Logo o dia entardecia novamente, desde o início da sua nova rotina de treinos puxados, o tempo disponível que a garota possuía e dedicava para beber como se não houvesse amanhã ficava cada vez mais curto. Era estranho como a menininha que constantemente estava entediada e passava o dia inteiro procurando qualquer ocupação ou divertimento passara a trabalhar de maneira tão centrada, com um objetivo almejado. Suas ações, por mais que fossem influenciadas por outros meios, demonstrava claramente o quão havia amadurecido em tão pouco tempo.

Mas, assim como a bebida, em tudo na vida existe um lado negativo, não seria diferente com treinamentos. O cansaço e a indisposição aumentavam cada vez mais seus efeitos no corpo da jovem garota. Se antes ela vivia arrastando-se por conta da embriaguez, nos dias de hoje o motivo era a simples fadiga. Yumi caminhava arrastando seus pés, causando grandes ruídos por conta do atrito causado na sola dos sapatos. Seus braços estavam largados como se fosse uma morta-viva. Suas garrafas já estavam vazia, por sorte o seu anseio pela bebida havia sido saciado minutos antes. O sol escaldante do horário, mesmo uma estação antes do verão, piorava ainda mais a situação de qualquer vagante exausto. Caminharia apenas mais poucos minutos, sua casa era relativamente bem próxima do local onde costumava treinar.

Adentrando ao restaurante, todos os olhares se voltavam para a Pedoroso, como de costume. —— Onde você estava garota? —— Seu pai questionava, vendo o estado em que a garota se encontrava; suada e extremamente suja. —— Não me enche, foca no teu barzinho.Balbuciava de maneira rude, ainda estava muito ofegante e cansada para conversar civilizadamente. Seu pai não sabia aonde esconder a cara, o modo com que havia sido respondido na frente de todos os clientes deixou-o com o rosto extremamente avermelhado. —— Não fale assim co-... O pobre tentava se consertar diante da clientela, mas era interrompido antes mesmo de concluir sua frase. —— Já entendi. —— Yumi o cortava, ignorando a tudo e a todos. 

Dirigia-se extremamente irritada até o andar superior, onde ficava sua moradia. Seu primeiro ato em casa seria tomar um belo e longo banho, era justamente o que faltava-lhe para purificar o seu corpo por total. Somente trajando uma toalha e extremamente cansada, Yumi não resistiu quando passou ao lado de sua cama para pegar roupas novas em seu guarda-roupas; deitou-se levemente sobre o local de repouso e quase que instantaneamente, somente com algumas piscadas, caiu no sono profundo.

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Por estar cansada, Yumi se descuidou ao ponto de não trancar a porta do quarto onde repousava, pelo contrário, ela estava totalmente escancarada. Um descuido extremamente perigoso; a garota e sua família moravam logo em cima do maior bar e restaurante de todo o vilarejo, constantemente diversas pessoas de diferentes locais visitavam o estabelecimento. Grande parte do dia, no mínimo uma pessoa presente sempre se encontrava alterada tamanho teor alcóolico que ingeriam. Para piorar ainda mais a situação, a alcoólatra estava parcialmente nua, coberta apenas por sua toalha de banho. Na posição inerte em que estava, qualquer pessoa que atravessasse a porta poderia facilmente ver suas genitálias expostas.

Mas neste sentido, nada acontecia. Nenhum bêbado invadira seu quarto, muito menos algum familiar seu. A jovem alcoólatra despertava após um longo período de sono. Estava assustada, não conseguia lembrar-se de nada anteriormente, nem mesmo como havia chego em sua casa e terminado por dormir apenas de toalha. —— Ah.... Preciso beber! —— proferia enquanto se espreguiçava. Prosseguia para o guarda-roupas, alvo este que em tese teria de ser o primeiro abordado. Escolheria por suas roupas usuais e logo em seguida desceria as grandes escadarias da casa.

No bar, Yumi tomaria posse de algumas garrafas de bebidas destiladas cujo guardava em segredo de tudo e de todos. Manteria todas guardadas para esta sua próxima aventura, enquanto que, com uma em mãos, já passava a bebê-la. —— Está saindo novamente? Não vai mais ajudar por aqui? —— Sua mãe que estava próxima ao balcão questionava. —— E vocês realmente precisam de ajuda? Olhe o tanto de funcionários que temos, eu não sirvo mais para esse tipo de coisa, quem sabe no futuro eu até mesmo suma daqui. —— A garota respondia, efetuando leves goles em sua bebida. —— Por que você ta agindo assim, Yumi? —— A mãe questionava, um pouco preocupada. —— Não concordo com as escolhas de vocês, odeio tudo isso, parem de tentar interferir no meu futuro, eu já fiz tanto por essa porcaria... e mesmo assim vocês querem mais e mais, eu não vou mais trabalhar aqui, mas continuarei pagando minha estadia, se é essa a única importância que sentem. —— Responderia, mas desta vez não daria tempo algum para que a discussão continuasse, sairia do estabelecimento em disparada para um local onde pudesse ficar distante o suficiente e refrescar sua memória. Nos primeiros passos efetuados, as lágrimas jorravam dos seus olhos, era duro falar desta maneira com sua própria família, mas isso não só era necessário como também acabou sendo automático.

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02/08 | 413 Palavras

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Yumi enxugava suas lágrimas determinada a livrar-se de toda essa raiva interior que agia por ela mesma. Seria duro demais consigo mesma tentar continuar convivendo com sua família, a mulher beirava aos vinte e um anos, estava mais do que hora de passar a viver por si só, a opinião dos seus pais já não devia importar mais. A forma como tentavam impor uma mudança nas escolhas feitas pela alcoólatra era um incomodo inexplicável; continuar vivendo e trabalhando no local em que mais havia sofrido era algo que não queria para o seu futuro. 

Caminhava durante um curto período até o ponto principal, o mesmo em que havia conhecido a Irelia e também sido golpeada por um homem estranho. Desde todo este período, Yumi havia evoluído muito, principalmente de maneira mental. A garota agora refletia muito sobre seus afazeres e as estratégias, havia aprendido que para um bom ninja não basta apenas força bruta e velocidade absurda, coisas que também estavam no caminho, sendo estes evoluídos em todos os momentos.

Repousaria inerte, parada diante de toda a beleza exposta na natureza escassa de Iwagakure, não era um vilarejo onde poderia apreciar sua vista, mas talvez embriagada poderia imaginar algo mais agradável aos olhos. Faria isso; com profundos goles na garrafa presente em sua mão, Yumi exterminava todo o seu conteúdo em questão de segundos, mas os seus sentidos sequer eram alterados. Na altura do campeonato, apenas uma garrafa já não era o suficiente para modificar as informações transmitidas por seu cérebro, seriam necessárias muitas outras, além de um tempinho para que faça efeito.

Passos colidindo com o solo arenoso do vilarejo aumentavam cada vez mais o som reproduzido, de fato alguém caminhava em sua direção, mas não parecia preocupar a jovem de maneira alguma, era comum o transitar de pessoas naquela região. —— Você continua a mesma alcoólatra doente, Yumi. —— Uma voz que surgia em sua retaguarda anunciava. A Pedoroso virava-se no mesmo instante para identificar quem fosse, não reconhecia o dono de tal voz rouca apenas ouvindo-a. via um rosto velho e familiar, mas não poderia dizer logo de cara quem era, centenas de rostos eram vistos diariamente pela garota, para que decorasse a fisionomia de algum deles, seria necessário que a pessoa efetuasse um feito que chamasse sua atenção profundamente, o que aparentemente não era o caso do rapaz de estatura alta. —— Recomendo falar direito com quem você não tem intimidade, não faço a mínima ideia de quem seja você. —— Respondia-o, visando uma intimidação direta.


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03/08 | 416 Palavras

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O rapaz sorria totalmente sem graça, mas mantinha seu bom humor. —— Como não se lembra do seu maior admirador? Eu já gastei tanto no seu bar só pra ouvir você me chamando de bebê. —— Tentava consertar sua abordagem, mas, talvez por azar, o rapaz havia encontrado a garota em um péssimo momento cujo objetivo era única e exclusivamente ficar sozinha para refletir sobre o seu futuro. —— São tantos os que faziam isso... Acha mesmo que eu me lembro de algum deles? É só isso que você queria? Estou meio ocupada. Respondia-o, mal aguardaria uma resposta e viraria-se para o sentido contrário ao que o homem estava, dando leves goles em sua bebida. 

Aquilo era extremamente irritante para o apaixonado, a dor de ver o maior amor de sua vida agindo com tanta frieza era revoltante. Yumi não sabia, mas ali em suas costas estava um grande usuário de taijutsu. Um homem perdidamente apaixonado, em ocasiões onde vê seu coração sendo partido ao meio, passa a parar de ser alguém racional e o irracional prevalece. Diante de um coração partido, nenhum outro pode falar sem ter tido o grande privilégio de igualmente ter sofrido.

Algo agarrava a jovem alcoólatra; o rapaz segurava Yumi pelo pulso esquerdo, com bastante força. Aquele seria o limite do limite, ser curta e grossa parecia não ter feito efeito algum. Não aguardaria para entender o motivo da ofensiva feita, apenas responderia com um soco direto no rosto do conhecido. —— Você tem merda na cabeça? Só me deixe em paz, idiota. —— Dizia com certo desprezo em sua voz, era horrível manter o tratamento sedutor em que fazia no restaurante da sua família, pensar em levá-lo para fora apenas deixava a garota mais enfurecida.

Com o impacto e a força desferida pelo soco, o afeiçoado ia de encontro imediato com o solo. A dor era horripilante, jamais havia imaginado que a sua amada teria tanta força ao ponto de quebrar o seu nariz com um único soco. —— Você é... forte. —— Dizia enquanto se levantava. Mas eu jamais vou permitir que uma mulher me bata, nem mesmo a minha mãe ousou algum dia fazer o que você acabou de fazer comigo. —— Continuava. Em uma posição incomum com ambas as mãos, veias saltavam levemente na testa do homem, sua intenção de atacar estava clara, demonstrando sua infantilidade no assunto, algo que limitaria ainda mais as chances já inexistentes que o homem possuía com a Yumi. Portão da Abertura!

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04/08 | 402 Palavras

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Neste momento a garota sentia um leve frio na barriga, não sabia explicar o por que, talvez por conta de uma brisa repentina — afinal estava com o abdome descoberto, ou simplesmente um mal pressentimento quanto ao que estava por vir. —— Você sabe que eu me tornei uma Kunoichi, não é? Pretende mesmo me atacar só por conta da sua paixão sem sentido? Você não me conhece, ama apenas a minha aparência. —— A garota dizia, virando-se novamente para o rapaz. —— Correto Yumi, é por isso que irei desfigurar o seu rosto, quem sabe eu esqueça esse amor. Você é uma idiota, não conhece o Hachimon pelo visto, não importa o quão forte você seja, os portões abertos são superiores a qualquer ninja. —— O homem dizia, cheio de si.

Com uma movimentação, no quesito velocidade, equivalente ao da Pedoroso, o rapaz avançava visando desferir o mesmo soco que havia tomado, a garota desviava sua cabeça com um simples movimento para o lado. Os golpes continuavam, um seguido do outro, sempre em regiões diferentes, mas todas na área do rosto, seu objetivo realmente era danificar a beleza da garota. Mas nenhum era realmente efetivo, todos eram desviados, os que acabam não sendo possíveis de desviar eram absorvidos com a palma da mão semi-aberta, de modo que o soco do parcialmente desconhecido não fizesse efeito algum. —— Sua pele é tão macia, tudo seria tão melhor se você não fosse tão arrogante. —— O rapaz dizia, desferindo uma joelhada certeira nas costelas da Yumi. Não houve tempo para reação, o chute era extremamente forte, inclusive a empurrava por alguns centímetros, não sendo metros por conta de sua boa base apoiada no chão. Era surpreendente a força exercida pelo chute, duvidoso seria um humano com porte tão simplório ser dono de tanta força. —— O que é... esse Hachimon? —— Yumi questionava-o, ofegante e com a mão pressionando a área afetada pelo chute.

O rapaz sorria, finalmente havia chamado a atenção da mulher para que não fosse uma grosseria direta. Doeu né? São os oitos portões de chakra, ele permite que o corpo humano ultrapasse o seu próprio limite, é algo bem surreal e eu estou apenas com o primeiro portão, o necessário para que cem por cento da força presente nos músculos seja liberada. —— Ele explicava. —— E como você aprendeu isso? —— A jovem, ainda ofegante, continuava perguntando. —— Treinamentos oras, achou que seria como? bebendo o dia inteiro igual você —— Respondia de maneira rude, achando que a situação estava começando a virar.


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05/08 | 413 Palavras

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A habilidade demonstrada pelo rapaz cujo nome não era lembrado por sua amada despertou um grande interesse nela. Fora citado oito "portões" se apenas um deles era o suficiente para permitir que o corpo do usuário faça uso de toda a sua força, imagine os outros sete? —— Você não se importa de ferir a sua amada? É assim que você me ama? Yumi dizia de uma maneira sensual, elevando, inclusive, seu dedo indicador até os lábios, onde massageava-o levemente. A garota odiava ter que agir assim, mas a habilidade relatada parecia ser extremamente útil, um sacrifício para obtê-lo não faria muito mal, talvez.

O homem sorria, estava certo de si que finalmente havia conquistado a sua amada, provavelmente não por conta de sua personalidade, mas sim por sua força e habilidade demonstrada. Para ele pouco importava, seu único desejo era ter a Yumi em suas mãos. —— Eu precisava fazer isso para que você finalmente acordasse, vejo que funcionou. —— Dizia com um leve riso irônico. A resposta era irritante, a Pedoroso estava a um passo de espancar o rapaz, mas os anos de autocontrole treinado para não avançar em direção aos bêbados-tarados que lidou durante grande parte da sua vida calhou de ajudar muito nesta situação, teria de manter a calma com aquele idiota se realmente quisesse conhecer mais sobre a habilidade inigualável que, segundo ele, era possível de se adquirir apenas com treino árduo. —— Você tem razão, mas agora eu estou magoada e cheia de dor. —— Respondia com um tom leve e sedutor, visando utilizar este momento como um gatilho para o seu real objetivo momentâneo.

O modo com que Yumi respondera acabou por seduzir o rapaz totalmente, arrependia-se dos seus atos e, mesmo não demonstrando, sentia uma enorme vontade de viver com ela para sempre. —— Eu posso resolver isso agora —— Respondia, avançando em direção à mesma, sem demonstrar indícios de violência ou que almejava continuar a batalha. Não, dessa maneira você só vai piorar a situação, por que não me ensina o Hachimon? Talvez eu consiga aliviar a dor com ele. —— Continuava, finalmente efetuando a abordagem que tanto queria. Um receio tomou conta do homem por completo, de inicio já estava se preparando para anunciar um "não" completo, mas o seu coração o fez repensar. O pedido até que fazia bastante sentido, certamente livraria a garota da dor e seria uma ótima maneira de se desculpar com a sua amada.

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06/08 | 401 Palavras

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Depois de um silêncio mortal, o homem parecia finalmente ter a resposta. —— Certo... É uma boia ideia. —— Dizia com poucas palavras. Yumi sorria de canto, estava extremamente feliz com o imbecil caindo no seu truque barato, mas ainda teria de ficar esperta, ele não parecia ser tão asno quanto aos outros bêbados que viviam dando em cima da garota. —— Incrível! Como eu podemos começar? —— Yumi dizia, demonstrando uma falsa simpatia.

O treinamento árduo então finalmente começava; —— Antes de tudo, como você já sabe, as habilidades são separadas em oito tenketsus específicos do sistema de circulação de chakra de uma pessoa. O primeiro, que no caso foi o que eu utilizei agora, e o segundo ficam localizados no cérebro. Estes são os únicos que eu consegui dominar, todos os outros seis são voltados para ninjas extremamente excepcionais. Para liberar o primeiro portão é necessário uma concentração exata no centro do ponto esquerdo que irriga o chakra por todo o cérebro e em conjunto com o responsável pelo segundo melhora o fluxo por todo o corpo. O rapaz explicava como um verdadeiro profissional, era um excelente professor, uma pena ser um babaca completo. Yumi avançava conforme a explicação, antes mesmo dela ter sido terminada, a garota já se concentrava no ponto descrito.

Nenhum efeito parecia surgir com a tentativa feita. —— Você já está tentando? Espere, ainda faltam algumas informações. —— O rapaz continuava, notando a concentração interna esbanjada pela garota. Além de tudo, é necessário um desejo interno, não basta a concentração, você deve ter motivos para isso, você precisa digamos que honrar o uso disso. Um sentimento, um trauma, uma vontade ou até mesmo uma necessidade.Explicava, mais uma vez, majestosamente, sem muitos detalhes, deixando claro apenas o essencial. 

Yumi não teria nada disto nesse momento, a não ser a vontade enorme de acabar com o homem em sua frente, tratava-se de uma mistura de raiva com desprezo e nojo, certamente era muito mais que o necessário. Em conjunto com o foco cerebral, a garota concentrava-se apenas nos três fatores citados. Um sentimento estranho fluía por todo o seu corpo, além de que, assim como o homem quando iniciou o primeiro portão, uma veia saltava em sua testa. —— Caralho, você já conseguiu? Eu demorei muito tempo pra isso! Você evoluiu muito Yumi, mas agora imagino que você precise me recompensar, certo? —— O desgraçado dizia com um sorriso no rosto.


 
HP: ❲875 ✘ 975❳ CH: ❲1275 ✘ 1275❳ ST: ❲01 ✘ 05❳
07/08 | 606/600 Palavras (Desenvolvimento de atributo: +1 ponto em Taijutsu)

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De fato o homem era um total idiota, mas o conhecimento na técnica ensinada fazia com que ele se tornasse alguém forte o suficiente para suprir sua idiotice. —— Esse é o segundo portão, você vai se arrepender de ter nascido. —— Proferia com um olhar faminto, suas palavras com toda certeza eram verdadeiras. —— Seu ego um dia vai te matar, eu queria muito ser a responsável por sua morte. Ninguém nunca conseguiu me fazer sentir tanta raiva, parabéns por ser a pessoa mais imprestável que eu já conheci. —— Yumi dizia, tentando provocá-lo ainda mais. A garota tinha como objetivo simplesmente testar o real poder que o primeiro portão exercia em seu corpo, mas poderia aproveitar muito bem para matar a vontade de espancar o cretino que consumia-lhe.

O primeiro avanço era feito pelo inimigo, sua velocidade, mesmo com o segundo portão ativo, era equivalente a velocidade da Yumi, talvez por sorte ou puramente fruto de seus treinamentos acompanhá-lo na velocidade não seria problema algum. Logo nos primeiros ataques em que recebia ficava claro a sua superioridade comparado ao inimigo. Defendia todos os golpes violentos e furiosos que era-lhe dirigido. Na primeira abertura visualizada, a Pedoroso encaixou uma sequência de socos e chutes direcionados em pontos específicos de chakra, o suficiente para novamente levar o rapaz ao chão. —— Deplorável, eu esperava muito mais de alguém tão cheio de si. A garota proferia, cuspindo no ser inferior logo em seguida. —— Desgraçada, você só conseguiu isso por conta dos meus ensinamentos. —— O homem respondia, tentando se levar, sem sucesso algum. —— Tem razão, obrigada. —— Dizia em tom irônico, desferindo um chute com toda a sua força no maxilar do homem já incapacitado de continuar lutando. Ele desmaiava na hora.

Com o passar do tempo, a garota doce e meiga com uma extrema compaixão começava a mudar sua personalidade, não havia matado o homem pelo simples fato de ser um companheiro de vila, não queria arrumar problemas com a Yamiko, mas se fosse necessário matar alguém, à partir deste momento, Yumi não pensaria duas vezes, a humanidade estava doente, assim como ela, um a mais, um a menos, não faria diferença. A garota retirava-se do campo de treino, durante o caminho contentava-se com uma pequena garrafa de bebida alcoólica que guardara em seu bolso. Beber aquele líquido mágico depois de tanto estresse era revitalizante, o álcool não era apenas um mal em sua vida, Yumi tinha certeza disso. 

HP: ❲800 ✘ 975❳ CH: ❲1275 ✘ 1275❳ ST: ❲02 ✘ 05❳
08/08 | 402 Palavras

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