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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
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Havilliard
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Isa.BR
Jōnin
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Local: Iwa ❲ Primavera ❳ Temperatura: 24ºC
❲ 1 / ?? posts ❳
Crônicas de um ninja - Parte I - Centro da vila


Em uma manhã, fresca, de primavera, o sol brilhava intensamente na vila da Pedra e, nosso herói, Noah Zoldyck, era convocado ao hospital do vilarejo. Aparentemente, sua subordinada (Marin) havia sido internada por algum problema de saúde, não relacionado à seu trabalho ninja.

Considerações:


Última edição por Yamiko em Qua 21 Fev - 22:45, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Corrigindo erro de template para não bugar o tópico)

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Dumas
Crônicas de um Zoldyck E6fVkdy
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   O Sol raiava na Vila Oculta da Pedra, numa manhã fresca de primavera. Aquele clima me agradava e era propício para treinar logo cedo. Passei as últimas duas horas treinando com minha irmã. Ela precisava da minha ajuda para aprender algumas técnicas. Consegui ensiná-la o básico de tudo o que eu sabia, mas ela precisava avançar sozinha no aprimoramento. Fui para o meu quarto, tomei um banho, coloquei minhas roupas de ANBU e quando estava saindo para ir para o Quartel General fui abordado por um Chuunin do hospital. A Marin estava com problemas de saúde.
 
  O inverno trouxe dias negros, uma sensação de impotência, e um dia permiti que um membro de Iwa saísse da Vila por um medo insano. Aquilo havia me afetado um pouco e agora mais uma notícia nada boa. Apesar do Tsuchikage e sua assistente ainda estarem fora, as coisas estavam indo razoavelmente bem em Iwa. Mas a demora dos dois membros da cúpula de Iwa começava a me inquietar muito, as coisas com Kumo poderiam piorar e o que será a missão da Yamiko-chan?! Um pensamento que me fazia ter calafrios. Esperava que a primavera trouxesse boas notícias e novas aventuras.
 
  Encaminhava-me para o hospital a passos largos enquanto observava a movimentação da Vila. Quando lá cheguei fui buscar a enfermeira encarregada, Ishikawa Mikoto, já tinha ouvido falar neste nome, mas não me recordava de onde.
 
  - Bom dia, eu vim ver como está uma companheira de equipe. Como ela está? E qual o quadro clínico dela?  – Me referia a Marin, por ser ANBU deveria estar em algum local separado, e tinha um conhecimento básico em medicina para saber se o que ela tinha era grave ou não.
 
 
Considerações:

Habilidades:

 
Bolsa de Armas:

 
Jutsus:

Roupas ANBU::

Noah Zoldyck:
HP: 900/900  CH: 1.350/1.350  ST: 4/4  6 m/s 
Byakugou no In: 500/500
 

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narrador


Crônicas de um ninja - Parte I


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 24º 2/??? posts


Ambiente: Hospital de Iwa.

Narração: O rapaz, surpreendentemente jovem, chegou de repente à presença de Mikoto que o observou atentamente. Suas vestes denunciavam sua patente como ninja da vila. Ela ouviu o garoto com uma expressão serena no rosto e, ao final do questionamento, ajeitou os óculos. _Bem, bom dia! Preciso falar contigo em particular, por favor me acompanhe. Depois de falar com ele, sem dar maiores explicações, a enfermeira lhe deu as costas e caminhou até uma sala reservada, a sala da chefia de enfermagem. Lá, sentou-se a mesa e estendeu a mão, oferecendo a cadeira ao jovem.

_Então, a Marin disse que você viria, já que o irmão dela parece estar fora da vila. Aliás, meu nome é Ishikawa Mikoto e sou a líder do corpo de enfermagem de Iwa. Noah, a sua companheira de equipe está com uma doença que chamamos de cegueira da neve. Segundo as informações que ela nos passou, estava realizando uma missão durante a nevasca do último dia de inverno e acabou sentindo os sintomas. Não é nada grave e a lesão decorre diretamente da exposição a raios UV em locais com neve e, como ela já tem propensão aos efeitos, acabou perdendo a visão. Com a perda da visão, ela acabou caindo e se machucando. A lesão não foi nada sério e já estamos tratando-a. Não se preocupe...

Ela sorriu de forma gentil, o que poderia fazer Noah se lembrar de Yamiko, pela feição do sorriso de ambas ser quase idêntica. Logo, seguiu com a explanação.

_No entanto, eu precisava conversar com alguém a respeito da condição de saúde atual dela. Infelizmente, Sousuke-sama e Yami-hime... digo, Yamiko, estão fora e fui informada que você está fazendo as vezes deles, ainda que parcialmente. Ela não poderá mais realizar missões exposta a neve ou poderá sofrer lesões ainda mais sérias em suas córneas, o que poderia prejudicá-la sensivelmente no futuro. Bem, era isso que eu tinha a dizer para você. Alguma dúvida? Quer vê-la?

Como o tema era delicado, Mikoto disse tudo do jeito mais sereno e empático possível.


Considerações:

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Mikoto logo apareceu e sua fisionomia me era muito familiar, entretanto, não conseguia distinguir de onde. Instintivamente meu subconsciente estava puxando a lista de membros que conhecia, mas ainda nada encontrado. Enquanto isso a Ishikawa se dirigia pelo corredor do hospital até chegarmos a uma sala mais reservada. Observei o local atentamente já que ainda não tinha conhecido aquela ala do hospital. Então sentei na cadeira que a enfermeira-chefe me indicou.
 
  As palavras daquela mulher eram como agulhas ferventes entrando na pele, um dos meus treinamentos de assassino, no entanto, me sentia bem pior do que aquele treinamento ou deveríamos dar o nome de tortura? Enfim, meu medo não só me incapacitou naquela hora como causou problemas para um membro da minha equipe. Pior de tudo, eu era o responsável pelo acontecido. Ao final da frase a enfermeira-chefe quis remediar a situação, mas não surtiu tanto efeito quanto o seu sorriso gentil. Imediatamente me lembrei da pessoa que se parecia muito com a mulher a minha frente, Yamiko, é claro.
 
  Por sorte minha máscara impedia a mulher de ver minhas reações por detrás dela, meu rosto se avermelhando um pouco. “Ainda bem que estou com a máscara, imagina o vexame na frente da mãe – acho – dela!”. Mas meus pensamentos foram interrompidos por mais explicações da situação da Marin.
 
   - Tudo foi culpa... Deixa para lá. – Uma pausa para uma respiração mais profunda para controlar minhas emoções – Estou temporariamente assumindo algumas funções do Tsuchikage e Yamiko-chan em suas ausências. Pode contar comigo que evitaremos que a Marin se exponha novamente a esta situação, quando os dois voltarem eu reportarei sobre este fato. Creio que eles entenderão. – Mais uma pausa – Creio que um transplante de olhos resolva esta situação no futuro, correto? Posso providenciar a matéria-prima num futuro próximo, mas, por gentileza, não mencione nada para a Marin. E gostaria que você realizasse tal feito. Se possível é claro. – Falava cordialmente.
 
  Por dentro eu estava ficando em cacos, nunca tinha passado por tal situação e sabia que no mundo shinobi poderia acontecer estas coisas, mas aquela situação só aconteceu pela minha fraqueza. E aquilo precisava mudar urgente! Se não, quantas vezes eu colocaria companheiros de equipe em perigo por causa do meu medo de neve!? É inadmissível, ainda mais, com o meu intento de me tornar o mais forte da Vila! Preciso encontrar uma forma de enfrentar as sombras do meu passado.  Quando voltei a mim.
 
  - Gostaria muito vê-la! – Falei num tom mais alegre, pelo menos ela estava viva. E alguns planos já começavam a ser bolados em minha mente.
 
  Seguiria a mulher até o quarto da minha companheira de equipe. E no caminho tentaria puxar assunto com a Mikoto.
 

  - Pelo seu jeito de falar e pelo sorriso bem parecido, suponho que você seja a mãe da Yamiko-chan. – Daria uma pausa para uma possível resposta e não conteria minha curiosidade: - Ela sempre foi tão segura assim? – Perguntei meio sem graça, mas ironicamente. – Me parece que ela se dará muito bem no seu atual cargo, deve estar orgulhosa. – Finalizei de uma forma que não me causasse problemas, aliás, mães sempre são ótima fonte de informações das pessoas, sendo boas ou ruins. 

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narrador


Crônicas de um ninja - Parte I


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 24ºC 3/??? posts


Ambiente: Hospital de Iwa.

Narração: Ela sorriu novamente, por um breve instante, enquanto o rapaz mascarado assumia a responsabilidade por informar ao Tsuchikage e sua assistente o que se passava com Marin. Assentiu com a cabeça à ideia de transplante, embora cogitasse essa solução apenas em última instância, caso a Anbu não pudesse evitar se afastar de locais com neve ou não pudesse usar os óculos especiais receitados pelo médico-ninja de plantão que a atendeu.

Ele emendou suas palavras com o seu desejo de ver Marin. Atendendo à solicitação, Mikoto se levantou e seguiu pelo corredor, andando ao lado do jovem garoto. Por ser ainda mais gentil que sua filha (e menos tímida), não hesitou em responder aos questionamentos. Extremamente surpresa com a pergunta "Ela sempre foi tão segura assim?". Pareceria ironia, se o tom de voz do garoto não fosse tão positivo. Então, na sequência, voltou a sorri evidenciando seu orgulho pelo crescimento da filha na vila.

_Yamiko segura? Acho que estamos falando de pessoas diferentes. A minha filha é muito tímida e, depois do que aconteceu com meu marido, ela se fechou ainda mais. Acho que se não fosse pelo que os médicos daqui fizeram por ela, nunca teria saído da depressão profunda... Mas, graças ao nosso esforço, as coisas estão melhorando para ela, aos poucos. É claro, não vou mentir, estou muito orgulhosa da minha Yami-hime, mas estou preocupada com essa missão estranha para a qual ela foi. Espero que dê tudo certo.

Fez uma pequena parada, antes de entrar na ala de pacientes especiais do hospital, onde fica o quarto da Anbu, e voltou a falar, apenas para confirmar a informação deduzida pelo mascarado.

_A propósito! Sim, sou a mãe dela!

Parecia recorrente ela esquecer algumas informações sem ligação com os pacientes, falando-as assim que se lembrava. Logo depois disso, adentrou à ala segura e seguiu direto até o quarto de Marin, que estava deitada na cama, sem a máscara e com curativos nos olhos e na cabeça.

_Marin, o Noah está aqui para vê-la...

A kunoichi se virou para a origem da voz, enquanto Mikoto se aproximou da cama e fez alguns selos de mão para desabilitar o jutsu que isolava a paciente.

_Noah, deixarei você a sós para conversarem. Assim que terminar, pode me chamar apertando o botão naquele controle.

Ela apontou para o controle sobre a mesa ao lado da cama de Marin e se dirigiu à saída, dando privacidade aos dois. A Anbu, por sua vez, ergueu a mão, buscando segurar a mão de seu superior.

_Noah-senpai, me perdoe pela falha. Não deveria ter ido atrás de informações sozinha, fui descuidada...


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   A mãe da Yamiko-chan era uma pessoa boa e seu sorriso trazia um calor ao ambiente, não me surpreendia sua profissão. Ela deveria fazer pequenos milagres naquele local, nem que seja um simples sorriso. Era um pouco diferente da minha mãe ou mesmo minha família no geral. Poderia dizer que presenciei mais momentos tensos com eles do que momentos assim. Yamiko tinha um bom porto seguro.
 
  No caminho ouvia a mulher atentamente e ela me contou um fato inédito sobre a assistente do Tsuchikage, ela passou por maus bocados por causa de seu pai. Mas o que aconteceu ela não explicou e não seria naquela hora que cometeria tal indiscrição. No entanto, a  enfermeira se orgulhava da menina e tinha apreensão com a missão dada. Não iria demonstrar a minha preocupação com a missão da kunoichi, mas na hora as palavras me fugiram da boca e somente consegui assentir.
 
  - Ela ficará bem! Você vai ver! – Falei demonstrando confiança na garota.
 
   Seguimos os corredores e entramos numa ala mais segura que as outras, esta ala especial deveria ser própria para nós Anbus?! Ou pessoas de alta periculosidade também? Uma hora iria perguntar sobre isso. Após poucos passos entramos no quarto da minha companheira de equipe. Mikoto se adiantou e avisou que estava ali para visitá-la. E mais um fato curioso era que a Ishikawa fazia selos enquanto se aproximava da Anbu. Tentei prestar atenção nos selos, toda a informação é preciosa e nunca se sabe quando vai precisar dela.
 
 Então a enfermeira se retirou e avisando como chamá-la quando eu finalizasse minha conversa com a Marin.
 
  - Muito obrigado pela atenção, Mikoto! – Falei agradecido e assim me aproximei da kunoichi em seu leito e pegando na mão dela em resposta a sua iniciativa.
 
  Confesso que se acontecesse esta situação em outros casos minha cara com certeza ficaria rubra de vergonha. Foi então que a jovem se pronunciou e mais uma vez sentia como se estivesse numa banheira congelada.
 
  - Marin, só não perdoaria se tivesse morrido... Primeiramente eu tenho que lhe pedir desculpas, pois a falha inicial foi minha e se eu não tivesse travado naquela hora você não estaria aqui. Foi o meu medo que me paralisou. Prometo-te que não acontecerá novamente! E estimo melhoras! A equipe sem você está monótona... – Dava uma pausa. – Só que você deverá tomar precauções e está proibida de realizar missões com áreas de neve. – Depois lhe expliquei melhor a situação e os por quês daquela minha atitude, não punitiva e sim de preservação da kunoichi.  
 
  Eu a via como uma guerreira e ali naquela cama me revelou que ela também é uma jovem mulher que demanda cuidados, frágil a seu modo. Mas não mexa com ela que vira o demônio. Esta característica de boa parte das mulheres, pelo menos era minha visão parcial de experiências que tinha obtido até a presente data.
 
  - E o que conseguiu de informações até acontecer o acidente? – Perguntava um pouco mais formal, aliás, precisava saber o que aguardava e que medidas eu deveria tomar. – Tive uma breve visão da garota, mas precisarei dos arquivos dos shinobis de Iwa para poder ter certeza de quem é. O que descobriu será de máxima importância. – Falava meio empolgado, enquanto pegava balas de café, desembalava e saboreava os doces. – Aceita bala de café? – Oferecia mesmo sabendo que ela não gostava.
 
   Meus sentimentos estavam fervilhando e todos embaralhados. Mas agora sabia o que fazer. Deixei o silêncio pairar um pouco no ar e aproveitá-lo com uma companheira de equipe, enquanto tentava acalmar a tempestade interna.
   
 
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Crônicas de um ninja - Parte I


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 24ºC 4/??? posts


Ambiente: Hospital de Iwa.

Narração: Estavam a sós, completamente a sós, naquela área do prédio do hospital extremamente protegida, com selos similares aos lançados na prisão de Iwa. Marin sorriu ao ter a mão segura pelo superior e a apertou, enquanto ouvia seu pedido de desculpas, que a deixava um pouco sem graça. Sem graça porque não teve a intenção, sequer mínima, de expor a Quionofobia de Noah. Por ser a principal responsável pelas informações, sabia que isso era um assunto sensível para o rapaz.

Especialmente por esta razão, nada disse a respeito do pedido de desculpas, mas pela expressão, perfeitamente visível por estar sem a máscara, deixou transparecer que ele não deveria se culpar pelo ocorrido, foi, na realidade, uma fatalidade de destino ao acaso, se se pensar com a devida calma.

Não queria prosseguir naquele assunto, até por já estar ciente da restrição médica a respeito de missões em ambientes com neve e já tinha certeza que ficaria por conta de organizar as missões e atender aos anseios do gabinete do Tsuchikage nos períodos de nevascas no País da Terra. Não incomodaria ninguém, mas também não poderia ser usada fora da vila.

Finalmente, ele deixou o assunto "desculpas" para tratar da missão com maior formalismo. Todavia, ao final, ainda que feita por educação, a incomodou um pouco sua oferta de bala de café, pois além de não serem boas, serviam para atender ao vício do superior. Como não o via, esperou aproximadamente 10 segundos antes de responder, momento de vácuo em que o silêncio dominou o ambiente.

_Noah-senpai, não sei porque não dá um jeito nesse vício, essas balas são horríveis. Sobre a fugitiva, consegui algumas informações sobre ela. Seu nome é Bonnibel e ela era nossa gennin, quase recém-formada. Ela tem um defeito de pele peculiar, uma discromia, a pele é rosa. Ela parecia ser bem rápida para uma gennin convencional e quase não consegui persegui-la até o alto da Cordilheira, antes de perder a visão e cair... Ela era mesmo muito rápida, senpai. Iremos persegui-la ou esperaremos as determinações do Tsuchikage?

Questionou, aguardando a resposta dele, enquanto o sol começava a entrar com mais intensidade pela janela do lado de fora do quarto.


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   O silêncio era uma benção para colocar os pensamentos no lugar, o tempo necessário para a calmaria reinar sobre a tempestade. Só interrompido pela falta de educação e uma crítica nada construtiva a respeito das minhas balas de café. Se ela pudesse me ver e eu estivesse sem a máscara teria visto minha careta para ela. Mas como ela continuou falando e desta vez informações cruciais sobre a fugitiva. Então mentalmente revia as informações que a ANBU me passou.
 
 - Sua missão agora será se recuperar plenamente! E espero que isso ocorra logo, se não vou ter que colocar outra pessoa no seu lugar. Quem sabe outra mulher, mais... Como posso dizer... – Introduzia uma voz irônica e apertava um pouco a mão da Marin em provocação. Aguardaria a resposta dela ou ação para depois continuar.
 
 
  - Vou colocar esta tal de Bonnibel no bingo book imediatamente e alertar os capitães. Isso eu posso fazer na ausência do Sousuke-sama. E mesmo ela sendo rápida, não poderá correr para sempre. E se as equipes não forem atrás por causa da baixa recompensa, se preciso for nós mesmos vamos atrás dela quando você melhorar e seu irmão estiver de volta. Vou colocar rastreadores atrás de informações sobre o paradeiro dela. – Dava uma pausa – Preciso cuidar de umas coisas antes. – Apertava a mão dela com um pouco de força, numa atitude inconsciente. Quando percebi soltei a mão dela e me afastei. Fui em direção ao botão para chamar a Mikoto de volta. E depois me dirigi a passos medidos até a porta.
 
   - Espero te ver logo... – Despedia-me da companheira de equipe.
 
    Esperava que a Mikoto voltasse a tempo para trocar mais algumas palavras com ela e cuidados com a paciente. Caso precisasse de alguma coisa que ela não hesitasse em me chamar.
 
  Antes de cuidar das minhas sombras, passaria no Gabinete e vasculharia as informações que precisaria da Bonnibel para montar o Bingo Book. E com por meio de uma carta solicitei a um Jonin que distribuísse para os demais ninjas de Elite.  A partir daquele momento a Bonnibel seria uma Nukkenin de Iwa, sendo procurada viva ou morta.
 
  Saindo do Gabinete olhei ao meu redor, tomei fôlego, acalmei mais uma vez minha alma para seguir para o próximo passo.
    
 
Considerações:

Habilidades:

 
Bolsa de Armas:

Jutsus:

Roupas ANBU::

 
Noah Zoldyck:
HP: 900/900  CH: 1.350/1.350 ST: 4/4   6 m/s

 
 


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narrador


Crônicas de um ninja - Parte I


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 24ºC 5/??? posts


Ambiente: Hospital de Iwa na primeira parte e centro da vila, na segunda.

Narração: Marin não demonstrava satisfação alguma com o comentário provocativo de Noah e, se possível, gostaria de socá-lo. Também pensou em ser igualmente irônica com a infinita possibilidade de resposta, mas não fez nenhum dos dois. Afinal, o jeito de Noah já era conhecido por ela. Não via qualquer problema, em última análise, de deixar passar a provocação irônica, naquela momento.

Evidentemente, não iria se opor à inclusão da nukenin no Bingo (Book), tendo em vista que o livro tinha exatamente o propósito de conter nomes de criminosos, de todos os ranks. Novamente, ele apertou a mão da paciente para, em seguida, soltá-la e se afastar. Já era hora de o líder dos Anbu de Iwa ir ao trabalho.

_Até logo, Noah-senpai. Logo estarei de volta, então não precisa arranjar uma outra membro para a ANBU... Vou superar também esse meu problema com a neve.

Não conseguiu resistir a provocar o rapaz antes que ele saísse, em resposta a todas as provocações dirigidas à ela. Infelizmente, Mikoto estava ocupada demais para retornar ao quarto e uma das enfermeiras veio, apenas para restabelecer o jutsu de isolamento em volta de Marin e acompanhar Noah à saída daquela ala segura. Ao contrário da líder, esta enfermeira pareceu ser muito fechada e não deu papo para o jovem mascarado.

Noah seguiu direto até o Gabinete do Tsuchikage e, depois de fazer uma pequena bagunça nos papéis sobre ninjas de Iwa, encontrou as informações necessárias para lançar o nome da fugitiva no Bingo Book. Assim o fez, já distribuindo para todos os ninjas de elite da vila. Começaria a caça? Talvez, quem sabe.

O brilho da luz do sol era intenso enquanto o astro rei caminhava no céu na direção do ponto mais alto, já se aproximava a décima primeira hora daquele dia que começava a se tornar mais quente. Para um ninja de Iwa, isso queria dizer mais energia para fazer o que era preciso e, com aquilo em mente, o que era preciso para Noah se sentir melhor?


Considerações:

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   As provocações de Marin me fizeram rir enquanto eu caminhava para o quartel ANBU, aquela resposta foi merecida. Andava a passos firmes em direção ao QG de Iwa. Queria saber quais as últimas notícias da Vila, pela posição do Sol alguns membros já deveriam ter voltado para reportar suas rondas.
 
   “A parte burocrática é muita chata! Como o Sousuke-sama aguenta fazer isso por muito tempo?!” – Me perguntava enquanto observava a movimentação nas ruas de Iwa. Tínhamos muito trabalho para manter aquelas pessoas são e salvas. O que me remetia ao ataque do Besouro Gigante e o caos que ele trouxe para a Vila. Foram dias tristes e algumas mortes de graça. E para evitar novos acontecimentos como a invasão da Bijuu que estava treinando arduamente e graças aos meus esforços eu tinha me graduado como Chuunin e me tornei o líder dos ANBUS de Iwagakure.
 
   Passei no restaurante famoso de Iwagakure, peguei três “quentinhas” para levar para o quartel.  Kosuke e o Ikarus, que já deveria ter voltado, iriam gostar de forrar o estômago. Chegando ao QG fui diretamente para o meu escritório, o benefício de ser o líder, e pedi para um membro chamar os dois nomes e depois levar os relatórios das rondas.
 
  Enquanto isso eu abria e cheirava a minha refeição, uma delícia, e meu estômago logo rugia de fome. Comecei a comer antes que qualquer um me atrapalhasse só aguardando minha equipe chegar. Virava e mexia minha cabeça me fazia voltar para os dois membros importantes de Iwa, Sousuke e Yamiko. E a demora de ambos estava começando a me inquietar demais. Mas teria que confiar neles.  Enquanto isso eu teria que domar as feras.
 
  Quando os membros chegassem ofereceria a eles as “quentinhas” para em seguida começar os assuntos.
 
  - Os chamei aqui para me fazerem companhia no almoço e para me passarem as últimas notícias da Vila e arredores. Outra coisa. Tenho que cuidar de uns assuntos pessoais e quero que cuidem de tudo até a minha volta. Devo ir aos  arredores da Vila para um “treinamento”.  Mas logo eu volto. - Os avisava da minha ausência. 
 
   Trataria de mais alguns assuntos e pediria para um ou os dois que fizessem o levantamento de ninjas de Iwa, queria saber como estava nosso poderia militar e o que poderia fazer com eles. E tinha outro fator que me interessava. Mas trataria dele depois, um reencontro com um membro dos Zoldyck que não morava em minha casa.
    
Informações:

 
Noah Zoldyck:
HP: 900/900    CH: 1.350/1.350    ST: 4/4    6 m/s

 
 


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Crônicas de um ninja - Parte I


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 24ºC 6/??? posts


Ambiente: Quartel ANBU.

Narração: Era interessante os acontecimentos daquele dia e o jovem Noah parecia responder bem ao seu posto de líder ANBU de Iwa, acumulando as funções administrativas durante a já prolongada ausência de Sousuke e Yamiko. Funções estas que ele não parecia gostar muito de fazer. A força da necessidade, todavia, o obrigava a fazer ainda assim, como dizem "o cachimbo que põe a boca torta".

Depois de organizar o que tinha de organizar, se dirigiu até o quartel, logo depois de comprar refeições para ele e seus subordinados. Lá estava Noah sentado à sua mesa quando os dois convocados surgiram. Era um convite para uma reunião em meio ao almoço.

A reunião se estendeu por pouco menos de uma hora e o sol já havia cruzado o ponto mais alto do céu e iniciava sua jornada em direção ao horizonte oeste. A tarde aparentava que seria quente e seca, como era o costume, embora uma pequena brisa percorresse os corredores formados entre as montanhas e os prédios da vila.

Os membros da ANBU deixaram o líder a par de tudo que estava acontecendo, mas desde que o Tsuchikage levou a guerra ao País do Relâmpago, que a procurou atacando diversos assentamentos do País da Terra, tudo parecia surpreendentemente tranquilo nos arredores e no interior da vila. Ambos também demonstraram um pouco de insegurança pela falta dos membros do Gabinete do Kage. Agora, o substituto também teria que sair da vila e isso poderia causar problemas sérios em caso de algum ataque externo.

Antes de terminarem, um dos homens se dirigiu à Noah com um tom de voz bastante preocupado.

_Senhor, recebemos informações que o Senhor Feudal do País da Terra deseja realizar uma visita a nossa vila na próxima semana para uma reunião geral com o Tsuchikage-sama... O que faremos se Sousuke-sama não retornar até lá?

Eles aguardariam instruções sobre a visita próxima do Senhor Feudal e, aquele que foi ordenado, prepararia o relatório sobre o poderio militar da vila solicitado.


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   A informação passada sobre a invasão do Tsuchikage ao país do Relâmpago me surpreendeu, não achei que tivesse chego a este ponto. E minha missão de garantir a paz entre os nossos países foi inútil, minha arriscada ida à Kumogakure no Sato foi meramente para ganhar tempo. Será mesmo que a Raikage iria mentir na minha cara e ainda mandar ninjas para nos atacar?! Ou seria mais uma estratagema para as duas entrarem num embate, por fim, conseguiu o seu intuito. E pior ainda, levou o rei preto para enfrentar todo o tabuleiro branco que iniciou os movimentos neste jogo.
 
  - Estamos num jogo de xadrez meus amigos...  E quem é que está controlando a mesa? – Falei no momento de contemplação das ideias.
 
  Tinha algo por trás de toda aquela história e estávamos caindo que nem patos nas armadilhas. E Sousuke-sama nem levou mais ninjas com ele. Minha mente começou a trabalhar em hipóteses e possibilidades. Ainda bem que já estava com a barriga cheia e teria energia para gastar com tais pensamentos. Agora será que tirar a assistente da Vila também fazia parte do ardil? Minha ausência seria um risco ainda maior? Tínhamos ainda ninjas tão bons ou melhores do que eu na Vila e não ficaria tanto tempo fora e nem muito longe.
 
 Meus pensamentos foram interrompidos quando Ikarus passou uma informação que fez até os meus cabelos da nuca se arrepiarem. O Senhor Feudal do País da Terra viria para cá. E com a ausência do Tsuchikage e de sua assistente. Como explicaria os feitos de ambos e uma guerra entre o País da Terra e o País do Relâmpago? Se preciso fosse eu mesmo falaria com ele.
 
  - Ikarus tem alguma notícia boa ou somente agouro?  – Ironizava ao máximo que conseguiria, enquanto pegava balas de café e as colocava na boca. – Vou mandar uma carta ao Senhor Feudal notificando-o da ausência dos dois membros. Mande um dos nossos mais rápidos e que seja excelente em infiltração, ele será o responsável para levá-la em segurança e entregará para o Senhor Feudal em pessoa. Nenhum subordinado será aceitável. – Finalizei firmemente. – Caso ele ainda queira continuar com a ideia desta visita, que seja, iremos recebê-lo. – Finalizei com a voz desanimada.
 
  Quantos fatos administrativos e políticos estavam se fazendo necessário. Sentia bem o peso da responsabilidade de um Kage. Não era necessário só ser forte em combate físico, jutsus e resistência. Existem outros tipos de lutas e administrativo e política eu ainda engatinhava. Só não poderia me deixar abater e usaria destas experiências para me tornar um ótimo líder um dia.
 
   - Kosuke, você ficará responsável pelos ANBUS na minha ausência, e qualquer problema com a Vila avalia bem a situação e ganhe tempo até eu chegar. Não pretendo demorar e caso realmente precisem procurem aonde tem neve. – Falei meio em códigos, mas sabia que eles entenderiam o recado. – Quero a lista na minha volta, se o Senhor Feudal realmente vier quero mandar uma equipe para escoltá-lo. Só espero que não seja preciso. - Ainda havia esperança.
 
   Passaria todas às coordenadas para ambos de como deveriam proceder em alguns casos. Fora o mensageiro e os dois a minha frente, queria os demais Anbus em ronda, sem serem vistos pelos civis. Não queria alertar os membros da Vila. Depois escrevi a carta para o Senhor Feudal e o lacrei com o  símbolo de Iwa e o selo dos Anbus entregando ao Ikarus.
 
  - Cuidem bem da Vila, da carta e da lista. Do restante damos conta depois... – Falei num tom animado.
 
  Após os direcionamentos finais fui até a cozinha do QG peguei uns dois cantis para seguir para a rua e de lá até onde meu maior medo estaria. Depois da liberação de chakra doton sobre o meu corpo, ele ficou mais leve e flutuou. Tomando o controle do voo segui para as montanhas.
 
 
Informações:
 

 
 
Noah Zoldyck:
HP: 900/900    CH: 1.325/1.350    ST: 4/4    6 m/s

 
 


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Crônicas de um ninja - Parte I


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 24ºC 7/??? posts


Ambiente: Quartel ANBU, na primeira parte, e montanhas na segunda.

Narração: As ordens de Noah foram claras e diretas, não deixando dúvidas, mas, em resposta ao questionamento lançado, Ikarus apenas balançou a cabeça negativamente. Realmente, eram apenas agouros naquele momento, ainda mais com a baixa no quartel ANBU (Marin). O mensageiro ao Senhor Feudal faria como ordenado, no entanto, a resposta do líder do País só seria conhecida posteriormente.

A máscara que cobria o rosto de Ikarus e do outro ANBU omitiam a reação pronta de ambos ao tomarem ciência de onde o líder Noah estaria para ser encontrado: onde há neve. Embora não soubesse o motivo preciso, era de conhecimento do esquadrão o medo do líder e, aquilo sim, chamava atenção.

Entretanto, nada mais havia a se dizer e toda a logística foi explicada por Noah e compreendida pelos dois companheiros de farda. Ikarus pegou a carta e saiu para providenciar o mensageiro mais rápido da vila para ir até o Feudo do País da Terra, onde residia o Senhorio.

Noah saiu e voou na direção das montanhas, ainda um pouco tomadas pela neve caída na última nevasca de inverno. Neve que começava a se derreter lentamente enquanto era banhada pelo sol de primavera. Entre as montanhas menores, a neve era mais resistente, pois o sol quase não conseguia lançar seus raios, especialmente por já se tratar do meio da tarde daquele dia conturbado.

Alguns pontos, a neve já estava derretido e uma lama estranha cobria o solo, deixando tudo um pouco mais sujo e o equilíbrio bastante difícil.


Considerações:

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   Com todos os preparativos no Quartel da ANBU fui tranquilamente para as montanhas. O dia estava passando muito rápido e minha cabeça estava um pouco cheia com tantas informações que havia recebido e decisões urgentes. Aquela vida não era tão fácil quanto imaginava. Mas era uma ótima experiência para quando fosse necessário. Diplomata, ANBU, Assistente e Kage, eu saboreei um pouco de cada cargo. E me impressionei ainda mais com a desenvoltura do Sousuke-sama.
 
  O dia de primavera estava agradável em Iwa, voar e as balas de café que saciavam meu vício por cafeína sempre me acalmavam. E precisava estar bem calmo para o que viria em seguida. Enfrentaria uma hidra com oito cabeças e que disparava de suas bocas muito gelo. Cada metro mais perto das montanhas que continham neve, mais tenso eu ia ficando. Então para distrair minha mente comecei a fazer manobras aéreas que costumava fazer na viagem para Kumogakure no Sato. Piruetas, subir a grandes altitudes e depois despencar para pegar mais velocidade, loopings e tudo o que tinha direito só parando quando cheguei ao meu objetivo.
 
   As grandes montanhas de Iwa abraçavam as montanhas menores e nelas ainda tinha muito material alvo do inverno. Aquela visão quem sabe no futuro não seria linda, mas naquele momento um buraco se abriu no meu estômago e lembranças de um passado que queria esquecer se forçavam para o raso do mar da memória. Se fazendo cada vez mais presentes quanto mais perto ficava.
 
   Resolvi descer num ponto com menos neve e mais lama e se não fosse pelo meu jutsu teria caído de bunda na hora e com certeza iria entrar na neve de cabeça! E um passo de cada vez, minha determinação dizia para prosseguir e meu corpo reagia para correr para o mais longe possível. Meu corpo gritava a cada passo e minha mente lutava contra minha vontade. Um leve tremor começou quando fui colocando o pé direito na neve e quando eu firmei o pé esquerdo tive um pequeno aprofundamento na neve. O frio subiu pela minha espinha e pareceu que congelou todo o meu corpo. Estava paralisado.
  
  [...]
 
  Era bem mais novo e estava no país da geada em missão com a minha família... Nossa invasão a um castelo... Neve... Mortos... Sangue por toda a neve... Uma criança massacrada na neve... Quase sendo morto pelo inimigo se não fosse pelo meu irmão... Nossa invasão a um castelo... Neve... Mortos... Sangue por toda a neve... Uma criança massacrada na neve... Quase sendo morto pelo inimigo se não fosse pelo meu irmão...
 
  [...]
 
 Estas imagens geraram um ciclo interminável que eu estava tentando lutar contra. Mas caí de joelho só meus braços reagiram a tempo para que eu não caísse de cara no chão. Entretanto, minha máscara caiu revelando meu rosto e o medo estampado nele. Por mais força que fazia o meu corpo não respondia, do mesmo modo que aconteceu na fuga da Bonnibel.
 
  - Resista e lute Zoldyck! – Falava comigo mesmo me trazendo forças para lutar contra a minha hidra do gelo.
 
Informações:
 

 
 
Noah Zoldyck:
HP: 900/900    CH: 1.325/1.350    ST: 3/4    6 m/s
Byakugou no In: 500/500 
 
 


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narrador


Crônicas de um ninja - Parte I


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 24ºC 8/??? posts


Ambiente: Montanhas em volta de Iwa.

Narração: O tempo passava muito mais rápido do que parecia e o jovem ninja da Pedra já estava em seu objetivo, as montanhas cobertas da neve caída nas nevascas do último inverno: o inferno de Noah. Trocadilho a parte, o garoto havia se colocado em uma situação bastante tensa, se expor ao medo incontrolável e inconsciente para superá-lo não era tarefa saudável, ao contrário, era insana.

As consequências podiam ser sentidas, pelo garoto, na pele. Depois de um começo corajoso, ele já se via dominado pelo medo e estava paralisado. O coração palpitava dentro do peito como se quisesse arrebentar para fora, o que lhe deixava com a respiração irregular.

Uma raposa, pequena e branca, assistia, curiosa, de longe o que acontecia com o rapaz. Aproximou-se cerca de três passos e se sentou, notando que o jovem ninja estava afundando na neve ligeiramente derretida.

Para piorar a condição, o dia de clima ameno parecia mais frio naquela geladeira a céu aberto. A cadeia de montanhas gigantes que abraçava aquela, menor, fazia com que o ar frio da neve ficasse todo preso no ambiente, fazendo a sensação térmica despencar.


Considerações:

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   Identificar o problema é um passo e saber se é racional ou irracional é o segundo. No meu caso é um medo irracional gerado por uma situação que ocorreu quando ainda eu era pequeno, uma morte iminente e uma criança destroçada e sangue quente em meio à neve gélida. Minha razão estava clamando para que ela assumisse o controle, mas o medo irracional era um inimigo implacável, aliás, há anos ela veio se enraizando em minha mente a ponto de me neutralizar. 
 
  Mas já era hora de reagir...
 
  No meio da escuridão da minha mente entorpecida, se expandiu uma luz afastando a escuridão e revelou a cena de quase morte no castelo banhado pela geada.  Mas desta vez era o eu de hoje que estava lá e não mais um garotinho indefeso em aprendizado para seguir os passos de sua família. E sim um ninja que já superou grandes obstáculos. A cena mudara de foco e o meu inimigo partiu para cima de mim, mas a cena inicial se repetiu devido a minha paralisia inicial. O que já estava me incomodando e me forçando a sair daquele estado. 
 
  Comecei a reunir e fazer meu chakra circular intensamente como em uma investida contra um genjutsu inimigo. Forcei a manipulação do meu chakra e ele começou a ser expelido, e por consequência meu jutsu ainda ativo reagiu a este movimento. O que me fez flutuar alguns centímetros acima da neve em que estava. E quando me dei por mim voltei àquela montanha alva a alguns centímetros acima da neve e minha máscara permanecia onde caiu. O frio estava se intensificando e por um momento bati os dentes automaticamente. Mas precisaria continuar um pouco mais para depois descansar.
 
  - Vou controlá-la, não posso permitir que mais ninguém sofresse pela minha fraqueza! – Falava descendo novamente e encostando-se à neve de novo. Mas desta vez o efeito foi menos intenso, mesmo porque eu estava exalando chakra e minha determinação estava começando a aumentar. - Pela Marin...
 
  Meu corpo ainda reagia ao medo, tremia feito vara verde, mas eu me forçava os meus membros a se moverem numa tentativa de pegar a máscara. Um posto que tinha conquistado recentemente e pessoas que precisava proteger... As cenas se forçavam em minha mente e a luta continuaria. Mas eu não mais perdia a consciência e já começava a me controlar com esforço. Com muito esforço consegui pegar a máscara e a coloquei em meu rosto novamente. Quanto tempo aquele movimento levou já não sabia dizer. E quando percebi uma exaustão eu voei até uma parte sem neve para me recuperar e neste momento meu chakra voltou a circular normal.
 
  Precisava de um trabalho racional, usaria toda a minha inteligência para criar uma postura mental de enfrentamento ao irracional, uma implantação de ideia ou uma sugestão mental. Longe da neve fui criando exercícios para me fortalecer quanto àquela situação. Logo eu voltaria para a neve e esperava que o treinamento funcionasse.
 
  Coloquei algumas balas de café na boca e o fim delas significaria a volta para o embate. Só neste momento percebi que tinha um companheiro, uma raposa pequena e alva, naquele fim de mundo. Um contraponto a minha máscara.
 
 
Informações:
 



Noah Zoldyck:
HP: 900/900    CH: 1.325/1.350    ST: 2/4    6 m/s

 
 

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Crônicas de um ninja - Parte I


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 24ºC 9/??? posts


Ambiente: Montanhas em volta de Iwa.

Narração: A pressão era intensa sobre a mente do jovem ninja da Pedra. A tentativa surtiu algum efeito, especialmente em aumentar os batimentos cardíacos do garoto. No entanto, não era apenas de problemas que ele vivia naquele dia. A tática de utilizar o chakra para diminuir os efeitos negativos de sua fobia funcionava bem e clamar pela subordinada ferida por sua responsabilidade também parecia lhe acrescentar uma força psicológica extra.

Nesse misto de pressão pelo medo irracional e força de vontade pela busca do bem dos demais, o saldo era positivo para o garoto. Todavia, os efeitos da fobia ainda lhe davam certa dose de ansiedade. Talvez por isso ele tenha saído para se recuperar e buscar na cafeína um alento momentâneo.

A raposa pareceu curtir a cena e permaneceu parada, observando-o com atenção. Algo curioso em meio ao ambiente hostil que Noah estava. A pequena raposa parecia não ter medo nem do ninja e muito menos da neve, que a camuflava bem seu corpo, mas deixava seus olhos negros em bastante destaque.

Quanto ao passar do tempo, estranhamente, ao subir, Noah pode perceber que já se aproximava do por do Sol, devia ter ficado umas duas horas ali, o que poderia ser perturbador, afinal, quanto tempo permaneceu inerte em meio ao inferno branco?


Considerações:

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  Olhava atentamente aos pontos negros no meio da neve. Parecia que havia se formado o Ying e o Yang, a raposa branca e a negra em forma de máscara. O equilíbrio... Era o que eu precisava.  
 
  - Cara, como você aguenta este frio e tanta neve?! – Perguntava ao animal a minha frente. – Pelo menos não estamos sós. Agora temos um ao outro. – Falava a raposa. Mesmo que isso fosse esquisito. Será que me expor a tanta neve e por tanto tempo meus parafusos já estavam a cair?! Ou sempre tive parafusos a menos e naquele momento eu caí na realidade?! Ainda não saberia dizer.
 
  - As balas derreteram na minha boca... – Falava em tom meio desanimado, pois sabia o que estava por vir. Antes que minha ansiedade tomasse conta de mim, fiz o selo tigre fechei os olhos entrando num momento de meditação. Relembraria os motivos de fazer tal superação. Marin, minha família, amigos, minha Vila! Eles serão a rocha da qual eu iria tomar força.
 
  - Vamos lá amiguinho! Vamos à luta! - Levantava num pulo e em outro salto pulei na margem da neve. Otimismo absurdo, mas me trazia a memória o que me dava esperança. O medo terrível da neve ainda se manifestara, mas seu efeito primário foi se reduzindo muito rápido e a paralisia pelo menos eu já conseguia enfrentar, mas as imagens ainda eram fortes e se repetiam em minha mente, forçando boa parte do meu corpo a querer correr dali. Porém eu continuaria até meu corpo reagir à implantação da ideia de não ter mais temor. Aliás, eu já era forte para me defender sozinho e corpos e sangue, como um shinobi encontraria muitos por aí. A neve foi só um ato da natureza que compôs o cenário aterrador da minha infância. Então este receio deveria ficar lá no passado e ser lembrado como uma dádiva, aliás, eu ainda estava vivo.
 
  O medo é uma composição de pensamentos disfuncionais que causam distorção e, por fim, nos causa sensação de risco, uma ameaça a nossa vida.  Se eu destrinchasse estes pensamentos minuciosamente e tratasse um por um, o medo se esvairia. E assim o fiz começando pela missão, uma missão em família como aprendizado shinobi. Os corpos que encontrei no castelo era parte da missão e consequência de uma batalha inevitável. O sangue resultado do anterior caso anterior, e hoje como Iryo-nin já estava acostumado a lidar com ela. A criança estraçalhada era um fato monstruoso, mas acontece neste mundo. E um inimigo mais capacitado na época atrás de vingança ou meramente obrigação naquela batalha, achou uma brecha ou um elo mais fraco e aproveitou a oportunidade, se não fosse pelo meu irmão intervir e matá-lo. Não tinha nada a ver com o próximo item. A neve. A neve só estava presente no campo de batalha e pintava tudo da sua cor, a exceção do rubro que abria caminhos por entre seus braços. Seu clima, sua textura era o que me faz lembrar-me daquela cena e somente isso. Ela não causou o trauma, ela era o gatilho.
 
  Vendo desta forma conseguiria prosseguir no desarme do temor à neve. O medo estava perdendo forças e eu comecei a ganhar neste braço de guerra. Mesmo começando a sentir o frio se intensificando. Os minutos passavam e a cada momento eu ganhava mais espaço. E para reforçar os efeitos positivos colocava mais balas de café na minha boca para saboreá-las. E os pensamentos naqueles que queria proteger ajudava também a blindar ainda mais minha posição.
 
  De vez em quando olhava para o animal que estava sentando na neve e pensava que poderia ficar a vontade assim como ele estava. A única diferença é que precisaria de um pouco mais de roupa. A distração me fez perder um pouco do controle da situação. O recuperando minutos depois. A batalha estava no seu clímax e caminhando para o seu final.
 
  Medo, determinação, temor, fé, covardia, coragem... A mistura que compunha a batalha interna e o que me fazia sair da neve de vez em quando. Mas logo voltava, num ciclo contínuo como a água. E como a água continuava seguindo em frente.
 
 
Informações:
 

 
 
Noah Zoldyck:
HP: 900/900    CH: 1.325/1.350    ST: 4/4    6 m/s
 


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Crônicas de um ninja - Parte I


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 25ºC 10/??? posts


Ambiente: Montanhas em volta de Iwa.

Narração: Incrivelmente, a durabilidade de Noah exposto ao clima totalmente adverso, tanto do ponto de vista físico quanto do psicológico, era surpreendente. Também os motivos que o levava a se concentrar em se livrar do maldito e incontrolável medo de neve eram demasiadamente fortes. "Com a faca entre os dentes", ele enfrentou o medo e parecia sair vencendo.

Entretanto, um ponto negativo para ele. O fim das balas de café que serviam para acalmá-lo. Ironia, porém verdade. As balas de cafeína acalmavam o espírito de Noah que se mantinha focado em seu objetivo: superar seu medo inconsciente. Para compensar o término das balas, ele se concentrou e meditou, tentando manter o foco.

Mais balas de café depois de um determinado tempo de meditação e reforço positivo do auto-controle. Ele parecia elétrico e a raposa, em contraste, se deitou onde estava, ainda observando. Os efeitos do medo, aos poucos, diminuíam, mas ele continuava a sentir o corpo pesar em meio ao branco. Estaria ainda pior se não fosse o jutsu Doton lançado.

Tudo ia muito bem quando uma pequena explosão pode ser ouvida ao fundo, no meio da montanha, aparentemente, o que a balançou um pouco. Suficiente para que causar deslocamento de ar capaz de levar a uma avalanche pequena. Se Noah observasse com atenção, poderia ver que a raposa tentou correr na direção dele para escapar, mas seria alcançada e "inumada" pela neve.

Seria esse o teste de fogo para Noah superar seu medo de neve?


Considerações:

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  Aquele longo esforço estava drenando minhas forças, estava quase no meu limite físico e psicológico. Mas tinha avançado muito no exercício até que finalmente percebi que a neve em si não tinha mais tanto efeito, ou poderia dizer que não mais me afetava. Conseguia me mexer livremente, e não tinha mais aquele sentimento grotesco dentro de mim a ponto de me paralisar. Mas com o desgaste meu corpo parecia estar mais pesado, mesmo usando meu jutsu de Keijugan no Jutsu.
 
  Alegria foi brotando em meu peito como uma chama ardente e logo soltei uma expressão de júbilo. Entretanto, parecia que minha comemoração causou uma pequena explosão em algum ponto mais alto da montanha. O som não parecia nada bom, para em seguida sentir um tremor. Coloquei uma das mãos no chão e o tremor continuava. Isso era ruim, muito ruim! Vivendo nas montanhas e passando alguns invernos em Iwa, logo percebi do que se tratava: uma avalanche.
 
  Em seguida percebi que a raposa alva se levantava e começava a correr em minha direção. De fato era uma avalanche que se aproximava e ela estava em perigo. Selos eram feitos em minha máxima velocidade, para criar um dragão de rocha emergindo da montanha e perfurando a neve presente para que a raposa ficasse em sua cabeça, e o dragão subiria até transpor os dez metros do chão e viria em minha direção.
 
  - Não se mexa que eu vou te pegar amiguinho! Vou cuidar de você! – Falava num tom que até mesmo o animal entenderia que eu era um aliado querendo ajudar.
 
 Ao mesmo tempo em que o dragão crescesse, pegasse a raposa e viesse em minha direção, eu voaria em máxima velocidade subindo os dez metros para evitar a neve e pegar a raposa da cabeça do dragão para em seguida voarmos para bem longe daquele lugar.
 
  - Obrigado por me acompanhar enquanto superava meu terrível medo! Você não se machucou né?! – Falei agradecido pela companhia do animal.
 
  Voava por entre as cadeias de montanhas próxima e para longe dos efeitos da avalanche, mas que ainda contivesse neve. Depois que me certificasse que estava seguro pousaria. Então acharia uma rocha para sentar-me.
 
  - A partir daqui vamos ir andando, estou exausto, só preciso de um tempo para respirar. – Falava à raposa já que estava exausto da superação da fobia da neve. desativando meus jutsus e tentando me recuperar. - Se quiser pode ir para a minha casa, lá tem bastante comida e um lugar quente para ficar! – Convidava a raposa alva para ir a minha casa. Era mais uma forma de agradecê-la por me acompanhar num momento tão crítico.
 
  Depois de um tempo comecei a investir minha mão contra uma porção de neve que estava em meu alcance. Agora que o pior já passou queria ter certeza que não mais voltaria.
 
  “Apesar de tudo eu estou tendo uma ótima aventura!“ – Pensava comigo mesmo ainda mexendo na neve e continuando a desconectar a neve das sombras do passado.
 
Informações:
 

 
 
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Crônicas de um ninja - Parte I


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 25ºC 11/??? posts


Ambiente: Montanhas em volta de Iwa.

Narração: Era incrível com o jovem conseguiu se desenvolver para afastar o receio da neve e agir rápido o bastante para salvar a pequena raposa branca que assistia ao seu treino, como se fosse uma torcedora em um camarote. A torcida do animal, que também acabou sendo diretamente interessada no sucesso da "raposa negra", pareceu render a força necessária para que ele afastasse os efeitos negativos de seu medo.

Naturalmente, outros fatores também foram determinantes, talvez até mais que a raposinha que o vislumbrava durante toda aquela cena. O jutsu de voo era realmente útil para evadir de uma situação natural adversa. A avalanche, ainda pequena, não teve condições de acompanhá-los e Noah, com muito empenho pode colocar a si mesmo e a raposa em segurança em um local longe de quaisquer perigos.

Embora não falasse, a raposa parecia topar a ideia de ir para a casa dele e comer da comida dele. Ao invés de sair dali, permaneceu ao lado do jovem, observando-o, especialmente depois que ele pegou uma pequena quantidade de neve em sua mão.


Considerações:

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  Devidos aos eventos anteriores eu tinha chego a uma situação crítica e levei meu corpo ao limite de seu uso. Agora sentado a uma pedra e segurando uma porção do que era um medo tenebroso, consegui transformá-lo em apenas neve quando resolvi destrinchar os fatos ocorridos e tirar a culpa do foco equivocado. Estava me sentindo mais leve, mesmo sem o Keijugan no jutsu. Era uma sensação de alívio e poderia a partir daquele momento desfrutar os momentos quando o inverno chegasse. Seria uma boa notícia para a minha família e para amigos. E cumprido uma promessa para a Marin.
 
  Mais um degrau em direção ao topo, e menos um fardo a ser carregado até lá. Naquele momento estava realizado. Mas não mais poderia ficar ali. Outros assuntos precisavam da minha atenção. Precisava revisar relatórios e cuidar de assuntos urgentes. Será que a minha mensagem já tinha chego até o Senhor Feudal?! Espero que não tenhamos problemas no meio do caminho.
 
  Olhando novamente para a alva raposa ela parecia ter concordado com o fato de ir para a minha casa, se não, ela não mais estaria comigo. Mas não a aprisionaria, seria livre para fazer o que quisesse. Entretanto, caso ficasse comigo teria que saber onde fazer suas necessidades. Mas seria uma preocupação para outra hora.
 
  - Amiguinho, vamos indo. Tenho muitos assuntos para tratar e não posso ficar mais tempo aqui. – Dava uma pausa. – Hora de irmos! Suba a bordo. – Falava com o animal e estendia os braços para quando a raposa viesse a colocaria em meu ombro direito. – Segure-se! – Iniciava um trote enquanto eu o animal nos entendêssemos no equilíbrio para depois seguir mais rápido pelas cadeias de montanhas. Saltos, corrida e manobras simples e precisos eram realizados para avançar rapidamente em direção da Vila - O centro da vila para ser mais exato -  já que estava cansado demais para seguir pelo meu jutsu de voo.
 
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HP: 900/900    CH: 1.300/1.350    ST: 0/4    6 m/s
 
 


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Crônicas de um ninja - Parte I


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 25ºC 12/??? posts


Ambiente: Montanhas em volta de Iwa.

Narração: Por algum motivo ainda desconhecido pelo animal branco da neve, Noah estendeu os braços, mas ela pulou no braço e foi levada junto com o ANBU de Iwa para o centro da vila. Ele não tinha mais condições de ir pelo ar e foi correndo, não muito rápido, por estar muito cansado, física e psicologicamente. Mas isso nem era importante, o principal foi a vitória conseguida naquela tarde, que ia se aproximando do final.

O sol se aproximava do horizonte e já passavam da 17:00 horas, quando ele chegou, com a raposa branca, no portão principal da vila. As pessoas pareciam estar reunidas em algum lugar, pois apenas os guardas do portão estavam por lá. O que estaria acontecendo?


Considerações:

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  Na manhã seguinte à superação do meu medo estava um caos na Vila, tinha acordado mais cedo para o treinamento diário e para dar comida para o meu novo companheiro. Após me vestir adequadamente com os trajes Anbu e adicionar mais uma arma – presente dos meus pais pela superação do medo – em compensação da espada que tinha dado ao Sousuke-sama. O dia estava radiante já que havia rumores que os dois membros do Gabinete estavam de volta a Vila.
 
  Indo até o Gabinete não os achei. Decidi então ir até a casa da Yamiko-chan. Queria saber como foi a sua viagem e precisava reportar os acontecimentos da Vila. Fui até o QG e peguei o endereço da kunoichi e segui a passos confiantes.
 
 Chegando lá bati na porta.  – Bom dia, Yamiko-chan! Bem vinda de volta! Quais as boas notícias de sua viagem? – Falava animado por debaixo da máscara ANBU. 
 
 
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HP: 1.100/1.100    CH: 1.550/1.550    ST: 4/4    10 m/s

 
 


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Crônicas de um ninja - Parte II


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 22ºC 13/??? posts


Ambiente: Casa da família Ishikawa.

Narração: Era cedo e uma brisa suave percorria as ruas da vila, refrescando um pouco a manhã. Ele parecia muito animado naquele dia, possivelmente porque o Tsuchikage e a sua assistente estavam de volta e as preocupações diminuiriam. Ele estaria parcialmente certo, ela estava de volta, mas Sousuke não, nem voltaria.

Ela veio até a porta e a abriu, olhando-o. Estava com os olhos inchados por ter dormido tanto, mas não demonstrou estar feliz. Em verdade, a seriedade no rosto da kunoichi era particular pela presença de Noah à sua porta. Sem demonstrar a mesma empolgação que ele, ela afastou-se da passagem, se escondendo atrás da porta para que o ANBU entrasse logo.

_Entre logo Noah... e... se sente... no sofá...

Ela sentaria em sequência, depois de fechar a porta. Ele poderia reparar que a espada, antes de Sousuke, estava sobre a mesa de centro. Depois de se sentar, Yamiko levou os dedos, indicador e médio, de ambas as mãos, às têmporas e fez uma pequena massagem. Parecia estar com dor de cabeça. Enquanto ainda massageava, fechou os olhos.

_Minha viagem... foi... terrivelmente... tensa... Só não... morreram todos... porque... tinha aquela... loira... incrível... Só tem... uma boa... notícia em... em tudo isso... Eu não morri... A expedição... deles... continua... Deixei... seis pessoas... quando saí... As mortes... não suportei ver... as mortes... E tenho mais... bem mais... más notícias...

A garota fez uma longa pausa, enquanto suspirava pesadamente e descia os braços até os apoios do sofá. Manteve os olhos fechados, pois parecia pensar na melhor forma de dizer isso à Noah.


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  Quando cheguei à casa da Yamiko-chan eu não percebi nenhuma empolgação nela. Mas ela permitiu que eu entrasse e assim eu o fiz. Sentei-me no sofá ajeitando a espada enquanto a garota fechava a porta e sentava-se comigo. Estava ansioso para saber como fora a viagem. Só que uma coisa curiosa aconteceu. A minha espada, a que eu tinha emprestado para o Sousuke-sama, estava em cima da mesa de centro. Alguma coisa estava esquisita e não precisava ser um gênio para deduzir isso. A cara desanimada da Yamiko e minha espada sobre a mesa.
 
  - Ya... Yamiko-chan, como esta espada foi parar na sua mesa?! – Perguntei quando ela começou a massagear suas têmporas. Esperaria o tempo que fosse para a resposta, mas precisaria de uma. Depois de fechar os olhos a garota se pronunciou de forma pausada, como se estivesse colocando as ideias no lugar. Mas prestei atenção em cada palavra dita. Uma loira havia salvado a muitos na expedição, quem seria ela? Deveria ser muito forte para tal feito, mas iria um pouco além: porque precisou de medidas tão incríveis? Seriam perguntas pertinentes assim que a kunoichi se concentrasse.
 
  - Yamiko, imagino que sua viagem tenha sido tensa e contra quem ou o que vocês lutaram? Sendo shinobis temos que lidar com este fato: a morte. Temos que fazer a nossa morte valer a pena, nem que seja para salvar os nossos. Nossos sentimentos se embaralham com a perda, mas uma hora isso diminui... – Dava uma pausa, não saberia se aquilo era um conforto ou estava trazendo mais dor. Mas precisaria continuar. – Bom, se a expedição ainda continua devemos ter esperanças! – Tentava animar a minha voz, mesmo que agora estava com receio as más notícias que se seguiriam. – O que aconteceu com o Sousuke-sama? Esta espada estava com ele. Como a conseguiu? – Continuava a questionar a ninja.
 
  Encostaria completamente no encosto do sofá, observando atentamente aos movimentos e caras e bocas da garota a minha frente, como se estivesse numa cadeira da montanha russa prestes a fazer a sua primeira queda.
 
 
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Noah Zoldyck:
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Crônicas de um ninja - Parte II


Local Iwa Estação Primavera Temperatura 22ºC 14/??? posts


Ambiente: Casa da família Ishikawa.

Narração: Ela piscou e voltou a olhar para Noah que estava sentado. Deixou que ele falasse tudo o que tinha a dizer para ela. Yamiko sorriu e balançou a cabeça negativamente assim que o ANBU disse o nome do agora ex-Tsuchikage. Muxoxou, estalando a língua nos lábios, para então suspirar pesadamente.

_Noah... Sousuke desertou da vila...

Disse apenas isso, de uma vez, afinal não conseguiu imaginar outro jeito de fazê-lo sem causar uma impressão ainda pior. Ainda estava visivelmente chateada com toda aquela situação. Ainda não se sentia pronta para assumir aquele cargo, mas seguiu com o tímido discurso.

_Depois de matar alguém... em Kumo... Ele resolveu... se entregar... a eles... Agora eu sou... a Tsuchikage... Nanadaime... Tsuchikage... Desculpe-me... por falar desse jei...jeito contigo... Sinto muito... Ele me pediu para... lhe entregar... esta arma...

Ela, depois de falar, estendeu a mão esquerda, apontando para a espada sobre a mesa e respirou fundo, muito fundo. Ergueu o braço direito e coçou o olho direito, voltando a fechá-los.

_Infelizmente... Isso aconteceu... às vésperas... de uma visita... do Senhor Feudal à...Iwa. Não sei... o que vou... dizer a ele... e como vou... dizer a ele... Mas preciso... precisamos... confirmar a confiança... dele na vila... Então preciso acertar... várias coisas... com ele... Quero que você... vá... pessoalmente... buscar o velho... Lá... preciso... muito que... tudo saía... direito... Noah... Consegue fazer isso... por mim? No gabinete... tem uma carta com... o endereço... de onde... ele está...

Esperava poder contar com a ajuda do shinobi e demonstrava grande preocupação com aquela questão, praticamente ignorando o restante que lhe fora dito, simplesmente havia questões internas mais urgentes a serem resolvidas. Questões de segurança da vila.


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  Um suspiro, apesar da situação da garota, ela tinha um ar encantador. Alguns traços de seu rosto lembrava muito a sua mãe Ishikawa Mikoto. A frase seguinte dela fez até a minha espinha congelar, paralisado, sem acreditar no que a garota disse.
 
  - Não... Como é possível?! O Sousuke-sama não deixaria a Vila assim... – Falava comigo mesmo meio em transe até não falar mais nada. De repente ficar sentado estava me causando inquietação e acabei me levantando e andando em volta do sofá. Tentando imaginar quais motivos o fariam desertar. Até que a garota mais uma vez se pronunciou e explicou o motivo e ainda mais... Ela é a nova Kage, a Nanadaime Tsuchikage. E começou a se desculpar e falar que ele havia pedido a ela para entregar a arma.
 
  Fiquei de costas para a minha anfitriã, e por baixo da máscara escorreram lágrimas silenciosas. Pela perda de um amigo e um Kage.  Ele, assim como a garota, virou Nukenin. E era meu trabalho ir atrás deles. Nem para que seja para que ele explique seus reais motivos, pois aquele era muito fraco. Entretanto, uma raiva começou a surgir o que começou a secar as lágrimas. A razão estava começando a tomar o controle de mim e meus sentimentos seriam deixados para depois.
 
  A seguir a Yamiko continuou a falar sobre a visita do Senhor Feudal, aliás, ela já estava sabendo do velho dono de quase tudo no País da Terra. E minha primeira missão, ela assumindo como Kage seria trazer o Daimyo da Terra até a Vila Oculta. Parece-me que ela está em choque também.
 
  - Yamiko... Quero dizer, Nanadaime-sama. Antes de pensarmos na minha missão. Quero confirmar que pode contar comigo como Líder da ANBU, e reafirmo os votos que fiz ao antigo Tsuchikage. Farei o possível para defender a Vila! – Desta vez falaria seriamente, não deixaria minha tristeza assumir. E já que ela é a Kage poderia tirar a máscara na sua presença. E assim o fiz. Limpei as lágrimas que minutos atrás romperam dos meus olhos. E voltei a sentar, coloquei a máscara na mesa e me inclinei para a minha arma e a peguei. Observando-a atentamente.
 
  - Antes de qualquer coisa. Preciso saber como está se sentindo agora, e quero sua resposta mais sincera possível e quais são seus planos iniciais para cuidar da Vila. – Dava uma pausa. – Quanto ao Senhor Feudal iremos dar um jeito nele. Faremos com que confie em você! Mas para isso você precisa se tornar mais confiante na presença dele! Ou melhor, na presença de todo mundo. – Mais uma pausa. – Eu só sei que sua mãe deve estar orgulhosa pelo novo cargo. – Finalizava tentando acalmar a jovem Kage.
 
  Desembainharia a Token e veria sua lâmina e empunhadura, queria saber se ele a tinha usado em algum combate ou se teria alguma novidade em sua estrutura. Ativaria a Kanchi para fazer esta varredura e também observar melhor o chakra da Yamiko.
 
  - Quais são os seus sonhos Yamiko-chan? – Finalizaria aquela etapa de questionamentos. Pegaria algumas balas de café e as colocaria na boca para me calar por um tempo.
 
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Noah Zoldyck:
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