Begining
Você já sentiu seu maior medo? Tentou enfrentar a si mesmo? Lutou contra seu maior defeito? Se suas respostas para essas perguntas foram não, você não está preparado para essa história. A história do homem sem medo que se viciou nessa sensação, um masoquista que consegue se manter calmo nas situações mais perigosas. Meu nome é Simon, e eu vou auxiliar vocês pelo caminho que eu trilhei até chegar a esse ponto da minha vida, o ponto em que eu finalmente deixei de ser aquele covarde patético que entrou na academia, e passei a virar Simon, o genin destemido.

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Minha história já começa em minha família, descendentes diretos dos Kuramas, mas com uma peculiaridade: Essa parte da família nunca foi agraciado com a Kekkei Genkai do clã, nunca chegamos a mexer com a realidade. Também nunca fomos um grande destaque, já que Suna era um lugar que estava desfalque em questão de exército ninja. Outra peculiaridade de nossa família é que abraçamos a ideia de Ido, e isso nos provoca um vício muito grande em alucinógenos. Toda a vida nos forçamos a usar alucinógenos para ter uma nova perspectiva sobre as coisas, uma visão abstrata e irreal do mundo. Comigo não foi diferente, embora eu não tenha me desenvolvido em nenhum aspecto como ninja. As drogas me eram apenas fugas da realidade, pelo menos até meus 16 anos.

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Sempre fui um ninja com muito medo, e isso me atrapalhava a conseguir realizar os jutsus básicos da academia, me impedia de me formar. Em um dia, durante uma das apreciações dos alucinógenos, meu corpo se mexeu sozinho. Eu estava inconsciente, realizando movimentos sem ter noção deles. Foi assim que eu cheguei na estufa, o lugar onde a minha família produzia essas drogas com um método especial: Envenenando-as com a água, um veneno que não era mortal, mas que poderia ser, dependendo de como fosse usada.

Meu caminhar sobre o efeito da droga injetada me levou até o centro da estufa, mas não passei disso, desmaiando logo em seguida. Horas depois, o sistema de irrigação ligou, a água caiu sobre mim e sobre as plantas. O consumo da água envenenada junto com o veneno injetado em mim me enjoava, a ponto de eu acordar e quase vomitar. Esse consumo sem amarras me fez ter alucinações, ver o mundo se distorcer e aumentar o meu enjoo, ouvir eu mesmo falando comigo. Uma viagem dentro da minha própria mente.

No entanto, isso era apenas o começo da noite. Outro dos problemas era que após receber essa irrigação, as plantas liberavam uma terceira toxina, a toxina do medo. Meu corpo não se mexia com a primeira droga, minha visão de mundo mudava e meus sentidos se aguçavam com a segunda, e agora com a terceira, meu cérebro enfrentava os meus piores medos. Medos esses que seria impossível contar em uma história simples, mas que mudaram minha mente para sempre.

Os traumas daquela noite afetaram minha mente tão profundamente que me transformaram de um masoquista para um sadista. Todas as amarras de medo foram libertadas, e agora eu queria sentir ainda mais aquela sensação, me expondo mais e mais aquela toxina do medo até que não restasse nada que pudesse me assustar. Eu consegui passar na academia por causa dessa loucura que me invadiu, agora eu dominava os jutsus básicos, e estava pronto para tentar criar minhas próprias doses.