Treino// Taika e a solução inesperada.

Eu estou ciente de todos os meus desvios comportamentais, de todas as minhas falhas como ser humano, no entanto, eu ainda consigo ser melhor do que a grande maioria das pessoas, e com certeza sem mim Takane estaria em maus lençóis, na verdade se não fosse por mim, minha irmã mais velha se quer existiria como um ser vivo.

E apesar do que todos pensam, sou eu que sempre a resgato de ir para o outro lado, eu sou a ancora invisível que a mantem presa e segura nesse mundo, no entanto, para mante-la existindo gasto uma quantidade enorme de energia espiritual, todos os dias, vejo a vida através de seu prisma dela, desde o café da manha, até a hora em que ela fecha os olhos para dormir, e claro, nunca contei isso para ela, já que a minha irmanzinha e inocente e boa de mais para saber que ela não é a verdadeira dona daquele corpo.

---Senhorita Takane... o que me prediz para o meu filho---

Olhei para o prontuário medico, a mãe do paciente estava com aqueles olhos esperançosos de que algo poderia ser feito pelo seu filho semi morto, mas eu sabia muito bem, que aquele shinobi que havia chegado ao hospital não tinha mais do que algumas horas de vida, parte do braço e da traqueia havia sido destruída, além de que o mesmo mostrava sinais de inchaço no cérebro por um coagulo, se ele por um milagre sobrevivesse se tornaria um invalido sem voz e possivelmente sem memorias e sem braço, sua vida como shinobi estava acabada.

---È muito cedo para dizer algo para a senhora... o corpo humano e complexo principalmente na área do cérebro, mas quero que saiba que faremos tudo por seu filho.---

Vi que a mulher começou a chorar, sinceramente, não suportava ver pessoas fracas chorando, foi seu filho que trouxe para si a morte, se ele tivesse sido mais forte, e aprendido a não tentar criar um jutsu sem a orientação de um jounin nada disso teria acontecido. Mas enfim não quero que a reputação que Takane construiu no hospital seja destruída porque não soube usar as palavras, e principalmente que ela me impeça de ir ao hospital treinar minha arte medica e restringir ainda mais o meu direito de ver o mundo pelos meus próprios olhos.

A mulher então se retirou, e comecei a girar sobre a cadeira do pequeno consultório que haviam me dado para atender os pacientes, normalmente esse não seria o meu trabalho, mas, a maioria ainda estava ocupada de mais com os últimos pacientes que chegaram de um combate, e então fiquei presa aqui para dizer as pessoas o que poderia e o que deveria ser feito.

Olhei para um quadro do corpo humano pregado na parede e comecei a meditar sobre o ocorrido, o menino estava sofrendo uma hemorragia cerebral leve, o que não acarretava em morte, só em uma possível deficiência que deveria ser tratada com fisioterapia e cirurgias posteriores, já o braço e a traqueia estavam condenados os nervos do braço estavam destruídos e a regeneração de órgãos eram inviáveis,no entanto se eu retirar alguns nervos da perna e incherta-lo no braço e depois por a mão sobre a epiderme da barriga, isso manteria provavelmente faria a sensibilidade da mão e o movimento dos dedos voltar ao normal.

Levantei-me surpresa com aquela ideia, eu tenho certeza de que funcionara. Sai de la a passos largos iria mostrar a ideia para o chefe de equipe medica, e quem sabe ganhar alguns pontos positivos pela ideia inovadora.