[Missão rank C: "Auxiliar os Estudantes da Academia Ninja"] Angell Hyuuga

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[Missão rank C: "Auxiliar os Estudantes da Academia Ninja"] Angell Hyuuga
[Missão rank C: "Auxiliar os Estudantes da Academia Ninja"] Angell Hyuuga

Angell

Game Master

Sáb 2 Mar 2019 - 23:26

Angell Hyuuga

[ HP: 525/525 | CH: 550/550 | ST: 00/05 ]

A azulada mal havia saído de casa naquela manhã e já teve de voltar. Não que tivesse saído assim que acordou, mas logo que deu seu primeiro passo para fora do bairro Hyuuga, já vieram avisá-la que tinha sido convocada para uma missão e deveria se encontrar com uma das senseis da academia ninja, Mayumi. Angell ajeitou sua bolsa de armas na cintura, debaixo da blusa azul meio larga, e voltou a sair. Apressou-se até o prédio da academia e, de longe, já avistou uma mulher um tanto mais velha, vestida como uma chuunin da vila, com sua bandana amarrada no braço direito, parada bem em frente à entrada, olhando de lá para cá, bastante impacientemente.

– Bom dia! – Angell a cumprimentou ainda enquanto ia se aproximando, querendo lhe chamar a atenção. – Posso te perguntar onde está Mayumi?

– Muito bom dia. – a mulher respondeu rapidamente. – Mayumi sou eu mesma. E você deve ser a genin que veio me ajudar, correto? Acontece que fui convocada para uma missão urgente e todos os meus colegas já estão dando suas aulas, então eu preciso de alguém que me substitua por hoje. A minha turma não é difícil de lidar, só é um pouco apressada e não tem muito interesse em aprender teoria... sabe?, quer pular logo para a parte das aulas práticas. Bom, eu te dou permissão para lhes ensinar alguma técnica básica se for necessário; só não pegue muito pesado.

Mayumi parou para tomar fôlego, já que falava cada vez mais rápido. Parecia pensar, como se precisasse se certificar de que não estava se esquecendo de nenhum detalhe. Em contrapartida, Angell apenas encarava a mulher com seus olhos perolados, atenta àquela enxurrada de informações que ia recebendo. Afinal, não poderia se dar ao luxo de deixar alguma coisa passar batido.

– É, eu acho que é isso. – Mayumi tornou. – Eu prometo que você não vai precisar me substituir mais vezes, mas hoje não tem como. Você segura essa barra, né?

– U-uhum. – e Angell lhe respondeu. – Pode deixar.

– Ótimo!, obrigada! A minha turma é a da sala 101. Boa sorte!

E então a mulher se foi, correndo como a própria Angell tinha corrido até alcançá-la ali na entrada da academia ninja, e sem nem dar uma última olhada para trás. Ah!, se ela imaginasse quão sem saber o que fazer a azulada tinha ficado agora! Mas missões são missões, e, mesmo que aquela fosse a sua primeiríssima tarefa, Angell não poderia ter receio de não conseguir cumpri-la; tinha, na verdade, de dar o seu melhor para realizá-la direito.

Angell correu para dentro do prédio da academia ninja, depois até a sala 101, e, enfim, para dentro da mesma também. Deparou-se com os alunos todos quietinhos, sentados cada um em seu devido lugar, mas voltando logo toda atenção a si no momento de sua chegada. E, no momento seguinte, mil perguntas começaram a lhe ser direcionadas ao mesmo tempo. As crianças queriam saber quem ela era – e se era ou não a substituta de sua professora –, se era chuunin como Mayumi, se ao menos era uma kunoichi, por que era tão nova, se era cega... entre tantas outras coisas. Assim, Angell já começava a perceber quão complicado poderia ser lidar com crianças; elas são sempre tão curiosas – e às vezes tão espertas –, que não se importam em colocar outras pessoas contra a parede com suas perguntas.

Porém, teria de haver algo que pudesse acalmar aqueles ânimos. Algo que... pudesse impressionar as crianças, fazê-las prestar atenção ao que seria realmente importante. E Angell, sendo uma kunoichi “de verdade” – já que essa era a maior preocupação da turma como um todo em relação a si –, fez uma tentativa:

– Crianças, vocês sabem como é a vida de um ninja que se forma aqui na academia? – ela precisou até levantar o tom de voz para ser ouvida em meio a tantas outras vozes que ecoavam pela sala. – Existem, sendo as coisas mais importantes, tarefas que nós recebemos e devemos cumprir: são as nossas missões ninja. Mas, para conseguirmos cumprir essas missões, precisamos ter algumas cartas na manga: conhecimentos, bom condicionamento de corpo e mente, técnicas especiais... enfim. E como fazemos para conseguir essas cartas?

Àquela altura, as crianças já estavam em silêncio de novo – e a maioria com os olhos crescidos para cima de Angell –, cheias de curiosidade.

– Nós treinamos. – ela revelou. – Mas não podemos treinar o que ainda não sabemos, certo? Então, aqui na academia, nós aprendemos o que teremos de treinar quando nos tornarmos ninjas de verdade. – e fez uma pequena pausa para pensar, mas continuou logo: – A professora Mayumi me deixou ensinar a vocês um ninjutsu básico hoje. O que me dizem sobre isso?

As respostas positivas dos alunos saíram em uníssono, apesar de não exatamente nas mesmas interjeições. Parecia que Angell tinha conseguido encontrar uma maneira de cumprir sua missão.

– Então... vamos começar aprendendo o Bunshin no Jutsu. – a azulada tornou. – A técnica, quando realizada corretamente, é capaz de criar clones quase perfeitos de seu usuário; dá para diferenciar um bunshin de um ninja real, mas quanto mais aprimorada a técnica for, mais tempo o inimigo levará para fazer a diferenciação, e esse tempo pode ser crucial para uma tática ter ou não sucesso em uma batalha. Prestem atenção. – Ela começou unindo as mãos em frente ao corpo – Primeiro, canalizem o chakra de vocês. Depois, façam os selos do carneiro, da cobra e do tigre, nessa mesma ordem. – e moveu suas mãos nos ditos selos, bem devagar, para os alunos acompanharem com precisão a sequência. – Bunshin no Jutsu!

E então surgiu uma segunda Angell bem diante dos olhos da turma.

Um dos alunos de Mayumi, maravilhado com a técnica, precipitou-se e repetiu toda a movimentação das mãos de Angell rapidamente, mas sem canalizar nem um pouco de chakra. Então, quando gritou “Bunshin no Jutsu!”, como ela tinha feito, conseguiu apenas chamar a atenção das demais crianças para seu fracasso. Houve risos, muitos risos, mas, antes que o menino pudesse se irritar com a turma, Angell projetou sua voz para a sala toda novamente:

– Vão com calma, todos vocês. Sigam bem devagar e na mesma ordem todos os passos que eu ensinei.

O menino suspirou e separou suas mãos por um instantinho. Quando voltou a uni-las, chegando até a fechar os olhos, para se concentrar mais em canalizar seu chakra, fez os selos do carneiro, da cobra e do tigre. Agora, apenas murmurou o nome da técnica que estava querendo aprender. E, quando abriu de novo seus olhos, deparou-se com um clone de si mesmo bem ao seu lado... mas com um aspecto doentio, de tão magro e pálido.

– Já está melhorando! – Angell tornou. – Continue praticando. E, turma! – ela se voltou para todas as crianças mais uma vez. – Apoiem uns aos outros nessa prática!

Eles assentiram e logo começaram a treinar. O menino de antes desfez seu primeiro bunshin antes de repetir a técnica, e passou o resto do dia tentando de novo, de novo e de novo, além de ajudando seus colegas que mais precisavam. Quanto a Angell, teve agora apenas de supervisionar o treinamento das crianças, para se assegurar de que nada saísse de controle ali dentro da sala de aula de Mayumi.

“But it’s the only thing that I have.”

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