Acordei com o sol passando pela janela quando a luz chegou no meu rosto. Com um sorriso, levantei ansioso para começar mais um dia. Lavei o rosto para acordar bem, tomei um café da manhã simples e arrumei meus pertences, ultimamente várias missões tem acontecido ou até mesmo lutas surpresas, nunca se sabe o que pode acontecer. Com todos os equipamentos prontos saí de casa.

No primeiro passo que dei para fora de casa, um pássaro mensageiro chegou, trazendo consigo uma mensagem. Geralmente passam todos os detalhes no gabinete da Tsuchikage, mas dessa vez deram o resumo por um pergaminho. Li a mensagem, explicando que um especialista em ervas se perdeu num labirinto e sua família ficou preocupada, pagando para que ninjas fossem procura-lo. Não vou negar, eu faria o mesmo se fosse a minha família sumindo. Pagaria e iria junto procurar. Até agora nunca passei por uma situação dessas, então me preparei para ir até o portão, onde vou encontrar um chunnin chamado Tamako. Caminhei numa velocidade um pouco mais rápida que o normal até o portão, onde encontrei Tamako, o chunnin que vai me acompanhar na missão. Não sei se ele sabe linguagem de sinais, então apenas disse um "oi" em linguagem de sinais e depois escrevi num papel.

Oi, me chamo Bahko! Espero que a missão seja um sucesso.

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Fui muito bem recebido pelo chunnin de olhos castanhos e cabelos ruivos, apesar de não receber o olhar dele. Como uma pessoa deficiente, sei como o mundo pode ser cruel conosco, onde coisas simples podem ser desafios como a simples comunicação que viria a faltar entre nós ou até os olhares de "pena" quando os outros ninjas descobrem nossas deficiências. Apesar disso, nosso jeito ninja não nos deixa desistir. Estamos sempre treinando, mais que os outros, para poder mostrar que somos apenas ninjas.

Seguimos num silêncio até o último lugar onde o botânico foi visto. Lá encontramos uma carroça abandonada, com várias ervas raríssimas de acordo com minha experiência que adquiri colhendo-as em missões rank D, uma bolsa rasgada, roupas e outros acessórios. Iniciei a procura de pistas olhando a carroça para achar qualquer sinal que pudesse mostrar o caminho que o homem seguiu e também vendo seus pertences, procurando possíveis sinais de luta. A bolsa rasgada me deixou com uma pulga atrás da orelha, afinal um botânico dificilmente iria danificar seus pertences, a menos que prendesse em algum tipo de galho ou espinho que fizesse esse tipo de dano.

Depois de terminar a procura, pensei um pouco "fora da caixa". O jeito mais rápido de achar alguém seria com alguém que possa achar o cheiro e tenho uma boa resposta para isso. Realizei alguns selos para invocar um pequeno gato, mostrando as roupas para que sentisse o cheiro e localizasse o homem.

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Observei ao redor procurando por mais coisas e consegui ver um conglomerado de plantas espinhosas ao sul. Meu primeiro palpite sobre a bolsa rasgada estava certa, infelizmente. Se pelo menos um animal houvesse atacado, poderia ser mais fácil de identifica-lo. Tamako encontrou as roupas do homem intactas, sem nenhum corte ou rasgo, mas essas roupas podem ser extras ou usadas em outro dia. Ao dar para Hina, a gata que invoquei, cheirar para procurar alguma pista, ela cai no chão murmurando coisas sem sentido. Corro até ela para ver se está tudo bem, mas prefiro desfazer a invocação. Em casa ela iria receber algum tratamento melhor do que eu poderia dar. Nessa hora Tamako fala algo muito importante: um cheiro estranho no ar. Não havia prestado atenção até ouvir sobre a informação, então olho ao redor procurando qualquer informação e vejo um vapor de água alguns quilômetros de distância.

Boto a mão no ombro de Tamako e aponto para o local, tentando mostrar o que eu vejo. Minha intenção é que ele entenda que sua dica ajudou bastante, porque pude ver o vapor subindo no ar. Começo a andar na direção do vapor de água, tomando cuidado com qualquer armadilha.

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Caminhamos juntos por um tempo até chegar um pouco mais perto do local, vendo a fumaça subindo cada vez mais perto. Minha preocupação do botânico estar preso lá me deixou um pouco ansioso, ainda mais com fogo perto. Pelo que Tamako falou, havia cheiro de enxofre, isso não deve ser bom. Mas o cheiro de água me deixou com suspeitas, já que no país da Pedra quase não existem fontes de água. Quando chegamos perto, vi uma cena que nunca iria pensar ver na minha vida.

Três homens nus estavam dançando ao redor de uma fogueira, fumando algo extremamente suspeito que vinha de um homem acorrentado. Ao fundo, uma música estava sendo tocada saindo de um bandolin. A cena começa a ficar cada vez pior quando gritos pedindo para "mais um trago" começam a ser proferidas e antedidas pelo homem acorrentado, seria esse o herbologista? Fiquei vendo de longe para tentar confirmar as coisas antes de fazer qualquer coisa, olhei para Tamako esperando que ele fale algo e começo a realizar selos de mão, criando uma chuva com meu chakra para me esconder nela. A intenção é aos poucos levar a chuva indo aos poucos cada vez mais perto com cuidado para não alertar os bandidos aproveitando que eles estão "em um estado estranho" para me aproximar.

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Não sei se Tamako me seguiu ou ficou no lugar onde estava, afinal sua visão não é das melhores e não pude falar para ele me seguir. Já vendo o grupo, pode-se dizer que eles fizeram a dança da chuva, certo? Só que dessa vez, uma especial. Me aproximei levando a chuva para o grupo que não gostou nada da chuva apagando a fogueira e seu "cachimbo da paz". Fiquei desviando o olhar dos seus corpos nus, mas ainda mantendo um olhar no canto do olho, nunca se sabe se eles poderiam simplesmente atacar o herbologista por não poderem ficar com seu cigarro especial. Chegando mais perto, pude ouvir a conversa do grupo. Do jeito que falaram com o homem sequestrado, demonstraram que não teriam muita paciência para esperar o ato da chuva acabar e poderem acender a fogueira novamente. Aparentemente não é por usar ervas da paz, que você necessariamente fica uma pessoa zen. Pelo olhar do homem amarrado, ele também não se sente muito bem com a situação, na verdade, qualquer pessoa amarrada não iria se sentir. Agora imagina ser sequestrado e ameaçado por algo que não se pode controlar....

Não foi a intenção causar esse mal ao homem, ainda mais por ser o cliente da missão. Tenho que leva-lo de volta para casa em segurança, de preferência sem se machucar. Os largados e pelados já causaram muito dano material ao homem, agora a meta é contingenciar os danos físicos e psicológicos, com uma maior preferência aos físicos para que ele chegue são e salvo em casa. Analisei o redor calculando métodos de ataque, defesa e possíveis rotas de fuga, levando o cliente comigo.

Fechei os olhos e respirei fundo, preparando o chakra no meu estômago para o golpe. Comecei a realizar os selos de mão: Dragão, Coelho, Tigre, Pássaro, Macaco e Carneiro, amassando uma enorme quantidade de chakra no estômago, criando três dragões de água. Cada dragão vai na direção de um dos sequestradores, para derruba-los mirando em seus torsos. Sempre tomando cuidado para não acertar o herbologista. Caso os homens caiam, vou usar a tantõ coberta com chakra nagashi suiton, deixando-a mais forte que o comum para quebrar as correntes e liberar o homem. Se eles não caírem, vou lançar uma kunai na direção de cada um com intenção de acertar seus troncos e depois soltar o herbologista. Com ele solto, vou correr o máximo possível ainda deixando o jutsu da chuva ativado.

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Envolto na chuva criada com meu chakra, consegui com sucesso lançar os três dragões de água na direção dos sequestradores, acertando e os derrubando no chão. Fiquei pronto para atacar novamente com kunais caso eles levantassem, porém Tamako, o chunnin que me acompanhou na missão, terminou com eles rapidamente. O serviço foi terminado com sucesso e sem danos maiores para o cliente. Quebrei as correntes com o chakra nagashi deixando o herbologista livre que parecia muito nervoso, mas se acalmou quando viu nossas bandanas. Indiquei o caminho de volta para a vila onde a família dele está esperando, no caminho ele veio conversando conosco.

Aparentemente a fumaça da erva afetou toda a área, porque o homem estava com alucinações. Ele explicou o motivo de ter ido tão longe para cultivar as plantas, o que me deixou com preocupações sobre ter uma estufa na vila e que tudo isso poderia ter sido evitado. Levamos o cliente até o gabinete da Tsuchikage após recuperar as coisas dele no caminho, onde eu deixaria Tamako dar o relatório sobre a missão. Felizmente foi um sucesso e resolvido rapidamente, sem incidentes sérios e os únicos danos causados foram materiais, na carroça do herbologista. Com a missão finalizada, fui para casa descansar.

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