Era de noite e fazia muito frio em Kumo. Eijiro estava parado sobre a janela embaçada. Seu próprio reflexo podia ser visto pela imensidão da escuridão no céu. Com um breve suspirar, fez com que o ar quente vindo de seus lábios embaçasse o vidro da janela, cujo giro repentino do garoto fez com que sumisse em seguida. Observou sua cama, Natsu dormia de forma tranquila ali, aquilo até que confortava o coração do jovem, mas mesmo assim, estava cansado. Psicologicamente e isso poderia afetar o corpo do Genin.

Dirigiu-se para um cômodo, onde se viu claramente uma foto de sua família. Jiro apenas tocou a foto e a abaixou logo em seguida apoiando os dedos sobre a borda e pressionando para baixo. Após vestir-se com roupas simples, retirou o protetor de testa que usava, guardando-a sobre o bolso do short branco. Nem sequer deu uma breve ou longa olhada, simplesmente a deixou em seu bolso. “Estou partindo como vocês... Mãe e pai. Agora estou apodrecendo como vocês.” Pensou ele, fechando os olhos alguns segundos depois fitando o vazio.— Eu não me importo. — Murmurou para si mesmo. Logo se deslocou até a cama, pegando o cãozinho com cuidado e o pondo na mochila, fechando-a em seguida, mas deixando frestas para que entrasse oxigênio. O cão se acomodou sobre os itens e roupas ali dentro, soltando um baixo ganido em resposta, concordando. Inuzuka então colocou a mochila nas costas e as mãos sobre os bolsos, se movendo para descer a escada.

Saiu andando pela cozinha, passando pela sala até a porta, onde calçou as sandálias azuis. Após isso, se levantou e apenas conferiu se tudo estava no lugar. Estava frio lá fora, não queria ir lá, queria continuar em seus devaneios, e elas diziam que estava em classe A, mas eles também gritam que as coisas mais fáceis vêm livremente para nós, mas, estando sem um abrigo, é mais fácil se irritar com um grupo de gramas. Está frio lá fora, e ele não quer sair. “E me dizem que estou no time das drogas pesadas, mas estou indo embora, posso me sentir apodrecer gradualmente. Mas foram assim desde meus treze anos. Preso em devaneio.”  Enquanto andava, faria alguns selos, para o Kawarimi no Jutsu, caso em hipótese de ser atacado ao final.

Com a garganta seca, os olhos inflamados de frieza, lábios brancos, respirando o ar frio, ele se deslocou para fora de casa, onde respirou para sentir o ar gelado penetrar seus pulmões e eles arderem com a umidade. E mesmo assim diziam que ele estava no time das drogas pesadas, preso em um devaneio constante, de nunca ir embora, não queria ser como seus pais. Mas, as piores partes sempre vem para nós, e tudo o que veio foi o seu sangue ruim. No fim, colocou as mãos nos bolsos, e na calada da noite, ele se moveu para o sul da vila. Em direção ao portão. Está muito frio. Está muito frio lá fora. Para os anjos voarem. Para anjos voarem. Um anjo irá morrer.

Considerações:

(C) Ross

O tédio da noite lhe trouxe pra fora de casa, permitindo que seus suspiros esfumaçassem em uma pequena nuvem ao redor de sua boca. Satanás parecia acolher-se por entre as vestes negras da garota que caminhava com seu queixo e boca cobertos pelo seu cachecol escarlate. Sua pele branca como a neve gerava inclusive um contraste com a escuridão que engolia toda Kumogakure. A odiadora das injustiças e brincalhona na maior parte do tempo buscava agora nesta noite, algum tipo de diversão para suprir o tédio oriundo de sua falta de sono, foi quando fungou duas vezes e sentiu a presença de mais algum canídeo nos arredores. Não sabia ao certo quem era, mas a curiosidade conversava com sua pessoa como uma grande e velha amiga, pronta para envolver-se em seja lá o que surgisse. Trilharia para o cheiro, até descobrir quem era a sua fonte. Em alguns minutos, o grande portão se revelaria, tal como a figura responsável pelos feromônios caninos - facilmente reconhecíveis para uma Inuzuka - tornando assim, um grande evento para sua noite. ── Olá? ── Prostrada em alguns metros atrás do sujeito, buscava dialogar. Se ele não parasse, tomaria a ousadia de saltitar e pairar em seu caminho como uma verdadeira barreira. ── Sou Inuzuka Griselda! Como você se chama? ── Diria numa falsa animação, já que inexistia humanos capazes de manter o ânimo em noites frias como aquela.

Griselda: 600/600 hp; 875/875 ch;0/3 st
Satanás: 600/600 hp; 875/875 ch;0/4 st

Cons.:

As pernas se moviam de maneira calma e tranquila, suaves como uma pena, marcadas por fitas branca de bordas azuis que cobriam o joelho para baixo até acima dos seus pés de forma a combinar com as sandálias igualmente azuis, e a camisa azul marinha se nenhum símbolo à amostra. Parecia não ter pressa, muito menos algo que demonstrasse nervosismo. As mãos estavam envoltas por bolsos brancos do short, que combinava também com as fitas. Não tinha muito o que fazer, só deveria dar o fora dali. Seus olhos estavam fechados demonstrando serenidade enquanto que o ar quente que saia de seus lábios pareciam mais vapores de algum transporte streampunk.

Esperava realmente não ter que lutar ali. Só deveria dar o for a dali o máximo possível, já poderia estar cansado de viver ali. Ele suspirou mais profundamente, virando a face para que buscasse averiguar pelo cheio se Natsu estava bem, pelo visto ainda estava dormindo. — Lembre-se Natsu. Se eu der algum sinal ou algo que venha a se suceder, você poderá ficar alerta. — Ele pediu, ao pequeno Golden retrivier, que soltou um ganido em resposta. Concordante porém ainda que estivesse em posição de repouso. “Não irei ativar o faro ainda.. Creio que não seja necessário, se tudo ocorrer bem, não há com o que me preocupar.

Quando uma voz surgiu, Eijiro nem sequer a olhou, pelo fato de ouvir, poderia ser uma jovem pela voz. Fungou o ar e observou que havia um canídeo com a moça. Isso era um problema. Agora finalmente alguém havia aparecido como uma pedra no seu caminho, como sempre, e agora, isso poderia lhe deixar um tanto irritado, pelo fato de que ele não queria ter algum problema. — Não lhe interessa. — Respondeu ele, seco como um gelo. Enquanto voltava voltava a andar, ele realmente estava esperando que não fosse interrompido e que a moça fosse embora.

Mas pelo visto, ela era persistente e voltaria a se prostrar perante ao garoto novamente. Isso fez com que o garoto abrisse os olhos, para que fitasse a moça. Os olhos flamejantes, misturados em amarelos e laranja tinha um ar selvagem, como se fosse um homem canídeo. Mas era meio que não tivesse interesse na moça Inuzuka. Ela era de seu clã, o que justificava o cachorro com ela. Suspirou no fim, e ficou o olhar na mulher-besta novamente. — Você é extremamente irritante, Inuzuka. — Foi cínico e frio com ela. Estalou a boca e Natsu saltou de dentro da mochila, se posicionando ao lado do garoto que se manteve estacionado. — Sai da frente. — Ele estava bastante selvagem, seus traços eram visíveis apesar da calmaria e serenidade.

Considerações:

Jutsus usados:

Bolsa Ninja:

(C) Ross

Estava ligeiramente calma, buscando apenas por uma companhia naquela fria noite invernal. O garoto escolhido para a interação no entanto não lhe respondia bem. Suas falas eram ásperas, mas a jovem Inuzuka ousou subestimar sua personalidade e tentou explorar os pontos positivos do rapaz; inutilmente. Ele permaneceu rude. Um susto lhe acometeu com o salto da figura canina pela bolsa que carregava em suas costas, inesperadamente e bruscamente, o que lhe fez pular pra trás em afastamento. ── Eu? irritante? ── Aquelas palavras fizeram a garota rir, perguntava-se o que ela tinha feito de errado até agora, visto que apenas buscou conversar. Antes que desistisse de sair de seu caminho, trouxe a destra na sua nádega direita buscando um lenço para limpar sua narina que escorria constantemente devido o frio intenso, quando percebeu que o rapaz a sua frente lançava uma ofensiva contra ela, que nada havia feito até então. Firmou sua perna esquerda no solo de concreto e flexionou-a de modo que trouxe seu tronco para o lado dando alguns passos ligeiros, visando com que aquela kunai passasse em movimento retilíneo uniforme em quase um metro de quaisquer partes de seu corpo. Sem parar, fez alguns selos e uniu-se à Satanás que ora estava no seu colo, ora estaria fazendo parte do corpo da jovem Inuzuka. Seus aspectos agora seriam de uma verdadeira menina-lobo; seu foucinho seria um pouco maior, e suas unhas acresceriam-se devidamente, tal como suas capacidades natural de combate.

Não tinha qualquer intenção de ferir um de seu vilarejo, mesmo aquele garoto rude com quem conversava, por isso apenas pretendia desmaiá-lo por conta da ofensiva. Agora em sua forma de compartilhamento de consciência com Satã, podia teorizar sobre o que ele queria dizer com "Sai da frente". Não tinha certeza, mas era estranho ele pedir para que ela permitisse sua passagem até o portão, essa hora da madrugada, então uma tentativa de fuga poderia estar ocorrendo ali, e isso havia de ser reportado a seus superiores. Griselda odeia o mundo ninja, e como as coisas funcionam. Agora, diante do rapaz, saber que afrontá-lo era um mal necessário, portanto pretendia o fazer rapidamente. Correu na direção do garoto em sua máxima velocidade possível, em um pequeníssimo instante, desferindo a ele um chute de calcanhar em sua junta da perna direita. Em continuação, contorna-lo-ia puxando sua cabeça contra ao solo em um forte e rápido movimento, para então tornar a se afastar novamente. Sua escolha era óbvia, incapacitar seus movimentos e deixá-lo caído no chão sem ter que machucá-lo ainda mais. Não sabia se aquela região do chute seria a mais adequada para tal, e agora praguejava contra si por não ter estudado mais anatomia, mas era uma tentativa e o corpo não era dela, então não se importou em fazê-lo. Seria um movimento rápido e preciso; O chute havia de prosseguir-se imediatamente com um rearranjo de suas pernas em dois passos para ficar rente ao corpo do rapaz, erguendo sua destra contra a face do oponente e a afundando contra o solo de concreto.

Griselda: 600/600 hp; 725/875 ch;1/3 st
Satanás: 600/600 hp; 875/875 ch;0/4 st
Griselda-Satanás (Ōkami): 1200 hp; 1600 ch; 1/7 st

Cons.:

— Humpf. — Ele fechou os olhos, dobrando um pouco a cabeça para o lado, enquanto ouvia a risada da jovem. Mas logo então, com um movimento brusco, o garoto saltitaria para trás, mais três metros, onde enfiaria no meio do balnçar a destra sobre a bolsa kunai da perna, retirando uma faca de lá e a arremessando na direção da face da jovem no intuito de mata-la ali mesmo, nem se importaria, só iria fugir dali o mais rápido possível, por isso, eliminação rápida era uma opção, mas logo,  ela já havia se esquivado dali. Aquilo fez com que mordesse o lábio.

Assim que a observou fazer selos, ele então, também os fez, e logo o cão ao seu lado se transformou em uma cópia fiel a sim, ao mesmo tempo em que a garota se metamorfoseava em uma versão mais literal da besta-humana. Após isso, o garoto ainda faria mais selos enquanto se agachava e chakra azul era liberado de si, suas garras se tornavam mais insanas, os seus dentes cresciam, assim como Natsu-Jiro também, após saltar, passaria a ser alguém similar, gêmeo e congruente. Ainda assim, também fez selos, onde ele sentiu o chakra fluir ao seu corpo, aumentando ainda mais sua velocidade.

Assim, estreitou os olhos no intuito de observar o movimento da garota, mas o que aconteceu, foi que uma dor percorreu sua perna e subiu como um raio até o ponto mais alto do cérebro, onde mal teve tempo de gritar, e ele então sentiu um impacto contra sua face, com o choque da parte traseira da sua cabeça, iria acabar por soltar um grito de dor enquanto sentia sua cabeça enterrar no chão, levantando fumaça. Mas mesmo assim, nem pudera desviar. Doía claro que doía, mas quem se importava não é mesmo? Ninguém se importava com aquilo, fora abandonado por seus pais, e isso não traria nada demais.

Ele então se levantou após ela se afastar, não sentia sua perna, parecia que estava mole. Parecia quebrado. Ntasu-Jiro apoiou o dono em si após correr, o ajustando para que pudesse ficar em pé, apesar de que, mesmo assim ele poderia se manter com uma só perna. Sua testa sangrava, sangue escorria por ali, apesar de que ele não havia batido nem cortado ela e um filete rubro escapava de seus lábios rubros. Ele então sorriu, provocantemente, assim como o olhar era frívolo, porém zombástico. — Você tem todo esse poder. — Falou com ela, depois, olhando-a bem. Ergueu a destra apontando para a própria testa. — Mas mesmo assim não é capaz de arranhar a minha testa. — Ainda mantinha um sorriso, mas logo sua expressão se tornou odiosa de novo.

— Vamos lá, Natsu! — Fez alguns selos e então eles também se fundiram. Emitindo uma grande explosão de fumaça, de lá saiu um grande cachorro dourado alaranjado como  fogo dali, soltando um enorme rugido destruidor. Era um lobo demônio, que possuía grandes caninos perfurantes com um grande aspecto selvagerio. Natsu e Jiro era um só. Mesmo com a pata quebrada, ainda era possível que pudesse se manter em pé. Com isso o cachorro saltou no ar, rumando para direção da garota novamente. — Chō Garōga! — Bradiu o cão bicéfalo, mirando a direção para a reta em sua frente, onde começou a girar muito rápido. O corpo girava violentamente no intuito de rasgar a lobisomem em um mínimo toque. “Se puder morrer aqui, apenas morra de vez e saia do meu caminho, porcaria!” Bradou ele, mentalmente.

Considerações:

Jutsus usados:

Bolsa Ninja:

(C) Ross

Levantou sua mão ensanguentada, e sua transformação em mulher-lobo era vagarosamente desfeita. Satanás pairou rente ao corpo assim como a garota, que agachou-se para buscar trazê-lo para seus braços novamente. Abraçou-o, reconfortando de modo que ninguém mais fazia. Eles se entendiam bem naquela noite, e entristeceram-se ainda mais com o mundo shinobi. Apenas voltaram para a casa, local de onde nunca deveriam ter saído.

Griselda: 600/600 hp; 725/875 ch;1/3 st
Satanás: 600/600 hp; 875/875 ch;0/4 st

Cons.: