Yamamoto Akira
やまもと あきら
Algumas poucas semanas após o derradeiro exame e eu já me sentia uma pessoa mais forte. A confiança em minhas habilidades aumentara de uma forma que nem eu - bastante cheio de mim - poderia prever. Estava lá, deitado em meu sofá, divagando ideias para a criação de novas técnicas para usufruir melhor das minhas habilidades fortalecidas. Em dado momento, ao levantar-me para beber aquela água gelada, me deparo com uma carta recém passada por debaixo da porta de casa.

"Mas já?! Hahaha... Essa Hokage não perde tempo comigo não... Ela está me testando, só pode..."

Ao ler seu conteúdo, tomei uns dois copos cheios d'água e fui correndo rumo ao local indicado pelo mapa que recebera, esperando que seja uma missão para aniquilar completamente invasores de Konoha, não é?! Assim esperemos.

Considerações:

Yamamoto Akira
やまもと あきら

Enquanto fazia o caminho indicado, lia o restante da orientação da missão imposta a minha pessoa e não fiquei nada satisfeito. Amassando o papel e guardando-o no bolso, fazendo uma cara fechada e mal-humorada. Iria finalizar essa missão o quanto antes e ir, pessoalmente, n quartel general pedir por uma tarefa que esteja realmente ao meu nível.


Com o tédio de rumar até o objetivo, aproveitaria o tempo para treinar um pouco a minha habilidade com o chakra, controlando-o melhor durante todo o percurso. Concentrando a quantidade ideal nos pés para correr entre as árvores sem desequilibrar, fazendo com que esse chakra seja, cada vez mais, a cola que une o meu corpo a madeira. Faria até alguns pousos arriscados para testar com exatidão se o energia concentrada estaria de bom tamanho para, ainda sim, me manter pregado nas árvores.

"Vi tantas técnicas interessantes anteriormente, no chunin shiken... Eu tenho que aprender a usar algo mais útil... Não posso unicamente depender pra sempre das minhas ilusões... Por mais que elas sejam assim tão formidáveis, preciso ter outros recursos... É isso. Assim que possível vou focar em melhorar e refinar as minhas técnicas, parando de usar somente essas técnicas básicas... PORRA!!!"

De repente, aparece um bando de lobos mortos de fome. Provavelmente eles pensavam que eu seria o alimento deles no dia de hoje e isso não era mais do que um pensamento completamente equivocado.

- Lobo mal, pega no meu pau. - Ao término dessas belas palavras, avançaria em velocidade máxima entre os lobos enquanto realizava uma sequência curta de selos, fazendo os animais se verem enterrados, no chão do lugar, com apenas a cabeça de fora. O desespero dos bichanos talvez fosse notório em suas caras, o que me faria rir muito da situação - Isso que dá ficar com fome na frente da pessoa errada.

Sem mais delongas, sacaria uma kunai e perfuraria o pescoço de cada, rasgando o máximo possível para a morte seja a mais instantânea possível.

"Espero que isso seja o suficiente para matá-los..."

Considerações:

Yamamoto Akira
やまもと あきら

Os lobos foram presas fáceis para a minha ilusão e que logo pereceram diante da minha lâmina. Continuei então, o caminho rumo ao objetivo. E não demorou muito, pouco tempo depois havia avistado as tais plantas descritas no envelope que recebera, plantas estas de aparência minimamente curiosa. Aproximei-me cautelosamente delas, com cuidado para não pisar em outras espécies de plantas que haviam ali próximas - afinal, não sou um destruidor da natureza - e logo comece a observá-las bem de perto, sem tocá-las. Procuraria analisar a sua estrutura física para, só então, decidir a melhor forma de retirá-las do solo sem causar algum dano. Não queria que os contratantes me enchessem o saco com o estado em que se encontrariam.

"Plantinhas indefesas com micro-espinhos, interessante... Além de tirá-las com cuidado, também devo me proteger, vai que esses espinhos tem alguma substância esquisita...?"

Após a análise, decidi então tomar as medidas cabíveis para começar a colheita. Tirei a camiseta e a usei como uma luva improvisada na mão direita, amarrando-a bem firme no meu braço, não se soltando com facilidade. Agachei diante da planta mais próxima e troquei a kunai ensanguentada por outra novinha em folha, não queria que houvesse nenhum tipo de contaminação. Então, medi mais ou menos dez centímetros de raio e com a arma ninja, perfurei ao redor da planta, fazendo com que a raiz que jazia enterrada fosse cortada e se "descolasse" do solo, facilitando a retirada dela.

Uma vez completado o corte, tentaria algo ousado ou simplesmente inútil diante da situação. Mas valeria a tentativa. Concentraria o chakra na mão direita, esperando alguns minutos até que a quantidade de energia estivesse estabilizada o bastante, fina e de circulação o mais natural possível. Uma vez que fosse o suficiente apoiaria a mão na base do caule e começaria a puxar, aumentando a força de forma gradativa, até notar que planta/raiz começasse a sair do solo. A ideia do chakra canalizado nas mãos seria para que o mesmo atuasse semelhante a técnica do caminhar sobre as árvores: Para que as mãos fiquem firmes na superfície e não deslizasse, evitando assim que eu pudesse me cortar, apesar de estar com a proteção da camiseta. Era um palpite que acreditaria que pudesse funcionar, ao invés de concentrar esse mesmo chakra nos pés, o concentraria nas mãos para que me fixasse melhor na base da planta e me mantivesse firme, acrescendo a força aos poucos para retirá-la dali.

"Vamos lá... Aos poucos..."

Assim que retirasse a primeira partiria para a próxima, repetindo o mesmo processo, uma e outra vez. Lembrando que o cuidado em não danificar a planta era o principal objetivo dessa forma de colhe-la.

Considerações:

Yamamoto Akira
やまもと あきら

Com o sucesso da colheita faria agora o caminho contrário, voltando pra vila e rumando até onde a carta dizia que deveria me encontrar com o contratante. Tomei precauções no percurso, mudando a rota de retorno e passando longe de onde estavam presentes as carniças dos lobos mortos, assim, evitando topar com outros animais que poderiam estar se alimentando da carne fresca que havia deixado ali.

Queria terminar essa missão o quanto antes e fazer algo mais útil, melhorar ainda mais o meu ninjutsu, que a propósito era bem básico. Ainda continuava praticando o controle do mesmo sob os meus pés, caminhando firme sobre o chão irregular da floresta.

Considerações:

Yamamoto Akira
やまもと あきら

Finalmente havia chegado ao local da entrega, o hospital. Procurei passar pelas alas internas o mais rápido possível afim de não ser contagiado por qualquer doença estranha, podia dizer que estava quase correndo.

"Quero logo ir embora daqui... Puta que pariu..."

Logo chegaria na sala correspondente, abrindo a porta com cuidado e a fechando. Iria cumprimentar o tal do doutor mas fui surpreendido pela cena dele estripando um corpo qualquer. Aquilo me deu um baque forte, mas não no sentido de ficar traumatizado ou de sentir medo daquilo, se não de ver a forma como o médico movia os órgãos internos daquele cadáver, proferindo palavras que provavelmente teriam a ver com a sua área. Fiquei estático por um bom momento, observando também toda a sala, passando os olhos por cada detalhe que a compunha.

Observava todos aqueles utensílios postos na bancada que auxiliam em procedimentos cirúrgicos, as amostras de órgãos em conservantes nas prateleiras e todo o cuidado do iryounin ao cortar o corpo. Cada vez que os meus olhos engoliam esses detalhes, mais aquilo me chamava a atenção, mais aquilo era cativante pra mim. Meus olhos até pararam de piscar só pra não perder nenhum detalhe sequer.

- Olha, já cortei muitos pescoços por aí, haha. E gosto de ver o sangue jorrando quando o faço. - Respondia ao seu comentário final sem receio do que ele poderia pensar com isso. - Ah... E sim, lhe trouxe o que fora requisitado, onde posso deixá-lo? - Assim que me fosse indicado, colocaria as plantas no lugar e logo voltaria a atenção para o morto. - Eu utilizo muito a minha kunai para fazer cortes secos, mas como o senhor faz pra ter tamanha precisão e não cortar jorrando sangue?! Sempre me sujo quando faço isso... Kukuku...

A curiosidade crescia de forma estranha dentro de mim, afinal, nunca me interessei por saber qualquer coisa relacionada a esse assunto. Apenas queria cortar as gargantas dos alvos por saber que era um ponto frágil e instantâneo, nada mais que isso.  

Considerações:

Yamamoto Akira
やまもと あきら

Ouvia toda a explicação com um brilho ímpar nos olhos, menos mal que o médico não estava sequer me olhando para testemunhar um momento um pouco embaraçoso pra mim, já que eu não costumava fazer esse tipo de coisa. Mas, convenhamos, por mais que as coisas que ele explicara não fora algo tão complexo - pelo menos era o que achava, já que ao meu entender aquilo era o básico do básico - tinha a minha total atenção. Agora tudo fazia mais sentido! Nesse momento visualizada todas as vezes que cortava jugulares alheias, entendo o porque que o sangue jorrava daquela forma.

- Cara... Agora tudo faz o maior sentido! Puta que pariu. Ou seja, se um corpo estiver congelado, por exemplo, o sangue nem vai jorrar como de costume. Olha... Confesso que esse assunto é até interessante... E o que posso fazer, por exemplo, caso eu queira ser ainda mais discreto, pra atacar alguém? Não deixar um rastro de sangue enorme no chão, HAHA! Mesmo a pessoa viva e com sangue quente pulsando em suas veias...

Nesse momento fitava o corpo todo aberto bastante pensativo, tentando mesmo buscar alguma resposta para a minha própria pergunta, olhando o corpo de cima a baixo.

- E o que você estava fazendo nesse corpo? - Comentava enquanto ainda tentava pensar em uma resposta. Buscando termos difíceis da área ou algum conhecimento que se assemelhe ao corpo humano. Me sentia como se estivesse buscando uma agulha num palheiro. Era difícil extrair algo da mente que você jamais teve um conhecimento mais aprofundado. Mas vamos que vamos.

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Yamamoto Akira
やまもと あきら

Só depois que realmente havia notado que o doutor teria um dos órgãos em mãos, já o depositando de volta ao corpo. Estava tão intrigado pensando nas coisas que acabava de aprender que nem havia observado com exatidão que ele estava com tamanho pedaço de carne em sua posse.

"Anatomia?! Sou realmente leigo no assunto mas sei do que isso se trata... Parece realmente interessante. Não tenho o interesse de me aprofundar, mas conhecer o corpo humano seria ideal para amplificar a forma como eu atuo num campo de batalha..."

Com um monte de perguntas já pensadas a serem feitas ao ninja médico, outro de sua mesma laia interrompera. Ele teria de acudir a alguns feridos em algum acampamento ali por perto. Eu realmente gostaria de aprender um pouco mais a respeito e, mesmo que esteja na cara que atuaria por puro interesse, não me importaria em segui-lo. Assim, ouvia atentamente suas palavras, pegando o seu livro sem nem pestanejar - guardando em meus pertences - e sendo claro, sucinto e direto com ele.

- Vou te acompanhar. Quero aprender a matar eficazmente, kukuku.

Não tinha nada programado para fazer durante o restante do dia e, já tinha o livro em mãos. Livro este que poderia ler a qualquer momento, então, cheguei a conclusão de que poderia acompanhar o tal médico sem problemas. E claro, caso veja que a situação não esteja proveitosa para complementar estes conhecimentos que tinha em mente, simplesmente iria embora para ler o livro em um lugar menos ensanguentado.

- A propósito, como você se chama? Sou Akira. E guarde bem esse nome, serei bem conhecido no futuro.

Como de praxe, tinha que parecer simpático para continuar usufruindo de seus conhecimentos. Nunca perco uma oportunidade para evoluir aproveitando-me dos demais.

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Yamamoto Akira
やまもと あきら

Devidamente apresentados, rumamos para o tal do acampamento. Durante o trajeto recebia algumas instruções de Gray a respeito de seu livro, que ao folheá-lo, podia ver a quantidade de conteúdos que jazia em suas diversas folhas. Fiquei realmente maravilhado com a quantidade de detalhes que havia ali. Assim, nos momentos de silencio da viagem, aproveitava para já começar a ler o seu conteúdo, avançando as páginas aos poucos.

Após algum tempo, finalmente chegávamos no lugar cheio de feridos. Acompanhavam o médico aonde quer que ele fosse, vendo todas aquelas bastante feridas, não tendo nenhuma aversão aquilo ou coisa do gênero, muito pelo contrário, parecia estar adorando todo aquele cenário.

Enquanto estava ao lado do médico com o livro aberto, observando algumas gravuras que demarcavam pontos específicos e frágeis de todo o corpo humano. Quando notava que Gray começaria a atender alguém, dava uma pausa na leitura e observaria atento.

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Yamamoto Akira
やまもと あきら

Finalmente veria Grey atendendo o seu primeiro paciente. Após uma análise rápida no homem de barriga perfurada, foi detectado que o mesmo tinha problemas não tão graves no peritônio. Analisava as imagens no livro com o que via pessoalmente, entendendo ainda melhor as explicações no rodapé, em letras mais miúdas.

"O peritônio é essa membrana serosa que recobre as paredes do abdome e a superfície dos órgãos digestivos?! Hmmm hmmmm... Isso pode ser considerado um ponto chave uma vez que um corte profundo e transversal pode jogar todo o intestino e tripas pra fora de seu corpo, sendo até difícil a reparação, kukuku..."

Agora algo ainda mais interessante era visto. Para curar aquelas feridas, era utilizado um chakra de coloração esverdeada. Via que ao aproximar sua mão da barriga do homem, o processo curativo do corpo era acelerado enormemente só no ato de insertá-lo na ferida. E isso era interessante demais.

"Meu chakra preto com certeza não faz nada disso, hahaha!"

Tentava imitar o homem, concentrando chakra em minha mão direita, tentando externar o chakra igual o iryounin. Fazia isso com uma mão enquanto que a outra acompanhava o procedimento cirúrgico do momento. Quando a ferida fosse fechada por inteiro, voltaria as minhas atenções para o livro.

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Yamamoto Akira
やまもと あきら

Passado algumas horas de muita aprendizagem, Grey havia aconselhado-me de voltar e continuar os estudos na vila. Não tinha muito o que fazer, afinal, nesse dia havia começado os estudos referente ao corpo humano. Não poderia saltar etapas e aprender conceitos que eu ainda não tinha o mínimo domínio de sua base. Então agradeci da forma mais sincera possível ao doutor e rumei de volta a vila. No caminho, dissecaria por completo aquele livro, do início ao fim, lendo até as letras miúdas para não deixar passar nenhum mínimo detalhe sequer. E assim terminei a jornada diária com o Doctor Grey em seus 50 tons de anatomia.

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