O som rugente dos trovões ecoavam pela mente de todos os moradores no País do Relâmpago, mais do que uma tempestade, era a verdadeira tempesta do fim dos tempos, o pior indício que se poderia ter para os mais supersticiosos, o céu estrelado já estava fechado com nuvens tão escuras que era quase um novo tom de cinza, as constantes luzes que piscavam intensamente junto de um grande estrondo era quase o início de uma chuva atormentadora, e essas nuvens carregadas de maldições com a brisa dos ventos eram levadas para o país inteiro.
- Que azar, vou ter que trabalhar no meio desse tempo esquisito. Um jovem dizia essa frase, observando um pergaminho que o mesmo tinha recebido por debaixo de sua porta, pergaminho este enviado da Academia Ninja, provavelmente mandando o mesmo em uma missão, mas, quando o Genin resgatou a encomenda e abriu para verificar seu conteúdo, viu algo surpreendente no mínimo.
"Pera... Rank C?" Meditava levianemente indagando sobre os kanjis que o mesmo havia lido, ao contrário de seu habitual em fazer diversas missões de rank bem inferior, essas duas novas que Yuta tinham recebido eram especiais, seu rank era diferente, maior do que jamais antes tinha recebido, ao verificar essa classificação, o coração do Hattori começou a palpitar mais intensamente, ele não se achava capaz de realizar missões nesse nível, sua força era provavelmente a maior que ele conseguia, mas... E se ele se descontrolasse durante a missão? O que essa marca em seu pescoço fazia afinal de contas? Sua situação era mais crítica ainda, afinal, isso não dependia só dele, sua missão era proteger uma atriz que havia embarcado recentemente no rumo da fama contra um grupo de sequestradores até sua cidade natal. Após isso, relatar para a forças militares, voltar para Kumogakure e procurar o provável grupo responsável liderado por Koru, alguém que a tempos anda sequestrando mulheres e "fazendo poses bizarras" junto de seus seguidores, missões diferentes em lugares diferentes, mas com o mesmo inimigo. Sua preocupação não era mais só com seu bem estar, e sim também com o bem estar dessa atriz, uma pergunta cravou no fundo de sua mente e o fez hesitar: "Afinal, se eu perder o controle dessa marca em minha nuca, eu vou atacar essa atriz?" Seus novos poderes ainda estavam sendo descobertos, essa sua sede por poder e fez estar em seu estado atual, era uma pena, porém, talvez essa maldição o pudesse o salvar durante essa nova missão.
Não era hora de pensar e se questionar, era hora de agir, além de contas, como descrito no pergaminho, essa atriz já estava esperando. Yuta se arrumou e amarrou sua bolsa de armas para que a bolsa ficasse na parte de trás de sua cintura perto de suas costas, após isso, pegou um guarda-chuva e saiu de casa em destino o portão da vila, onde começaria seu novo treinamento, o treino da experiência.

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O Hattori juntou suas coisas e partiu rumo aos portões da vila, onde começaria de verdade sua missão, a vila era pacífica como nunca, o tempo premeditado não deixava qualquer civil com um senso mínimo sair de sua residência para se aventurar na chuva se sequer estivesse acordado neste horário, mas, Yuta não era muito esperto, e não tinha senso nenhum e muito menos as forças militares que o enviaram essa missão. Caminhando pelas pontes, era possível ver luzes por vários cantos da cidade, postes elétricos que iluminavam cada canto deixando um brilho noturno similar as estrelas que estavam ocultadas pelas nuvens, mas, mesmo com toda a tranquilidade dos poucos comércios abertos e quaisquer almas vivas que já corriam para adentrar em suas casas, o Genin infelizmente tinha trabalho a fazer.
Quando estava perto já das bordas de seu vilarejo, conseguia enxergar de longe e com um pouco de dificuldade três silhuetas, duas delas pareciam mais altas e trajadas com coletes e máscaras protetoras, a outra, era mais baixa e mesmo com a distância, era possível enxergar seu bem trajar. Quando o Hattori se aproximou um pouco mais, conseguiu visualizar a sua escolta acompanhada dos seguranças do portão da vila, ao perceber a presença de Yuta, eles logo olham em sua direção e acenam em cumprimento, a atriz estava entre os dois porteiros, a coisa mais perceptível era sua face que era quase de outro mundo de tão bela acompanhada de longos cabelos loiros que iam até um pouco abaixo de sua cintura, a mesma vestia um vestido preto por cima de uma camiseta social branca, esse vestido ia até mais ou menos suas coxas, assim em baixo vestindo pequenos saltos vermelhos com uma meia calça até seus joelhos, mesmo com sua beleza exuberante, era claro em seu rosto a impaciência da mesma, quando o Genin se aproximou para cumprimentar com um aperto de mão, a mesma virou com desgosto e revirou seus olhos.
falando bem baixo quase murmurando algumas palavras, mas mesmo assim foi escutado pela audição apurada do Hattori.
- Ugh, que merda... Pobres.... Ditou bem baixo a atriz quase que murmurando em desgosto, Yuta com sua audição acima da média conseguiu ouvir meias palavras, mas preferiu ignorar a fala de sua nova acompanhante.
- Opa, Yuta certo? Que bom que tinham Gennins disponíveis nesse horário, quase que tivemos um probleminha com a "senhorita" aqui, enfim, você leu o pergaminho né? Só escolte ela até sua vila natal e tá tudo certo. Um dos porteiros falou olhando para Yuta, revisando as ordens para ver se tudo estava nos conformes.
- Boa noite, li sim senhor! Estou pronto para a viagem. Desculpe moça, mas qual o seu nome? Yuta não era dos mais conhecidos por peças e teatros, conhecer atrizes ou ler jornais para saber mais não era sua praia, então, para ele, era só uma desconhecida, mas, essa frase pareceu insultar profundamente a atriz, que respondeu com raiva para o Hattori.
- Que? Você não me conhece? Olha bem na minha cara moleque? Você não sabe quem eu sou? Enquanto falava, fazia gestos com as mãos apontando para si mesmo e para seu rosto, a raiva que já era grande se soltou ainda mais, quase querendo proferir xingamentos intensos para o Genin, que apenas como resposta fechou um pouco seus olhos, coçou a parte de trás de sua cabeça e tentou responder da forma mais amena o possível.
- Ah desculpe, eu realmente não te conheço, mas posso conhecer agora! Sua voz alegre e calma tentou chegar na mente da atriz, que só pareceu ficar ainda mais irritada, causando a reação contrária.
- QUE PORRA DE CAVERNA VOCÊ VIVE? Ahh, certeza que é pobre, essa roupa branquinha ai acha que me engana? Vê se memoriza pois eu vou chegar no topo do mundo e dominar tudo! S-ô-n-i-a, Sônia Nevermind o babaca, Humpf Quando terminou seu monólogo, virou bufando para o lado virando a cara para Yuta, que apenas continuou sorrindo para tentar amenizar a situação. Os porteiros olhavam como se já esperassem essa reação vinda da atriz, e até pareciam aliviados em não precisar lidar com sua personalidade problemática.
- Bom, desculpe-me mais uma vez senhorita Nevermind, mas temos que ir antes que fique mais tarde. Dava um passos lentos para frente, como se esperasse sua escolta o acompanhar, ela estava emburrada, mas apenas suspirou e começou a caminhar atrás do Gennin para chegar logo em sua cidade.
Assim, Yuta e Sônia partiram para o Mundo Ninja rumo a uma vila rica próxima a Kumogakure, seu nome era Yoshiwara no Sato, ou como mais conhecida, a Vila Oculta da Luz, onde a nata do país morava em casas altas e sobrados decorados com o mais puro do ouro.

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Junto de sua escolta, o Genin então partiu rumo a Yoshiwara no Sato, a vila natal de Sônia Nevermind, uma famosa atriz que começou suas peças por Kumogakure.
Andando calmamente pelas estradas entre as árvores, a madrugada ficava cada vez mais notável para ambos, as estrelas começaram a aparecer raramente em meio aquelas grandes nuvens cinzentas que soltavam estrondos acompanhados de luzes azuladas fortes, os famosos trovões em sua mais pura forma sendo gerados na frente dos olhos acostumados de ambos, as montanhas eram difíceis paisagens que atrapalhavam constantemente qualquer tipo de escolta ou comércios, afinal, nunca sabe-se o perigo que pode se esconder entre aquelas formações rochosas, as árvores durante o caminho com o seu verde natural eram outro ponto de partida ótimo para ataques repentinos vindo de estrangeiros, o que forçou o Hattori ficar sempre de olhos abertos, tanto para essas possíveis emboscadas, como para seu bem estar e também a de sua acompanhante. Tirando o perigo de lado, se dirigir pelo Mundo Ninja sempre acalmava a alma de Yuta, a calmaria da natureza com a flora e a fauna em sua forma silvestre, isso dava uma boa sensação em sua mente, como um conforto de sua casa, o céu escuro da noite também era algo que estranhamente lhe causava conforto e felicidade, talvez fosse algum efeito colateral da marca, ou talvez fosse apenas sua beleza pura, eram perguntas que frequentavam a mente do Gennin, mas, logo eram atrapalhadas por uma voz atrás dele.
- Aighhh Vamo acelerar o passo ou seu sapatinho ai ta apertando seu pé sujo? Tá ficando tarde e minha mãe vai me matar, ando logo com isso, você é pago para o que afinal hein? Na minha cidade... Sua escolta, ou melhor, Sônia Nevermind, uma atriz extremamente bela e famosa, mas com uma personalidade no mínimo irritante, durante quase o caminho inteiro Sônia ficou divagando e falando sem parar se exibindo como ela era incrível e com a vida perfeita e como mesmo o Gennin sendo pago era imundo e "sujo", sua voz era tão desconfortante e repetitiva que logo começou uma dor no fundo do cérebro do Hattori que teve que aguentar calado todo aquele falatório, aquela dor não iria se espalhar, mas de alguma forma, começou a ficar pior, talvez fosse a voz que não parava, ou só algum outro motivo que o mesmo não sabia, mas algo Yuta tinha certeza, o falatório da "princesinha" só iria atrapalhar em suas decisões e até na identificação de inimigos.
- Desculpe Sônia, mas você poderia por favor descansar um pouco? Eu estou sendo pago para te proteger, e não posso fazer isso se não conseguir escutar nada, por gentileza senhorita. Ele já esperava uma reação irritante, mas tentou amenizar da melhor forma possível, mas a menina não ficava satisfeita com nada.
- E na minha cidade a comida é muito melho- Que? Você quer que eu cale minha boca? Escuta aqui, eu to te pagando pra me proteger, eu faço o que eu quiser e se eu me machucar a culpa vai ser sua, você virou ninja porque quis, eu não tenho nada a ver se você não sabe ouvir direito, da o teu jeito e eu vou continuar falando quanto eu quiser. Sônia não queria deixar aqueles insultos gigantescos que manchariam sua honra de lado, era uma blasfêmia mandá-la se calar, como se desrespeitasse uma lei estritamente importante, a lei do dinheiro.
- Eu sei senhorita Nevermind, mas é que eu quero te proteger da melhor forma, você não quer se machucar certo? Sua voz pode atrair inimigos e outros problemas até para mim, então por favor Sônia, espere alguns minutos e você pode falar o quanto quiser. Aquela marca com certeza fez algo com sua paciência, afinal, a mesma já estava quase em seu limite, e ainda assim, Sônia não parava.
- ESCUTA AQUI SEU-. E repentinamente de forma quase inesperada, foi possível perceber uma grande movimentação por várias moitas e árvores nas redondezas, aquela movimentação em si não era anormal, e sim sua quantidade, que quase cercava Yuta e Sônia por todos os lados, com certeza não era nenhum tipo de fauna, eram bandidos, e provavelmente o do pior tipo.
"Ai que dor de cabeça, como eu imaginava, eu não consegui impedir a Nevermind e agora eles acharam nossa localização, será que devo recuar ou fugir? Não, o número é muito maior, e eu ainda nem sei quantos estão escondidos, o combate direito não é o melhor dos casos de qualquer forma, mesmo que eu combata uns 3 ou 4, se tiver apenas um a mais, ele já consegue capturar a senhorita Sônia, que provavelmente não consegue se defender com as mãos nuas, sendo assim..." Enquanto Yuta observava o máximo que conseguia girando em círculos até a direção de sua escolta, subiu sua mão esquerda até a sua cintura, pegando dois itens de sua bolsa de armas, mais especificamente duas kunais, assim, chegando bem próximo de Sônia e estendendo a ferramenta com a lâmina virada para o seu lado na direção da mão dela, que rapidamente a pegou com medo.
- Se alguém chegar perto, enfia isso onde você conseguir e saia correndo, eu consigo te achar depois. Se for mais do que seis inimigos, ao meu sinal, saia correndo o máximo que conseguir para perto de mim, eu vou te proteger. Enquanto ditava essas palavras, colocou a outra kunai que havia pego em seu palmo destro, assim segurando com quase toda a sua força a ferramenta enquanto mantinha sua mão próxima a sua bolsa de ferramentas ninja.
- TIRA A GENTE DAQUI! Gritou desesperada olhando para todos os lados, que quase simultaneamente, diversas figuras saíram daquele matagal, começando uma grande emboscada.

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Enquanto a atriz gritava desesperada com a situação crítica onde ambos se encontravam, diversas silhuetas começaram a sair das moitas e ir em direção a um ponto em comum, um centro, onde duas figuras se encontravam em pé, preparadas para o combate.
No meio de todas aquelas árvores, três pessoas saíram de umas moitas mais a frente em uns 5 metros, bloqueando qualquer investida que Yuta e sua escolta poderiam fazer, e para limitar ainda mais suas chances de sobrevivência, uma figura se ergueu na passagem de trás também por cerca de 5 metros, também limitando tentativas de fuga de ambos, era uma situação complicada, ainda mais porque todos os arruaceiros estavam segurando ferramentas ninjas, alguns usando espadas, outro kusarigamas e o mais atrás um grande machado que tinha quase duas cabeças humanas de largura da lâmina, todos eles eram altos e bem musculosos, alguns ostentavam cicatrizes pelo corpo, quase mostrando sua experiência em batalhas para seres inferiores, eles gargalhavam, como se já soubessem o resultado final daquela luta, além de que enquanto seguravam suas armas, faziam poses no mínimo intrigantes, como se de alguma forma bizarra eles mostrassem seu alto poder.
Yuta olhou para aquilo primeiramente confuso, mas não podia se distrair com seus inimigos, Sônia ainda era seu objetivo principal, se ele fracassasse, talvez nem conseguisse mais se graduar, eram perguntas que sempre passavam por sua mente durante divagações momentâneas, mas ainda assim, sua preocupação era a marca em sua nuca, que ainda não sabia seu significado. Preferiu ignorar todas essas meditações sem sentido e se focar em seu atual, o número do grupo não era um problema, e sim o perigo que podiam causar para sua classificação, não era mais uma missão sem risco de morte, se ele fracassasse como um nada, sua vida não estaria mais sob o seu controle, então, com uma reação extremamente rápida, buscou alguns itens com seu palmo esquerdo por sua bolsa de ferramentas, assim, colocando entre seus dedos dois objetos compactos e circulares, possuindo apenas um selo por sua superfície, quando alcançou esses objetos, tirou sua mão de sua bolsa e jogou uma dessas esferas rente a seu tórax, assim arremessando a ferramenta em direção a um dos grupos de arruaceiros, e em seguida, fez apenas um selo para a liberação do fūinjutsu aplicado na arma e liberando uma grande explosão de luz referente a uma Hikaridama.
"Kaifū no Jutsu!" Uma enorme luz vinda da esfera foi liberada, cegando completamente todos que olhavam diretamente para o objeto ou na direção do tórax do Hattori, ele tinha poucos segundos para resolver aquele problema, talvez cerca de cinco segundos, o que provavelmente já seria o bastante para lidar com o marginal que corria em direção a atriz, que estava claramente em desespero. Ao ver a situação ocorrendo em suas costas, virou todo seu corpo para aquela direção e jogou a kunai com toda a sua força rumo ao peito do pé do arruaceiro, o travando completamente no chão, a força do Gennin era tamanha que todo esse caminho foi percorrido em aproximadamente 0.25 segundos, e enquanto a ferramenta viajava pelo ar, Yuta fez mais um selo com ambas as suas mãos, fazendo com que uma quantia de chakra escondida em seus tenketsus seja liberada uniformemente por todo o seu corpo e mais especificamente suas pernas, que eram intensificadas com a velocidade do chakra, uma técnica acadêmica, o Shunshin no Jutsu em sua mais pura forma, fazendo o Hattori viajar aqueles cinco metros em 0.227 segundos e com a velocidade e impacto, levantar sua braço destro e o deixá-lo um pouco dobrado e rente a seu pescoço, preparando um grande golpe, e com um grande controle de chakra e sua familiaridade elemental, liberar um chakra Fuuton que cobria todo seu punho, amplificando ainda mais seus golpes, e quando estivesse próximo o suficiente numa velocidade que talvez o arruaceiro nem conseguisse reagir, um grande soco foi aplicado bem em sua face, rasgando o peito de seu pé e o empurrando para muito longe completamente apagado com a força do ataque.
Quando terminado, aplicou novamente a técnica que amplificava sua velocidade, fazendo outro selo para fazer mais um Shunshin no Jutsu, o Gennin conferiu o bem estar da atriz de relance com seus olhares, que ainda parecia intocada, com grande suspiro de alívio, se concentrou no combate novamente, em todo esse tempo, tinha se passado no máximo uns 2 segundos, ainda tendo tempo de contra-atacar. Focado novamente na situação atual, Yuta começou a pensar durante o tempo que ainda podia, os bandidos ainda iriam ficar 3 segundos atordoados em média, como última hipótese, o Hattori podia arremessar uma Fūma Shuriken e torcer pelo melhor, mas não era uma boa ideia, afinal, ele preferia acreditar que em suas versões da história, eles tinham bons motivos para realizar esses crimes, ele torcia sempre pelo melhor no fim das contas, então preferia não matar ninguém para evitar esse tipo de problemas. Então, o que conseguiu pensar durante um segundo que começou a se passar, era nocautear os três com poucos golpes, então com os dois segundos que restavam, percorreu 10 metros que era a distância do arruaceiro na retaguarda até a distância dos que estavam na vanguarda, e em aproximadamente 0,454 segundos, já estava de frente para eles, usando a velocidade que havia gerado nesses dez metros, aplicou o Fuuton em ambos os seus pés e quase como uma forma primitiva de ataque, deu um pequeno salto e soltou ambos os seus pés do solo, assim dobrando seus joelhos para próximo de seu peito e ainda com toda a sua força deu uma voadora de dois pés na barriga de um dos criminosos, que foi arremessado para alguns metros a frente, e quando estivesse prestes a cair no solo novamente, esticou seus braços contra o chão e se equilibrou com pura força bruta, após isso, girou seu palmo em sentido horário e quase como uma dança de "breakdance", deu um chute na dobra da perna de ambos os que restaram que facilmente caíram no chão, assim, o tempo estaria quase completo, e com isso, se levantou novamente e esmagou o que estivesse em sua direita pressionando seu pé contra sua cabeça, dessa vez, para não matar o bandido, aplicou apenas uma quantia certa de chakra puro, que da mesma forma iria aumentar os estragos, mas não tanto como o Fuuton fazia, assim, mais dois sequestradores estariam derrubados, sobrando apenas o que estava em sua esquerda, que logo voltava a enxergar.
Sua confusão era nítida, como que em cinco segundos todos os seus comparsas estavam completamente derrubados e desmaiados? Ele olhou em volta ainda um pouco atordoado com a ferramenta de luz e viu uma silhueta ao seu lado pressionando a cabeça de seu amigo contra o chão, viu do outro lado seu amigo também caído com uma pequena hemorragia no pé e o outro gemendo de dor com ambas as mãos em sua barriga, era quase um checkmate, mas sua expressão de raiva era nítida a falta da aceitação da derrota, Yuta conseguiu entender seus sentimentos por trás de sua face, afinal, se tinha uma coisa que o Hattori tinha remorso era o gosto amargo da derrota numa batalha, enquanto o arruaceiro se levantava, Yuta removeu o peito de seu pé do rosto do outro criminoso e ficou em posição de combate contra o último restante no campo de batalha, ele olhou com raiva nos olhos do Hattori e com o que parecia toda a sua velocidade, tentou desferir um chute circular centralizado nas costelas do Gennin, que com uma dificuldade mediana, conseguiu usar suas pernas para se impulsionar na direção onde o golpe não fosse aplicado, e com a brecha dada, se abaixou ligeiramente e colocou uma de suas mãos no solo, mais precisamente seu palmo canhoto, e quando girou seu corpo com toda a sua velocidade e força, levantou sua perna direita e aplicou mais um pouco de chakra puro no ataque, e enfim acertou quase com o seu calcanhar bem no rosto do arruaceiro, que caiu desmaiado sem nenhuma chance de contra ataque.
O combate estava encerrado e a atriz ficou todo o tempo com os olhos completamente fechado e gritando assustada, Yuta apenas a acudiu e então, voltaram para a rota continuaram o caminho rumo a Yoshiwara no Sato.

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O caminho para Yoshiwara no Sato apesar desse conflito durante a trajetória, teve uma rotina extremamente tranquila pelo resto do destino, enquanto Yuta retomava sua Kunai com a atriz, acabaram ficando o resto do caminho em silêncio, até que enfim podendo observar a distância um pequeno vilarejo, porém extremamente bem iluminado por diversas luzes diferentes.
- Ah é ali Yuta, finalmente chegamos! Enquanto dizia aliviada, saiu em disparada na frente até os portões da vila, mas, o Hattori ficou parado observando a cidadela de longe, apenas duas coisas passavam em sua mente no momento, a sensação de alívio de uma missão alta concluída com êxito e uma pequena sensação de nostalgia que coçava no fundo do seu cérebro, causando até um pequeno desconforto. A felicidade da atriz em poder reencontrar sua família era tudo que o Gennin queria sentir agora, o conforto do abraço de sua irmã, mas enquanto pensava nisso, apenas conseguia reagir fisicamente colocando a mão em sua nuca protegendo uma marca, a mesma que as vezes ardia como ferro, mas que por enquanto, estava estranhamente tranquila nesse dia, era um sentimento desconfortável, afinal, o Hattori ainda não sabia a finalidade de tudo aquilo, mas, mesmo com diversos questionamentos que quase bloqueavam seu sentidos, ele ainda tinha um trabalho a fazer, então apenas começou a se dirigir até a entrada da vila, onde deixaria a senhorita Nevermind na frente do portão e enviaria o relatório até o quartel general.
De frente para o portão, conseguiu ver uma cidade simples, mas extremamente bem decorada com diversas luzes diferentes iluminando todo aquele lugar, era quase como se a noite não conseguisse chegar entre aquelas casas, um brilho confortante e inesquecível. Apresentou sua ficha acompanhada do pergaminho para os guardas enquanto Sônia já estava adentrando no vilarejo, sendo recebida por diversas pessoas como uma verdadeira princesa real, Yuta olhava com felicidade para a atriz, que era um novo objetivo concluído perfeitamente, após se despedir dos guardas, virou-se de costas e começou a caminhar de volta para Kumogakure, mas, repentinamente parou ao escutar uma voz familiar.
- YUTA! Me desculpa! Um pedido de desculpas acompanhado de uma voz feminina, Sônia estava bem na entrada do portão gritando para o Gennin, que se virou levemente confuso com suas palavras.
- Eu não deveria ter te tratado tão mal como eu fiz... Obrigada pelos seus serviços! Dizia se reverenciando para o mesmo, provavelmente tentando ocultar seu rosto levemente corado, ele apenas respondeu com um sorriso e em troca, levantou levemente seu braço direito e estendeu seu polegar, fazendo um "joinha" para a mesma. Ela olhou de relance aliviada com a falta de remorso de seu acompanhante e deu um sorriso aliviado.
Yuta ao ver sua reação, virou-se novamente e continuou seu caminho, indo rumo a Kumogakure, onde teria mais trabalho a fazer.

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Yuta começou a caminhar pela mesma estrada de terra que tinha feito anteriormente, porém, antes de continuar sua rota devido a uma dor de cabeça forte que começou a pulsar em seu cérebro, se debruçou em uma árvore próxima e começou a descansar por alguns minutos, seu cérebro latejava com certa intensidade, era suportável, mas seria bom uma pausa de vez em quando.
Após se encostar num tronco próximo, pegou um dos pergaminhos de seu bolso agora concluídos e com a assinatura de sua escolta, começou a escrever num campo premeditado, como ainda tinha serviços e precisava declarar aquela missão como concluída, era preciso um relatório que seria encaminhado por um falcão até a inteligência da vila, assim, mandando com todos os campos preenchidos e já podendo ser descartado do quadro de missões na academia, então, começou a escrever a carta que precisava, fazendo um relatório de como foi o caminho, uma avaliação sobre a rota premeditada pela inteligência do quartel e se os problemas ocorridos foram classificados corretamente, tudo até que ocorreu como ele já esperava, talvez se tivesse um perigo a mais dentre aquele grupo de criminosos que os abordaram durante a rota, o rumo da batalha poderia ter sido completamente diferente, afinal, como o rank da missão já dizia, seria um problema maior, mas sua sorte foi que por causa do orgulho em fazer as poses bizarras, isso já o ajudou a concluir sem muitos perigos adicionais, mas com certeza não poderia ser realizado com a facilidade de uma rank inferior, sua classe foi correta, ainda mais como não conhecia o tamanho do grupo. Após fazer o relatório, Yuta voltou para o caminho correto, até que enfim, após algumas horas havia voltado para Kumogakure.
Seu próximo objetivo era agora acabar com um sequestrador que sequestrava mulheres e ficava fazendo poses bizarras, seu nome era Koru, talvez o líder desse mesmo grupo que atacou a atriz, mas ele ainda não poderia ter certeza, então, como ainda era um horário propício para esses atos criminosos, o plano do Hattori foi se esconder entre os telhados das casas e prestar atenção no som ambiente, procurando ver se conseguia rastrear de alguma forma um som de um provável pedido de ajuda, enquanto isso, ficaria atento, observando com seus olhares afiados as vielas da aldeia, procurando qualquer figura suspeita próxima a outras figuras femininas, era resumidamente uma patrulha mais aguçada, esperando conseguir de alguma forma rastrear os próximos passos de Koru.

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No meio da calada da noite, um lobo guardava a segurança dos cidadãos de Kumogakure, seus olhos afiados acompanhado de sua audição aguçada conseguiam dar uma proteção a mais, porém, isso não iria durar para sempre. O Hattori saltava de telhado em telhado, olhando especialmente para as vielas entre as casas, um ponto onde caso Koru atacasse, a chance de ser impedido seriam extremamente baixas, fazer um crime desses no meio da rua não seria muito esperto, então toda a sua atenção estaria voltada para aqueles becos macabros e escuros. Minutos se passavam e sua esperança ia cada vez diminuindo, será mesmo que aquele homem iria atacar assim, sabendo que estava sendo perseguido? Seu anúncio no quadro de missões sequer estava sob seu conhecimento? Perguntas e mais perguntas, e Yuta sabia que não teria nenhuma resposta, então a única opção do Gennin foi esperar pela maior quantidade de tempo que seus olhos e corpo aguentavam, isso até que não seria tão complicado, afinal, seu passado já não o deixava dormir de qualquer forma.
Abruptamente, saltando pelos olhares de Yuta, o mesmo conseguiu ver uma figura feminina que estava andando completamente solitária pelas ruas, até que repentinamente, uma mão a puxava para uma viela e então sua localização saiu de sua vista, preocupado com seu bem estar, Yuta manipulou seu chakra para o expulsar daquele telhado e ir num grande salto pela Lua até alguma outra telha mais a frente, usando a maior velocidade que conseguia sem fazer barulho, o que o limitava a não poder ser rápido como ele queria, mas por sorte, isso foi o suficiente para ver o resto da cena, um homem musculoso vestindo uma armadura alaranjada com um pano preto que descia pela sua cintura e caía até seus joelhos, seu cabelo branco volumoso se destacava mesmo na espécie de turbante listrado que vestida, os vários piercings e brincos dourados davam ênfase em sua forma extravagante. Ele segurava a mulher tampando sua boca e a arrastando com força até a entrada de uma casa, o Hattori sem nem pensar, entrou furtivamente por uma janela que levava ao mesmo local, esperando o momento certo de agir. Aquela casa ficava ocultada entre tantas outras, sua localização iria precisar de um grande esforço dos investigadores da força militar, então ele não podia arriscar uma fuga vinda de Koru, afinal, não saberia se teria outra oportunidade.
Aquele local era bem abandonado e completamente vazio, podendo apenas enxergar alguma coisa quando a luz da Lua adentrava pelas barras de madeira entre as janelas, a poeira era tão densa que levantava pelo ar e podia dar um ataque de espirros em qualquer um. Koru levava a mulher para algumas correntes que ficavam presas na parede, assim prendendo seus braços e pernas e tampando sua boca com uma grande quantidade de fita, após a imobilizar completamente, ele ficou sentado de pernas cruzadas em frente a ela bufando com certa raiva.
- Hmpf que saco, onde aqueles quatro patetas se meteram? Eu preciso posar COM TODAS AS MINHAS FORÇAS! Falava num tom mais alto com os olhos meio fechados, olhando com apenas uma pupila pelos lados procurando a aparição de seus comparsas.
- Que droga, terei que fazer isso sozinho, se prepare moça! AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH! Após dar um grito de iniciativa, começou a fazer mais poses bizarras olhando nos olhos da mulher, era de fato uma situação desconfortável para ficar como espectador. Com isso, Yuta teve certeza, esse era o momento certo, ele estava distraído e seus supostos capangas não iriam aparecer tão cedo, então, lentamente, desabotoou sua bolsa e sacou silenciosamente uma Kunai, com isso, abriu a janela lentamente e arremessou a kunai na perna de Koru, que estranhamente, parou imediatamente e segurou a ferramenta, virando lentamente com uma cara extremamente séria para Yuta, que não viu opções além de tentar um embate direto.
- Como você ousa mocinho? VOCÊ INTERROMPEU MINHAS POSES? PREPARE-SE, ISSO É PENA DE MORTE! AAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH! Quando terminou de falar, durante seu grito novamente começou a posar bizarramente, o Gennin apenas olhou para aquilo desapontado com seu oponente, e com isso, estendeu ambos os seus braços em uma pose de luta, olhando atentamente para a movimentação inimiga.
- Jovem não me chamam de Koru Esidisi a toa, eu sou o mais forte, o mais temido, o mais poderoso, o mais bonito de todos! ESSE É O SEU FIM! E enquanto falava seu monólogo, também preparava uma pose de luta peculiar no mínimo para se dizer, Yuta apenas olhou com confusão, mas preferiu não subestimar seu inimigo.
E assim, mais um embate era travado.

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Enquanto Koru Esidisi posava bizarramente a cinco metros de distância do Gennin, ele olhava com uma profunda raiva nos olhos do Hattori, aquilo mesmo sendo de certa forma "banal", isso parecia ter muito significado para seu oponente, por isso, não podia tratar como se fosse algo simples, afinal, o rank da missão querendo ou não ainda era alta, então, ambos entraram numa posição de luta, e se prepararam para um embate.
- Essa luta está no papo jovenzinho, lhe derrotarei sem nem suar, observe, AAAAAHHHHHHHHHHHH! Yuta começou a duvidar da gravidade do ocorrido, então, sem muito o que pensar, liberou pelos seus tenketsus uma quantia uniforme de chakra, suficiente para que o Fuuton já se alastrasse por seu punho, assim, indo numa velocidade alta, mas ainda não o seu máximo, e assim, estendendo seu punho com tudo para trás e tentando dar um grande golpe em seu peito, mas, ele apenas deu uma risada e colocou seu palmo na frente de seu soco, entrelaçando seus dedos pela mão de Yuta e parando completamente o ataque, como se nem tivesse sentido qualquer impacto, quando o Hattori se deu conta, apenas olhou com um olhar assustado, e saiu dali com toda a sua velocidade e usando toda a sua força para se soltar do agarrão, por outro lado, Koru pareceu nem se importar com o ataque, apenas ficou olhando como se já imaginasse o resultado.
"Droga, ele é realmente forte, será que eu consigo? Não... Eu tenho que conseguir!" Dizia aquilo enquanto lembrava da marca em seu pescoço, mas, ele ainda não podia contar com aquela marca, ele nem ao menos sabia como ativá-la, então, precisava mostrar sua verdadeira força, afinal, isso era a única coisa que tinha. Voltou a se concentrar na batalha, mas quando se deu por conta, viu Koru fazendo uma sequência de selos desconhecida por Yuta, e ao ver que aquilo se tratava de um jutsu, se preparou para o que pudesse acontecer, mas como não conhecia a técnica, não sabia o que imaginar dessa liberação, então esperou pelo resultado.
- Fuuton: Wind Bullets! Enchendo claramente uma grande quantidade de chakra por seus pulmões, e assim, liberando por sua boca em formatos comprimidos e meio circulares, quase como munições de armas, mas feitas completamente de ar puro de chakra, como verdadeiras balas de ar, Yuta esperava uma técnica mais forte, mas o que o impressionou foi as quantidades, que o obrigou a usar de toda a sua velocidade para poder se esquivar com êxito das técnicas, eram aproximadamente cinco balas de ar, que o fez correr na diagonal e no final dar um grande salto, e aproveitando sua posição, começou a analisar o inimigo, buscando um ponto fraco, e quando olhou de cima, já teve uma ideia excelente do que poderia lhe dar a vitória naquele combate. Posou no chão e começou a correr em direção a Esidisi ficando a três metros de distância, que logo contra atacou com mais uma técnica.
- Muito bem! e que tal isso! Encheu ainda mais seu corpo com oxigênio, filtrando pelo seu sistema de circulamento de chakra para tornar aquilo em chakra puro, assim, comprimindo dentro de sua boca e mirando no centro do corpo de Yuta.
- Ressenpū! Uma enorme corrente de vento em cone foi disparada contra o Gennin, que ao perceber a velocidade da técnica, viu que se fosse depender se sua velocidade pura, iria conseguir mas talvez deixasse brechas para novos ataques, então rapidamente estendeu seus palmos rente a seu tórax e fez um selo único, aumentando ainda mais sua velocidade e ainda deixando tempo para uma reação adicional, a técnica era simples, o bruto Shunshin no Jutsu que já tinha utilizado diversas vezes, assim, saiu da trajetória do jutsu e repetiu o selo, fazendo mais um Shunsin para ir com toda a sua velocidade para cima do Koru, isso já faltando aproximadamente um metro para conseguir alcançá-lo, porém, mais uma técnica começou a ser utilizada, quando Yuta teve uma pequena ideia.
Quando viu o começo dos selos, sacou de sua bolsa de ferramentas uma compacta esfera de fumaça, uma Kemuridama para ser mais exato, assim, arremessando com tudo na direção do rosto de Esidisi, que quando terminou os selos, começou a puxar grande quantidades de oxigênio na sala, e quando o Hattori viu isso, apenas estendeu seus palmos e fez um selo de liberação.
"Kaifū no Jutsu!" Com um jutsu básico de liberação, a granada começou a se abrir, soltando uma quantia imensa de fumaça, aquilo teoricamente serviria para a ocultação, mas como Koru precisava inspirar para dar início a sua técnica, sabia que caso ele ingerisse essa fumaça, atrapalharia sua concentração e seus tenketsus concentrados pelos selos, assim, com a baixa ocultação que ainda tinha, correu com toda a sua velocidade e carregou ambos os seus punhos com o Fuuton, e assim, virou com raiva nos olhos de Koru.
- Tome isso! BONK! BONK! BONK! BONK! BONK! BONK! BONK! BONK! BONK! BOOOONK! Com ambos os punhos constantemente amplificados com a liberação dos ventos que multiplicava imensamente sua força, deu uma rajada de ataques por todas as partes do corpo de Koru, desfigurando completamente sua estrutura corporal, afinal, isso gastava uma quantia imensa de chakra para ser realizada, e enquanto gritava aquelas palavras desferindo diversos golpes pelo corpo de Koru, em seu golpe final, concentrou toda a sua força e chakra apenas no rosto de seu oponente, o jogando para longe e o fazendo quase rachar a parede com o impacto dos ataques, com certeza ele não iria se recuperar tão cedo, isso foi extremamente pesado para poucos segundos.
Mas, mesmo com Koru derrotado, ainda tinha trabalho a fazer, levá-lo para o quartel militar e resgatar as reféns ainda no prédio, então mesmo cansado, ele se virou e continuou sua missão.

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Após derrotar Koru com uma barragem de socos, o Gennin agora começou a procurar pelas pessoas sequestradas pelo seu oponente, e quando acabasse, levasse Esidisi para o Quartel General pra prendê-lo na prisão.
O Hattori começou a cautelosamente olhar em volta, procurando quaisquer indícios de outros sobreviventes, um deles já estava presa na sua frente, a mesma mulher que havia sido levada na madrugada desse dia, então, colocou seu palmo em sua bolsa de armas e sacou uma kunai, assim, forçando uma abertura nas correntes e libertando a mulher das amarras que estava presa, também soltando a fita que prendia sua boca e começando a dialogar com a garota.
- Está tudo bem agora moça, ele não vai mais poder fazer nada, desculpe pelo atraso. Tentava amenizar essa situação complexa, todos esses problemas com Koru eram difíceis de se resolver, afinal, posar era realmente um crime? A parte sequestrada era realmente um pecado a ser analisado, mas não sabia até onde iria a punição de Esidisi, por isso, preferiria deixar com as autoridades do que resolver com suas próprias mãos.
- Graças a Hagoromo! Muito obrigado senhor, eu tava com muito medo... A fala de preocupação da inocente presa eram genuínas, então Yuta apenas apontou em direção a saída e a mulher saiu correndo embora, então, faltava o Hattori descobrir se haviam mais inocentes presos pela estrutura do prédio e caso positivo, libertá-los.
Enquanto o Yuta procurava, começou a ouvir passos atrás dele, passos fortes que rangiam a madeira que gritava como se não aguentasse esse peso superior, ele sabia que isso com certeza não era um inocente, afinal, não estaria caminhando em sua direção, imaginando a cena, influenciou o chakra na sola de seus pés para se arremessar para o outro lado da sala, virando seu corpo durante o ar para olhar para a silhueta feita por suas costas, assim, vendo a mesma figura que já conhecia, porém completamente ensanguentada por todas as partes do corpo, principalmente seu rosto, que jorrava sangue que impedia de abrir seu olho esquerdo, era Koru, só que mais bravo do que antes.
- Você invade minha casa... Atrapalha minhas poses... Quebra vários ossos do meu corpo... Liberta minha refém... E espera que vai sair impune? Eu já não falei? EU SOU O KORU ESIDISI! O HOMEM MAIS FORTE, AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH! Enquanto falava gagejando com a sangue saindo por sua garganta e espirrando por sua boca como se não aguentasse sua própria voz que ecoava por suas cordas, ele exibe seus músculos bizarramente e observa com uma raiva nunca antes sentida por Yuta, aquela aura ameaçadora talvez fosse sua veradeira força, o Gennin devia tomar cuidado, se não poderia ser tarde demais.
- Tu é duro na queda né amigo? Gosto do seu tipo, pelo visto não vou poder pegar leve. Voltava para sua pose de luta, estendendo ambos os seus braços rente a sua cabeça como um verdadeiro titã, agora, Koru não parecia mais querer se exibir, ele entrou numa posição bizarra, mas propriamente feita para combate, assim, ignorando seus jutsus e começando a partir para cima em pura força bruta, mas em taijutsu puro, Yuta se sobressaia nesse quesito, ambos começaram a correr um para cima do outro, e então, começaram a duelar, um atacava e o outro defendia, era um combate de iguais, ambos eram ótimos em corpo a corpo, então era um combate igualado em vários quesitos, mas ainda sim, Yuta naturalmente era hábil em taijutsu, algo que Esidisi não era, então, quando viu uma oportunidade, requintou sua perna com chakra natural e desferiu um grande chute na canela do Koru, que caiu com a dor, assim, levantou seus braços o mais alto que podia e carregou ambos os seus punhos com chakra puro, assim, descendo com tudo na cabeça de seu inimigo como uma guilhotina, que com o acerto ficou atordoado instantaneamente, em seguida,  colocou seu braço esquerdo para longe e carregando também com chakra puro de nintajutsu bruto, dando um golpe de palma aberta no peito de Esidisi, que agora sim, caiu completamente desmaiado com o corpo completamente debilitado e finalmente derrotado.

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O combate estava finalmente encerrado, agora só precisava entregar Koru para as altoridades e estaria livre para poder dormir, o único problema era a dor de cabeça, que estava latejando cada vez mais.
"Ai que dor de cabeça... Será que finalmente acabou? Acho que ele não vai conseguir se levantar depois dessa." Meditava internamente olhando para o corpo desmaiado em sua frente, olhava raramente ao redor, garantindo que não receba mais nenhum tipo de ataque surpresa, mas dado a situação, não imaginava que teria outro ataque, o suposto grupo de sequestradores estava finalmente encerrado, as mulheres de Kumogakure podiam dormir em paz sabendo que mais um perigo tinha sido evitado, pelo menos por enquanto, onde ainda conseguia proteger as civis de ranks mais baixos, talvez estivesse pronto para algo maior, mas não poderia ter certeza de que resistiria a essas missões complexas.
Se aproximou cansado do corpo de Koru, assim pegando as próprias correntes que o mesmo usava para prender suas reféns, amarrando por todo o seu corpo correntes de ferro e prendendo seus braços com outras cordas, imobilizando todo seu corpo e o impedindo de realizar jutsus para escapatória, ele já não achava que conseguiria se mover com seus machucados, ainda mais se soltar com facilidade, então ele pelo menos tinha algum conforto. Levantu seu corpo e o apoiou em seu ombro, levando Koru para fora do prédio e começando a viajar pelos telhados para chegar com mais eficiência no Quartel General, o dia começava a lentamente amanhecer, mas as nuvens ainda estavam descordenadas, acinzentando os céus e começando a soltar pequenas gotículas de chuva por todo o continente, a úmidez no ar era cada vez aumentada com a tempestade que lentamente se iniciava, os estrondos que caíam sobre a terra com luzes enormes, raios e trovões cada vez mais fortes, era um dos maiores temporais que Kumo já havia presenciado, com isso, Yuta começou a ir mais rápido para poder voltar logo para casa.
Chegando ao quartel, entregou Koru para alguns guardas pelo local, que logo assinavam seu pergaminho e confiscavam para apresentar em sua ficha, novas missões haviam sido completadas, e com isso sua experiência aumentava cada vez mais. Enquanto voltava para casa, aquela dor de cabeça começou a se intensificar cada vez mais, seu cérebro não parava de latejar, começando a tremer tanto que nem conseguia mexer seu corpo com perfeição, e logo começou a sentir uma dor em sua nuca, a marca estava mudando, a Fonte das Maldições estava se alastrando, a Maldição estava se modificando.

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Seu cérebro latejava como se implorasse por socorro, a dor era tão intensa que estimulava todo o seu corpo e impedia de seus músculos agir como o ordenado, seus braços e pernas tremiam como se nem conseguisse sustentar seu próprio peso, logo, começou a suar frio por várias partes de seu corpo, era como uma praga muito mais intensa, que se fortificava cada vez mais e mais, mas o pior de tudo era a dor no centro de sua nuca, a sensação era como se um bastão de ferro que tivesse acabado de sair da lava estivesse encostando em sua nuca, a queimação, a dor, a agonia, tudo misturado em uma coisa só, e com todo esse desespero, a visão de seu olho esquerdo começava a embaçar, enxergando quase todo num tom escuro meio amarelado, ele conseguia sentir como se milhares de agulhas começassem a fincar no seu braço, era a expansão da marca, a fonte da maldição se iniciando por seu corpo. Com todas essas sensações que explodiram em segundos, a única coisa que conseguiu fazer era gritar, um grito súbito e extremamente alto de agonia e dor, seu corpo não conseguia mais se mexer, nada funcionava como deveria, ele nem ao menos conseguia pensar com tamanha dor que sentia, o ferro ainda queimava sua nuca, as agulhas ainda penetravam sua pele, seu cérebro ainda latejava de agonia, o suor apenas escorria por sua cara e embaçava seu olho direito que apenas pulsava e nem conseguia se fechar, o grito provavelmente foi conseguido ouvir por boa parte de Kumogakure, era como se uma voz de desespero implorasse por ajuda, mas ninguém veio.
Súbitamente, sua visão começou a escurecer, mas não era que seus olhos estavam fechando de dor, e sim como se seu sentido visual não fosse mais aquele, e sim aquela profunda coceira que ardia em sua mente, um grande breu era a única coisa possível de se enxergar, até segundos depois, onde um par de olhos junto de um sorriso macabro dominavam sua mente, esses olhos não eram olhos comuns, seu tom direito era pastel, mas profundamente brilhante como um verdadeira arco-íris, mas seu olho esquerdo era completamente diferente, a esclera era num tom próximo do cinza quase preto, e sua íris era um azul também extremamente escuro, o que dava um belo constraste com o branco de seu sorriso, essa visão que ele conseguia sentir ria, ria cada vez mais, uma risada de intrigação misturada com algo que podia ser satisfação, como alguém que tinha acabado de finalizar uma obra de arte. Essa voz masculina ria descontroladamente, até uma frase num tom grosso ecoar por seu cérebro, que latejava com a vibração.
- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! FINALMENTE UMA CRIAÇÃO QUE DEU CERTO! Venha, minha criança... Eu lhe aguardo do outro lado jovem, HAHAHAHAHA! Essa voz era grave, uma voz facilmente reconhecida como masculina, com ela, uma sensação bizarra de nostalgia, mas não dava gratificação, e sim arrependimento e medo. Mas estranhamente com o soar dessa voz por seus tímpanos, tudo parou, todas as dores cessavam como se nada mais importasse, a única coisa que ele realmente sentia era uma terrível compulsão, um sentimento único, um chamado para o outro lado, a mente do Hattori estava em branco, ele não conseguia pensar e nem falar, ele não sentia nada, a única coisa que ele tinha certeza e que sentia como nunca, era a vontade de ir para esse chamado, chegar nessa voz que confortava sua mente, Yuta já estava dominado pela marca.

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Seus sentidos foram interrompidos por uma súbita vontade de chegar ao outro lado, a vontade de atender um chamado que o mesmo ainda nem sabia seu significado, a marca em sua nuca, qual era o propósito de tudo isso? Isso realmente tinha alguma finalidade para um mal maior? Por que ainda por cima Yuta? Eram perguntas que podiam passar por sua mente, se ele realmente conseguisse pensar em alguma coisa. Completamente hipnotizado, conseguiu sentir as agulhas em sua pele se retrair, vendo em seu braço e rosto os tomoes se contrairem e retornarem para sua nuca, mas ele não ligava para nada, ele não sentia nada, ele só queria sentir, fazer essa sensação perversa passar de sua própria mente, era um próprio conflito interno de seu lado heróico e esse sentido esquisito que coçava e se rastejava por todo o seu corpo, mas isso não conseguia ter sentido nenhum, nada funcionava em seu sistema, a marca iria prevalecer, a fonte das maldições virá.
Com sua mente em branco, divagou com um único rumo, atender esse chamado para poder descansar, assim indo para os portões da vila e fugindo sem nenhum remorso, começando a se aventurar pelas montanhas próximas, até chegar nas florestas perto do solo. Sua face era a pura neutralidade, não tinha emoções e se alguém olhasse não iria conseguir nem saber se ele realmente possuia sentidos ou até alguma alma, seus olhos eram vazios como de alguém sem propósito, as árvores desviavam de sua negatividade, a fauna não se atrevia a chegar perto e arriscar sua vida, o verdadeiro Yuta dentro dessa casca sem alma apenas conseguia ver todas essas visões em flashes, como se fosse uma memória de anos atrás, mas uma coisa que durante todo o caminho mesmo sem ver tudo que estava acontecendo, ele sentia sempre a sensação de estar sendo observado, a sensação da perseguição como se alguém estivesse andado atrás dele e essa silhueta estava cada vez mais perto, até conseguindo ouvir sua respiração, mas ele não conseguia olhar para trás porque não cordenava seus movimentos, e mesmo assim, ele conseguia ouvir uma voz, não era dessa sombra atrás dele, era a mesma voz que ouviu antes de perder o controle.
Sobreviva minha criança... Sua vida depende disso, mate-a, faça ela sofrer, se arrepender de ousar tentar se aproximar de minha cria, o fim se aproxima...A Lua virá. Terror, medo, ódio, pânico, várias sensações subiam por sua espinha, fazendo seu próprio corpo dentro de sua mente se arrepiar por completo, era o fim de sua vida ou dela, um dos dois tinha que morrer, e esse era o destino, essa era a vontade Dele.
Quando começou a retomar seu corpo até finalmente ter sua vontade retomada, se viu num ambiente completamente diferente de onde realmente estava, ele olhava em volta e o mesmo se viu num vale entre duas montanhas tão altas que enxergar seus picos adjacentes era impossível, entre esse enorme vale, a Lua cheia da madrugada que iluminava todo esse campo rochoso, a chuva respingando pela montanha e descendo por suas pedras, chegando até o solo, onde havia um enorme terreno baldio muito bem polido, melhor até demais mesmo para a natureza, tendo um cheiro humano claro envolvido como se fosse propositalmente uma espécie de arena. Yuta olhou para trás, buscando ver se aquela silhueta em suas costas ainda estava lá mas apenas viu o caminho de volta, mas o que mais chamou sua atenção é que do outro lado do vale, tinha uma figura lá, que andava até o centro da arena bem lentamente, a Lua superior não permitia ver qualquer traço de sua face e a distância de sua veste, era apenas eles dois, prontos para arriscar sua vida.

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Ambas as sombras olhavam uma para as outras, a da direita confusa e incerta com o que poderia acontecer, mas do outro lado do vale, parecia um ser completamente desalmado, um ser onde não tinha rumo e nem objetivo, algo que foi feito para matar.
O Hattori se aproximava dessa silhueta, buscando olhar em seus olhos para ver se tinha algum objetivo e se estava sem rumo igual a ele, e quando foi abrir seus lábios para tentar falar, a voz não saia, seu corpo estava completamente paralisado, suas cordas vocais tremiam, mas não tremiam para formar sons, tremiam de medo, de angústia, tremiam perante tamanha sede assassina, suas pernas bambeavam e mal sustentavam seu próprio peso, seu corpo tentava se acolher, mas seus braços tentavam fugir de qualquer ameaça que poderia acontecer, seus dentes rangiam e seus olhos ficavam cada vez mais trêmulos, era a aura mais assassina que o Gennin já tinha sentido, completamente paralisado de medo, seu corpo tentava se mexer e nada funcionava, assim, a silhueta completamente vazia, estendeu seu braço para trás e com toda a sua força, da um soco extremamente pesado no centro da barriga de Yuta, que é jogado para trás com velocidade e sai desse transe momentâneo. A dor no centro de seu estômago fazia uma dor forte, com uma força similar a um ataque que já tinha tomado antes, mas um pouco mais fraca, mas ainda assim machucava bastante, ele começa a se levantar e sem nenhum tempo, ele começa a a olhar de volta e apenas ve uma sombra chegando próxima a ele, com os cabelos enegrecidos longos, e só agora conseguiu perceber, uma marca negra com tomoes em volta, esses tomoes se espalham por seu braço e rosto, como uma verdadeira maldição assim como a sua, quando o Hattori percebeu esses traços, ele já havia entendido, isso era um duelo de vida ou morte, de quem era a marca mais forte, qual maldição iria prevalecer e sobreviver.
Com essa sombra próxima a ele, sem nem poder reagir, com muita força e velocidade ele recebe um chute bem na sua mandíbula, que quase levanta seus pés do chão, começando a receber uma série de ataques, socos na costela, chutes pelo rosto, uma sequência de ataques devastadora, jamais antes sentida pelo Gennin inexperiente, a velocidade era muito mais do que ele conseguia reagir mesmo se usasse toda sua força e velocidade, tudo parecia uma sombra, a única coisa que conseguia enxergar durante essa tempestade de ataques, era a chuva caíndo e se misturando com seu sangue e o olho de sua oponente que brilhava em amarelo numa imensidão escura, ele precisava dominar essa marca antes que sua vida dependa disso, mas a cada ataque, seus olhos escureciam sua visão cada vez mais, a cada segundo, mais sangue jorrava por seu rosto, e ele ainda não conseguia usar nada para se fortalecer, fraqueza, inutilidade, impotência, era tudo o que ele sentia, os nervos por seu corpo reagiam com cada vez mais intensidade, se concentrando apenas em reagir com a dor dos ataques, até que a dor chegou com tanta intensidade que apenas gritos começaram a sair do corpo de Yuta, ele não aguentava mais tamanha fraqueza, tamanha dor, isso era demais, ele não queria mais sentir essa futilidade, a ignorância podia ser uma benção, mas essa era a sua maldição.
Com tanta raiva, o ódio começou a subir por sua cabeça, até finalmente começar a se alastrar por seu sangue e pele. Sua nuca brilhava num tom arroxeado, o ferro começou a queimar por seu pescoço, até como se uma lava começasse a descer por seu braço e rosto, a lava derretia suas entranhas, a dor em forma de tomoes começou a se alastrar, seus olho ficava como uma própria maldição, a própria encarnação do céu, e com isso, ele começou a se eerguer, olhando com raiva para essa silhueta em sua frente, que começou a se preparar para em embate, era hora de sua vingança, seu corpo estava dominado pela marca e pelo ódio, não era o Yuta que estava ali, e sim a encarnação de sua raiva, pronta para matar e morrer, um duelo de maldições.

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Dois objetivos distintos, selos iguais e maldições iguais, mas pesadelos diferentes, duas silhuetas se encaravam com marcas similares pelo corpo e olhos, os céus se confrontavam, prontos para arriscarem suas vidas.
Yuta com ódio em sua face olhava com raiva para o rosto de sua oponente misteriosa, ambos sabiam o que iriam fazer, e sem pensar, começaram a duelar, todos os sentimentos que ambos sentiam viravam um só, adrenalina, ódio, medo, dor, tudo era canalizado em seus braços que se combatiam com intensidade, golpes eram desferidos e contra-ataques eram revidados, todas as emoções ficavam a flor da pele, cada golpe recebido, era instantaneamente sentido pelo corpo inteiro junto do mesmo sentimento de agonia do ferro quente que parecia derreter seus corpos inteiros, essa marca lentamente consumia seus próprios corpos correndo suas entranhas e fazendo um sentimento de enjoo que nunca passa, um dor no fundo de seus corações que bombeia pro resto de seu sangue, um efeito colateral de tamanho poder que fazia essas maldições percorrerem por suas veias, mas mesmo com todos esses sentimentos e problemas, ele continuavam lutando.
O Hattori acertava diversos golpes, diferentes de sua oponente, que após a transformação do Gennin, começou a cada vez errar mais ataques, diferente de Yuta, ela não era mestrada em combate, sua finalidade talvez fosse outra, mas a raiva e a maldição era muito maior que a razão de sua estratégia, a habilidade inata em combate era algo avassalador, cada golpe gerava um grito de agonia cada vez maior, sabendo de suas próprias fraquezas, golpeando pontos precisos e exatos onde fosse causar cada vez mais problemas para sua oponente, que a cada segundo foi ficando mais lenta e mais fraca.
"Impotência, fraqueza, tristeza, perda, todos esses sentimentos, eu não quero mais sentir eles, acordar todos os dias e olhar para minhas mãos completamente vazias, todo esse ódio que eu tenho canalizado, mas não é pelos outros, é por mim, a raiva que eu tenho de meus próprios defeitos, todos esses problemas, eu vou fazer eles sentirem, sentirem essa culpa... Eu vou derrubar um por um." Essa era a única frase que ficava se repetindo continuamente na mente de Yuta, ficando cada vez mais acentuada e cada vez o tom tinha um sentimento a mais de raiva, todos esses problemas ele sempre reprimia dentro de si, mas isso era um basta, ele precisava encontrar Himeno não importava o que, ele não precisava mais se importar com nada, todos seus sentimentos aumentavam cada vez mais a sua força, ambos estavam lutando por todo o seu orgulho com toda a sua ferocidade, mas chegou um ponto onde os ataques de Yuta estavam tão pesados que ele conseguiu perceber a cada soco dado as marcas se retraindo cada vez mais, até arremessar o corpo da mulher para longe com um ataque com toda a sua força, e nesse soco, ele percebia claramente os olhos marejados em sua oponente que lentamente começava a se misturar com a chuva.
A marca dela já estava completamente retraída, seu corpo mal conseguia se mexer com a dor em cada ponto de seus músculos, o medo e a agonia em sua expressão era a coisa mais visível em seu olhar, ela estava ajoelhada, de frente para Yuta, a chuva começou a se intensificar, as gotas d'água caíam cada vez mais rapidamente junto de trovões cruéis da tempestade da noite, a luz da Lua cada vez ficava coberta com as cinzentas nuvens, as lágrimas nos olhos dela, podiam chocar o coração de qualquer um, o gaguejar em suas palavras que tentava expelir mas não conseguia, faltava misericórdia, poupar e seguir em frente, era claro que não estava mais amaldiçoada pela marca, mas Yuta ainda estava. Ele segura a mulher pelo pescoço e levanta para acima de sua cabeça, ela tentava se debater em desespero mas seus braços não se mexiam, então com sangue nos olhos, o Hattori estendeu seu braço para trás o máximo que conseguia, canalizando dois chakras distintos, usando a fonte de chakra da maldição em sua nuca com o chakra Fuuton que expelia por todos os seus tenketsus, sendo juntos canalizados em um ponto só, esse ataque poderia matar um civil com apenas um golpe de tamanha força, a afiação de seus dedos com a maldição de seu ódio encarnado, um ataque cruel que faria seu alvo sangrar e sangrar até morrer, e foi exatamente isso que o Gennin fez, sem nem pensar, enfincou com tudo seu braço inteiro no estômago da mulher, atravessando sua barriga completamente e dando para ver o braço coberto de entranhas e banhado em sangue, um grande buraco feito bem no centro da menina, que com isso, começou a se engasgar com seu próprio sangue, o Hattori soltou sua garganta, e olhou ela sangrar e sangrar até morrer, sem nem pensar, ele estava completamente congelado vendo aquela cena, era o golpe final, a primeira vez que Yuta havia tirado a vida de alguém.
Com o passar dos segundos, começou a sentir a dor da marca passar e ela lentamente começar a se retrair e voltar para sua nuca, isso exigia um extremo estado físico e durabilidade do usuário, que após essa luta, começou a desmaiar completamente, sua última visão foi o corpo aberto dessa mulher em sua frente e mais uma vez como uma memória que não existia mas estava lá, um sorriso acompanhado de um par de olhos brilhantes, mas dessa vez, ambos os olhos estavam comuns, como se tivesse dominado a maldição em seu globo ocular, essa memória ria mas dessa vez com mais calma e sutileza, soltando uma última frase antes do apagão completo com uma voz relaxante e convincente, como se tentasse tranquilizar suas emoções.
Hahaha... Minha criança, minha melhor criação. Eu tenho grandes planos para você jovem, grandes planos... E essas foram as últimas palavras antes do total preto que começava a enxergar, o cansaço dominava sua mente, que em poucos segundos, fazia seu corpo cair completamente desmaiado no chão.

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Horas depois, com um cansaço extremo com o corpo extremamente dolorido, Yuta começou a lentamente abrir suas pálpebras com a luz do Sol atingindo e queimando suas retinas, ele com extremo esforço começava a se eerguer e olhar a sua volta, ainda tentando entender a situação, suas memórias estavam embaralhadas e sua feição era confusa.
Enquanto passava suas pupilas por esse vale, percebeu finalmente seu braço direito banhando com sangue e até com algumas entranhas ainda escorrendo por sua pele, ele completamente assustado toca seu rosto e vê sua mão canhota se manchando de sangue, o pânico começou a subir por sua cabeça, ele não sentia dor além das batidas que não sangravam, apenas faziam alguns hematomas, então conseguiu assumir seguindo a grande poça de sangue, um corpo feminino vestindo trapos ao seu lado com um buraco enorme em seu estômago que ainda jorrava um pouco de sangue. Completamente assustado, ele corre até o corpo e começa a acudí-lo, e quando tocou em seu braço, todas as memórias da luta e daquela voz começavam a voltar, seu cérebro começava a latejar novamente, mas agora, ele conseguia controlar essa dor, ele começou a se concentrar e lentamente ela foi diminuíndo, até ter domínio sobre essa sensação, não podendo mais tomar seu corpo de alguma forma inexplicável, ele não sabia porque funcionava, não sabia como funcionava mas sabia que iria funcionar. Ele levanta o corpo e começa a carregar em seus braços levando para um ponto onde a luz do Sol ajudasse em seu reconhecimento, o cabelo sujo e enrolado dificultava sua visão, então Yuta começou a tirar os fios da frente e rosto, e quando viu seus olhos pela primeira vez, a única forma que conseguiu reagir foi gritar o mais alto que conseguia, fazer suas cordas vocais tremerem com tamanha onda sonora, o maior grito que alguém podia escutar, o grito de dor e arrependimento.
Olhando a íris dessa mulher, conseguia reconhecer facilmente os olhos verdes, o único tom esverdeado que podia se lembrar, o único verde que sentia falta em sua vida, os cabelos escuros e a feição de alguém sorridente, era óbvio pera ele, o rosto de sua irmã, o rosto de Himeno, o seu objetivo de vida, morto em suas próprias mãos, assassinada por sua própria sede de poder, a injustiça em sua mais pura forma. Yuta começou a chorar descontroladamente, a sensação mórbida tomava sua garganta e dava um nó por todo o seu corpo, o sentimento de culpa ia crescendo cada vez mais até tomar toda sua espinha, arrependimento, toda essa situação era culpa sua, essa era a única verdade, tudo isso para que afinal? Seu objetivo estava morto em seus braços por sua culpa, porque exetamente ele deveria viver? Isso tinha realmente alguma finalidade? A vida tinha sentido no fim de tudo, perguntas vazias de alguém que tinha perdido tudo, perguntas de alguém que tinha a morte em seus braços. Ele ficou segundos, minutos, horas olhando e abraçando aquele corpo, ele ainda tentava acordar, pensando que tudo isso não se passava de um pesadelo, mas nada fazia sentido e nada parecia real, seus olhos cada vez mais cansados e arrependidos, seu objetivo de vida estar morto em seus braços, a ironia do destino, é realmente uma Divina Comédia.
Quando o Sol finalmente tomou total posição da Lua e dominou os céus que um dia jurou usar para proteger Himeno, a melancolia subia por seu cérebro e corrompia todas as suas emoções, a negatividade era a única coisa que conseguia pensar, nada tinha um lado bom e nada tinha um propósito, tudo era imperfeito e nada era bom o suficiente, nem ele mesmo. Ele começa a carregar o corpo de sua irmã morta em seus braços, tirando ela daquele vale amaldiçoado e levando para uma floresta próxima, deixando ela próxima a uma árvore e começando a cavar um buraco com sua própria força com suas mãos nuas, ele chorava e derramava lágrimas para qualquer lugar que passava, até ter uma cova grande o suficiente, deixava o corpo da mulher deitada ali, até começar a tapar novamente, mas quando chegou no rosto, seu corpo congelava, ele tinha uma verdade cruel em suas mãos, a feição de desespero que gritava por seu rosto, ele nunca mais veria o sorriso de sua irmã novamente. Minutos depois, lentamente jogou a terra por cima, até ter só vestígios de um túmulo abandonado.
- Você sempre gostou das florestas Himeno, sempre gostou da paisagem de casa mesmo nos tempos ruins... Himeno eu não.... Quero mais viver... Eu sinto muito, eu sei que te prometi, mas agora, nada faz sentido.... Eu vou te fazer minha última promessa Himeno, que eu juro nunca descumprir ou voltar atrás. Eu juro, juro pela minha vida e pela sua, eu vou matar todos eles, um por um, fazer eles sentirem a dor de ter você morta em meus braços pelo meu punho, custe o que custar, eu vou assistir eles sofrendo e implorando por piedade, mas eu não vou perdoar, todos eles vão cair em frente a mim, vou fazer eles sofrerem até seus risos virarem gritos, até seu sangue estar no meu rosto. Mesmo que eu não tenha nada, mesmo que a solidão me abrace e me tome por completo, eu vou matá-los, um por um, isso não vai ser em vão, sua morte não vai ter sido em vão... E enquanto dizia essas palavras, olhava para a cova completamente tapada e coberta com suas lágrimas, Yuta então pegou alguns gravetos de madeira e com alguns cipós fez uma cruz precária, e quando finalizou a cruz, sentou ao lado do túmulo e descansou por alguns instantes, quando o Sol já brilhava em seu ponto mais intenso, Yuta começou a retornar a vila, com uma mente negativa e mudada, uma mente melancólica e individualista, esperando ou morrer durante o caminho ou sobreviver para matá-los, um por um.

Considerações:

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