[CAPÍTULO] A Plena Vingança

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[CAPÍTULO] A Plena Vingança
[CAPÍTULO] A Plena Vingança

Salvatore

Ter 12 Out 2021 - 17:13

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Narrador

Num pacato fim de tarde na vila da Nuvem, nada de incomum estava acontecendo no cotidiano de Nora. Enquanto a kunoichi está tranquila, em sua residência habitual fazendo alguma atividade rotineira, é convidada formalmente por um Jounnin para se juntar à uma conversa muito séria. A menina já havia sido convidada para outras missões, e sabia que aquela formalidade não era de praxe, algo incomum estava acontecendo para aquele chamado acontecer. Foram concedidos trinta minutos para ela se preparar e acompanhar seu superior, caso quisesse.

Ele a levaria até uma residência localizada na periferia de Kumo, onde somente os mais pobres viviam. Toda a vista ali era desoladora, crianças com trapos que chamavam de roupas não tinham energia sequer para brincar, então ficavam sentadas. Algumas, aproveitando o recente período chuvoso que esteve sobre a vila, literalmente pegam água de poças barrentas com as mãos e bebem. Aquele, porém, não era o motivo principal da estadia dos dois ninjas ali. Logo chegam ao seu destino, e o superior, que está mascarado, abre a porta de um velho barraco.

Lá dentro encontrará mais dois ninjas sentados, atrás deles há um quadro com algumas informações. Os dados são confusos, mas caso se empenhe um pouco mais em olhar, Nora perceberá que se tratam de sequestros e assassinatos em colônias e vilas menores. Ela será convidada a se sentar por um dos homens, que começará a falar assim que seu pedido seja atendido ou não.

— Nora Kumori. Encontrada vagando pelo País do Trovão. Ex-escrava, vítima de uma gangue que aterroriza vilas que não podem se defender e vendem seu povo como escravo visando lucros. Nós estudamos os movimentos deles há anos, e achamos que é o momento certo para pegá-los. Apesar da sua baixa graduação e ínfima força de combate, tem os motivos pessoais certos para trabalhar nessa operação, e também temos missões especiais para o seu nível de poder. Não é algo oficial, mas será muito mais importante para o país do que uma missão rank-C de escoltar a carroça de um velho barrigudo que não consegue lidar com moleques que passam fome. Você aceita trabalhar conosco?

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AWFUL

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ItsHalno

Tokubetsu Jonin

Ter 12 Out 2021 - 18:54

A Plena Vingança

HP [ 200 / 200 ] CH [ 375 / 375 ] ST [ 0 / 2 ]

Era um dia pacato em Kumo. Não chovia, mas a nuvens criavam um lençol sobre o céu que deixava o dia mais escuro. O ar, como sempre, era gélido, mas limpo. Estava quieto. Apesar de encontrar o clima atual perfeitamente agradável, os ocorridos do dia anterior ainda atormentavam minha mente.

Uma missão simples, minha primeira Rank-C, ‘Cuidar de uma sala de aula,’ e eu quase desmaiei apenas com visões de memórias de anos passados. Decidi não fazer nenhuma missão hoje – ainda estava completamente exausta. Minhas mãos e pernas ainda continuavam trémulas, mesmo depois de um dia inteiro. Fiquei quase o dia inteiro sentada próximo a janela, observando os padrões que as nuvens faziam nos céus.

A calmaria se quebrou quando escutei alguém bater em minha porta. Ao abrir, me deparei com um Jonin mascarado, que em convidava formalmente para uma “Conversa séria”. Sem mais nada para fazer, decidi segui-lo sem nenhum protesto. Não pude evitar em pensar durante todo o trajeto que iria ser advertida oficialmente pelos ocorridos do outro dia – Para os olhos de outros, imaginava que uma Genin incapaz de supervisionar uma sala de não seria capaz de realizar missões com riscos maiores envolvidos.

Nós caminhávamos – sem pressa em particular, algo muito incomum para o estilo de vida Shinobi – através das regiões mais pobres da vila. Não pude evitar de me identificar um pouco com as crianças esfomeadas que rodeavam as ruas, eu já fui uma delas, afinal. Me lembrei de passar por esta região da vila quando ainda estava na Academia, e as crianças constantemente pediam esmolas ou alimentos. Hoje, como Kunoichi e acompanhada por alguem em fardas de Jonin, as crianças somente observavam de longe.

Eventualmente chegamos ao nosso destino, podendo facilmente o descrever como um barraco abandonado e que já havia sido consumido pelo tempo. O Jonin mascarado abriu a porta e gesticulou para que eu entrasse. O estado do interior da barraca não era muito diferente ao da aparência do lado de fora, mas estava significantemente mais arrumado. No centro da sala uma mesa, com dois outros ninjas sentados, e um quadro com papeis, notas e rabiscos atrás deles.

Ambos se viraram para mim, olhos fixos nos meus. Eu cumprimentei-os com uma pequena reverência, e o Jonin mascarado me convidou a sentar. Ficamos alguns breves momentos em silêncio, e num destes momentos uma palavra em um dos papeis na minha visão periférica chamou minha atenção. Parei por um momento e dirigi minha atenção para o mural.

Demorei alguns instantes para compreender as informações, mas eu nunca iria confundir aquilo – Informações. Vilarejos. Ataques. Pessoas desaparecidas. Escravos.

Imediatamente senti o pânico e ansiedade acenderem em meu peito. Minha respiração ficou pesada. Virei minha cabeça para baixo, e vi as juntas dos meus dedos ficarem brancas com a pressão que fazia ao fechar meus punhos.

Um dos ninjas brevemente descreveu meu passado, e eliminou todas as minhas dúvidas. As informações eram realmente referentes ao grupo de saqueadores que me torturou por tantos anos.

E então, quase do nada, um convite. Eles requisitaram minha cooperação. Citaram que, apesar de não ser nenhuma Shinobi exemplar, tinha as motivações para fazer parte da operação.

Não percebi quando tinha dado um soco na mesa e me levantado até eu abrir meus olhos novamente.

Respirei fundo.

“Nunca irei perdoar esses filhos-da-mãe pelo que fizeram comigo. Eu quero ver cada um deles sofrer. Se vocês estão me oferecendo uma oportunidade de fazer isto acontecer... Eu não tenho como negar. Eu aceito.”

Minhas mãos e pernas ainda tremiam, agora mais do que nunca, mas uma chama havia sido acesa dentro de mim. Não seria justiça, não. Seria vingança, plena e doce.

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UnnamedEnder

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Salvatore

Qua 13 Out 2021 - 2:40

Narrador

— Sua missão será simples, senhorita. — Disse o mesmo homem que falou em outra hora. — Se infiltrar na base de operações que eles estão nesse exato momento e implantar isso aqui. — O homem tira de baixo da mesa uma esfera metálica, que tem um pequeno contador. — Isso é um explosivo de alta potência. No momento que apertar o botão que tem aqui em cima, terá exatos trinta segundos para sair do local, que explodirá completamente. Aqui está um mapa, o local em vermelho é onde você encontrará a base. Infelizmente não conseguimos a planta, então terá de fazer por você mesma. Boa sorte.

O homem te dá um mapa, que como dito por ele possui um X vermelho. O local fica ao extremo oeste do País do Relâmpago, bem na fronteira com o País da Geada.

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ItsHalno

Tokubetsu Jonin

Qua 13 Out 2021 - 3:27

A Plena Vingança

HP [ 200 / 200 ] CH [ 375 / 375 ] ST [ 0 / 2 ]

Apesar de estar determinada a cumprir esta missão, de um jeito ou de outro, eu sabia os meus limites. Eu estaria tentando lutar em um grupo bem mais elevado que o meu. Apesar de todo o trauma que eu havia sofrido, eu não era estupida. Um passo em falso, e seria meu fim.

Eu recolhi o dispositivo explosivo e o mapa que haviam me entregado com uma pequena reverência, os depositando com cuidado em minha bolsa de equipamentos.

“Antes de eu ir, eu tenho algumas dúvidas,” Me virei ao homem que me entregou os itens, “Primeiro, necessito de informações. Quaisquer informações, tudo que possa me ajudar nesta tarefa. Quantos são os alvos, quais suas habilidades, qual o método de operações deles, qual é o melhor momento para atacar... O que vocês não conseguirem providenciar agora, eu consigo descobrir sozinha no local;”

Me virei para os dois outros, e continuei. “Segundo, eu não sou tola ao reconhecer que meu repertório de habilidades é mais do que um pouco... escasso. Eu sei que não tenho grande aptidão ao combate físico, e caso a operação acabe falhando, estes podem ser meus últimos dias na terra. A morte não é estrangeira a mim, sou uma Shinobi afinal, mas desejo evita-la pelo maior tempo possível, e qualquer ajuda referente a equipamentos e suprimentos, até mesmo dicas profissionais... seriam muito bem vindas.”

Respirei fundo, e continuei “De qualquer maneira, irei partir assim que recolher todos os suprimentos necessários para a viagem.”

Apesar da... ansiedade e excitamento que exprimi inicialmente, essa operação parecia um pouco... arriscada demais? Uma armadilha, talvez? Seria algo difícil, o que alguém iria ganhar por infiltrar Kumo se passando por um Jonin para eliminar uma Genin...? Um teste, Talvez?

De qualquer maneira, eu apanhei o mapa e dei uma breve olhada: eu iria apenas aguardar pelas respostas, e, sendo satisfatórias ou não, iria recolher meus equipamentos e partir em direção ao acampamento.

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UnnamedEnder

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Salvatore

Qui 14 Out 2021 - 0:46

Narrador

— Os inimigos não são do mais alto nível, e esse golpe não deve ser o final nessa organização, que tem ramificações por várias partes do mundo ninja, mas sim um golpe pequeno e local, o que já será muita coisa, visto que nunca tivemos oportunidade de acertá-los assim antes. — Disse o Jounnin mais à esquerda, quando pausou as tragadas no seu cigarro. Tossiu um pouco antes de continuar — Você deve esperar alguns inimigos de nível Chunnin, talvez, mas sempre lembrando que sua missão não é confrontá-los diretamente, mas sim destruir uma de suas bases de operações. O objetivo final dessa missão é assustar eles, para afastar futuros membros que pensem em fazer parte da organização, para que saibam que alguém está atrás deles. — Após falar, voltou a fumar seu cigarro, e virou para ler as informações que estavam na parede

Nesse momento, o que acompanhou a gennin até aquele local começa a falar — Sobre equipamentos, infelizmente não temos muito a te oferecer. Mas vejo que não tem nenhuma capa, e como talvez não conheça nenhuma técnica de invisibilidade, pode usar essa aqui para te auxiliar naquela técnica que vocês aprendem na academia. — Ele põe então a mão dentro de seu bolso esquerdo e retira um pano meticulosamente dobrado, que é arremessado suavemente em direção às kunoichi. — Boa sorte na sua missão, moça.

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ItsHalno

Tokubetsu Jonin

Qui 14 Out 2021 - 1:22

A Plena Vingança

HP [ 200 / 200 ] CH [ 375 / 375 ] ST [ 0 / 2 ]

Apanhei o pano no ar, observando-o por alguns momentos, antes de depositá-la em meu bolso. Saldei-os com uma profunda reverência.

“Uma missão de subterfúgio e perturbação, para enfraquece-los para o futuro... Já gostei, é um bom começo.” Acenei com a cabeça, “Irei partir imediatamente, agradeço pelas informações... e pela oportunidade.”

Me virei, e sai da barraca.

Uma chance de retribuição... Quem iria deixar uma oportunidade destas passar?

––––––––––

Em algumas horas, estava pronta para partir. Em um pequeno saco guardei alguns equipamentos básicos para acampamento, e um pouco de alimento. Vários iriam considerar meus equipamentos para a viagem como escassos, mas eu já havia sobrevivido em regiões selvagens antes, e com muito menos conhecimentos que eu possuía agora.

Chequei minha bolsa de armas novamente – Observei o mapa por alguns instantes, notando os locais de referência entre Kumo e meu destino, e dobrei-o cuidadosamente, depositando-o de volta na bolsa. Minhas armas estavam bem colocadas, A capa permanecia dobrada, E o dispositivo explosivo estava bem acessível.

Era hora de partir.

Me deparei com os portões de Kumo – Já se fazia muito tempo que não saia da vila, descontando as patrulhas. Eu estava cheio de... medo? Ansiedade...? Mas eu também estava... contente. Seria esta a palavra certa para definir o que eu sentia naquele momento?

Tomei meus primeiros passos fora da vila. Respirei fundo.

Alguns minutos depois, já não podia mais ver as muralhas de Kumo ocultas atrás dos barrancos e penhascos.

––––––––––

Não considerei um fator. Já quando me chamaram o sol estava se pondo. Agora, a noite já havia chegado. Picos iluminados pelo por do sol agora se tornavam silhuetas escuras na noite.

O vento sacudia as árvores lentamente, produzindo o som das folhas que se batiam. Mas ainda sim, não via nenhum movimento. Apenas enxergava a rua de terra batida sob meus pés, seguindo o caminho, mantendo minha orientação com a lua e as estrelas. Barulhos. Sons que vinham de todos os lados. O que seriam? Pássaros? Pequenos animais?

Um rato?

Um pequeno roedor, já emaciado pela fome, que fugia de seus predadores.

Será que seria seu fim?

Corre, pequenino... corre!

Corre!

Correr! Fugir! Escapar!

Não pode acabar assim! Não aqui! Não assim! Não não NÃO!!

Eles estavam atrás de mim! Por que eles estavam atrás de mim!? Eu só queria viver! Eu queria voltar para meu lar e continuar minha vida como era!!

Por que eu!? POR QUE EU!?

––––––––––

Que dor... minhas costas doem tanto... Que barulho é esse? O que é isso- AH!

Ah... é só um guaxinim...

Me levantei do chão, abri meus olhos – secos, como ardiam – e olhei para o céu.

...Já era dia...

Olhei ao redor. O guaxinim que estava a me cutucar me olhava de um galho de árvore. Minhas roupas estavam cobertas de terra e poeira.

Parece que eu desmaiei...

Me levantei do chão, tentando bater um pouco da poeira que tinha se acumulado em minhas roupas. Abri minha bolsa de armas – estava tudo em seu devido lugar, se não um pouco mais bagunçado.

Suspirei profundamente, fechei meus olhos, me compus...

Bom, parece que eu não havia feito tanto progresso quanto esperava. Pelo menos eu tinha tido uma “boa” noite de sono.

Continuei a seguir meu caminho, agora um pouco menos confiante, mas não menos determinada.

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UnnamedEnder

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Salvatore

Sex 15 Out 2021 - 2:05

Narrador

Depois de uma noite não tão agradável, a jovem Nora segue impetuosa em busca da justa vingança, rumo ao desconhecido. Ou seria conhecido? Talvez pela sua cabeça rondasse a possibilidade de encontrar, em meio ao caos que se aproximava, um rosto que já a tivesse feito sofrer. Como reagiria se pudesse olhar nos olhos de um de seus antigos “donos” e, com uma kunai na mão, visse o pedido de rendição de um homem indefeso. O levaria até a justiça da Nuvem? Ou seu próprio código moral daria cabo do sujeito? A jovem gennin se considerava importante o suficiente para decidir quem vive ou quem morre? As respostas se aproximavam à medida que os lentos passos eram dados se distanciando do guaxinim.

Após muitas horas de viagem o clima começa a mudar, mas não tão subitamente de maneira que ela pensasse que fosse fruto de uma habilidade ninja. Com seus conhecimentos geográficos básicos da academia a kunoichi sabia que o país vizinho era frio, logo a queda gradual da temperatura significava a aproximação do destino. Algumas horas mais tarde ela finalmente reconhece estar chegando ao local indicado. Uma construção simples, mas aparentemente fortificada, podia ser vista ao horizonte. Quando chegasse a 100m de distância, poderia enxergar dois guardas à frente de um portão de madeira. Não haviam muros, e a construção aparentava ter pelo menos vinte metros de largura. Poucos guardas do lado de fora significava uma invasão fácil? A moça tinha tempo para escolher a melhor abordagem, uma vez que não havia sido notada por ninguém.

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ItsHalno

Tokubetsu Jonin

Sex 15 Out 2021 - 20:39

A Plena Vingança

HP [ 200 / 200 ] CH [ 356 / 375 ] ST [ 0 / 2 ]

A viagem até o local foi, pela maior parte, sem intercorrências. O ar gradativamente se tornava mais frio, e depois de muitas horas, com o sol já se aproximando do horizonte novamente, cheguei ao meu destino.

Via no horizonte uma pequena barraca. À esta distância, não conseguia perceber se havia alguma coisa de particular ou guardas perto do edifício, mas ao comparar o mapa com pontos de referência eu sabia que este era meu destino. Assim, imediatamente que o notei eu me abaixei, saindo da rua e me escondendo em meio à vegetação.

Como já era o fim da tarde próximo á fronteira, a camada de geada sobre as plantas já havia se desfeito. Saquei a capa do meu bolso e desenrolei-a, amarrando-a sobre meu pescoço e utilizando Kakuremino no Jutsu para ocultar meu corpo e minhas roupas, camuflando-os com a grama e vegetação rasteira.

Me abaixei, e sorrateiramente me aproximei do edifício, tentando me manter oculta, sem fazer barulhos altos ou movimentos bruscos. Ainda era muito cedo para atacar – Com um pouco de experiência da minha vida como escrava, sabia que durante a noite eles colocavam sentinelas para proteger seus acampamentos, enquanto o resto dormia. Não teria certeza se ainda operavam desta maneira, mas acreditava que havia uma boa probabilidade. Formulei um breve plano:

Tudo dependia de me manter escondida, assim, iria me manter oculta na vegetação, atrás de pedras e arbustos, tentando não ser detectada. Tentaria encontrar alguma posição vantajosa próximo ao acampamento para que eu possa observar os movimentos, e assim iria observar os guardas até ter certeza de que os outros estavam dormindo.

Quando houvesse determinado isto, iria para minha segunda parte do plano: Iria aguardar um momento oportuno para Isolar um dos guardas, sem ser vista pelo outro, e sem levantar um alarme. Iria então me aproximar sorrateiramente, até estar ao alcance de utilizar Genjutsu Shibari. Utilizaria então os breves momentos de paralisia até que ele pudesse se soltar para assassiná-lo com um rápido corte na garganta.

Se todos os passos de meu plano ocorressem como planejado, iria utilizar a feição do guarda que assassinaria em um Henge para infiltrar o esconderijo, até colocando uma armadilha próxima ao seu corpo para usar como distração ou plano de fuga, mas antes disto, teria de ter sucesso na primeira parte do plano. Não acreditava em deuses, mas esperava que a fortuna me favorecesse neste momento.

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UnnamedEnder

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Salvatore

Sáb 16 Out 2021 - 1:35

Narrador

As ações da jovem menina davam resultado. Com uma espera meticulosa pelo momento certo, ela logo percebe as falhas na segurança, depois de se aproximar com sucesso usando da invisibilidade. Enquanto está camuflada, ela vê que um dos guardas ao lado de fora está distraído e o outro se afasta brevemente para “tirar a água dos joelhos”.Quando esse dobra a esquina e fica atrás de um dos muros da casa, saindo do campo de visão de seu amigo, é o momento que Nora age, passando a kunai em seu pescoço e matando-o rapidamente e de maneira silenciosa, sem que o outro veja.

Com sua pouca força, porém, ela não consegue evitar que ele caia no chão, fazendo um barulho notável, que chama a atenção do segundo guarda, ainda localizado em frente ao portão.

— Jimin, está tudo bem aí? Precisa de ajuda?

As palavras não são muito altas, mas a gennin pode ouvir os passos daquele homem vindo em sua direção para ver o que está acontecendo, e tem pouco tempo para reagir.

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ItsHalno

Tokubetsu Jonin

Sáb 16 Out 2021 - 2:05

A Plena Vingança

HP [ 200 / 200 ] CH [ 337 / 375 ] ST [ 0 / 2 ]

Senti adrenalina se concentrar cada vez mais, eu me esforcei para manter a compostura...

Bom, isso com certeza não era parte do plano... Tomei um rápido momento para notar a vestimenta e a feição do homem que acabava de assassinar, desfiz a minha capa e joguei sobre o corpo, esperando que fosse o suficiente para pelo menos encobri-lo por alguns momentos, ao mesmo tempo fazia um Henge no Jutsu para imitar o homem morto. Esperava que meus estudos em Genjutsu fossem suficientes para imitá-lo convincentemente.

“Sim! Sim, tá tudo bem eu só... Tropecei no meu mijo e caí na lama... Cacete...”

Fiz questão de adicionar um pouco de lama á minha transformação, e comecei a caminhar com passos pesados de volta em direção ao portão, suficiente somente para que o outro homem possa escutar que eu estava caminhando de volta em sua direção.

Bom, isso não iria dar. Não podia arriscar que o outro guarda levantasse um alarme...

Rapidamente considerei o que observei: Já se passava um bom tempo dês de que houvesse qualquer momento significativo perto do acampamento: Apenas os dois guardas do lado de fora, de vez enquanto trocando algumas palavras, observando a vegetação ao redor do esconderijo.

Já tinha um bom plano de ação planejado, eu só precisava de um breve momento de distração...

“...Se vai é nunca esquecer disso né? Só esperar até amanhã, vai tudo mundo ficar sabendo... Que saco... Te dou 30000 Ryous se tu ficar de bico fechado.”

Esperava que um convite para fazer piadas e um pequeno suborno fosse o suficiente para que eu conseguisse me aproximar. E assim que eu estiver próxima o suficiente... Genjutsu Shibari. Já preparada para dar o bote e, esperançosamente esperando que o meu disfarce funcione, creio que apenas um segundo é o tempo que eu iria precisar para, não diferente ao outro guarda, cortar a sua garganta e encerrar a sua vida.

...Eu só tentaria não deixar ele cair no chão com tanta força dessa vez.

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UnnamedEnder

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Salvatore

Sáb 16 Out 2021 - 4:16

Narrador

O segundo guarda acreditava na queda pela lama, e não economizava nas gargalhadas, que foram altas por somente um instante, instante esse que o guarda ainda vivo levou pra perceber que ainda estava num posto de trabalho e não podia dar esse tipo de bobeira. Tapou então a própria boca com a mão direita, numa tentativa bem-sucedida de abafar os próprios risos. Diante da proposta de dinheiro em troca de seu próprio silêncio, o olhar do segurança, que olhando mais de perto estava levemente acima do peso, muda.

— Eu sinceramente achava que você era duro, cara. Desastrado você é, mas pelo menos é in… — A frase é bruscamente interrompida pelo som de sangue jorrando da jugular rompida do homem, que tenta inútilmente interromper a hemorragia com as mãos enquanto agoniza no chão. Tenta gritar, mas o som não sai. Nora tinha agora dois guardas mortos e um portão fechado, com o interior ainda desconhecido. Quanto tempo levaria até alguém sair lá de dentro? Talvez a gennin tivesse algum tempo para pensar numa abordagem, talvez não.

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ItsHalno

Tokubetsu Jonin

Sáb 16 Out 2021 - 4:44

A Plena Vingança

HP [ 200 / 200 ] CH [ 337 / 375 ] ST [ 0 / 2 ]

Mais um.

Matei... mais um.

Não era a primeira coisa que eu matava, não foi a primeira morte que eu vi. Mas, foram as primeiras pessoas que eu matei.

Ele tentava gritar, buscar por ajuda- qualquer um que viesse ao seu resgate. Eu só assistia ele se debater contra o chão.

A poucos momentos atrás, gargalhadas. Um fim... um tanto... estranho. De algo que pudesse ser visto como cômico, para seus últimos momentos de vida...

Antes da vida finalmente se esvair de seus olhos, olhava como o sangue em sua garganta borbulhava quando ele tentava gritar. Apenas um pequeno assovio, triste e... silencioso...

Não percebi quando desfiz a minha transformação. Olhei para baixo. Vi minhas mãos.

Vermelho.

O sangue que escorria entre meus dedos. Uma Kunai presa firmemente em minha mão direita, completamente coberta de sangue.

Olhei para o homem. Completamente imóvel. Olhos completamente abertos, me olhando arregalados. Uma expressão de pânico.

A adrenalina que antes me acelerou... completamente esvaída.

Senti medo. Um frio. Uma terrível ansiedade que subia pela minha espinha, fazendo cada um de meus pelos ficar em pé. Paranoia.

Memórias – tantas memórias.

Sangue. Muito sangue.

Meu sangue?

Meu sangue. Escorrido no chão, nas paredes, nas cordas que me amarravam.

Cortes em minhas costas, minhas pernas, meus braços... Tanto medo. Tanta dor.

Por um momento, eu quis gritar. Assim como o homem que acabava de morrer sobre meus pés, nenhum som se fez. Estava completamente paralisada...

Fechei meus olhos. Um dia... a muito tempo atrás, eu temia esses homens. Eu sabia que, ao pisar fora de linha, eu seria morta. Fui salva não por bondade, mas por oportunidade. Nunca dependi do bom coração de alguém. Sabia que minha morte sempre estava um único passo atrás. Aguardando para que eu falhasse. Aguardando para que minha fortuna se esvaísse... Será que minha morte seria assim também? Sem dignidade, sem chance de lutar contra. Um único momento de descuido... e tudo se acabaria.

Não poderia ser assim. Não. Eu não deixaria ser assim. Minha morte não vai vir do acaso. Não, minha morte não vai vir. Jamais. Não deixarei que aconteça.

Respirei fundo, abri meus olhos. Olhei para o céu, não se via estrelas, que permaneciam cobertas atrás de um lençol de nuvens.

Aqui não era lugar para travar, tinha que me focar, só por mais algum tempo...

Não sei quanto tempo me perdi em minha reflexão. Trinta segundos? Dez minutos?

Abri minha bolsa de armas- ali estava o dispositivo. Olhei para o homem no chão – Marquei sua visagem em minha mente. Todos os detalhes de sua feição. Sua voz. Como se vestia. Nunca iria esquecer.

Fechei minha mão. Me foquei. Era hora de agir. Uma transformação – do mesmo homem que acabei de matar. Sem barulhos vindos de dentro do esconderijo: todos estariam dormindo. Iria brevemente explorar o local, identificar qual seria o local que causaria mais estrago...

E então, iria desaparecer. Como se nunca estivesse ali. A única coisa que restaria aqui, seria uma cratera e os corpos queimados de minhas vítimas.

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UnnamedEnder

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Salvatore

Sáb 16 Out 2021 - 20:37

Narrador

A paralisia da menina acontecia num momento pouco oportuno, mas ainda assim menos crítico do que os anteriores. Com um olhar desorientado, ficava claro que ela não sabia quanto tempo havia passado, só que precisava cumprir sua missão. E seja lá qual fosse o destino final, o próximo passo seria conseguir passar pelo portão de madeira, com dois metros de altura e aparentemente muito resistente, que se localizava, agora, em frente a ela.

Os barulhos lá de dentro eram inexistentes, o que podia significar realmente o sono, uma vez que a lua já tomava o topo do céu. Mas como entrar sem alertar a todos? Explodir pelo lado de fora? O que será que realmente a aguardava dentro do forte? Nora estava a poucos metros de descobrir.

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ItsHalno

Tokubetsu Jonin

Sáb 16 Out 2021 - 22:15

A Plena Vingança

HP [ 200 / 200 ] CH [ 318 / 375 ] ST [ 0 / 2 ]

Livre do pânico por alguns momentos, decidi que era hora de agir. O mais rápido o possível, antes que um próximo ataque de pânico ocorresse em algum momento mais crítico.

Me dirigi até o portão, mantendo olhos abertos e ouvidos focados, tentando não fazer qualquer som que pudesse alertar aqueles que estivessem dentro do esconderijo. Enquanto caminhava, utilizei Henge no Jutsu para imitar a aparência do homem que acabava de executar.

O portão, apesar de visualmente ser robusto, tinha apenas uma fechadura á trancando – bom, isso seria fácil. Não iriam utilizar qualquer tipo de tecnologia suprema de trancas para manter o local impenetrável. Retornei até onde havia deixado os corpos mortos, e comecei a vasculhar por uma chave.

Por outro lado, havia uma coisa que eu teria quase certeza que seriam utilizadas: Armadilhas. Provavelmente físicas, estilo guerrilha, com espinhos, maças e correntes. Iria manter meus olhos bem abertos para tentar identificar quaisquer armadilhas que poderiam estar em meu caminho.

Outro pensamento veio á minha mente: Um plano de fuga, ou pelo menos uma maneira de atrasar qualquer um que tentasse me seguir. Depois de procurar pela chave, iria tomar alguns minutos para fazer o meu próprio dispositivo explosivo á frente do portão: Iria utilizar cinco metros de arame e seis papeis explosivos para montar uma armadilha. Caso alguém começasse a me perseguir e não percebesse a armadilha, iria provavelmente morrer em uma bela bola de fogo.

Enfim, meu grande plano já havia sido montado: Iria procurar por uma chave nos corpos dos homens que matei (E, apesar de ter cortado as gargantas de ambos, iria brevemente checar o pulso... Só para ter certeza) Caso não tivesse sucesso em encontrar uma chave, iria tentar utilizar uma Kunai ou a ponta do rolo de arame para tentar arrombar a fechadura de maneira silenciosa. Caso não tivesse sucesso em nenhum dos dois... Bom, teria que completamente reavaliar meu plano de ação.

De qualquer maneira, se tivesse êxito em passar pelo portão, iria adentrar no esconderijo, ainda com o Henge ativo, e começaria a vasculhar pelo melhor lugar para deixar o dispositivo explosivo: Preferivelmente algum lugar que aparentasse ser uma viga de suporte, para completamente destruir a estrutura. Esperava que todos que estivessem dentro do local estivessem dormindo, mas, se este não for o caso, eu estaria preparada para utilizar Genjutsu Shibari em todos que eu pudesse ver. Acreditava que, em caso de não poder agir sorrateiramente, poderia manter todos ali paralisados o tempo suficiente para ligar o dispositivo e fugir, tendo certeza de que todos estariam dentro da área de explosão.

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UnnamedEnder

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Salvatore

Dom 17 Out 2021 - 2:22

Narrador

Durante sua primeira investida, a de procurar uma chave junto aos seguranças já sem vida, a gennin encontra uma grande chave metálica, que parecia encaixar perfeitamente na igualmente grande fechadura do portão com mais de dois metros de altura. Seguiu rapidamente e, após montar as armadilhas com igual êxito, abriu o portão lentamente. Ele fez um rangido esquisito, como algo velho, mas mesmo diante desse estímulo não houve sinal de reação dentro do recinto.

Quando entrou e olhou mais fundo, uma das cenas mais traumáticas da vida de Nora. Muitas crianças, talvez dezenas, vestindo trapos que se assemelhavam a sacos de batatas, rasgados e sujos, estavam amontoadas divididas em várias gaiolas metálicas, que por sua vez tinham aproximadamente quatro metros de altura e pequenas fechaduras. Dentro do local não havia nenhum inimigo, mas a usuária de Genjutsu pôde achar por ali também várias calças masculinas, indicando que há presença regular de inimigos ali. Talvez tenham saído para uma caminhada e voltem a qualquer momento, mas fato é que voltariam em algum momento para retomar seus escravos. A missão da menina era clara: Destruir o local. Sozinha, muito dificilmente conseguiria carregar as gaiolas.

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ItsHalno

Tokubetsu Jonin

Dom 17 Out 2021 - 3:31

A Plena Vingança

HP [ 200 / 200 ] CH [ 253 / 375 ] ST [ 0 / 2 ]

Respirei profundamente. Fechei meus olhos. Olhei para cima.

Apenas suspirei. Ódio. Terrível ódio.

O que faria agora? Me submeteria às morais de uma pessoa normal, seguindo o código de honra a que qualquer pessoa com decência teria; ou faria o que era necessário para completar meu objetivo e suprir meu desejo de vingança?

Se os outros escravistas estivessem aqui, a escolha seria fácil. Apenas detonar o edifício. As crianças que se danem, o meu objetivo foi alcançado. Não seria um erro, apenas um dano colateral.

Sem eles aqui? Apenas morte desnecessária. Sangue em minhas mãos.

Sangue em minhas mãos... Sangue em minhas mãos...

Não!!

Sentia mais um ataque chegando. Ele estava próximo, eu tinha pouco tempo para agir... O que fazer... o que fazer... uma prova... uma oportunidade... um teste?

Sim, Sim! Assim como eu consegui escapar forjando minha própria oportunidade, estas crianças deveriam também! Neste mundo, aqueles que não criarem seu próprio destino só irão encontrar um fim desagradável e cruel! Assim, aquelas que não conseguissem escapar apenas encontravam seu destino, aqui e agora.

Se aqui estavam calças, provavelmente estavam chaves – os homens que ali fora guardavam o local não estavam com chaves menores que poderiam encaixar nas gaiolas, pelo menos não que eu tenha observado

Eu tinha pouco tempo. Respirei profundamente, sentia o pânico surgir no fundo da minha alma – se eu travasse aqui, agora, eu iria morrer. Dois minutos, seria meu limite, eu já sabia.

Com uma Kunai na mão, á bati com força em uma das gaiolas algumas vezes – A intenção era acordar todas crianças. Não esperei para ver se estavam acordadas, vivas ou capazes de se moverem, simplesmente comecei a falar:

“Lutem pela sua liberdade! Hoje é o dia que vocês conseguem fugir, mas primeiro precisam me dizer onde eles escondem as chaves!” Esperava que pelo menos um deles observasse onde eles depositavam as chaves das gaiolas, comecei eu mesma a procurar as chaves, primeiro pelos lugares mais óbvios: As calças, ganchos nas paredes, mesas, caixas. Qualquer coisa que eu encontrasse. “Se eu conseguir achar elas dentro de um minuto, vocês terão trinta segundos para se soltar e sair daqui! Se não... Sinto muito, mas a morte é a única coisa que aguarda vocês!”

Lembrei da armadilha que eu havia feito antes, e fiz uma nota mental para desativa-la antes que uma das crianças acabasse por ser destruída por minhas criações. Somente iria desativar a armadilha cortando o fio, não iria gastar tempo recolhendo os papeis explosivos ou o arame que utilizei.

Apontei na direção de Kumo; “Se vocês conseguirem fugir, sigam as ruas! Nesta direção fica uma vila oculta! Eles irão abrigar vocês, mas vocês têm apenas um minuto para me ajudar a encontrar a chave e sair daqui!”

Um minuto. Só isso é o tempo que eu daria para as crianças me ajudarem a encontrar as chaves – Caso encontrasse cedo, eu iria ajudar a abrir as gaiolas e fazê-las fugirem. Caso já estivesse acabando meu tempo, eu iria deixa-las ajudarem umas as outras.

E, em qualquer caso, encontrando chaves ou não, no fim deste minuto, iria ativar o Explosivo. Colocaria no meio da sala, onde poderia causar mais dano, completamente destruindo o edificio. Esses trinta segundos antes que a bomba explodisse seriam a última chance destas crianças conseguirem fugir – Pois neste momento eu iria começar a correr. Utilizaria Shunshin para me colocar a 50m do edifício, e começaria a correr em direção a Kumo. Tentaria pelo menos deixar esse edifício atrás da linha do Horizonte, acreditava que seria o máximo que eu conseguiria correr antes que o medo tomasse controle de minha mente.

Já sentia a bile subir em minha garganta, já sentia o pânico começar a se alastrar em minhas costas. Saberia que logo eu iria sucumbir ao medo. Esperava encontrar a chave antes deste minuto, pois apesar de não me importar com suas vidas, não via a necessidade de matar crianças inocentes sem ao menos tentar ajuda-las um pouco. Será que eu fazia escolha certa? Será que eu teria tempo de agir, fazer algo a mais?

...Que minha fortuna seja favorecida...

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UnnamedEnder

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Salvatore

Dom 17 Out 2021 - 15:46

Narrador

A garota mostra mais uma sábia decisão quando pergunta às próprias crianças a localização das chaves. Era muito provável que elas soubessem, e realmente sabiam. Em poucos segundos o que tinha mais vitalidade apontava para uma gaveta em uma cômoda logo atrás das muitas calças sujas deixadas pelos escravistas. A gaveta não está trancada, e Nora logo consegue acesso à única chave que abria todos os cadeados, e em menos de um minuto todas as crianças estão libertas.

Aquilo era, no fundo, libertador para a menina. Dar a outras crianças a mesma oportunidade que lhe foi dada e traumatizou um dia, no seu sombrio passado. Enquanto assistia os pobres meninos indo embora, um grande peso podia sair da sua consciência. Ainda que se considerasse uma sociopata e a empatia não fosse o seu ponto forte, tinha um forte impacto sobre o seu trauma. Liberá-las liberava também muitas de suas memórias traumáticas, como uma carta de alforria para a pequena Nora que morava em seu subconsciente e era constantemente assombrada.

Mesmo fracas, todas as crianças correm, a tempo o suficiente de não serem atingidas pela explosão programada. Nora também, em alta velocidade, consegue estar longe o suficiente para somente ouvir a explosão, ao longe, e ver o grande incêndio tomando conta da instalação. Começava a sentir os efeitos de sua doença fazendo efeito, mas sabia que podia resistir a isso dessa vez. Caso ficasse paralisada ali, sua morte viria a cavalo, uma vez que os homens já começavam a patrulhar os arredores e eventualmente a encontrariam, se ficasse paralisada por muito tempo. Se esconder na floresta até a poeira baixar era a única opção, mas somente vencendo seu trauma de uma vez por todas isso seria possível.

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ItsHalno

Tokubetsu Jonin

Dom 17 Out 2021 - 17:23

A Plena Vingança

HP [ 200 / 200 ] CH [ 253 / 375 ] ST [ 1 / 2 ]

Consegui.

Eu... Consegui.

Estavam todas libertas, as crianças. Elas corriam em direção a Kumo. Estavam emaciadas, mas acreditava que estariam a salvo quando se aproximassem de Kumo, ao alcance das patrulhas. Afinal, os escravistas não iriam arriscar se encontrar com ninjas de Kumo. Elas iriam chegar lá, sim, assim como eu um dia cheguei.

Tropecei. A bile, o medo... o ataque que eu sentia chegando... fiquei esperando chegar... mas nunca veio. Eu tremia, tremia muito. Não conseguia conter. Meus braços e pernas estavam tremendo completamente fora do meu controle. Mas, dessa vez, ao invés de um olhar vazio, mirado ao além enquanto eu ficava paralisada em minhas memorias... Eu ri.

Eu ri muito.

Comecei a gargalhar, não conseguia resistir... eu... Eu consegui!

“Hah... Hahah... Hahahaha! Hahahahahahaha~!”

Senti uma humidade e frio em minhas bochechas, percebi que eu também chorava. Lágrimas escorrendo pelo meu rosto, mas em minha boca estava um sorriso largo. Essas não eram lágrimas de tristeza, mas sim de alívio. Me virei para olhar a explosão, que agora só restava em uma nuvem de fumaça que se estendia nos céus escuros.

“Livre... Finalmente... Livre!”

Me levantei novamente, joguei um punho aos céus, nele segurava uma Kunai com força, as juntas de meus dedos brancas com a força que exercia. Memórias... Memórias, tantas memórias, o medo que me consumia! Estava ali! Tudo agora, se alastrava pela minha alma e pelo meu ser! Era completamente parte de mim! Mas não era algo que deixaria me derrotar, não, não!! Era mais uma arma em minhas mãos! Eram minhas experiências que me tornavam forte, era tudo que eu já havia visto que me construiu do jeito que eu sou. Eram essas memórias que iriam em lembrar de quem eu sou, e de onde eu quero chegar!

“Por tantos anos... Por tantos anos eu temi. Por tantos anos eu chorei! Por tantos anos eu tive pena de mim mesma e nunca alcancei o meu verdadeiro potencial, por que eu acreditava que eu nunca chegaria lá!”

Abaixei minha mão. Respirei profundamente, olhei para o céu. As memórias que antes me lembravam somente de como eu não havia chance de escapar agora se mostravam cheias de possibilidades. Todas as oportunidades que eu tive, e que eu perdi. Todo o tempo que eu desperdicei. Não mais, não.

Lembrei dos dois homens que acabava de matar. Suas faces em minha mente, minha Kunai que cortava suas gargantas, cobertas de seu sangue... Eu ri! Lágrimas caiam do meu queixo enquanto eu ria descontroladamente no chão! Eu finalmente havia conseguido...

Eu não era mais uma escrava de meus próprios pensamentos.

“E agora... Agora eu estou livre. Agora eu sei que eu consigo fazer qualquer coisa a que eu me dedique...”

Me levantei. Ainda trémula, mas... Cheia de adrenalina e euforia!

Me virei para a direção de Kumo, suspirei, dei mais uma pequena gargalhada, me compus.

Rapidamente, ajeitei minhas roupas. Sorri.

“Agora eu estou livre... Finalmente livre...”

Comecei a andar... e então a correr. Corria cada vez mais rápido. Minhas pernas doíam, e eu estava exausta, mas eu corria com felicidade, estava contente.

Eu estava com medo também, sim, muito medo. Essas memórias nunca iriam me abandonar. Sempre seriam partes de mim. Mas agora eu poderia sorrir na face do medo, agora eu realmente poderia crescer, fazer contar todos estes anos. Finalmente, estava no caminho certo.

Mais uma vez á imagem dos homens que eu matei surgiu em minha mente. O pânico em seus olhos... A feição do medo em seus rostos...

Era absolutamente hilário.

Com um sorriso, iria deixar tudo isso além do horizonte. Iria retornar para Kumo, mas dessa vez, eu voltaria mais forte.

A fortuna sorria sobre mim... Meus dias como escrava haviam finalmente chegado ao seu fim.

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Salvatore

Dom 17 Out 2021 - 18:56

Narrador

Depois de muitos anos a pequena Nora finalmente havia sido liberta da escravidão, e por mais irônico que seja para sua personalidade, a libertação veio após libertar outras crianças que, como ela, eram reféns da escravatura.

Sua missão estava concluída, mas obviamente ainda era só o primeiro golpe naquela maldita organização. Mas, com um passo de cada vez, se chega longe, e o passo de hoje estava concluído.

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ItsHalno

Tokubetsu Jonin

Dom 17 Out 2021 - 19:28

A Plena Vingança

HP [ 200 / 200 ] CH [ 253 / 375 ] ST [ 1 / 2 ]

Passei a noite acordada. Apesar de exausta, eu sabia que não iria conseguir dormir. Quando vi Kumo no horizonte, o dia já amanhecia, com os primeiros raios de sol aparecendo atrás dos picos das montanhas. A calma finalmente chegou ao meu ser. Comecei a andar calmamente. Finalmente, passei pelos portões da vila.

Estava de volta em casa.

Suspirei, os eventos do último dia acesos em minha mente, queimados em minha memória. Estava contente, apesar de tudo. O sangue que eu derramei hoje foi o meu primeiro, mas eu não me sentia mal. Ao contrário – eu ficava reproduzindo aquele momento de novo e de novo e de novo em minha memória, me relembrando que, afinal, eu consegui resultados.

Segui pelas ruas de Kumo até a região pobre. Crianças e adultos dormiam em becos aos lados dos barracos. E eu sabia que, em alguns dias, mais crianças estariam sujeitas a isso.

Uma pequena parte de mim sabia que elas teriam sucesso, e, um dia, iriam retribuir o favor.

Finalmente cheguei ao barraco onde foi me dado a missão. Já estava pronta para dar as minhas palavras e escrever o relatório da missão, mas sabendo que não era uma missão oficial, eu esperava que não fosse necessário.

Abri a porta, encontrando um dos Jounins, o que parecia ser mais sênior, de cabelos prateados, organizando a parede de notas e fotos, colando mais algumas que eu não havia visto antes. Esperei até ele se virar até mim.

“A missão... Foi um sucesso. Infiltrei o acampamento depois de eliminar dois dos guardas. Lá dentro, encontrei várias crianças ajauladas. Libertei-as, e direcionei-as até Kumo. O acampamento foi destruído, porém nem todos os escravistas foram eliminados. Sugiro que mande uma aviso para as patrulhas manterem olhos abertos na direção do acampamento...”

Respirei profundamente. Fechei os olhos.

“...Eu... Agradeço a oportunidade. Eu nunca me senti tão viva antes. Eu... sinto que estou finalmente livre, e pronta para continuar minha carreira. Dessa vez, com mais determinação.”

Me virei. Iria esperar ele me responder por alguns instantes antes de sair pela porta, e iria para casa.

“Assim que houver mais informações referentes a este grupo, eu estou disposta á ajudar. Mas, por enquanto, estou exausta. Se precisar falar comigo, estarei em casa.”

~~– – – – – – – – – –~~

O sol da manhã de Kumo batia em meu rosto. Eu estava sentada em cima do telhado de meu apartamento, aproveitando a estranha combinação da brisa fria e o calor do sol.

Suspirei. Minhas roupas ainda estavam manchadas de sangue, terra e suor. Não fiz questão de limpá-las imediatamente.

Encostada nas telhas, eu sorri. Eu havia, depois de tanto tempo quase estagnante, finalmente dado um grande passo adiante em minha vida.

As memórias de meu tempo como escrava, todas as torturas... a escuridão... a fome... ainda estavam lá. Mais vividas do que nunca. Mas eu me sentia bem. Eu sabia que somente eu detinha o poder de impedir que aquilo jamais acontecesse de novo, e eu jamais deixaria que acontecesse.

Com um sorriso, braços cruzados atrás da cabeça, e o cansaço tornando até mesmo as velhas telhas muito confortáveis, eu deixei o sono me levar.

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UnnamedEnder

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Salvatore

Dom 17 Out 2021 - 20:23

Situação: Aprovado.
Considerações: Espero que tenha se divertido.
Recompensas: Superação do Defeito Estresse Pós-Traumático (3), +2 em Stamina & +2 em Genjutsu (recompensas dobradas pelo boost de atributos)

Ficha de Personagem :

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