Konohagakure 25ºC. 21:26.
A chunnin foi convocada para um missão para além dos portões de konoha, recebendo-a atraves de um ninja mensageiro, ao abrir o pergaminho irá obter a seguinte leitura:

Missa da Meia Noite
[i]"A chegada de um jovem sacerdote carismático traz milagres, mistérios e um fervor religioso renovado a uma cidade moribunda e desesperada por fé. Sua missão é se infiltrar nesta recente ceita e descobrir o que ocorre, pois houve relatos de sumiço de alguns dos fieis."[i]

No final há a localização do vilarejo Acra, este que se encontra a aproximadamente 100km ao oeste de Konoha.

Ao chegar no local, irá se deparar com um vilarejo com casas de tijolos, algumas com pedaços de madeiras ou papelão cobrindo buracos nas paredes, poucas residências possuem telhas, as que não possuem, estão descobertas ou coberta por um grande saco plástico (preto ou transparente). As ruas em terra, não tendo calçada e asfalto, as pessoas estão mau vestidas, grande maioria se encontra sentadas e/ou deitadas no chão, tossindo e com marcas negras em algumas regiões do corpo, que estão expostas.

A 50m a sua frente, irá notar um garoto de aproximadamente oito nos de idade, correndo com um pedaço de pão em mãos, vindo em sua direção, atrás dele - cerca de 20m - há um velhote com trajes limpos e vem passado, de cor branca e detalhes em azul, este gritava:

- Peguem este ladrãozinho, ele me roubou!

Spoiler:

Acra 25ºC. 22:58.
O garotinho agradece após a loira lhe dar passagem - Obrigado tia! - em seguia partia correndo. O velhote parava de frente para a chunin, apoiava-se com as palmas das mãos sobre os joelhos, curvando-se lentamente - Porque... você... não pa... parou ele! - dizia ofegante para a jovem, esta que ao oferecer sua proposta em pagamento, fez com que o senhor se recuperasse rapidamente de seu "cansaço" - Oh, minha jovem! A igreja do Santo dos doentes, agradece sua contribuição, irei receber com muito bom grado! - ele pegaria os ryous fornecido pela kunoichi - Você me parece nova por aqui, na verdade, creio que nem daqui seja, pois esta em um ótimo estado de saúde. - este dizia em um tom de voz duvidoso, enquanto encarava a garota, de cima a baixo - Bom, você gostaria de conhecer nossa igreja?! Ela fica a uns dois quarteirões a frente, se ve bem ali, pode notar a torre central dela! - ele apontava para o local, onde podia ser visto a respectiva torre com um símbolo na ponta, este que se encontra em sua vestes - um grande nas costas e um pequeno sobre o peito esquerdo.

Caso a konohense aceite o convite, este velhote irá conduzi-la até o local, onde a mesma irá se deparar com uma capela de tamanho mediano, com uma torre central e estruturas contemporâneas, em perfeito estado, nem parece que pertence aquele local, devido as sua bela aparência. Dentro possui diversos bancos de madeira, alinhados em duas fileiras, uma a esquerda e outra a direita, onde no centro há uma tapete de cor vermelho que se estende até uma área elevada, onde necessita subir cerca de quatro degraus, possui um altar banhado a ouro, coberto por outro pano vermelho, ao redor possui diversos itens e utensílios religiosos em prata e ouro, realmente aquilo tudo era algo magnifico aos olhos de qualquer realeza.

- Aqui é nossa humilde igreja, hoje iremos celebrar as almas mártires, por isso essa decoração em cor avermelhada. Se quiser participar, fique aqui, falta 1hora para o início da celebração! - ele caminhava até ficar de frente para o altar (não subindo as escadas) - Tenha as minhas sinceras desculpas, meu nome é Nakamura, sou o pastor da ovelhas deste vilarejo. Então minha jovem, qual o seu nome!? O que faz aqui nesse lugar?! Tu não me parece precisar de ajuda?! - apesar dos questionamentos, o velhote sempre mantem um semblante sereno e sorridente, mantendo uma entonação de voz acolhedora.

Spoiler:

Acra 25ºC. 03:15.
O velho sacerdote demonstra e transparece em seu semblante alegre, assim que seu pedido foi aceito pela loira, porém este não disse mais nada, apenas seguiu para os fundos do altar, onde há uma porta, porém não demorou muito para retornar e colocar um livro de capa verde sobre um suporte para leitura, ao lado direito - da garota - do altar, deixando-o aberto, se a chunnin prestasse atenção, antes que o sujeito coloque o livro sobre o suporte, é possível notar o título "Ninshu, sagradas escrituras".

O sacerdote fecha os olhos e apoiou as mãos sobre as páginas do livro aberto, ele parece estar falando com alguém, porém a kunoichi nada podia entender, somente sussurros.  À medida que o tempo foi passando, pessoas começaram a adentrar o recinto, rapidamente enchendo, algumas desorientadas eram conduzidas por outras que já pareciam estar familiarizadas com o ambiente. Pessoas com as condições físicas como a ninja de konoha havia visto ao adentrar o vilarejo, em sua maioria, se faziam presentes ali. Algumas de aspecto saudável, cerca de oito sentaram-se nos fundos (as desorientadas), trajando belas roupas de cor carmesim.

De repente é possível ouvir-se o barulho de um sino, que os tetos e paredes tremiam, mas após doze batidas, cessava e o sacerdote iniciava elevando a voz, tendo um tom de seriedade, assim com o seu semblante.

- Irmãos e irmãs, hoje iremos continuar com os ensinamentos da regeneração, através das sagradas escrituras! - maioria dos enfermos agradecem - Em especial hoje, aos bravos guerreiros shinobis, que se martirizam em prol deste milagre, porém, os tempos mudaram e isso não se faz mais preciso, pois assim como eu, há outros homens capazes de conceder este milagre para os demais. Sasaltira!

Todos responderam com a última palavra dito pelo sacerdote e em seguida começam a afastar os bancos para as laterais, deixando o centro livre, onde o velho se posiciona e após realizar alguns selos manuais e ao posicionar a palma de sua mão sobre o chão, onde surge um enorme pentagrama, que preenche 5m². Ele então retira a túnica, onde é possível notar diversas cicatrizes de cortes e perfurações nas costas do sujeito, sendo algumas destas recentes, pois estava a sangrar, mas não por muito tempo, alguns dos seus fiéis sentam-se em posição de lótus, em quatro cantos do pentagrama, enquanto outros quatros posicionam as palmas de suas mãos sobre as costas dos companheiros.

As feridas do sacerdote começa a se regenerar, assim como suas cicatrizes, o que despertar a atenção dos demais em enfermo (principalmente), o condutor do ritual começa a chamar alguns para se posicionar no centro junto a ele, onde colocava as mãos sobre suas cabeças e logo o “milagre” acontecia. Membros nasciam, manchas negras na pele desapareciam, entravam doentes e saíam curados, tamanho a quantidade de chakra que emanava naquele local, que alguns já sentiam-se mais dispostos, de quanto haviam entrado. Este feito durou cerca de três horas, tardou devido ao número de pessoas presentes, no final, já os bancos alocados em seus respectivos lugares de origem, todos realizam uma reza em uma linguagem estranha e em seguida retiram-se um a um do recinto, rostos alegres, surpresos, chorosos, eram diversas as expressões mas o sentimento era único: Gratidão.

O sacerdote segue para a sala aos fundos, sendo carregado por duas pessoas (aqueles de traje carmesim), enquanto os outros quatro seguiam junto com o rebanho de fiéis para o lado de fora, às vezes olhando de relance para trás.

Spoiler:

Acra 25ºC. 03:55.
A chunnin irá notar o sacerdote sendo carregado pelos dois sujeitos, eles o colocam sobre a cadeira, o velhote demonstra estar extremamente exausto, não coseguindo sustentar seu próprio corpo, caindo com o rosto sobre o piso branco, sujando-o de sangue que respingam de sua boca, devido alguns dentes quebrados.
– Que droga cara, presta atenção! Precisamos deste velhote para continuar fazendo os serviços. Mal sabe aquela gente, que a cura deles tem um preço! - o rapaz da esquerda começa a gargalhar, mas logo é interrompido por um tapa no rosto, dado pelo outro. - Ei!

– Cala a boca! E se tiver alguém ouvindo, isso poderia azedar por nosso lado... e você, seu velho, trate-se de levantar e se recuperar, pois você só irá ficar livre nessa vida quando morrer! - o outro seguia em direção a outra porta na lateral direita, movimentando a maçaneta de um lado para o outro, não obtendo sucesso em abrir – Cadê essa maldita chave!?

– Eu vou saber?! Última vez quem veio aqui foi o Katsuri, mas ele esta com os demais no meio da multidão, provavelmente roubando o chakra vitalizado deste idiota aqui da cadeira, dos demais civis. Logo, logo, vão estar todos doentes novamente e os que não aguentarem o processo de sucção de chakra, descartamos como os demais! - o sujeito começava a gargalhar novamente, desta vez conseguindo desviar do tapa de seu companheiro – Ah, vai nessa! Aqui é ligeir... - sendo interrompido por outro tapa.

– To vendo. - dizia o outro com voz sarcástica – Agora vê se levanta esse velho, aproveita e vasculha seus bolso, em seguida me ajuda a encontrar esta maldita chave, precisamos coloca-lo na cama e ajudar os demais.

A dupla começa a vasculhar o recinto, olhando de baixo, em cima e dentre os móveis de madeira, as vezes olham de relance para a porta, para vê se alguém esta presente, caso notassem alguma movimentação suspeita, um se posiciona atrás do velho, colocando a kunai em seu pescoço e outro segue em direção a porta, caso contrário, continuam a busca da chave.

Spoiler:

Acra 25ºC. 4:20.
A Yamanaka consegue dar um jeito na dupla, ambos permanecem estirados no chão, ambos começavam a convulsonar por alguns instantes, até pararem com uma espulma braca saindo de suas bocas. O velho sentia-se tonto, mas conseguia avistar a silhueta da moça, inclusive reconhecendo-a através de sua assinatura de chakra.

- Hiyori, é você minha filha!? Claro que é você, não resta dúvidas, escuta... Preciso que você peça ajuda, sei que seu vilarejo é pacato, mas creio que possam nos ajudar com estes sujeitos, eles se auto denominam, Os Revolucionários. - ele tentava se levantar, ficando em quatro apoios, com intenção de sentar-se na cadeira, se assim conseguisse, continuaria com o pedido para a jovem - Aqui sempre foi um vilarejo prospero e saudável, confesso que entendo certa estranheza de sua parte, pois ao chegar aqui não se deparou com o que estou dizendo. Eles roubam os chakras das pessoas, literalmente sugando tudo, alguns aguentam e retornam com as doenças e dificuldades multiplicadas, os que morrem, eles dão um fim, lá no porão em baixo. Eu tranquei desta vez, pois vi que podia contar com vocês de alguma forma, esse velho ainda tem esperança na humanidade! - com um sorriso forçado e ofegante, apontava com as mão tremula, em direção a uma mobília - Pegue ali, uma chave prata dentro da segunda gaveta da esquerda pra direita, há também uma carta com o meu pedido e assinatura, e o brasão da igreja em cera. Conto com você! - ele então desmaia, caso a chunnin tente se aproximar, irá perceber apenas a dificuldade na respiração do sacerdote.

Ao sair daquela sala, o local onde havia sido realizado a cerimonia, já estava vazia. Saindo do templo, as ruas estão desertas e nenhum sinal de civis ou dos homens em carmesin, restando então apenas retornar a sua vila e comuniar o ocorrido.

Spoiler: