A manha estava relativamente fria mesmo para os meses de outono, o orvalho sublinhava-se sobre a relva verde fazendo com que a vegetação desde a grama até as rochas fossem cobertas por uma iluminação ofuscante por parte dos raios solares, nesse dia o jovem Hiroshi receberia uma carta de seu mestre Erik para se encontrar em um lugar bastante peculiar, o labirinto de rochas, uma área distante de iwagakure que também havia sido local em que ele havia marcado com o tal nukenin de Konoha a dias atras em sua missão de graduação.

Considerações:

O homem aceitou cada um dos golpes que ele julgava não ser mortal, desviando-se com a graça de um verdadeiro mestre em taijutsu no ultimo instante em que o chunin procurava acertar os golpes mais poderosos, a diferença entre velocidade e de maestria do estilo de luta era evidente, estava mais do que claro que o nukenin estava fazer, ele estava dançando uma dança rítmica entre os movimentos dele e do seu “parceiro” de dança.

Até que ele parou em um movimento rápido, segurou na mão de Hiroshi, apoiou seu pé esquerdo sobre o joelho do Chunin e por fim inclinou seu corpo dando uma voadora no crânio do menino que foi arremessado ao chão, quase nocauteado pela pancada súbita.
Para quem estivesse olhando de fora, pensaria que aquele golpe tinha sido para nocautear o garoto, mas foi o contrário, entre a “dança” o nukenin, percebeu a presença de uma lamina apontada para o jovem Hiroshi e em uma velocidade extremamente alta, sua única alternativa foi que ele o acertasse para desvia-lo da lamina mortal.

--A droga Takuya-kun, assim você me envergonha, era para ter acertado o coração.---

Duas figuras surgiram por de tras das rochas, um rapaz de cabelos brancos e roupas claras e uma menina de longos cabelos castanhos, ela era magra e pequena, mas a aurea assassina que fluía dela revelava que seu intento, era sem sombra de duvidas de ter acertado o coração de Hiroshi.

--Nosso pai esta te chamando de volta... além disso... pelo que me lembro você estava de castigo por ter agido contra a vontade dele... droga Takuya... eu realmente esperava que aprendesse.---

--CALE A BOCA SEUS FILHOS DA PUTA, EU NÃO SOU IRMÃO DE VOCÊS...  ---

O rapaz olhou decepcionado para Takuya, naquela altura do campeonato, Erik já havia resgatado o seu pupilo e o tirado da área de risco, deu alguns tapas no rosto do chunin a fim de desperta-lo.

--Escute Hiroshi, quero que você fique aqui entendeu... o assunto pode ficar feio e se você se intrometer só ira me atrapalhar... eu tinha um plano e esperava que ele fosse cumprido antes de você chegar.---

O plano de Erik em partes havia dado certo, após poucos minutos e com a discussão daquelas três figuras, tão diferentes entre si, um grupo de Anbus chegavam ao local, todos eles “amigos” de Erik que estavam nas proximidades para capturar Takuya, e faze-lo revelar os segredos por tras das antigas destruição de caravanas de mercadores.

--Calado... --- Disse o rapaz de cabelos prateados.

Nesse instante, Takuya caiu de joelhos arfando e com a mão contra o peito, estava tão fragilizado por uma única palavra daquele ninja que se quer conseguiu se mover enquanto era puxado pelos cabelos pelo rapaz prateado.

---Mãos de prata... ainda vou acabar com você...---

--Vamos voltar para casa e la o papai vai te ensinar a não ofender os seus irmãos.---

---Cuide desses caras e não faça estardalhaços numero cinco, não queremos iwagakure em peso aqui.---

--Esta bem—Disse o garoto moreno.

A carnificina estava liberada, o primeiro Anbu mal teve tempo de sacar uma Kunai antes de ter seu pescoço separado de seu corpo em um corte rápido e limpo, aquele garoto tinha a agilidade e velocidade de um verdadeiro acrobata, procurou alinhar seus movimentos ao do segundo Anbu, que conseguiu defender-se com uma pesada lamina do primeiro corte, so para perder aquele garoto de vista e então encontra-lo depois agachado cortando lhes os tendões dos pés e joelhos, o movimento foi rápido e em milésimos de segundo  o outro Anbu de mascara de cachorro viu seu uniforme ser tingido de vermelho e seu coração perfurado com a lamina do mesmo.

O terceiro ninja um com mascara de gato tentou desviar-se usando de algum tipo de jutsu elétrico em área sobre o chão. Só para segundos depois ver o mesmo garoto saltar para cima e parar com as duas mãos sobre o topo da cabeça do Anbu e girar seu centro de massa para em um único movimento quebrar o pescoço do mesmo.
O quarto ninja mesmo com seu preparo não teve reação de movimento, estava em choque, todo o treinamento, com seus companheiros, tudo havia se cessado pela lamina e agilidade daquela criança, ele deu alguns passos para traz, não queria que aquele “monstro” se aproximasse mais, só que foi tudo em vão, o Anbu estava preso no sakki do adversário e quando se deu conta, a morte já havia chegado nele com um golpe cortando sua barriga e deixando que suas vísceras e sangue saíssem de seu corpo.

--Não importa o quanto eu os corte... por dentro sempre são iguais... –

O garoto lambeu a lamina, mas logo sentiu contra o seu corpo uma poderosa e destruidora rajada de vento que o arremessou contra um dos rochedos, o golpe contra o moreno havia sido tão intenso que parte do morro em si se repartiu ao meio com o impacto do golpe, era Erik que até então estava parado observando incrédulo os movimentos monstruosos daquela pequena criança.

--Não deixarei que faça o que quiser, nenhum e vocês.—

Ele estendeu as mãos para frente em um estilo de luta típico dos Hyuugas, não só para observar a criança com as espadas, mas também aquele garoto de cabelos brancos que havia dobrado Takuya com apenas uma palavra.

--Você é forte... muito forte... eu adorei isso...---

A sombra da ganancia avançou ferozmente desviando-se das rajadas de vento enquanto corria de quatro como um animal e mostrava seus dentes pontiagudos, a batalha agora se sucedia a curta distancia, o garoto tentava acertar Erik com suas laminas, rodopiando-as com chakra futon, enquanto Erik se utilizava em toda sua pericia e maestria para se manter longe do corte daquela lamina mortal, a batalha estava relativamente em equidade o que surpreendeu o homem conhecido como mão de prata, aquele com certeza era um alvo que deveria ser eliminado.
O combate se mantinha entre golpes que quase encerravam com a vida de Erik mostrando a aptidão da criança e o Hyuuga procurava de todas as formas, e assim que um atingia um tenketsu o outro acertava o ombro com a lamina, os dois saltaram para traz, Erik estava ofegante, mas o menino não estava muito atras.

De repente algo tirou a atenção de Erik e do próprio garoto, os dois se voltaram para a o muro a medida que uma imensa quantia de chakra aparentemente surgia do nada, uma técnica de espaço tempo.
AS coisas estavam piores do que Erik poderia imaginar, de repente onze massas de chakra surgiram atras do jovem de roupas brancas, eram ao todo treze inimigos.

---Oni-san, eu estava vendo o que estava acontecendo, ai todo mundo ficou curioso e quis ver.---

Era uma moça loira bonita de olhos claros e pele macia, ela não parecia ser alguém de combate direto, visto que não carregava armas ou mesmo vestimentas de combate, outras figuras surgiram logo atras, uma mulher cheia de ataduras com um chicote feito de aço na cintura, uma menina de cabelos rosas, com um tom meigo e tímido que se escondia por tras de seu jaleco e de sua manta, uma outra coisa, que estava escondida por um pano que cobria completamente sua face, e quando qualquer um dos dois tentasse olhar so veria escuridão, como se a própria coisa em si fosse formada disso, Uma moça que se assemelhava muito a tsuchikage com roupas escuras e com uma borboleta negra no cabelo, e outras figuras tão bizarras quanto aquela, cada um com sua peculiaridade.

--Estavamos já de saída, eu vin buscar nosso irmão.---

--Ei seu idiota, nos já estávamos encrencados por ajudar a Tsukihira e o Tomoya quer mesmo complicar mais nossa vida? --- Era o rapaz do clã do sangue, segurando Takuya com uma das mãos e forçando um cafune em sua cabeça.

Foi então que todos aqueles olhos se voltaram para Erik, o único shinobi de pé em meio aquela chacina.

---Devemos mata-lo? --- Perguntou a criatura sombria.

---Não é necessário, minha lamina carrega um veneno extremamente letal que atinge as células do cérebro... ele não vai morrer... não de forma rápida...---

Erik se ajoelhou sentindo o seu corpo todo arder em brasas, era como se de repente seu cérebro estivesse tentando fugir do crânio enquanto o sangue vertia do ouvido e dos olhos, ele começou a gritar em desespero, no final todos os ninjas temem a morte.

---E o outro? Vamos mata-lo?—

Todos os outros olhavam para o mão de prata, como se obedecesse as ordens dele como um verdadeiro e bizarro esquadrão, eles então viram o momento em que Takuya se desvencilhava deles e saltava para frente do jovem Hyuuga.

---NINGUEM TOCA NELE... ENTENDEU... NINGUEM OU VOU MATAR TODOS VOCÊS.---

A menina de cabelos loiros olhou curiosa por de tras dos ombros do Hyuuga Nukenin e então deu pequenas palmadinhas com as mãos.

--E ele? Então é ele não é? ---

Os outros olharam uns para os outros até que todos assentiram fazendo o mesmo gesto que a menina.

--Então esse é ele? Pensei que fosse mais bonito... --- Disse a de cabelos rosas.

--Tudo bem Takuya, não iremos mata-lo, mas também não podemos deixa-lo se lembrando de nossos rostos, ou papai vai ficar uma fera.--- Disse o mãos de prata.

Por fim a criatura misteriosa se aproximou do jovem chunin passando por dentro do nukenin como se ele se quer existisse, suas mãos tocaram no rosto de Hiroshi e seus lábios foram forçados contra os dela, um beijo longo e assustador já que não se dava para ver a fisionomia da criatura por tras do manto.
Hiroshi então acordaria com um grupo de Anbus ao redor dele, sem se lembrar do que de fato havia ocorrido, apenas que ele estava com a lamina que havia decapitado os ninjas na mão esquerda com suas digitais e com seu sensei no chão sendo carregado as pressas para um tratamento intensivo do qual não acordaria tão cedo.

Considerações: