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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
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Amargo Caramelo HP: 475/475 e CH: 225/225

Depois de algumas semanas em sua nova casa, Amargo já começava a brincar com as crianças de sua idade e participar de atividades com seus pais adotivos. Seu pai era igualmente um shinobi respeitado no vilarejo, de rank Jounin, sua mãe era dona de uma floricultura, mas, com a chegada de Amargo, ela se afastou do trabalho para doar tudo de si para o crescimento do jovem. Em uma manhã, quando todos estavam sentados à mesa para tomarem o café da manhã, seu pai indagou. – Amargo, após honrar meu compromisso, teremos um treinamento especial.

Quando bateu o horário de almoço, Amargo encontrou-se com seu pai adotivo no planalto de treinos no centro de Kumo, onde tinham planejado praticar um pouco. Amargo precisaria aprender desde já cedo a conviver com o fato de que conviveria com o defeito físico de não possuir um dos braços. A dupla chegou ao campo, dialogaram um pouco acabando por acordar o que seria o seu treino, e então começaram pontualmente no campo da execução de selos.

– Preste muita atenção, Amargo... Quero que você estude muito bem os selos, você precisara ser um especialista nesse campo, transformaremos o seu defeito em uma vantagem e em um de seus pontos fortes, para que não apanhe em longo prazo e possa aprender novas técnicas normalmente. – Disse o homem, ao lançar casualmente um livro com informações sobre selos ao Kumonin. As palavras do homem tinham muita força sobre Amargo. Este que se encontrava sentado agarrou-o, revelando um rápido reflexo, provindo de sua Agilidade Aguçada e deu uma vista de olhos rápida. – Já estudei o suficiente disto em casa, não tem nenhum treino mais interessante? – A menção sem querer da palavra "casa" fazia com que o Kumonin ficasse sem graça. – Desculpe... – Dizia ao seu pai adotivo. – Tudo bem, isso é algo que eu e sua mãe não pretendemos eliminar, é algo que teremos que aceitar e lidar com essas situações que ocorrem em nossas vidas. – Falava, antes de dar a primeira ordem ao garoto. – Então me mostre o teu selo do dragão.

O ninja de cabelos morenos hesitou um pouco enquanto se lembrava de como fazer o selo do dragão, no entanto, quando foi chegado o momento de executar falhou miseravelmente, desde o acidente ele nunca havia tido a necessidade de realizar selos e agora, no primeiro momento que foi confrontado por isso, acabava por não saber como lidar com a situação, desesperando-se a principio. – Tudo bem, eu sei como fazer. – Tratou de se acalmar. Sem olhar para o livro acabou por formá-lo: Polegar esquerdo sobrepondo o direito, dedo mindinho esticado para baixo e todos os outros cruzados. Fez com uma mão com o triplo do tempo que levaria para fazer com ambas.

– Viu a demora que demorou em fazer? – Preocupava-se o Jounin. – Você precisa levar muito a sério isso, eu estarei aqui para te dar todo o apoio, mas você precisara se esforçar. Em uma batalha de nível avançado fazemos um selo por segundo. Não basta ter memorizado na cabeça, isso ainda vai te prejudicar. – Disse enquanto dava dois toques leves na testa do garoto. – A memória muscular é muito importante, eu vou te dar uma sequência e quero que você trabalhe em cima dela: Bode, cão, dragão.

Sem mais explicações, Amargo elaborou um plano de estudo, primeiro iria praticar cada selo individualmente, até que pudesse formar rapidamente sem olhar para o livro, depois é que iria praticar a sequência. Desta forma, futuramente seria mais fácil praticar sequências diferentes que envolvessem os mesmos selos. Folheou o livro até à página que continha instruções, dicas e imagens do selo do bode, e transferiu para sua única mão, foram varias as tentativas fracassadas até que pôde finalmente executar com perfeição, o do bode. – Este foi tranquilo. – Observou em voz alta, com sua mão cerrada exceto para o dedo médio e indicador que se encontravam esticados. Tinha o dedo mindinho e anelar no topo, o médio e indicador eram esticados em simetria. – Isso é difícil, se fosse fazer com as duas mãos, seria fácil.

– Porque é que não aproveita e treina o seu controle de chakra? – Sugeriu o Jounin. – Ó! É uma ótima, vai me ajudar e muito. – Rebateu feliz pela sugestão, ao mesmo tempo em que quebrou o selo e deu uma palmada na própria testa. Fechou então o livro e puxando pela sua memória, reproduziu o selo do bode a velocidade moderada, afinal tinha acabado de estudá-lo como fazer com uma única mão. Fechou os olhos e utilizou o selo para moldar o chakra que flui no seu corpo. – Próximo! – Exclamou, segundos depois já de olhos abertos. Voltou a abrir o livro, desta vez na página referente ao selo cão. "Este selo ainda é mais fácil, suponho que ele escolheu ensinar este conjunto pela sua facilidade de execução." – Refletiu enquanto que fez o sinal em meros segundos, mão completamente fechada, dedos "colados", palma para baixo.

Com o selo terminado voltou a fechar os olhos para uma melhor concentração, e manipulou a sua própria energia através do selo. – Nem preciso repetir este, agora é treinar a sequência. – Informou ele a olhar para o homem, que apenas abanou a cabeça confirmando a boa ideia traçada pelo estudante. – Bode. – Lentamente reproduziu o selo do bode, enquanto que canalizava chakra. – Cão. – Colocando muito entusiasmo para a criação desse selo, acabou por se enrolar e fez longe da forma correta. O Jounin olhou para o garoto com um sorriso maroto, pronto para chamar sua atenção, mas Amargo se adiantou. – Não pense o senhor que é fácil, eu vou errar ainda mais, mas não irei desistir.


Desta vez em um ritmo melhorado e com movimentos mais policiados, voltou a executar o bode, depois cão, e por fim dragão, este último mais lentamente. Durante o processo utilizou cada selo para moldar chakra, e assim sentiu a alteração que a sua energia sofria ao longo da sequência. Durante o treinamento chegou a conclusão que estava aprendendo tudo de novo como trabalhar com selos, como se tivesse acabado de pegar para fazer. Sem mais palavras o jovem voltou a experimentar, com calma, executou corretamente a sequência passada pelo Jounin, que tinha estado a praticar até ali. – Tudo bem, agora faça o do Javali, Rato e Cachorro. – Em seguida, treinou outras sequencias, e cada vez mais outra sequencia.

Agora noutro ponto do planalto, perto de alvos de pontaria, o Jounin começava a explicar o próximo treino. – Vi que gosta de utilizar ferramentas ninjas, que tal experimentar novas coisas, para além da Kunai e Shuriken. – Disse ele entregando-lhe dezenas de Senbons. – Agulhas? – Agarrou no conjunto de Senbons com a mão. "É fina e precisa, parece que vai ser mais difícil aprender a utilizá-la que uma Shuriken ou Kunai. Parece ser terrível para bloquear projeteis, mas ofensivamente é forte, com o seu tamanho é provável que consiga passar por entre armas inimigas ou qualquer abertura que uma defesa possua, e se acertar num ponto vital pode causar graves danos." Concluiu, numa rápida observação.

– Esse treino vai ajudar também para trabalhar todo o seu braço, adequá-lo novamente, e irá surtir efeito também para você pegar a habilidade em selos. Tente acertar no centro do alvo a seis metros de distância. – Com a mão ocupada era impossível realizar selos, Amargo concentrou-se por segundos a moldar chakra suficiente para realizar um Shunshin, movimentando-se quase instantaneamente até uma marca no chão que indicava os seis metros de distância do alvo.

Como se estivesse a lançar um dardo, apontou a Senbon ao centro do alvo com meia dificuldade, pois tremia devido a falta de equilíbrio, e lançou-a com fé. No ar, a agulha fez um trajeto muito pouco direito, subindo pelo ar e depois voltando a descer, acabando por acertar quase no limite do alvo. – Droga... Vou precisar praticar muito. – Sorriu, encarando seu pai ao ver a sua tremenda falha. – Você pensou em tudo, não é velho... – O homem rebateu, calmamente. – É bom que a ganhe depressa. 

Sem ser preciso mais palavras, Amargo retirou uma Senbon e uma Kunai, teve novamente dificuldades para tomá-las com uma só mão. Num movimento mais suave que anteriormente, lançou a agulha, desta vez num trajeto mais retilíneo, mas ainda longe da perfeição. Acabou por acertar no círculo exterior ao central. E a Kunai logo em seguida, acertando pouco a cima do alvo. Sentiu-se confiante e decidiu tornar o treino mais extremo. Pegou na agulha que ainda estava em moção, e sem apontar lançou-a uma vez mais ao alvo, em conjunto com a Kunai. Rapidamente, retirou mais três agulhas da sua bolsa e lançou. O Jounin apenas observava, contente com o entusiasmo do mais novo aluno que havia conquistado. A primeira agulha acertou no limite entre o segundo e o terceiro círculo do alvo, a outra agulha chegava ao alvo, finalmente acertando no centro, onde ficou presa. E então continuou nessa sequencia de repetição alternando entre Senbons e Kunai.

Contente ao ver o resultado, o jovem caiu de joelhos, e em meio de um gemido trouxe a sinalização que o treinamento havia chego ao final. – Muito bem, por hoje chega. – A dupla terminou o treino, voltando para a casa, mas retornando no dia seguinte. Não foi um treinamento fácil, algo que se aperfeiçoou da noite para o dia, foram ao menos oito finais de semanas exaustivos na vida de Amargo, com repetições e dificuldades impostas pelo seu sensei até que adquirisse habilidade ao manusear selos com uma única mão.

Filler escreveu:1567 palavras para 100 de Status. (Dobrado pelo mês do UPson) e Qualidade Hábil em Selos (1).
Link do Status: Aqui (Não foi visto ainda, mas está de acordo)
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Amargo Caramelo HP: 475/475 e CH: 425/425 ST: 0/3

Após o pai adotivo de Amargo tê-lo ajudado no campo do manuseio de Selos pela dificuldade que o mesmo estava enfrentando após a perca do seu braço esquerdo, o Jounin de Kumo propôs se encontrarem num dos celeiros abandonados do vilarejo onde ele agora iria ajudá-lo a desenvolver a Pericia do Shurikenjutsu, um crescimento nesse campo seria muito útil em batalha pela desvantagem que a falta de um membro trazia. – Vamos começar por treinar o seu corte. – Disse Azashiro apresentando varas de bambo que estavam instaladas no chão. – Corte-as. – Ordenava o homem.

Parecia uma tarefa fácil para o leigo no assunto, sendo que se encontrava a cinco metros do seu alvo e começou por reproduzir o selo do tigre de modo a espalhar chakra nas suas pernas, desta forma pôde se impulsionar velozmente e assim que fechou a distância entre ele e a vara sacou de uma kunai de sua pochete em sua cintura para realizar um corte horizontal ascendente, colocando toda a sua força no braço para garantir o sucesso. Para surpresa do Kumonin a vara era resistente como ferro e toda a força que tinha usado foi ripostada contra si próprio, causando uma dor horrível nos seus músculos e pulso que ao fracassarem fizeram a kunai cair ao chão.

Após um gemido de dor o jovem se queixou. – Porque não me avisou que isto não seria fácil de se cortar? – Azashiro soltou uma larga gargalhada. – Bater com a cabeça é uma ótima maneira de aprender, agora sabe que força não é tudo e que aquilo que fizer pode se virar contra você. Experimente um corte com ângulo nulo. – Indagou o homem. – Não sou capaz disso. – Rebateu o usuário de Jinton. – O que te impede? Só a sua mente. Vamos exercitá-la antes de tudo. – Dito isto Amargo submergiu num mundo onde apenas sombras eram visíveis, tratava de um genjutsu e Amargo teria de quebrá-lo, nesse momento percebeu que armas básicas poderia ser mais úteis do que imaginava. Podia, no entanto causar um ferimento contra si mesmo, mas essa era uma opção de último recurso e que não tinha qualquer interesse durante um treino. Observou atentamente o chão e pôde distinguir a sombra humana de seu pai e alguns metros ao lado a sombra cilíndrica da vara, com uma força imponente lançou a sua kunai no pau de bambo, aproveitando o momento para treinar a sua pontaria. Sorriu ao entender que tinha acertado e que a kunai tilintava no choque e uma vez mais ao cair ao chão, sem magoar o seu pai.

Seu pai segurou o selo correspondente à técnica de libertação enquanto que estabilizava o seu fluxo de chakra, por fim libertou-o de uma só vez, quebrando a ilusão em cima do garoto. – Kai! – E a sua visão voltou gradualmente ao normal. – Ótimo, mas se isto fosse uma batalha a sério acha mesmo que mandar suas armas fora é inteligente? – Inquiriu Azashiro apontando-lhe a própria kunai do garoto, depois o deixou cair ao chão.

– Tive outra ideia. – O homem apontou para um barril que se encontrava à uma boa distância. – Me traga aquele barril. – Amargo percorreu o caminho de ida com um Shunshin, impulsionando chakra para as pernas assim que era necessário para tonificar a sua agilidade. O barril não tinha tampa e estava cheio de... Frutas!? – Mas o que significa isso? – Questionou-se o garoto. Era extremamente pesado e o garoto precisou se esforçar bastante para elevar o suficiente para movê-lo, após recuar dez passos com o barril em mãos não aguentou mais a pressão que este fazia nos seus músculos e deixou-o cair ao chão. A sua respiração estava extremamente ofegante de todo o cansaço levantado por mover aquele barril, e ao olhar para trás e ver todo o caminho que ainda faltava percorrer, teve quase um ataque cardíaco.

"Vai plantar bananeira, velho..." Pensou o garoto, inspirando fundo e novamente ergueu o barril aplicando toda a força que era possível. Iniciou novamente o seu percurso de marcha atrás e ignorou por completo o cansaço, a sua cara tornava-se vermelha à medida que o sangue lhe fluía de todo o esforço e os músculos ficavam doloridos, mas nada era capaz de fazer pausar e quando deu por si tinha chegado ao destino. – Fr... Fruta? – Perguntou o garoto entre largas respirações. – Sim, hoje vai ser o ninja das frutas, afaste-se cinco metros, eu vou lançar a fruta e você vai ter que cortá-las toda! – Orientou o experiente ninja. – Isso não é um desperdício? – Rebateu o garoto que almejava se tornar um herói. – Não seja teimoso, Amargo, não questione o treinamento! – Gritou o homem ao lançar uma laranja.

A fruta laranja era rápida, mas os reflexos de Amargo foram ainda superiores, dispôs-se de outra kunai que estava na pochete em sua cintura e, com cuidado para não o fazer demasiado cedo e golpear o ar cegamente. No momento certo atacou a laranja dividindo-a em duas metades que caíram ao seu lado. Azashiro começou lançando frutas diferentes em um ritmo lento, incluindo bananas, morangos, limões, melões e melancias. Sim, melancias. Amargo não teve realmente grande dificuldade em cortá-las e até já estava ganhando gosto e ritmo daquele treino, o maior esforço exigido era no corte da melancia, tinha que tomar muito cuidado e fazer geralmente movimentos na vertical, qualquer movimento na diagonal colocaria em cheque a sua ação e ele se machucaria consequentemente. Nesse momento decidiu fazer uma avaliação mental de todas as frutas diferentes que estava a golpear.

"Cada fruta é diferente e eu preciso reagir de forma diferente, as bananas são as mais estranhas porque costumam fazer um trajeto com efeito, os limões e morangos são os mais rápidas e normalmente mais difíceis de acertar, por serem também menores. Por outro lado, os melões e as melancias são mais lentas mas mais perigosas e requerem maior força para serem cortadas."

– Pronto para a fase dois? – Perguntou o homem, e antes mesmo que Amargo pudesse responder começou a lançar uma corrente de fruta em maior velocidade. Era um autêntico sortido que ele não conseguia cortar, apenas se desviar e para isso tinha de se concentrar bastante e reagir agilmente com pequenos saltos em todas as direções, quase como se estivesse dançando. A certa altura uma melancia não tão grande acertou a cabeça do garoto com impulsão suficiente para fazê-lo cair de costas. A dor na sua testa era surreal e impediu de se levantar por algum tempo, ele até pensou que tinha partido a cabeça e estava a jorrar sangue, mas depois percebeu que era apenas dor e o suco da fruta escorrendo. – Para... desisto... Isso está ficando cansativo. – Disse o garoto, sendo completamente ignorado por seu pai que tratava de soltar uma gargalhada louca atrás da outra e exclamou. – Agora só paro quando não houver mais fruta!

– Ó. Acabou a fruta... Agora que estava ficando divertido. – Disse o homem, desarmando completamente o seu entusiasmo de antes, o que motivou na contramão risadas de Amargo. – Bem feito, achou que iria judiar de mim, acabou se lascando. – Divertia-se o Kumonin. – O que? Você acha que acabou com isso? Não poderia estar mais enganado... – Disse Azashiro, levando o Kumonin para o ultimo circuito do treino.

Amargo foi colocado a uma distancia de 10 metros de quatro alvos que o rodeavam. – A cor roxa te da 10 pontos, a verde 20 pontos, a azul 30 pontos, a amarela 40 pontos e a vermelha, no centro, 50 pontos, você só para quando atingir o valor de 200 pontos. Comece. – Ordenava o homem. Então Amargo recolhia quatro shurikens em sua mão e lançava contra os alvos, que passavam rente em uma primeira ação. – 10 metros de distância... Isso está ficando difícil. – Amargo então encurtou para 5 metros de distancia com o consentimento do seu pai e voltou a repetir a mesma ação, durante essa segunda tentativa ele procurou fazer com que os projéteis mudassem de rumo colocando ainda mais dificuldade ao aprendizado, veio a falhar novamente. – Eu tenho que conseguir... – Questionava-se. Ele então se lembrava do treinamento no corte das frutas e lançava as shurikens como se estivesse cortando uma maçã e lembrava-se dos movimentos que as bananas faziam e os projetes atingiam do lado do circulo central que deveria ser atingido, ao todo, havia somado 90 pontos ao final da segunda tentativa. O treinamento continuou exaustivamente até o ponto que Amargo conseguiu colocar minimamente uma mudança de rumo no trajeto dos projeteis e eles atingissem o centro dos alvos conquistando os 200 pontos.

A dupla continuou reeditando o treino nas semanas seguintes de outras maneiras, com o uso de espantalhos e lançamento de outras armas como senbons que tinham o objetivo de atingir pontos determinados de um espantalho, algo que Amargo demorou em conseguir fazer com perfeição. Até o ponto que atingiu a aptidão no campo das armas shinobis básicas.

Filler escreveu:1466 palavras para 100 pontos de Status. (Dobrado pelo mês do UPson) e a Qualidade Treinável Perícia em Shurikenjutsu (1)
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HP: 825/825 | CH: 525/525 | ST: 05/05
O tempo estava úmido e frio no vilarejo de Kumogakure no Sato. Amargo Caramelo dormia confortavelmente em sua cama, com sua gata de pelos amarelos aos seus pés, a formosa Cíntia. Tudo estava tranquilo e calmo dentro daquele pequeno quarto de madeira. Já em seu décimo terceiro sono, era capaz de cantar carneirinhos de tão profundo que era seu sono, quando, subitamente, algo interrompeu a paz que ali reinava com um arrastar de porta. – Não pode ser... Esse garoto só pode estar de brincadeira. – Uma presença feminina entrava e parecia bem nervosa, vendo o jovem ainda dormindo, pacificamente, debaixo dos lençóis.

– Miauuuuuuuuuuu! – Bocejava a gata amarela. Depois de se espreguiçar, Cíntia simplesmente saia de onde estava e foi se deitar debaixo de uma mesa que ali havia. Ela espetava as suas pequenas orelhas enquanto mantinha um ar atento ao desenrolar dos acontecimentos.– Acorda infeliz, acorda!!! – Gritava a mulher de cabelos castanhos e cumpridos. – Já é dez horas da manhã, horário de levantar se não vai chegar atrasado, filho! – Avisava enquanto retirava os lençóis de cima do garoto. – O quê? Como? Quem? Onde? Quando?… – Dizia com fortes sinais de sonolência.

– Não me diga que esqueceu, é hoje o seu primeiro dia de aula, dia que você vai conhecer os seus colegas de academia, fazer amizades e o seu Professor! – Explicava em um tom exaltado. – Agora vê lá se levanta e se arruma o mais rápido, que eu não tenha que voltar aqui de novo! – Terminava com um virar de costas, saindo do quarto do filho em seguida. 

A senhora Caramelo é uma pessoa muito simpática e amável, mas quando está irritada é melhor sair da frente. Amargo, sabendo disso que não iria querer arranjar problema para cima de si próprio logo naquela hora da manha. Em um pulo o Kumonin se levantou da cama e se vestiu rapidamente, com suas roupas usuais. Por fim atou a bandana da sua vila ao braço direito e saiu do seu quarto até ao andar de baixo. A casa de Amargo era bem grande. Toda ela era feita de madeira construída em volta de um cume de uma montanha, como muitas outras naquele vilarejo. O seu interior é composto e dividido em várias divisões, com cerca de 10 quartos, um hall de entrada, uma pequena sala de estar e por ultimo uma cozinha.

Amargo abria à porta da sala que dava acesso a cozinha e no interior do cômodo desejava o bom dia aos seus pais e à sua irmã mais nova. Azashiro era um homem alto e bem constituído, com os cabelos negros. Era visível uma pequena cicatriz na sua bochecha esquerda, feita em uma luta. A Bluma ainda era um pequeno bebê, mas sempre de sorriso nos lábios quando via o seu irmão mais velho. Azashiro retribuía o bom dia com um sorriso. O jovem se sentava no chão junto com os seus familiares, com a mãe de Amargo descendo logo em seguida. 

– Ótimo! Ainda bem que já chegou aqui em baixo antes de mim. – Disparava com um ar aliviado. – Você não ficaria nem um pouco contente se eu tivesse que voltar lá em cima, mais uma vez, para te acordar. – Indagou a mulher. – Como pode ver Mãe, já estou aqui e quase pronto para partir para essa nova jornada, conhecer os meus futuros colegas e o meu Sensei. Mas antes disso tudo preciso comer alguma coisa ou vou acabar desmaiando de fome, HAHAHA – Ele ria descaradamente enquanto pegava uma pequena bolinha de arroz e começava a devorá-la. – Espero que a sua inclusão na academia como ninja te faça crescer como homem. – Interrompia Azashiro, esperançoso para o seu filho. – Se é que me entende… HAHAHA. – Dando uma gargalha final.

Parecia que aquela pequena frase tinha arrastado consigo um ambiente de riso e de boa disposição para aquela família. Amargo se fingiu de desentendido num primeiro momento, mas logo se deixou contaminar pela graça da piada junto com a mãe e o pai, inclusive sua irmãzinha. Ele sabia muito bem o que o seu pai queria dizer. –Já quer uma nora nessa fase da sua vida, velho? Vamos com calma. – Dizia empolgado. – Quando surgir a oportunidade, vai ser uma maravilha ver o meu menino acompanhado de uma linda garota. Mas isso não diminui o fato de que você precisa crescer e evoluir antes como um ninja. E quando encontrar uma mulher, vocês precisam crescer e evoluírem juntos. – Concluía o homem.


– Entendi, entendi. – Rebatia Amargo continuando a mastigar a bolinha de arroz. – Não vamos ter pressa, estudo em primeiro lugar. – Intrometia-se a mulher. – Bem, vou indo, amo vocês! – Dizia o jovem retirando um ultimo bolinho de arroz, de um recipiente feito de barro. – Comporte-se bem! – Pedia o pai em um tom orgulhoso. – Sim, não faça besteiras! – Ordenava a Mãe com um ar sério. – Prometo que irei me comportar! Hahaha – Dando uma gargalhada. De seguida fintava a sua irmã mais nova e se dirija até ela. – Xau, maninha. – Despedia-se ao dar um beijo na testa da recém-nascida.

O jovem Kumonin se despedia dos seus familiares e rapidamente pegava na sua bolsa de armas, pondo-a atrás das costas. No hall de entrada calçava as suas sandálias acastanhadas e saia porta a fora. O tempo continuava bem frio e úmido por ali. Uma espessa camada de neblina pairava no ar como se fosse a dona plena daquele local.

Amargo caminhava tranquilamente pela estrada a fora a caminho da academia de Kumo. Ele não sabia quem seriam seus colegas de sala ou o que esperar, mas em relação ao seu professor, sabia que era uma mulher e o seu nome era Mirela. Era visível como estava entusiasmado com o que viria em diante. Ele sentia que precisava algo novo para sua vida, um novo desafio talvez.

À medida que se aproximava, o seu coração palpitava cada vez mais. Amargo já notava pelo nevoeiro, que ali se apresentava umas sombras negras que se movimentavam, de um lado para o outro. O jovem acelerava o passo. Com a certeza na sua cabeça, era a academia.

 

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Depois de subir toda a escadaria do lugar e virar duas esquerdas após o primeiro corredor, Amargo chegou lá: havia uma porta de madeira, com uma placa pequena feita de latão com os dizeres "Sala 8". Com a mão tremendo, Amargo a abriu. Lá estava a professora, de prancheta à mão.

– Muito bem, você deve ser Amargo, por favor, sente-se. – Ordenou a responsável. Mirela possuía cabelos de cor negra, compridos, presos em um rabo de cavalo, que combinavam harmoniosamente com sua pele morena. Seu rosto era bonito, mas uma longa cicatriz sob o olho esquerdo relevava que ela havia estado em batalha, como aquela que lembrava Azashiro. E mesmo que quisesse a tal marca, símbolo da coragem da ninja não conseguiria influenciar em nada em sua beleza. Além de uma bela mulher, Mirela era extraordinária. Detinha uma forte personalidade e um carinho muito grande para com seus pupilos.

A professora então começou a explicar como seria o processo de formação de equipes: cada time seria formado por três alunos e estes seriam guiados até uma nova sala, onde o seu novo sensei já estaria aguardando. Amargo se sentou em uma das cadeiras vazias próxima à janela, que detinha a vista das varias cadeias de montanhas ao fundo. Assim que sentou, começou a fitar os demais alunos e pôde sentir o cheiro de morangos que descompassava o coração do garoto: era Aika Ryuka. Aika fazia parte da turma de ninjas e, assim como Amargo, aguardava ser chamada para algum grupo. Seus cabelos loiros encontravam-se soltos. Seus lindos olhos azuis fitavam a jounin a sua frente, ansiosos.


– Tente relaxar um pouco. – Aconselhou o aspirante a herói, atraindo a atenção da kunoichi. – Meu nome é Amargo, Amargo Caramelo. – Apresentou-se formalmente. – Oh, está tão visível assim o meu nervosismo? – Murmurou a garota, com bom humor. – Obrigada pela preocupação, eu me chamo Aika Ryuka. –Respondeu, fazendo com que Amargo ganhasse o seu dia simplesmente por aquele simples momento. No entanto, se a garota não tivesse voltado a observar Mirela, não deixaria de notar o tom avermelhado que a face de Amargo adquiriu após seu comentário. Ele ia voltar a falar, mas a professora foi mais rápida.

– Agora, Time 16: Aika Ryuka, Daisuke Murakami e Amargo Caramelo. – A professora fez uma pausa para verificar sua prancheta e voltou a falar. – Por favor, sigam até a segunda porta à direita no próximo corredor. Seu novo sensei, Jin Tsukai, aguarda vocês. 

Na mente do aluno, a voz da professora ecoava, enquanto um arrepio lhe percorria toda a espinha. Era chegada a hora. Uma das componentes do grupo era Aika, a qual havia acabado de se conhecerem. Já Daisuke... Daisuke era um típico valentão da turma, falava quase nada e sentava no fundão. Aparentemente não tinha nenhum amigo, talvez pela sua presença colocar medo para cima dos outros alunos. Em si, não era um sujeito mau. Só era de poucas palavras e se zangava fácil com aqueles que o incomodasse. Possuía cabelos curtos, espetados e escuros como a noite, mas seus olhos eram de um verde vivo. Era um pouco mais alto do que Amargo, por ser também um ano mais velho e sempre carregava consigo um estranho livro de capa de couro marrom. O trio saiu em silêncio de sua antiga sala e caminharam seguindo as instruções que lhe foram dadas.

– Como será que ele é? – Amargo quebrou o silêncio. – Quero dizer, o novo sensei, será que ele é muito forte? Será que é velho? Mal humorado talvez? – Continuava. – Ele deve ser incrível, sabe, a maioria dos jounins daqui são. O que você acha, Daisuke? – indagou Aika, na esperança de criar um papo amigável entre o time. – ... – Nada respondeu o colega. – Ah, então, era a segunda porta, não é? – Amargo perguntou, mudando de assunto, para não irritar o valentão. Na verdade, Daisuke não parecia irritado. Estava mais pensativo. Aika foi à frente e abriu a porta, como ordenado. Deparou então com uma sala escura. Ao acender a luz viu que se tratava de uma sala como outra qualquer, a única diferença era uma janela cá ou lá. Sobre uma grande mesa perto da lousa havia um bilhete. Tiveram então os três que chegar mais perto para ler:

"Meus queridos alunos, esta sala apertada estava me passando sensações claustrofóbicas, então resolvi vir para o telhado, aqui é mais fresco e não faz com que eu tenha renite pelo cheiro dos gizes. Juntem-se a mim e passemos um bom dia juntos. Jin Tsukai."

– O telhado não fica a uns sete lances de escadas daqui? – perguntou Aika. – Oito. – Amargo respondeu, animado. A vista do telhado era realmente espetacular. Tinha-se a sensação de que podia se tocar as nuvens apenas com um levantar de braço. Cá havia algumas caixas d' água, e, perto da beirada, o que parecia ser um grande sofá, onde uma silhueta sentada aguardava os genins. – Peço perdão pelas escadas, meus queridos. – O jounin se levantou para recebê-los. – Meu nome é Jin Tsukai, como já devem saber. A partir daqui sou o novo sensei do Time 16, ou seja, vocês.


Amargo estendeu a mão em sinal de respeito para cumprimentar o mais velho, porém teve a mão puxada para um abraço estranho, no mínimo. Jin repetiu o gesto com Aika, que sorriu e Daisuke, que ficou vermelho. Provavelmente de raiva. Ou vergonha. – Por favor, sentem-se! – Pediu o professor. Enquanto sentavam, Jin continuou. – Então, eu quero que me contem de vocês. Quem são, qual o propósito de terem se tornado ninjas, o que mais gostam de fazer, qual é o seu objeto mais valioso... Vamos nos conhecer! Quem começa? Ah, você, o mais fofinho. – Ele falou apontando para Amargo, que ficou de todas as cores possíveis. – Ah... Meu nome é... Amargo Caramelo... – O garoto estava embaraçado. – Eu gosto de fazer isso que estamos fazendo agora, conhecer pessoas, comer e evoluir... Hum... Tenho dez anos. Tornei-me um ninja para ser como meus pais, que morreram há alguns anos em uma missão, mas foram dois verdadeiros heróis... Moro com meus pais adotivos em Kumo, e minha irmãzinha recém-nascida... Eu pretendo me tornar um grande ninja algum dia. E não tenho apego a nenhum objeto especifico. – Terminou, fitando a imensidão do céu azul.

– Comer é incrível... – Murmurou Jin, com um olhar vago. – Agora é chegada a hora dos outros dois se apresentarem.

– Bem, eu sou Aika Ryuka. Tenho dez anos também. Minha mãe é uma Kumonin desde sempre, mas foi em uma viagem ao país vizinho que conheceu meu pai, e eu sou fruto do relacionamento deles. Meus pais se estabeleceram aqui em Kumo depois do meu nascimento e abriram uma pequena loja de Ramen que funciona muito bem por sinal e a comida é uma delicia. Eu decidi ser uma kunoichi pois na minha família só os garotos ingressam na academia e eu quero provar que as meninas são tão fortes quanto... – Falava com o punho cerrado, como se estivesse se lembrando de algo. – Minha herança mais rica é a bandana que está na minha família a algumas gerações, penso nela como meu item preferido.

– Sou Daisuke Murakami. – Começou. – Tenho onze. Gosto de escrever. Meu objeto mais valioso é este di... Ahn... livro. Tornei-me ninja para descobrir meu propósito e não levo jeito com as pessoas... Eu sou meio... Hum... Tímido. 


Aquilo realmente surpreendeu a todos. Era engraçada a ideia de um armário como Daisuke ser, na verdade, um garoto tímido. O silêncio que se formou após isso foi quebrado pelo jounin. – Vocês são uma equipe equilibrada. Aprenderemos muito juntos. Como já disse, meu nome é Jin, tenho dezenove anos, não tenho esposa ou filhos. Gosto de olhar as montanhas e não tenho um objeto mais valioso. Acho que é só. Vocês têm alguma pergunta?

– Ahn, você... é gay? – Daisuke perguntou. Aika tapou o riso com as mãos, Amargo corou. Jin apenas riu. – Não, esse é só meu jeito mesmo. – Fez uma pausa. – Bom, quem está com fome? Aqui na vila tem uma loja de Ramen ótima, dos pais de uma aluna minha. Alguém topa? É por minha conta!

Todos riram. Até Daisuke sorriu um pouco. – Então vamos nos divertir hoje porque amanhã começamos os trabalhos! Marcamos o horário do primeiro treino mais tarde. Agora vamos, não quero encontrar o lugar muito cheio.

E os três deixaram o telhado. 


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@

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[Fillers] Amargo Caramelo 1225122
And when they saw him falling from the heavens,
they called him... A Divine Disaster.
Mestre Elemental
Torne-se um mestre elemental.
Herói da Vila
Proteja sua vila de um ataque e/ou conclua três mini-tramas arquitetadas por seu Kage.
Domínio Elemental
Compre/treine um jutsu classificado como "elemental" de rank B ou superior.
Esse É o Meu Jeito Ninja!
Adquira sua primeira Habilidade Única.
Formando
Tenha sua ficha de personagem aprovada.
Melhorias ao Meu Arsenal
Receba um transplante ou realize-o em seu próprio personagem.
Um Poder só Meu
Adquira sua primeira Habilidade Secundária.
Um Pequeno Arsenal
Compre/treine três jutsus.
Primeiros Passos de um Ninja
Conclua sua primeira missão.
Falando em Ninjutsu...
Tenha 10 jutsus & complete cinco missões de profissão.
Falando em Nintaijutsu...
Tenha um jutsu classificado como "nintaijutsu" de rank B ou superior.
Superando Minhas Fraquezas
Supere um defeito inato.
Perito
Adquira uma qualidade de perícia (elemental, armamentista, etc.).
Sobrevivente do punho dourado
Proteja Kumo do Edo Tensei Naruto Uzumaki.
Meu Primeiro Ajudante
Obtenha sua primeira invocação.
Meu Primeiro Evento Paralelo
Conclua seu primeiro evento paralelo.
Melhorias em Meu Corpo
Receba uma modificação corporal ou realize-a em seu próprio personagem.
Eu Sou Kage!
Torne-se Meishu Kage.
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– Eu disse que kunais são perigosas! – Comentava a mãe de Caramelo, com o rosto apoiado em suas bochechas. O time 16 estava em peso, todos sentados à mesa da cozinha da residência de Amargo, que ficou responsável por começar as apresentações. – Bom, esses são Ryuka e Daisuke, meus companheiros de equipe, e este é Jin, meu sensei. – O genin esperou que todos se cumprimentassem e prosseguiu, voltado para seus colegas. – E elas são as de quem eu tanto falo: minha mãe, Pakura e minha irmã caçula, Bluma.


– Ah, então você é a Ryuka! Meu filho fala tanto... – Já estava falando coisas demais a mulher, sem querer. – Mãe! – Policiou o jovem, vermelho. Ele olhou para a kunoichi de cabelos loiros, com receio de sua reação, mas ela estava sorrindo, o que o deixou mais aliviado. – Bom, seu filho é muito gentil. E tenho certeza de que será um grande ninja. – Comentou o responsável pelo time, sentado ao lado de Bluma, que o olhava curiosa. – Meu Amargo é a coisa mais valiosa que tenho. – Disse a matriarca. A voz dela saiu serena, firme. Aquilo fez Amargo sorrir. Terminando de olhar os ferimentos, falou. – São simples, logo logo estarão todos curados. – Sorriu. A mulher prendeu seus longos cabelos em um rabo de cavalo, foi até um dos armários da cozinha e pegou uma pequena caixa branca. Arregaçou as mangas, se preparou e começou. Suas mãos adquiriram uma luz esverdeada. A primeira foi Ryuka. Era possível ver o alívio no rosto da genin. Após terminar, enfaixou e foi cuidar de Daisuke. Curou suas mãos bem rápido. Nem foram necessárias ataduras. – E você, meu querido? – Perguntou voltada para Amargo. – Eu não me feri, mãe. Estou bem. – Respondeu. O Time 16 permaneceu na casa de Amargo para almoçar. Depois o trio subiu para o quarto, junto com a pequena Bluma.

Pakura e Jin ficaram conversando no andar de baixo. – Então, qual é a história que move esse menino? – Perguntou, interessado, o sensei, ajudando com a louça. – Foi a muito tempo atrás. Devido às fortes chuvas que vinha fazendo, ele e seus pais foram apanhados em um deslizamento de terra. Sua mãe foi morta quando ela tentou salvar Amargo, e o seu pai se sacrificou, dando sua vida para salvar a dele. – Foi interrompida pelo sensei. – Espera?! Eu lembro desse caso, aquele incidente foi nos limites de Kumogakure, e a região é outra completamente diferente hoje em dia por esse acontecimento... Eu estava começando a minha caminhada como jounin de Kumogakure naquele tempo, e eu fui um dos responsáveis pela recuperação dos corpos. – Respondeu o jounin. – Nossa, como esse mundo é pequeno, e hoje você veio a ser o sensei do sobrevivente no acidente. – Indagou a matriarca da família Caramelo. Os olhos de Pakura estavam brilhando, emocionados, enquanto ela ouvia o breve relato do jounin. Suas mãos apertavam a louça contra o peito. – Por favor, cuide do meu Amargo... 


Quando a noite caiu, o grupo se dirigiu até a loja de rāmen da família Ryuka. Entraram no estabelecimento: Por todo o teto havia algumas lamparinas azuis com desenhos de tigres, e pelas paredes, algumas serpentinas de mesma cor. O balcão, as mesas e as cadeiras eram feitas de madeira polida, sendo estas ultimas forradas com um estofado que as deixavam confortáveis. O lugar cheirava agradavelmente bem, e provocava tanto os sentidos de Amargo quanto ao paladar que ele já não podia nem se concentrar mais. Sentaram-se todos em uma das mesinhas e esperaram até que um senhor ainda novo os atendessem. – Olá, fico feliz que retornaram! – Saudou o senhor. – Podem pedir o que quiserem, é por conta da casa. – Disse o pai de Ryuka. – Não senhor, você já nos livrou da conta da última vez. Por favor, deixe-me pagar ou não serei um homem honrado. – Falou o sensei, com fortes indícios de drama. – Se assim prefere. O que vão querer? – Amargo olhou aquele cardápio com os mais variados tipos de rāmen que já tinha visto, com diferentes acompanhamentos, carnes e tudo mais que fazia seu estômago roncar. – Quero um Misso Rāmen! – Concluiu o garoto. – Eu vou querer o de sempre, papai. – Disse Ryuka. – Ahn... – Soltou Jin, coçando o queixo. – Acho que vou querer um Tonkotsu Rāmen. E você, Daisuke? Vai querer um também? – Daisuke acenou positivamente com a cabeça. – Muito bem! 1 minuto! ¬ Disse o pai de Ryuka. Antes de girar os calcanhares e sair em direção à cozinha, ele viu que Jin o chamava com o indicador, então se inclinou e encostou seu ouvido próximo a boca do jounin, que murmurou algumas coisas.

Voltou em pouco tempo, surpreendentemente trazendo todos os pedidos. – Misso para o pequeno, Shio para minha filhota, Tonkotsu para os dois cavalheiros e o outro pedido. – Falou, colocando as tigelas em frente aos seus respectivos devoradores e colocando também algumas garrafinhas perto do sensei. Sakê. Eles conversaram bastante enquanto comiam. Pouco depois o trio já estava satisfeito e seu sensei, completamente bêbado. – Porr favvorr, minhass coisas lindas, essperemm aqui que eu vvou paggar a conta, tá leggal? – Levantou-se cambaleando até o balcão, onde parou ao lado de um homem alto e sisudo que estava ali por perto sentado. – Eeu qqueria a connta... Oi, gracinhaa, é a prrimeira vvezz que eu te vejjo aqui...

– O sensei cantou um homem? – Perguntou a Kunoichi, com os olhos arregalados, aos outros que estavam ali na mesa. Amargo e Daisuke estavam tão chocados quanto ela. Precisaram agir rápido quando o homem começou a se irritar e levantou do banco. – Ahn, mil desculpas, é que o nosso sensei bebeu um pouco, ele nem age assim normalmente... – Amargo tomou a frente. – Olha, na verdade, age sim. – Rebateu Daisuke. – Não tá ajudando, Daisuke! – Sussurrou Ryuka, pegando o sensei pelo braço e o conduzindo para fora do local como se fosse uma criança.

– E enttão, meus bebêss, quanddo a gennte começa a brinnccar? – Jin não falava mais coisa com coisa. – Precisamos levá-lo para casa... – Disse Amargo. – Alguém pelo menos sabe onde é a casa dele? – Lembrou-se que não tinha conhecimento da localização da casa do sensei. – Não. – responderam os outros dois. – Andaa comigo ver os avviõess, levantarr voo... – É melhor eu levá-lo para minha casa. Lá meus pais vão saber o que fazer. – Ótimo. Consegue arrastar o sensei sozinho? – indagou Ryuka. – Sim. Fiquem tranquilos. – Amargo começou a puxar seu sensei pela manga da jaqueta. Chegando a casa, seu pai amparou o jounin. – O que houve? – Perguntou, enquanto colocava Jin sentado no sofá. – Ele bebeu um pouco além da conta... 

– Tudo bem, ele vai passar a noit... – O pai de Amargo parou de falar quando Jin o beijou. Ele o empurrou, fazendo-o cair no chão. Estava muito irritado. – Amargo, o que você foi inventar de trazer ele aqui? Ele está muito bêbado. Vou fazer uma cama para ele no seu quarto, longe da sua mãe, ou tem perigo de ele a agarrar e você o leva, como forma de te castigar...  – Falou sério. – Sim, pai. – Amargo se aproximou do seu sensei caído. Ele havia pegado no sono ali mesmo, do jeito que caiu. O genin arrastou seu professor escada acima, praticamente o jogou na cama que seu pai tinha feito e o deixou lá, perdido em seus devaneios alcoólicos.

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– Por que insiste em fazer com que lutemos contra o senhor, Jin-sensei? – Despeja Ryuka, pondo-se de pé, ainda que com as pernas bambas. – Essa é uma batalha perdida. – Dizia, frustrada. – Concordo com ela, professor. Somos apenas genins recém-formados. Somos fracos comparados ao senhor. – Confessou Amargo, encarando o chão, guardando sua kunai, enquanto Daisuke se oferecia para ajudá-lo a levantar.

– Eu simplesmente acho que vocês se menosprezam demais. Vocês são alunos formidáveis! E uma equipe completamente compatível, em minha opinião. – Disse Jin, passando positividade para seus alunos. Na verdade, Amargo não sabia muito bem o que pensar. Se aquilo que o sensei dizia era verdade ou só apoio moral. Continuava de cabeça baixa. – Venham cá, pequenos. – Chamou o sensei, vendo seus alunos um pouco para baixo. Caminhou com eles até uma área sombreada por uma grande árvore que parecia dançar sobre a ação do vento. Pétalas de suas flores bailavam numa bela sincronia pelo ar, deixando um perfume gostoso e calmante no ambiente. – Deixem-me dizer uma coisa. Como vocês mesmos costumam falar, vocês são genins recém-formados. As habilidades referentes a cada um de vocês ainda está em um estágio muito bruto. Por favor, prometam-me que vão dar tempo ao tempo. Estamos treinando frequentemente, e já houve progresso. Ou vocês não se lembram do primeiro treino do Time 16 onde a única tática era se disfarçar para tentar me pegar de surpresa? Agora temos a Ryuka, causando inveja até nos dragões dá mitologia com sua destreza com o fogo. E poucas coisas continuam as mesmas depois de serem atingidas por um soco do Daisuke aqui. E temos você, Amargo. – O sensei fez uma pausa com essa fala. – Que faz com que muitos, inclusive a mim, respirem mais leve todos os dias pelo simples fato de existir.

Aquela última frase mexeu demais com Amargo. Um arrepio subiu por sua espinha até chegar aos pelos de sua nuca. Seu rosto ardeu um pouco. Tinha sido pego de surpresa. Ou melhor, todos ali tinham. Amargo então sorriu timidamente, enquanto Daisuke colocava o braço em seus ombros, confirmando aquilo que o sensei acabara de dizer. – Acho que já treinamos o bastante por hoje. Estão dispensados, pequenos. Vejo vocês amanhã. Fiquem bem. – Dispensou seus alunos. – Hai! Igualmente. – Confirmaram os três, ao mesmo tempo em uma completa sinergia.

O genin sem o braço caminhava pela vasta área gramada, retornando para o centro da vila. Estava fazendo planos para o resto do dia. Tinha que comprar novas armas, já que as últimas haviam sido usadas em treino ou missões. Pensou também em levar sua pequena irmã para dar um passeio. Fazia tempo que não ficava com Bluma. Levá-la para visitar Ryuka ou a biblioteca de Kumo seria um bom programa.

Quando, cortando totalmente a tranqüilidade sonora proporcionada pelas lufadas de vento do campo, uma shuriken rasgou o céu, raspando em sua mandíbula, na parte direita. O garoto rapidamente sacou sua Kunai e se preparou para novos ataques, mas tudo parecia ter voltado ao normal. Concentrou-se mais um pouco e pode escutar uns barulhos, semelhante aos de armas de corte se chocando, vindo dentre as árvores. Resolveu se aproximar para ver o que acontecia. Esgueirando-se, passou imperceptível e subiu em uma árvore no mais pleno silêncio. Lá de cima observou. Havia uma garota. 

Ou melhor, duas. Clones idênticos.

As garotas atacavam-se numa intensa luta de kunais. Chegavam até a soltar faíscas. Seus movimentos eram precisos e ritmados, e sua perícia com a lâmina, como a de Amargo, surpreendente. Não parecia ser uma novata no mundo ninja. O ar tinha cheiro de experiência. Amargo, distraído com o desempenho das kunoichis pisou em falso em um galho e escorregou, mas conseguiu se segurar bem na ponta de outro. Voltou o olhar para as garotas para ver se tinha sido notado, mas lá agora só havia uma, que o encarava. Foi quando a outra apareceu por trás do genin e acertou um soco carregado de chakra, arremessando o membro da família Caramelo para longe. Ele chocou-se contra o chão com força e rolou até perto da outra. Estava estirado no chão, tonto. A que estava perto dele sumiu num piscar de olhos, e a outra, utilizando um Shunshin, pulou em cima dele. Com suas pernas bem torneadas a garota bloqueava as de Amargo. Usando de seu único braço esquerdo e o cotovelo direito, segurava o Kumonin pelo seu único braço, era até covardia. Com a mão direita, empunhava uma kunai torta que já beijava com sua doce lâmina o pescoço do invasor chamado Amargo.

Amargo a fitou por um tempo. Ficou observando seus olhos, grandes e negros, encarando-o da mesma forma. Não eram de forma alguma parecidos com qualquer outro olhar que já tinha visto. As orbes o liam, parecendo deixá-lo indefeso a qualquer tentativa de esconder seus pensamentos e segredos em partes desconhecidas da mente. A força com qual penetravam era firme, precisa, exata. Não havia qualquer traço de dissimulação ou obliquidade neles. Era como uma lince, prestes a atacar.

Em contradição, poucas coisas eram tão sexys. Os ninjas estavam tão próximos que ambos os ares resultantes da respiração se misturavam. Amargo estava um pouco estático com a presença daquela garota. Ela era diferente de tudo que já havia conhecido. – Quem é você e por que estava me espionando, stalker? –Indagou, com frieza. Amargo pode sentir o hálito suave e quente dela. – Se fizer a gentileza de me soltar, eu responderei. – Respondeu, curto e grosso. – Não tentarei fugir. Tenho certeza que seria inútil.

Ela então se levantou, e ofereceu sua mão para ajudá-lo a se erguer também. Agora ambos de pé, Amargo pôde ter uma visão melhor dela. Era um pouco maior que ele, cerca de dez centímetros. Seus cabelos eram longos e pretos, mas estavam amarrados em um rabo de cavalo que descia suavemente pelo ombro esquerdo. Vestia uma blusa sem manga também preta. Havia uma jaqueta amarrada à sua cintura, que cobria o pequeno short que vestia. Ela brincava com sua kunai, deslizando-a pelos dedos, enquanto esperava uma resposta. – Sou Amargo Caramelo. Estava de passagem quando uma de suas shurikens quase me acertou. Vim ver de onde tinha vindo. – Respondeu o Kumonin. – Então talvez da próxima vez eu tenha sorte e te acerte. – Respondeu a garota. – Alguém tem que te ensinar bons modos, que não se deve interromper o treino dos outros.

– Peço perdão. Não acontecerá novamente. – Respondeu Amargo, na defensiva, caminhando novamente rumo à vila. Não queria problemas com aquela garota.

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