceria mais alguns segundos deitada se deliciando com aquele sabor dos deuses e logo veria uma folha se desprender de um galho e começar a cair lentamente em direção a menina até que uma leve brisa passaria por ali empurrando-a para direita e nem um segundo depois outra leve brisa a empurraria para a esquerda, fazendo com que ela voltasse a cair na mesma direção de antes, nesse instante as falas do mais velho surgiram em sua mente; “e com o Futon, você não controla, você direciona.” Aquilo surgiu como um estalo em seus pensamentos, até agora a menina só tinha tentado controlar o vento e não direcioná-lo.

-Certo! Então eu só tenho que direcionar o vento de todas as direções para o centro? Ou será que eu tenho que direcionar o vento para que ele não toque na folha? - a menina falou alto, sem perceber, enquanto sentava animada, talvez ela tivesse achado a solução para aquele exercício e isso a deixava eufórica. Antes de começar a menina observou o local ao seu redor novamente para se certificar de que nada e nem ninguém estaria chegando perto e caso estivesse tudo tranquilo ela voltaria ao treinamento.

Nezuko então fundiria novamente o chakra na folha, fazendo ela levitar até 4 centímetro acima de sua mão e ai tentaria direcionar o vento de todos os lados da folha para o centro da mesma na tentativa de fazer com ela ficasse levitando e completamente estável e caso não desse certo e a folha voasse com o vento ela passaria para segunda opção onde tentaria direcionar o vento em volta da folha para que ele fizesse uma curva, passando sem encostar na folha para que ela não se mexesse, torcendo para que aquela opção desse certo.

Considerações:

Jutsus ativos:

Durante o treinamento noturno a menina podia notar que os dois métodos que ela usava fazia com que a folha levitasse, porém apenas por alguns segundos e logo ela voltava a cair, deixando-a ainda mais frustrada, pois tinha quase 100% de certeza que uma das duas alternativas daria certo.

-Droga - falou quando deixou a folha cair pela décima vez, alongando o pescoço que já estava um pouco tenso do tempo que ela ficou ali sentada treinando, mas mesmo que seu corpo pedisse por um descanso ela decidiu levá-lo além do limite, tentando acostumá-lo a durar mais tempo em atividade antes de um descanso, afinal em uma batalha real seu corpo não poderia cansar tão facilmente.

Pegou a folha que tinha caído no chão e a colocou sob a palma da mão, voltando a infundir o chakra novamente e direcionando o ar de todas as direções para o centro da folha, sempre variando a quantidade de chakra que usava para ver se era isso que estava errado. A folha permanecia no ar por alguns segundos e novamente caía.

A cada vez que ela voltava com o exercício, ela sentia o próprio corpo pedir por um descanso, pedido esse que ela ignorava e continuava com o que estava fazendo, seu corpo teria que se acostumar com mais horas de atividades antes que pudesse descansar. Depois de tentar várias vezes com a primeira técnica e falhar miseravelmente, ela passou para a segunda, usando seu chakra para direcionar o vento para passar em volta da folha sem tocá-la.

Nezuko passou a maior parte da noite intercalando entre olhar em volta para ver se algum perigo se aproximava e fazer o exercício que Hutian havia lhe passado e quando foi perceber o céu já estava começando a clarear, ela sentia também seus olhos pesados e o corpo um pouco cansado. Decidiu então que dormiria aquele tempinho que restava, afinal teria que ter energia para a longa caminhada que ainda restava pela frente. Desativou o Byakugan e deitou, relaxando o corpo.

Parecia que tinha acabado de pegar no sono quando ouvia a voz alta do mais velho a chamando e num susto levantou, do jeito que ele falava parecia que algo estava acontecendo, mas ao olhar a sua volta e vê-lo orientando as crianças para arrumarem as coisa logo percebeu que já era manhã e estava na hora deles continuarem a caminhada.

A menina sentia o corpo cansado por ter passado a maior parte da noite focada no exercício, seus olhos pesados demoravam a abrir quando a mesma piscava, quase implorando para que ela voltasse a dormir, mas infelizmente ela ainda tinha que terminar aquela missão para poder descansar.

Depois de arrumar suas coisas a menina retirou uma barra de cereal da bolsa de armas e comeu, aquilo deveria sustentá-la até a próxima parada que eles tivessem para comer novamente. As crianças pareciam sonolentas e a maioria pedia para que dormissem mais um pouco, mas logo após comerem continuaram o caminho sem muito reclamar. De acordo com o ancião, um pouco depois do pôr do sol eles estariam chegando ao destino.

No início da caminhada a menina voltou a ativar o Byakugan para que pudesse enxergar qualquer pessoa ou coisa que viesse se aproximar do grupo antes mesmo deles chegarem perto. Ela segurava uma folha na mão e enquanto andava pensava se deveria continuar ou não treinando, seu corpo ainda se sentia um pouco cansado.

O dia foi passando e logo eles estavam parando pela segunda vez e ali a menina decidiu que voltaria a treinar durante o percurso, o caminho estava tranquilo e o grupo caminhava sem nenhuma dificuldade. Assim que eles voltaram a andar, ela voltou a colocar a folha na palma da mão e a infundir o chakra, ora direcionando o vento para que passasse por volta da folha, ora direcionando o vento de todas as direções para o centro da mesma. Os olhos da menina, mesmo que ela estivesse praticando, estavam atentos o tempo inteiro para o que acontecia à sua volta, sempre atentos para se algum intruso começasse a se aproximar do grupo.

As horas iam passando, o grupo já tinha feito diversas paradas, as quais a menina continuava praticando, fazendo seu cérebro pensar em como conseguiria fazer a folha levitar da mesma maneira que Hutian havia feito e caso a caminhada continuasse tranquila sem nenhuma interferência, Nezuko teria um estalo em sua cabeça novamente, uma ideia tinha surgido.

-E se eu juntar os dois métodos? - ela sussurrava, conversando com ela mesma, seus olhos sempre observando ao redor, quem olhasse acharia que a menina estava completamente distraída, porém era totalmente o contrário, ela estava a todo tempo atenta.

A menina então pegou mais uma folha na sua bolsa de armas, a última, e a colocou sob a palma da mão esquerda e começou a infundir o chakra, direcionando o vento para que ele circulasse em volta da folha, sem empurrá-la, quase que formando um vácuo no centro onde se encontrava a folha e partir daí foi tentando diferentes tipos de velocidade e potência do chakra até que acharia o ponto certo onde conseguiria fazer a folha flutuar igual o mais velho havia feito. No meio do exercício a menina estava sempre olhando a sua volta, afinal tinha que manter as crianças seguras acima de qualquer coisa

-Isso! - gritaria caso conseguisse dominar a técnica e correria para o mais velho para lhe mostrar que finalmente tinha conhecido.

Considerações:

Jutsus ativos:

Enquanto treinava durante mais uma parada, um pouco antes de conseguir dominar o exercício do ancião, as crianças fizeram pequenos sanduíches de biscoito com passas, pedaços de chocolate e fatias de carne seca e ofereceram a gennin que aceitou de bom grado e passou alguns minutos olhando para aquela invenção estranha, decidindo se comeria ou não. Ao seu olhar não parecia muito bom, afinal quem misturava chocolate com carne seca? Porém seu estômago roncou, reclamando de fome, e aí ela decidiu comer.

Ela comeu o pequeno sanduíche e o sabor exótico invadiu sem paladar, no começo ela comia com receio, mas logo percebeu que, mesmo sendo estranho, o sabor até que era bom. Isso poderia ser devido a sua fome, já que com fome a menina comeria até pedra, ou poderia ser porque não era ruim mesmo, ela nunca saberia já que as crianças já tinham comido tudo.

Poucos minutos antes de continuarem a andar, Nezuko teve o estalo mental, onde surgiu a ideia de juntar as duas técnicas para conseguir fazer a folha levitar. Quando andava toda feliz até Hutian notou, pela sua visão estendida que sua kekkei genkai lhe proporcionava, que uma das crianças estava distante das outras e ela estava… dentro de um buraco na neve?

A menina rapidamente largou a folha que levitava na palma de sua mão e correu em direção a criança, chegando até a mesma em poucos segundos. O buraco que a criança se encontrava era profundo e a neve que ainda caía havia soterrado a mesma. A gennin colocou as mãos na cabeça, mostrando sua preocupação. Sua mente estava a um milhão, tentando pensar o que fazer e sua respiração começava a ficar ofegante. “Calma, Nezuko… É só você tirar ela daí”, ela se acalmava durante os 2 segundos que haviam se passado.

Sem pensar mais, Nezuko pulou dentro do buraco, tomando cuidado para não pular no lugar onde a criança estava, e cavou rapidamente a neve com as próprias mãos até chegar a um ponto onde criança já tivesse solta o suficiente para que pudesse ser puxada e se conseguisse, pegaria a criança no colo.

-O meu deus… o que você tava fazendo aqui? - perguntaria preocupada enquanto olhava o rosto todo vermelho da criança - abraça bem forte aqui no meu pescoço e prende as pernas em volta da minha cintura, bem forte, não solta por nada ouviu? - enquanto falava a gennin guiaria os braços da criança para que ficassem em volta de seu pescoço e logo sentiria as pernas da menor em volta da sua cintura.

Quando a criança estivesse pronta, a menina começaria a focalizar uma quantia fixa de chakra, na medida perfeita, no fundo de seus pés e então começaria a escalar a parede do buraco em direção a saída. Ela abraçava a criança com o braço esquerdo, deixando a mão direita livre para poder se defender caso alguma neve solta viesse a cair.

Caso conseguisse sair dali bem, levaria a criança, ainda no colo, para Hutian e logo ouviria as palavras que ele diria num som de gratidão, não podendo conter um sorriso, escondido por sua máscara, por finalmente ter conseguido tirar palavras positivas da boca do mesmo. Ela não responderia, apenas iria assentir com a cabeça e entregar a criança para ele.

O mais velho passou alguns minutos dando bronca nas crianças, tentando garantir que aquilo não aconteceria novamente e logo eles voltariam a caminhar em direção ao santuário. A menina iria caminhar ao lado dele e na primeira oportunidade pegaria uma folha e faria ela levitar da mesma maneira que ele enquanto sorria e ouvia o que ele tinha a dizer.

-Eu não consigo descansar enquanto não consigo completar um desafio e isso pra mim era um desafio, eu não conseguiria dormir direito enquanto não conseguisse resolvê-lo - falaria enquanto jogava a folha no chão e logo começaria a prestar atenção nos movimentos do homem.

Nezuko estava surpresa com tudo que aquele homem conseguia fazer, ele conseguia até mesmo parar o vento! No instante em que ele terminou de falar e demonstrar a técnica, sua mente começou a trabalhar em uma solução para aquilo, primeiro como ela conseguiria parar o vento? De certo ela só teria que direcionar ele a isso, mas como?

Mesmo com aquilo tudo, a menina continuava a prestar atenção à sua volta, agora mais que nunca tinha certeza que não poderia abaixar a guarda, pois tinha visto o que poderia acontecer com as crianças caso não tivesse prestando atenção, quem sabe uma delas não congelaria dentro de algum lago próximo? E foi assim que ela viu uma carroça logo embaixo da neve, quebrada e com dois corpos congelados e parcialmente devorados.

Nezuko arregalou os olhos por um segundo, mas logo voltou a agir normalmente, não queria que as crianças voltassem a atenção para aquilo. O mais velho logo tratou de tirar as crianças dali para que elas não vissem aquilo e então continuaram a caminhar. A imagem daquela carroça ficou gravada na mente da gennin, fazendo ela perder a vontade até de treinar, tinha que prestar mais atenção nas crianças para que elas não virassem um daqueles corpos congelados.

Os dois ficaram quietos por um tempo, provavelmente a mente do homem estava um turbilhão assim como a da menina. De repente a voz do ancião a despertou de  seus pensamentos, fazendo com que a imagem daquela carroça se dissipasse de sua memória naquele momento. Sua mente agora se voltava para outra questão: andaria pelas montanhas traiçoeiras a noite ou pararia e armaria acampamento com o risco de bandidos ou animais atacarem no meio da noite?

-Acho melhor a gente fazer um acampamento e descansar, as crianças podem acabar se ferindo nas montanhas - ela falaria assim que terminasse de pensar - só não vamos acender fogueiras para não chamar atenção e arrume as crianças o mais junto possível, não deixe que elas fiquem separadas. Se algo acontecer e elas estiverem separadas, fica mais difícil pra eu defendê-las.

Considerações:

Jutsus ativos:

O ancião acatou a decisão da menina e logo começou a ordenar as crianças para que arrumassem o acampamento, gerando reclamações da parte delas, estavam ansiosas para chegar logo ao destino e desapontadas por terem quer acampar por essa noite, mas o mais velho começou a falar com firmeza e logo as reclamações cessaram e pouco tempo depois o acampamento estava pronto. Nezuko arrumou a parte dela junto às crianças.

Um acordo tinha sido feito entre a menina e o homem; eles alternariam o turno de sono para que as crianças ficassem bem protegidas e como a aparência da mais nova ela de bem cansada, Hutian deixou que ela descansasse primeiro. Poucas horas depois que havia pegado no sono o mais velho a acordava e aí se dava o início de seu turno.

Fazia apenas uma hora que estava acordada, com o Byakugan ativo, a lua brilhava no céu escuro, dentre algumas nuvens, deixando a paisagem maravilhosa para se apreciar, mas logo sua atenção se voltou a uivos de lobos que vinham da direção para onde o grupo andaria caso não tivessem feito o acampamento, fazendo com que a menina agradecesse a si mesmo por ter escolhido fazer o acampamento, imaginando o que poderia ter acontecido se tivessem continuado a viagem. Passou o resto da noite preocupada e atenta ao redor, mas felizmente nada aconteceu e a noite passou tranquila até que os raios fracos do sol iluminaram o céu, fazendo o dia amanhecer.

O ancião acordou e logo começou a agitar as crianças, que fizeram o lanche junto a Nezuko, dessa vez sem nenhuma culinária estranha, e logo continuaram o caminho para o santuário. A gennin andava sempre atenta pelo caminho que seguia, afinal havia escutado os lobos na noite anterior e quem garantiria a ela que eles não continuavam por ali naquela manhã?

Menos de quatro horas depois de acordarem, o grupo chegou aos pés de uma longa escadaria na lateral da montanha, marcada por pilares de pedra. A voz do homem quebrou o silêncio, anunciando que haviam chegado ao santuário. Enquanto as crianças gritavam de animação, Nezuko resmungava por ter que subir aquilo tudo, suas pernas estavam cansadas por terem andado por tanto tempo.

O grupo começou a subir, a escadaria era íngreme e um pouco escorregadia, fazendo com que Nezuko tomasse cuidado na subida, não queria escorregar ali, cair escadaria abaixo e se machucar toda. Ela ficava surpresa como Hutian subia aquilo com facilidade, afinal sua idade deveria afetar em alguma coisa.

Já haviam se passado meia hora enquanto subiam e logo a gennin pôde notar a mudança no vento, ele havia aumentado consideravelmente, agora ventava bastante e a subida tinha ficado perigosa, afinal alguém poderia se desequilibrar a acabar caindo escada abaixo. Hutian então olhou para a menina e logo voltou a demonstrar a mesma habilidade de anteriormente e logo o vento começou a diminuir e comenta que aquela seria uma boa hora para o seu treinamento.

A menina concordou, mas logo as dúvidas começaram a aparecer em sua mente, como que ela faria aquilo? Ela sabia que não deveria tentar controlar o vento, mas sim direcioná-lo, mas como ela direcionaria eles ali para fazer com que eles diminuíssem? Primeiro começou a imitar o mais velho, qualquer movimento que ele fazia com os braços, ela fazia também. E então começou a tentar direcionar o vento à sua volta para que passassem por ali com mais calma, devagar. Ela não tentava mudar a direção deles e nem para-los, apenas tentava diminuir a velocidade com que passavam por ali, esperando conseguir atingir o seu objetivo.

Caso o que ela estava fazendo desse certo, logo perceberia a mudança do vento apenas em sua volta, ele estaria bem mais lento do que quando chegaram à metade da escadaria, facilitando a sua subida, quase eliminando as chances de desequilibrar e cair dali. Logo ela começaria a tentar aumentar o alcance daquela habilidade, fazendo com que a área que a habilidade alcançava para fazer o vento diminuir fosse maior e atingisse o grupo inteiro, claro junto da habilidade do mais velho.

Ela começou a colocar mais chakra no que fazia, fazendo-o alcançar uma área mais, consequentemente pegando mais vento que passava a volta do grupo, tentando sempre fazer a mesma coisa que fazia anteriormente, direcionar o vento para que ele passasse por eles em uma velocidade menor e caso o que estava fazendo fosse o correto, logo ela veria o seus esforços valerem a pena e a subida de todos ali ser facilitada.

A gennin via que aquilo que estava tentando fazer não era nem um pouco fácil e agora entendia o porquê de Hutian parecia estar bem focado na hora que fez os ventos pararem e falar que aquilo esgotava até mesmo ele. Enquanto subiam, Nezuko estava sempre tentando diminuir a velocidade dos ventos, se esforçando ao máximo para que aquilo desse certo.

Longos minutos depois da extensa subida utilizando da habilidade ensinada por Hutian, o grupo chegou ao topo da escadaria, chegando no santuário. O local era simples, construído na montanha como se fosse uma gruta profunda, diferente do que a menina achava que seria. Em sua mente ela tinha a imagem de várias construções conceituais, quase que como um castelo com grandes pilastras e logo se surpreendeu ao ver que ele foi construído praticamente dentro da montanha, quebrando tudo que havia pensado.

Logo seus olhos puderam encontrar várias pessoas, tanto homens quanto mulheres, a maioria tinha seus cabelos bem curtos ou raspados, suas roupas eram robes e mantos grossos amarelos e vermelhos. A maior parte passava dos 40 anos. A menina desativou o Byakugan, seus olhos também precisavam de um descanso.

Ao perceberem que o grupo tinha chegado, foram até eles para dar as parabenizações e boas vindas às crianças e logo se viraram para a gennin para agradecê-la por ter levado as crianças em segurança até o santuário.

-Que nada - a menina falaria enquanto sorria depois de retirar a máscara que usava para cobrir seu rosto do frio.

Os monges se mostravam bem acolhedores e logo ofereceram comida e bebidas quentes para a menina que aceitou de bom grado, afinal tinha comido pouca coisa durante esses dias e seu estômago reclamava de fome. A comida era simples, se tratando apenas grãos cozidos e a bebida era chá, Nezuko comeu bem antes de falar com Hutian e ter sua missão finalizada, na volta o grupo seria acompanhado pelos monges até a vila. Os monges ofereceram abrigo a menina e ao ver que a tempestade de neve estava ficando mais forte, ela aceitou, ficaria ali até a tempestade diminuir e ela poder seguir seu caminho com calma.

Enquanto conversava com os monges, deixou escapar o elemento que seu chakra tinha afinidade e então eles começaram a lhe dar dicas, mas a maioria deles não podia ser utilizada, afinal eram muito avançadas para seu nível atual, mas se lembraria delas quando elevasse seu nível.

Depois de descansar um pouco, decidiu ir para o lado de fora e continuar treinando suas habilidades, agora que sua missão tinha acabado, sua atenção poderia ser voltada totalmente para o treinamento. O vento do lado de fora era agressivo, a velocidade com que passava por ali era grande e seria perfeito para o treinamento da menina. Ela voltou a colocar a máscara para proteger o rosto do frio.

Primeiro começaria pelo exercício das folhas, mas agora ao invés de uma usaria quatro folhas. Empilhou todas elas, uma em cima da outra, e começou a infundir chakra para que elas levitassem sob sua mão, a primeira ficaria 4 centímetros da palma da sua mão, a segunda ficaria a 2 centímetros da primeira e assim por diante. Logo começaria a direcionar o vento para que rodasse em volta das quatro folhas,mantendo-as ali, paradas, por longos minutos.

Depois iria para o segundo exercício, o último ensinado por Hutian. Começaria a infundir o chakra e a fazer exatamente a mesma coisa que fazia enquanto subia as escadas, direcionaria o vento para que ele passasse por ali mais calmo, mais lento. Sua atenção agora estava voltada totalmente para aquele treinamento e com isso, caso o que estivesse fazendo estivesse certo, esperava conseguir atingir o seu objetivo  mais rapidamente e caso conseguisse, tentaria parar o vento como foi feito pelo mais velho.

Ela ficou pensando em como faria isso e logo lembrou das folhas, quando girava o vento em volta delas para que pudessem levitar, era como se o vento no centro tivesse parado, será que ela teria que fazer o mesmo? Claro que isso gastaria uma quantidade bem maior de chakra, afinal ela teria que fazer um “copo” enorme para pegar aquela área toda. Valia tentar.

A gennin começou então a infundir uma grande quantidade de chakra e abriu os braços, com as palmas das mãos apontando uma para cada lado, assim começou a fazer com que o vento girasse a sua volta, deixando o centro livre com uma distância de 1 metro afastado em cada lado dela, formando um grande copo de vento em sua volta, e caso o que estava fazendo estivesse certo, o vento ali onde ela estava teria parado totalmente. Por ser uma técnica muito avançada, a menina não conseguiria segurá-la por muito tempo, não chegando a nem um minuto no primeiro instante.

Antes de poder continuar, ela sentou no chão e descansou por algum tempo, aquilo realmente cobrava muito da pessoa que utilizava. Ela voltou a fazer a mesma coisa algumas vezes e esperava sempre conseguir mais algum tempo com o vento parado a cada vez que tentava, sempre descansando após terminar a técnica.

Passou horas treinando até que viu que a claridade ao seu redor tinha diminuído e a noite tinha chegado, com isso o tempo tinha ficado ainda mais frio e ela decidiu entrar e dormir, precisava de uma noite completa de sono, ela sentia seu corpo pedir por um descanso. Os monges logo mostraram o local onde poderia dormir e sem pensar duas vezes ela deitou e pegou no sono.

Acordou no dia seguinte bem cedo, o dia começava a ficar iluminado, os monges já estavam de pé. Ela comeu mais alguns grãos e tomou chá antes de se despedir de todos ali e partir de volta para Kumo. Na descida da escada Nezuko voltou a ativar seu Byakugan, afinal ela tinha que saber caso algum desconhecido se aproximasse dela e usou a mesma habilidade que havia aprendido, diminuindo o vento a sua volta para que pudesse descer com segurança. Como não tinha que esperar crianças descerem, a descida foi rápida e logo ela já se encontrava no pé da escadaria e dava início a caminhada até sua vila, mal podias esperar pelo conforto de sua casa.

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Antes de descer as escadas, Nezuko avistou o menino que havia salvo no buraco de neve se aproximando para em seguida lhe dar um abraço e entregar um saco de trapo contendo uma flor branca junto às raízes. Aquele gesto fez com que o coração da menina se esquentasse, uma criança que mal a conhecia havia criado um laço com ela e isso a deixava feliz.

-Muito obrigada, pode deixar que eu vou plantá-la e lembrar sempre de você - falou sorrindo enquanto bagunçava o cabelo da criança com a mão esquerda e pegava o saco com a mão direita. Logo desceu as escadas.

A gennin andava rapidamente, praticamente correndo, ansiando pela sua chegada na vila. O caminho foi tranquilo e na maior parte nada aconteceu, mas um pouco depois do meio dia a menina pôde notar uma coruja voando no alcance do seu Byakugan e enquanto corria manteve sua atenção no animal, observando em como ele não fazia praticamente esforço nenhum, apenas deixava que o vento a carregasse e quando precisava mudar a direção, apenas ajustava seu percurso.

Passou alguns segundos observando até que logo todo o ensinamento de Hutian fez sentido, agora realmente entendi o que era direcionar o vento. Ela mais uma vez começou a direcionar o vento em sua volta, primeiramente fazendo-o ir mais rápido e logo o parando totalmente, ficava surpresa em como aquilo tinha se tornado mais fácil.

Já era final da tarde, quase noite, quando a menina finalmente se via em frente aos portões de Kumogakure, suspirando aliviada por finalmente ter chegado em sua vila e desativou o byakugan. Ali sua missão tinha sido oficialmente finalizada e agora ela se dirigia para casa.

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