Noboru Inaba

@ARTH E @LOLLIPOPPY

Noboru suspirava, com os cotovelos apoiados sobre o balcão da confeitaria dos seus pais. Estava vazia, assim como toda a vila que uma vez fora cheia de paz e prosperidade. Por algum motivo o número de missões de Noboru também havia diminuído, não restando muito o que o rapaz fazer nos últimos dias. Aquele clima sombrio que estava pairando no ar lembrava muito o de um filme de terror, o que despertava um certo receio. Suspirou ao ver sua mãe ir fechar as portas do estabelecimento, com aquele clima na vila, ninguém iria até ali afinal. O rapaz levou uma das mãos aos fios coloridos, arrumando de leve e decidindo que ia tirar um cochilo enquanto o tédio tomava conta. Correu pelas escadas rumo ao segundo andar e indo em direção ao quarto quando...

Um grito de susto. Compreensível, não era algo habitual lidar com a presença de serpente de 15 metros sobre sua cama. Noboru se lembraria de ter adotado uma, não? Se aproximou cautelosamente até notar o pergaminho na cauda dela. Olhou para a cara da cobra, depois para o pergaminho, repetiu esse processo mais algumas vezes antes de finalmente estender a mão e pegar o pergaminho. Ao ver que ela lhe estendeu o objeto, suspirou aliviado e foi abri-lo. Ler a mensagem e a solicitação de sua presença no gabinete do Mizukage fez um sorriso estampar o rosto do pesquisador, que de certo modo não aguentava mais não ter o que fazer. Ele olhou pela janela, observando mais uma vez o clima sombrio que cobria Uzushio nos últimos dias. "Teria a missão algo a ver com isso?" se questionou enquanto ia pegar sua bolsa de armas e sua bandana, prendendo a primeira a cintura e a última posta na testa.

Desceu apenas para se despedir de seus pais e em seguida seguir rumo ao gabinete do Mizukage. Ele ia rápido, tanto por ansiedade como para não deixar ninguém esperando, saltando de telhado em telhado com todo cuidado. Aproveitava para observar os movimentos nas ruas, que eram nulos. A névoa espessa que cobria a vila não era novidade, mas aquela falta de movimentação era, o que só o fazia se perguntar qual a causa disso. Por fim, deixou esses pensamentos para depois e seguiu seu caminho, chegando rapidamente ao gabinete com o pergaminho em mãos e procurando por aquele que havia solicitado sua presença.

Palavras: 396
Danos: ----
Consumos: ----

Noboru Inaba

@ARTH E @LOLLIPOPPY

Uma vez tendo adentrado o grande edifício, o rapaz de orbes vermelhas passeou com o olhar sobre todo o ambiente, um olhar cheio de curiosidade e admiração. Ele achava aquela decoração simples e minimalista extremamente bela, então perdeu um pouco do foco por conta dela, nem percebendo o rapaz e sua marionete que estavam ali também, rumo a ter o mesmo destino que ele, ou mesmo os olhares que eram atraídos por seu cabelo deveras diferente. Entretanto, mesmo admirado com o minimalismo do ambiente, sua mente o lembrou do quão deserta estava a vila, o que soava estranhamente incômodo e solitário. A voz andrógina fez um estalo acontecer na mente do Inaba; fora ali por uma razão, alguém havia solicitado sua presença e era sua obrigação se atentar a isso ao invés de se deixar levar por sua admiração pela decoração.

O ser de face coberta despertou um quê de curiosidade que ficou estampado na cara do pesquisador, tanto por todo o ar de mistério que ele transmitia ao rapaz, como pela máscara que escondia sua identidade. As palavras daquela pessoa fizeram Noboru estreitar os olhos e enfim observar o rapaz ao seu lado com o cenho franzido. "Estarei em missão com ele?" se perguntou, afinal o que o shinobi misterioso disse só poderia significar isso, certo? Não passou outra possibilidade em sua cabeça e achou até empolgante, missões sozinho às vezes eram monótonas demais. Foi durante seu lapso de distração com os próprios pensamentos que a kunai passou entre ele e Haru, provocando uma reação de susto no rapaz que logo voltou a observar o mascarado e ouvir o que ele disse sobre sorte. "Deus eu não sei… mas sem dúvidas dados rolam nos jogos do diabo." pensou em discordância sobre a existência do azar, deixando até um riso irônico escapar de seus lábios enquanto via aquela pessoa se afastar. Noboru não gostava de contar com a sorte, mas ao seu ver, às vezes era bom ter um pouco ao seu lado.

Observou Haru mais uma vez antes de voltar a encarar a kunai presa na parede. Suspirou e tomou a liberdade de ir primeiro até ela, pegando o pergaminho e lendo a mensagem contida no interior deste. Uma sobrancelha foi erguida enquanto entendia seu conteúdo, sendo essa reação apenas por surpresa, afinal não esperava uma missão assim. Geralmente tinha trabalhos mais simples então aquele desafio lhe soou como algo deveras interessante. Noboru se aproximou do outro rapaz e lhe estendeu o pergaminho.

— Você é o Haru, não é? Parece que nos puseram juntos nessa. — disse o nome que havia lido no pergaminho e abriu um sorriso, coçando a parte de trás da cabeça. Era sem jeito com apresentações, mas não tinha muita opção naquela situação. — Sou Noboru, é um prazer. Vamos dar o nosso melhor. — disse e por fim pôs um olhar curioso sobre a marionete que o maior carregava. Era a primeira vez que via algo assim, se perguntando como era manuseado em batalhas. Como eram completos desconhecidos, achou melhor se apresentar calmamente antes de seguir para a missão, mesmo que ansiasse um pouco por isso.

Palavras: 523
Danos: ----
Consumos: ----

Noboru Inaba

@ARTH E @LOLLIPOPPY

Noboru estava com a mente invadida por possibilidades do que poderia ocorrer naquela missão, cenários possíveis de encontrar junto ao rapaz chamado Haru e como as habilidades dele e do estranho poderiam ser combinadas estrategicamente, esse era um dos motivos de sua curiosidade a respeito da marionete que estava nas costas dele. O que aquilo podia fazer? O fato de estar curioso sobre ela o fez se distrair por um curto período de tempo, demorando a notar que o mais novo companheiro fazia gestos estranhos pra ele. O mais baixo perdeu o sorriso que estava anteriormente em seu rosto e ficou com cara de paisagem por alguns segundos, decifrando mentalmente o que Haru queria dizer com aquilo… "Não acho que seja uma boa hora para brincar de mímica e…" pensou por uma fração de segundo até que finalmente a ficha caiu.

— Ah, entendi. Você é mudo, certo? — indagou enquanto apertava a mão do maior e voltava a sorrir para este. — Eu não sei linguagem de sinais então se tiver algo em que possa escrever para facilitar a comunicação daqui pra frente... — e coçou a nuca. Finalmente os olhos vermelhos prestaram atenção na cara do mais velho e não em sua marionete. "Bonito..." pensou mas logo tratou de livrar a mente disso, tinham o que fazer. — Acho que devemos ir agora. — disse olhando para as ruas de Uzushiogakure através da entrada do edifício.

Ao sair do prédio o rapaz vestiu seu casaco, que anteriormente estava na cintura, de modo a manter o corpo aquecido quando a noite caísse e também durante o trajeto. Seguiram pelo portão Leste, avançando pela trilha onde Noboru visava ir em passos rápidos, porém silenciosos. Seja lá o que estivesse acontecendo, deveriam dar um jeito nisso o quanto antes. Noboru aproveitou-se de parte do trajeto para puxar algum assunto com Haru, afinal eles precisavam se conhecer e arrumar um jeito de se comunicar por sinais básicos.

— Então... Precisamos dar um jeito de nos entendermos de forma rápida. — disse com um olhar distraído, ponderando sobre as possibilidades que tinham. — Dizem que eu sou muito expressivo, então talvez isso ajude a me entender sem muitas palavras. — disse meio sem jeito pelo simples fato de não gostar de falar sobre si mesmo, mas fez graça para descontrair, ficando vesgo e entortando a boca em uma careta por alguns segundos antes de sorrir sem jeito para Haru. — Mas sério, vamos definir um movimento de mãos que indiquem coisas básicas, tipo corra, ataca por baixo... Essas coisas.

Após a resposta de Haru e eles combinarem o que precisavam, chegaram diante da primeira placa, onde um calafrio percorreu a espinha do pesquisador enquanto ele lia a mensagem ali presente. Suspirou e sacudiu a cabeça, não ia morrer ali. Observou Haru de soslaio, mas não disse nada, queria apenas ver se a expressão facial do maior lhe dava algum indício do que passava por sua cabeça. Logo mais teve sua primeira visão sobre Gotham e aquele escuro todo não lhe passou muita confiança, era um misto de ansiedade com receio, ansiedade pela sua primeira missão séria e receio por não saber o que esperar daquele lugar banhado em escuridão.

Por fim olhou outra vez para Haru e fez um aceno positivo com a cabeça para avançarem. Seguiu silenciosamente pelo istmo, a partir dali o olhar já se mantinha ainda mais atento para tudo, assim como tentava prestar o máximo de atenção em qualquer possível som distinto que fosse capaz de ouvir. Notou uma luz acesa em uma das casas, o que poderia ser um bom sinal, ao menos ele quis acreditar nisso até notar os quatro corpos no istmo, em especial o que estava com a face tingida. Encarou Haru em um questionamento silencioso se deveriam se aproximar ou não daqueles corpos, afinal não sabiam o que esperar dos inimigos. Viu Haru tomar a frente e se aproximar dos corpos, acenando para que ele esperasse. Um semblante receoso estampou o rosto do Inaba, mas este fez o que lhe fora pedido. "Cuidado…" pensou.

Palavras: 680
Danos: ----
Consumos: ----

Noboru Inaba

@ARTH E @LOLLIPOPPY

Assistir o "amigo" mexer naqueles corpos lhe causava certo arrepio. Era incapaz de se imaginar tirando a vida de alguém, então aquelas mulheres mortas e ensanguentadas lhe traziam certo incômodo que, além de estar nítido em sua expressão receosa, fazia o rapaz se perguntar mentalmente por que alguém faria aquilo. Esses pensamentos só foram embora quando percebeu que Haru enfim usava aquela coisa que carregava, e era algo… extremamente interessante aos olhos do pesquisador, imaginando o quão aquilo era útil em golpes a distância e que aquela marionete provavelmente tinha algum armamento, mas qual? Haru nem fazia ideia, mas seria enchido de perguntas quando tudo acabasse.

O rapaz foi tirado de seus devaneios quando a luz mais adiante, a única luz que eles podiam ver, se apagou. Aquilo fez o Inaba perguntar a si mesmo se o inimigo teria notado sua presença. Só com a mera possibilidade gerada por seu cérebro foi o bastante para ele tomar uma postura mais defensiva, mesmo após ver outra luz se acender. Com Haru terminando de "cutucar" os corpos e sem obter resposta de nenhum, decidiu que iria até aquele com a cara tingida, a única viva, para averiguar como aquela moça estava, parando próximo de Haru e lhe sussurrando:

— Fique atento ao nosso redor, vou averiguar se podemos fazer algo por ela e se a resposta for negativa, iremos adiante. — disse e suspirou.

Por precaução, durante seu pequeno trajeto de Haru até a mulher, notou a faca em suas mãos e encarou Haru, apontando para o objeto em um pedido silencioso para que ele o tirasse das mãos dela. Assim que o rapaz o fizesse, avançaria, estampando uma careta incômoda em seu rosto que intensificou quando ele abaixou-se próximo ao corpo, analisando o ferimento para saber se podia fazer algo pela moça. Noboru não era capaz curá-la mas com o conhecimento que tinha sobre anatomia, talvez pudesse ajudá-la de alguma forma. Com a proximidade, tentou sacudi-la de leve para despertá-la e talvez assim obter algum tipo de resposta sobre tudo aquilo. Seu nervosismo estava estampado em sua feição, mas caso não tivesse o que fazer quanto ao ferimento e a mulher não acordasse, apenas levantaria e seguiria em frente com Haru, dirigindo-se até onde estava a nova luz. A missão era prioridade, afinal. Noboru não havia notado a sombra a 30 metros deles até então.

Palavras: 394
Danos: ----
Consumos: ----

Noboru Inaba

@ARTH E @LOLLIPOPPY

O estado tenso em que Haru se encontrava não era muito diferente de como Noboru se sentia, porém diferente do maior, o pesquisador estava focado na mulher a sua frente e no que tinham ido fazer, tentando usar isso como uma válvula de escape para seu nervosismo. O nervosismo poderia resultar em movimentos errados o que poderia ser prejudicial. Ao ver que a mulher acordou, o Inaba deu um suspiro de alívio mas logo um semblante confuso estampou a face do rapaz que até tombou um pouco a cabeça para o lado.

— Não faço ideia do que é Rossi. Somos shinobi de Uzushio, não se mova muito, está ferida. Viemos ajudar. — pediu e tentou gesticular para que a palhaça ficasse mesmo imóvel. Ela não estava em condições de andar e muito menos eles podiam parar para carregá-la.

Noboru ia tentar examinar melhor a moça mas as explosões fizeram o ninja se levantar bruscamente e se virar para Haru, um semblante nitidamente preocupado com relação a sua dupla, averiguando se o mesmo estava bem. Notou os incêndios que haviam nascido e sua preocupação para com tudo que acontecia apenas aumentou. Suspirou pesadamente e sua mente começou a ser invadida pelas possibilidades do que poderia ser a fonte daquilo, possibilidades essas que foram anuladas assim que a nova palhaça pode ser vista. Mordeu o lábio inferior, se sentindo mais confuso a cada segundo. "Rossi. Palhaças. Explosões e agora..." foi aí que viu as dez sombras vindo na direção deles. O pesquisador encarou Haru e depois a mulher no telhado, não tinha tempo para focar na ferida que agora se arrastava.

— Temos que dar um jeito nela para evitar mais explosões, não dá pra apenas fugir. — murmurou e suspirou pesadamente. Era inexperiente quanto a esse tipo de situação, mas precisava tentar alguma coisa. — Cuidamos de quem quer que esteja vindo depois. Vou parar os dinamites e você prende ela, consegue? — indagou ao parceiro seguindo o raciocínio que lhe ocorreu e, com uma sequência de seis selos, Noboru invocou em cerca de três segundos o Suiton: Suiten Hōfutsu.

Com o jutsu permitindo que o Inaba controlasse  a umidade em torno de si, ele se aproveitou da água existente ao redor do istmo e a fez avançar contra a pequena casa em grande quantidade e em uma velocidade consideravelmente alta. Quando estava para atingir o edifício, a grande quantidade de água dividiu-se em esferas menores que envolveriam os dinamites implantados ali e os levaria para a água ao redor do istmo, de modo que Noboru não tivesse que manter a técnica muito tempo e também que impedisse os objetos de explodirem as casas. Caso Haru não pudesse prendê-la, Noboru teria que fazer isso com o mesmo jutsu e envolveria a estranha mulher em uma esfera de água.

Palavras: 468
Danos: ----
Consumos: 25 de Chakra (redução de 25% pelo buff de GCC) ao usar o Suiten Hofutsu.

Noboru Inaba

@ARTH E @LOLLIPOPPY

Em situações comuns, o pesquisador sem dúvida teria ficado encantado e parado para admirar a marionete invocada, que por sinal era belíssima, mas aquela sem dúvidas não era uma situação normal. Nunca pensou que teria que lidar com isso naquela missão em específico. Agradeceu mentalmente pelos movimentos de Haru e seus olhos rubros emitiram um brilho feliz ao perceber que os movimentos deles podiam dar certo… Isso se a palhaça atrás deles não tivesse aberto a boca. Com o grito, uma série de xingamentos foram disparados mentalmente contra a mulher, junto com um arrependimento profundo por tê-la acordado e tentado ajudar. Noboru bufou em pura irritação e esperou pelo contra ataque, que não veio. As próximas cenas pareceram passar demasiada lentamente para o rapaz que via a mulher se explodir, estampando um semblante de choque em seu rosto.

Ver sua pequena estratégia ir pelo ralo, fez com que ele mordesse o lábio inferior, visivelmente preocupado com o próximo passo que dariam. As coisas não ficavam mais fáceis e agora ele podia ver claramente os homens armados, praguejando mentalmente mais uma vez por ter acordado aquela mulher, isso até ele ouvir com atenção o que eles haviam gritado. Eles não estavam do lado dela então…? "Certo. As palhaças não estão com eles, que eu suponho serem os bandidos descritos no pergaminho. Então o líder que é alguém de influência..." ao terminar de ligar os pontinhos em sua cabeça, reparou com mais atenção no homem alto de terno que se aproximava da suicida semi morta, notando também que ele retirava algo do bolso.

Ele não tinha muito tempo para dar o comando para Haru salvar a suicida, então optou por fazer aquilo ele mesmo. Usaria a água que lhe restara, aquela que não havia evaporado, para avançar e habilmente envolver o corpo da suicida, deixando apenas a cabeça dela para fora de modo a não afogá-la. Uma vez estando envolvida, ele a traria para perto, pondo ao lado da outra palhaça que também não se movia direito. Independente de tudo correr bem ou não, Noboru se pôs em marcha até perto das palhaças, ou da palhaça que já estava ali, encerrando aquela distância de três mestros entre eles e se posicionando cerca de um metro atrás delas.

— Haru, eu faço a defesa aqui e lhe dou suporte, assim você tem as duas marionetes livres. — disse e observou os homens que avançavam. Terminou encerrando a técnica que usava para manipular a água, antes que ela exigisse demais dele.

Palavras: 417
Danos: ----
Consumos: Consumo de stamina para manter a técnica Suiton: Suiten Hōfutsu ativa.

Noboru Inaba

@ARTH E @LOLLIPOPPY

Um suspiro de alívio, essa foi a reação do Inaba ao conseguir salvar a suicida de de seu degolador, este cujo o pesquisador notou bem a irritação e fúria por ter perdido sua vítima, deixando-o ainda mais defensivo no intuito de proteger a si e as duas mulheres, mesmo diante das atitudes delas a pouco. Logo sua expressão mudou, estando então com os olhos arregalados em admiração e surpresa; era assim que Noboru observava as criações de Haru assumirem uma postura ofensiva. Que aquelas marionetes eram bem armadas Noboru já imaginava, mas ver as armas expostas para atacar daquela forma o fez se questionar se fora o próprio ventríloquo que as montou.

Os olhos rubros do genin se mantiveram firmes tanto nas marionetes como nos homens que avançavam. A kunai em suas mãos estava firme e ele mordia o lábio inferior, pensando em como auxiliar o parceiro. Não que duvidasse da capacidade da sua dupla, na verdade o achava até mais capacitado para o ataque direto que o próprio, mas não queria que Haru se ferisse por lidar com todos sozinho. "Preciso pensar em algo..." e começou a preparar duas kunais, pondo selos explosivos nelas. "Se chegarem perto de passar por ele, eu vou…"

Foi tirado de seus raciocínios pelo grito da garota, o que o fez franzir o cenho e torcer o nariz. Definitivamente ela estava começando a tirá-lo do sério.

— Não grita. Foi o seu grito que fez ela se explodir, docinho. — sibilou com uma pitada de ironia, reação essa causada pela tensão do momento em que se encontrava somado a irritação pelo grito anterior da palhaça. — Certo, agora…

Noboru voltou a pousar seu olhar sobre os homens, principalmente o homem de terno e viu que ele fazia selos de mão, muitos selos de mão. Definitivamente o rapaz não sabia o que aquela sequência era, nunca havia visto algo assim em toda a sua vida, mas sabia que coisa boa não viria dali. Ele olhou para Haru e depois para o homem outra vez. Ele podia ouvir os próprios batimentos acelerados com nitidez, ansioso enquanto tentava imaginar o que sairia dali mas um total de zero possibilidades passavam por sua cabeça. Era melhor não esperar para descobrir.

— Haru, você tem alguma técnica que… — e antes que acabasse, viu o homem cuspir aquele imenso dragão de água. O Inaba arregalou os olhos e sacou as kunais com os selos explosivos. — ...QUE POSSA PARAR ISSO?! — gritou a última parte.

Noboru estava quatro metros atrás de Haru, um metro atrás das garotas, era questão de frações de segundo que fariam Haru ser atingido antes dele. Noboru sacou as duas kunais com os selos explosivos que havia preparado e saltou, arremessando ambas na direção do dragão de água. Não esperou para saber se Haru tinha alguma coisa para lançar contra o dragão, ou mesmo para ver se o maior havia tido alguma reação mais rápida que a dele, se a explosão fosse capaz de reduzir o dano que tomariam já seria algo útil. A preocupação do pesquisador estava sobre aquelas duas feridas, que sem dúvidas não podiam levar um golpe como aquele.

Palavras: 527
Danos: ----
Consumos: Duas kunais e duas kibaku fuudas da bolsa.