As batidas em minha porta me levaram até a entrada de casa, perguntando-me quem seria logo pela manhã. Ao abri-la me deparei com um dos mensageiros da vila, com um pergaminho em sua mão entregando-me diretamente. Ele não dizia nada, apenas me dava o documento e depois partia dali. Aproveitei o momento e comecei a ler as informações da missão que teria que fazer, vendo que a mesma seria no hospital da vila. ”Vamos lá então.”

Arrumei-me de forma rápida, reunindo meus pertences e me retirando da residência, deixando-a completamente trancada. Saltei sobre uma casa próxima, avistando a construção ao longe. Parti em meio a correria, não alcançando minha capacidade máxima para não me cansar, levando cerca de poucos minutos para alcançar o prédio hospitalar, onde via a entrada de alguns ninjas.

Deixei meu corpo despencar de cima daquele telhado, pousando sobre o solo terroso logo abaixo, de forma tranquila e sem me machucar. Suspirei, voltando a caminhar até me aproximar da entrada do local, analisando a situação atual. Adentrei porta adentro, seguindo até o saguão do hospital, onde perguntava onde era a emergência.

A mulher apontou-me a direção, deixando um pequeno sorriso escapar pelo rosto logo depois, se despedindo assim que me virei e segui até o ponto dito, tentando não ficar nervoso com a quantidade de pessoas feridas por ali.

Fui diretamente até a emergência, onde direcionei-me até o médico responsável, que logo me auxiliou dizendo o que eu teria que fazer. De primeira fui direto até uma maca, onde uma pessoa com ferimentos graves estava deitada. Tive que empurrar a cama até a sala de operação, para que o doutor tivesse que fazer seu serviço.

De início o médico me pediu para esterilizar todos os itens que ele usaria, limpando tudo com álcool e água fervente, estando tudo em uma pia logo ali perto. Aproximei-me dos equipamentos, jogando tudo dentro da água quente, aguardando por alguns minutos. Logo depois retirei tudo com uma pinça própria para isso, passando álcool em tudo logo depois, finalizando aquela etapa.

Com tudo limpo, direcionei-me até a mesa de operação, após me arrumar completamente evitando de contaminar algo. As ferramentas foram colocadas sobre uma mesa metálica, a disposição do médico. Ele iniciou a operação, me pedindo certas vezes um tipo de item para usar, me fazendo entregar a ele.

A operação durou cerca de duas horas mais ou menos, mas pelo menos foi um sucesso. Logo tivemos que retornar até a enfermaria, para ver se tinha mais algo para fazer.

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Retornamos até a emergência, deixando a maca com a recém operada em um quarto preparado para o pós operatório. Analisava a situação atual do restante dos pacientes, observando o médico andar de um lado para o outro avaliando o grau de gravidade de cada um. Notamos que um deles estava com seu braço quebrado, porém nada muito grave. Sendo assim o doutor deixou aquele paciente em minhas mãos, pedindo que envolvesse o membro machucado com uma atadura, impedindo a mobilidade.

Fui até uma mesa ali próxima, onde haviam diversas ataduras disponíveis. Peguei uma delas e aos poucos enrolei o braço do paciente, vendo ele abrir um sorriso de satisfação. Mais algumas horas se passaram, e logo meu expediente finalizou. Fui até o doutor, informando a ele sobre o fim do meu serviço, recebendo o pagamento pelo que tinha feito até então. Agradeci ao homem pela recompensa, mas preferi me manter por ali, observando as coisas.

Caminhei pelos corredores do hospital até alcançar uma sala bem ampla, com diversas pessoas enfileiradas uma do lado da outra, e uma atrás da outra, com um tipo de bancada e um peixe sobre ela. Não sabia bem o que eles faziam, até alguém aparecer diante de todos, explicando o que seria feito. A mulher começou dizendo o quanto era importante tratar um ferimento rapidamente, por mais simples que ele fosse. Explicou que nossa energia, o chakra por assim dizer, se restabelecia naturalmente, mas que dava para forçá-lo a retornar mais rapidamente, tendo uma grande concentração e controle sobre nossa capacidade.

Aquelas palavras me chamaram bastante a atenção, me mostrando que podíamos ser mais do que pensávamos. Mantive-me atento nos ensinamentos da doutora diante de todos, analisando cada palavra dita por ela, e como os demais integrantes daquela aula agiam. Todos iniciaram fechando seus olhos. A médica havia dito que tudo se tratava de concentração, e um alto controle sobre nossas próprias reservas.

Assim como todos eu também fechei meus olhos, procurando sentir o mais profundo do meu fluxo de chakra. Pouco a pouco, conforme os minutos foram passando, pude notar algo diferente em mim, como se tivesse encontrado a localidade exata onde meu chakra nascia. Foi afirmado pela médica que estava ensinando a todos, que assim como a medula produzia o sangue, havia uma célula que criava chakra. Isso tornava o entendimento ainda mais fácil, e era essa célula que eu estava sentindo.

As horas se passaram e logo depois de muitas tentativas consegui influenciar tal célula, ao ponto dela trabalhar mais rapidamente. Senti o fluxo de chakra agilizar, e assim recuperar parte do meu chakra. Ao final da aula eu parti do hospital, retornando para minha casa.

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