A moça preparou-se para ir ao campo de treinamentos logo de manhã onde o fluxo de pessoas era menor e sua concentração era maior. A jovem de cabelos negros aproveitou para passar em uma quitanda que ficava pelo caminho. “Muito obrigada”, ela falou ao pagar pelas frutas que comprara a pouco tempo. Seguiu adiante, passando por um grupo de crianças às quais muito provavelmente seriam o futuro de nossa vila.

Sunagakure, desde que nasci nunca esteve em tanta paz. Até mesmo os pássaros que passavam por ali, em meio ao deserto, pareciam não ter preocupações. No entanto, Arya que tinha devoção aos próprios interesses, ia treinar para tornar-se um dia uma ninja que dominaria não só sua vila, mas o mundo inteiro. Galgou mais um pouco.

Não demorou muito até que a menina chegasse ao ponto em que queria da muralha: o topo. De lá, passou a tecer selos de mão e grudar-se ao solo e por fim ficar em ângulo de noventa graus enquanto descia.

Ela afastou-se bem pouco da “arquibancada” e começou seus treinamentos para tornar-se mais resistente. A jovem precisaria resistir em manter suas técnicas de pé pelo maior tempo possível e, para isso, pegou suas armas, a menor na mão esquerda e a maior na direita. A arma maior ia na mão dominante para que não caísse ou algo do tipo, afinal, ela era extremamente forte e poderia cortar um corpo ao meio sem esforço algum.

“Ok. “ Ela pensou consigo mesma enquanto forçou o chakra que sugava outros chakras para fora e, impregnou suas duas armas de uma única vez. Então para aumentar seu fôlego passou a cortar o vento em séries de golpes as quais iriam variando e, girando pelo campo de areia.

Seus movimentos velozes forçavam-na a sobrecarregar rapidamente seu corpo e, assim amplificar o que já tinha que apesar de tudo que passara em sua vida, era quase nada. “Eu vou melhorar isso o máximo que puder”, passou em sua mente enquanto vagarosamente gotículas escorriam por sua face e, suas roupas tornavam-se cada vez mais úmidas: era o progresso. Em poucos segundos seus movimentos haviam picotado um cacto liberando uma fonte d’água imediata.

Arya tocou aquele local em sua base que havia descascado com sua lâmina menor; encheu-se com o néctar que mantinha seu corpo em bom funcionamento, mas era pouco.

Ela sorriu enquanto numa distância de pouco metros estavam espalhados vários outros daquele tipo de cacto. Com movimentos laterais e com seu consumo exagerado de chakra através de sua técnica, a jovem passou a ter devaneios de um momento a outro sem deixar rastros.

Ela desabilitou os gastos de chakra imediatamente qual avistou um tipo de ser alado pousando no solo quente. Sua cabeça estalou, apesar de não sentir dor. Arya começou a ter um pouco de tontura e foi quando passou a caminhar até outra das plantas decepadas, limpou-a e sugou sua essência [sua água] até que estabilizou-se um pouco.

“Nossa”, então suspirou, “acho que vou comer alguma coisa”, ela falou à si mesma enquanto seus passos lerdos seguiram para aquelas deliciosas frutas que ficaram na sombra.

Depois de pouco tempo de espera, enfim pôde com seus lábios avermelhados tocar a língua e sentir os sabores doces, mas sem açúcar, tudo isso enquanto seus dentes faziam seu trabalho. A menina aquietou-se um pouco enquanto o sol das 10 horas começou a erguer-se até que a sombra que cobria todo seu corpo agora já não escondia mais seus pés e suas canelas.
Pegou então uma de suas facas negras afiadas e fez um pequeno risco em sua perna. O sangue não chegou a jorrar pois logo a jovem curou-se com sua habilidade de manter-se sempre jovem sempre bonita sempre viva sempre, sempre, sempre...

Aquilo era em sua mente um pouco deturpada pelo calor, para que ela se lembrasse da quantidade de treinamentos aos quais ela realizou. No entanto, a cicatriz durava apenas algumas horas.

[...]

O tempo passou depressa, a menina que outrora já tinha descansado retornou aos cactos onde novamente no mesmo ritmo, no mesmo embalo com a mesma técnica, passou a enrijecer seu corpo novamente.

Noutro dia, alguns dias depois daquele, a menina ainda estava treinando daquela mesma forma, porém, seus cactos haviam acabado no terceiro dia. Ela iria até ali cortava o ar por algum tempo e, depois ia embora. Suas capacidades regenerativas eram utilizadas a seu bel prazer para tornar-se mais forte do que jamais seria.

O tempo passou e ela já havia conquistado em sua mente, um corpo extremamente poderoso, apesar de ter quase desmaiado muitas vezes ela sempre continuou a dizer: “Eu serei a melhor”, outrora, “Eu irei me tornar mais forte custe o que custar”, e em alguns casos, “Tudo bem... Eu farei isso melhor”, foi o que a levou ao ponto de hoje.

Houve um dia, que Arya desmaiou por tanto esforçar-se. Foi um evento de quase morte, mas sem nem ao menos chegar perto da morte. A jovem apenas ficou deitada ao solo por algumas horas devido à sua desidratação intensa. Aquele foi um dia que ao levar a moça falou a si mesma: “Nunca mais eu vou fazer isso. “ Ela o fez pois tinha esquecido de levar sua comida de cada dia; no entanto, também sabia que não poderia morrer, o que era basicamente um aval para treinamentos tão duros quanto qualquer coisa que se poderia imaginar. Ora a mesma depois te alguns dias de treino deu-os por encerrado quando atingiu seus resultados desejados.

Depois de haver treinado um pouco, a jovem retornou para sua rotina e, passado algum tempo depois disso a menina aprendeu uma técnica nova e, para complementar aquela técnica Arya desenvolveu em sua mente uma outra técnica também poderosa, no entanto, precisaria de um tempo para que ela saísse do papel e, também, treinamentos. Para tal, a mesma se dirigiu até fora do vilarejo.

— Olá, — ela disse à mulher a qual conheceu a pouco tempo, — preciso de um favorzinho seu! — Ela falou com entusiasmo para que contagiasse também a mulher que com um sorriso no rosto inclinou-se a escutar o que Arya iria pedir. E então ela falou: — Preciso de seu chakra — falou à moça e esperou por sua resposta.

— T-Tudo bem. — Respondeu com certa vagarosidade a qual dava um tom de suspense sobre o que iria fazer a jovem Arya. Elas saíram daquele lugar indo para um pequeno depósito onde ficariam a sós; ela entregou para a mulher um tipo de papel onde o chakra da moça fora imediatamente sugado. Um usuário de doujutsu poderia perceber ali a magia acontecendo.

Arya então pegou mais vários outros e entregou à moça de cabelos negros que os tomou em suas mãos e aplicou ali uma quantidade suficiente de chakra para que a menina pudesse realizar seus treinamentos. E finalizada aquela parte a qual a mulher era necessária, a jovem focou-se no segundo passo o qual seria o de tirar de sua mente aquilo que havia pensado.

Utilizando do chakra armazenado no papel, a menina então criaria explosões de chakra. Para isso tinha de libertá-los de uma única vez com violência o bastante para tal. Então apontou os dedos com suas unhas grandes para o primeiro papel liberando o chakra no mesmo. E, no entanto, apenas queimou-o de forma superficial.

Passou então para o segundo de cerca de cinco destes. Dessa vez concentrou-se mais antes de liberar o chakra e no movimento com a mão conseguiu ao liberar o chakra uma pequena explosão; desta vez a mocinha havia conseguido e, no entanto, em vez de parar por aí, pegou os outros três e, focando-se nos três de uma só vez criou três explosões simultâneas amplificando seu poder destrutivo. O chakra puro não liberava uma luz apesar de seu impacto ser forte.

A garota por outro lado sabia que ainda não era perfeita e, passou a pegar chakra nos cidadãos de forma quase despercebida ao encostar o papel nos mesmos para praticar mais tarde. Assim foi por um tempo até dominar aquela técnica.