Azin acordou com a névoa banhada pelo nascer do sol, tinha dormido em uma rede na casa dos Hoshigaki de Uzushiogakure, deveria visitar seu pai e sua madrasta para ver o que estavam precisando, ainda tinha um pouco de dinheiro e seus parentes do clã não exigiam contribuições, pelo menos ainda. Estava preocupado com isso, com as futuras missões, o pagamento, seu futuro no geral. Suspirou, acabara de acordar e já estava cansado, tudo era um grande esforço, mover céus e mares, mas sempre conseguia, com a determinação de ferro que por vezes parecia ser oca igual uma árvore podre. Durante a cerimônia do chá que estava sendo conduzida por um Hoshigaki pensava na mãe, mas dissipou tais pensamentos quando foi oferecido o chá e alguns cookies de cereais. - Obrigado. Aceitou e começou a comer, começaram todos a conversar baixo em tom respeitoso, Azin contou sobre a formatura, como havia sido, o que achava que iria acontecer.

Depois de socializar brevemente, trocou o kimono tradicional por calças justas, coturno e uma jaqueta sobretudo presa por um cinto na cintura. No peito da jaqueta, o símbolo de Uzushio, rumou para o Gabinete do Mizukage. Pelo caminho, sentia um pequeno frio matinal. As ruas ainda estavam começando a se animar, com comerciantes abrindo as portas e janelas, alguns shinobis patrulhando. Caminhava num compasso rápido, andar rápido era seu compasso “normal”. Subindo as escadas, cumprimentou formalmente os Jonin.
O prédio do gabinete era bastante adequado, tudo em seus conformes, por um momento pensou na antiga Kirigakure, nos prédios, na vida etc. Suspirou levemente, meteu a mão na maçaneta, mas cancelou o movimento e bateu na porta do kage, esperaria a permissão para adentrar. Caso afirmativo, decidiu falar:

- Bom dia, senhor! Azin Hoshigaki se apresentando. Com os braços rente na lateral do corpo, pronto para curvar-se em noventa graus aproximadamente.

Aparência:

O que é cerimônia do chá:

Bolsa de armas:

Status:

Quando o Genin estava prestes a executar a vénia, o Mizukage o interrompeu, dispensando as formalidades. Fez um aceno tímido com a cabeça, e sentou-se em uma cadeira oferecida pelo jovem sombra d’água. Azin esperava que sua ficha tivesse sido lida, ou pelo menos resumida por algum assistente (devido as enormes atribuições que um kage detém), mas não esperava ser requisitado o próprio ponto de vista.

– Devo dizer que não esperava isso, senhor. Proferiu o Hoshigaki, a sinceridade se misturava com a vagueza de sua declaração. Não esperava, certo, mas o que era “isso”? Em sua mente tal declaração era bastante concreta, mas o kage não lê mentes, ou será que sim? Não importava.

– Não esperava que meu ponto de vista pessoal fosse requisitado, para ser mais exato, senhor. Dessa vez foi mais específico, pensou por um momento e então continuou. – Acredito que eu tenha um bom raciocínio tático, de combinar ferramentas para obter um ataque mais eficiente. Adicionalmente, sou um Hoshigaki, posso respirar embaixo d’água então missões que envolvam essa atividade podem ser cenários de destaque. Outra coisa é que talvez jutsus do elemento água sejam meu forte, devido ao meu sangue. Meu controle de chakra é bom, senhor, acredito que seja bastante adequado para minha inexperiência. Observou a mesa de do mizukage por alguns instantes, vasculhando antigas apreciações, experiências e pensamentos relacionados a pergunta.

– Gosto de Kenjutsu, mas nunca pratiquei por falta de tempo e oportunidade, algo que pretendo corrigir daqui para frente. Adicionou, ficando em silêncio.

Sentia-se estranho em falar sobre si mesmo para outra pessoa, nunca tivera tal experiência, mesmo com seu pai ou com os Hoshigaki. Na verdade, seria mentira dizer isso categoricamente, já falara sobre si para seus parentes mas de forma muito genérica ou sobre algo episódico de seu cotidiano, ou seja, nada parecido com uma avaliação de si mesmo tal qual precisou fazer diante dele.


Narração
Falas de Azin Hoshigaki
Falas de outrem
Pensamentos de Azin Hoshigaki

Aparência:

Bolsa de armas:

Status:

O mizukage ressaltou a importância de Azin conhecer seus limites, mas sem duvidar de si mesmo, o que o deixou brevemente pensativo. Teria sido muito auto crítico e deixado passar uma imagem derrotista? A bem da verdade, o jovem Hoshigaki não era uma explosão motivacional, mas se esforçava. Logo que começou a se questionar, sua atenção foi até sua mãe, perguntou-se mentalmente como teria sido o desempenho dela na época em que foi uma shinobi. Ainda, se perguntava como foi o desempenho da madrasta que já exercera a função de samurai, cumprindo contratos à mando do daimiô do País do Ferro. Adicionalmente, o desempenho de Azin na Academia Ninja era devedor não apenas da necessidade material de tocar a vida, como também, de se tornar um ninja para procurar o passado que seu pai Kiyoshi insistia em “afundar” no mar. Toda a linha de raciocínio se prolongou até a descida até o jardim próximo do prédio do gabinete.

Azin pensava que o mizukage era bem gentil, afinal era ainda uma criança, todavia, uma criança no segundo cargo de maior poder no País da Água, isso devia significar algo. – Katon! Gōkakyū no Jutsu! Ouviu o líder do redemoinho, um pouco ao longe, um pensamento estalou, um arrepio subiu do calcanhar à nuca.

Não pode ser... Pensou, incrédulo. Podia ser sim, conseguia ouvir o barulho “espectral” do amontoado de chakra elemental e o calor aumentando na tez. Pouco tempo para reagir. Engoliu em seco, inclinou o corpo para trás, flexionou ambos os joelhos e usou a parte dianteira dos pés, a tentou utilizar a energia dos joelhos e dos pés juntos para se lançar para trás enquanto os braços eram jogados para frente, tudo em um dois segundos. Quando movimentou os braços, canalizou o chakra elemental, buscando influenciar o curso d’água próximo e movimentar a maior torrente possível contra a bola de fogo, mas esse movimento lhe custaria o equilíbrio, então era uma aposta.

Escutou outro barulho, de movimento d’água, então um barulho de escape e o vapor surgiu diante Azin, com um cheiro característico, era a água in natura do riacho sendo evaporada. Olhou para frente e viu a bola de fogo se desfazer ao poucos, ambos os elementos se digladiando, mas água tinha sua vantagem ante o fogo. Mais meio segundo e o susto se desfez. Respirou fundo, estava caído de bunda no chão. Então viu Senko com dois pergaminhos enrolados, um em cada mão, recebeu um parabéns, um sorriso e já teria algo para fazer e ganhar alguns trocados.

– Ob..Obrigado, senhor! Disse, levantando-se, fazendo uma vénia ligeira para só depois pegar os pergaminhos. Sua mão esquerda tremia um pouco, envergonhou-se com toda a situação e com o tremelique. Iria se despedir do kage, para ir se dedicar às missões.


Narração
Falas de Azin Hoshigaki
Falas de outrem
Pensamentos de Azin Hoshigaki

Técnica utilizada:

Aparência:

Bolsa de armas:

Status: