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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Dumas
[Fillers] Noah  E6fVkdy
[Fillers] Noah  E6fVkdy
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 Uma simples família ninja de Iwa conhecidos como Zoldyck, esta é a minha família. Conhecidos como ninjas de elite e cada um com suas especificidades ao contrário de várias outras famílias de Iwa que carregavam habilidades inatas em seu sangue. Apesar da diversidade de aptidões diferentes nossa família carregava uma forte vontade, a Vontade da Pedra, que indica que cada membro morreria por sua Vila e seus membros.  Meu avô é um velho engraçado que vive viajando por aí sempre em busca de informações, e podemos dizer que foi dele que puxei tamanha curiosidade das coisas e o vício pela leitura, já que ele sempre trazia livros e revistas dos lugares que ia. Meu pai, Zeno, é um ninja rastreador e alguns diziam que é um exímio assassino, e posso dizer que também é um pai bem exigente juntamente com minha mãe, Kikyo, que é uma Iryo-nin muito empenhada em seus serviços e muitas vezes saem em missão juntamente com meu avô.  Podemos dizer que os herdeiros deles eram uma trupe curiosa de se observar ou era assim que eu pensava. Meu irmão mais velho, Ikki, é muito sério e de muito poucas palavras, no entanto, desde seu início na careira como ninja tem se destacado em seu elemento Katon entre outras características marcantes. Já o segundo, desapareceu em uma missão assim que iniciou na carreira ninja, uns falam que está morto, outros , assim como eu, acho que está vivo. O terceiro é um gordo folgado, Kohaku, porém muito inteligente e é sempre requisitado para missões que são muito complexas. Eu por sua vez, eu o rato de biblioteca, curioso por natureza e viciado em cafeína, tento que sobreviver entre um calado e um guloso, um irmão desaparecido, e por fim, a única garota, Keiko, com uma determinação de ferro, gentil, porém quase nada de paciência. Hoje ela se encontra na academia ninja, mas tende a ser uma boa kunoichi.

 Cresci nesta família e desde os cinco anos meu pai me colocou para treinar só que ele começou por uma área que não era muito bom na época e também pela minha idade não conseguia tanto desempenho, o Taijutsu. Os treinos eram incessantes e virava e mexia Ikki vinha me ajudar nos treinamentos, apesar de não falar muito eu conseguia entendê-lo só pelo seu olhar, sempre tinha a impressão que ele se aproveitava para me dar uma baita surra e descontar todas as vezes que eu o atrapalhava em suas tarefas.  Mas era bom pentelhá-lo até que ele ficava com a cara fumegando de raiva, porém não me dava bronca. Os treinos com ele me ajudaram a criar uma melhor resistência.

 Já que não me desenvolvia com o Taijutsu, meu pai mudou meu treinamento para o ninjutsu, assim, me ensinando um por um os jutsus de academia. O que me garantiu bons pontos na academia, mas não paramos por aí. O treinamento foi muito mais intenso, pois descobrimos que era meu ponto forte e com treinamentos sucessivos e bem prolongados consegui desenvolver meu primeiro elemento o Suiton, daqueles dias eu não me esqueci:

 
 Logo cedo na sala de treinamento que havia em casa - que se localizava no subterrâneo – meu pai chegou segurando alguns papéis e me explicando que serviriam para o próximo treinamento, enquanto todos os outros membros da família observavam de longe. Os papéis eram especiais e revelaria qual seria minha natureza elemental.  O papel ficou molhado para a surpresa de todos. Eu era o primeiro da família a ter o Suiton como elemento inicial.

 - Você foi o primeiro a ter o chakra elemental Suiton, seus irmãos mais velhos tiveram o Katon, Raiton e Doton. – Falava meu pai seriamente.  – Só falta sua irmã ter o Fuuton para complicar mais as coisas! – Brincava com um sorriso no rosto.

 - Como faremos o treinamento? – Já respondia de imediato, e minha curiosidade e ansiedade tomando conta de mim.

 - Garoto, você não vai sair desta sala de treinamento enquanto não mudar a natureza do seu chakra! – Meu pai afirmava friamente para em seguida fazer a explicação básica do treinamento que estaria por vir.

 - Pode deixar! Vou conseguir antes da janta! – Uma afirmação ousada para quem acabara de descobrir seu elemento. Ou podemos dizer que era um péssimo blefe.

 Eram inúmeras as tentativas de alterar a natureza de chakra e todas falhavam em algum aspecto, como estava no subterrâneo, perdi a noção de tempo. As únicas coisas que sentia naquelas horas era o suor escorrendo pelo meu corpo e a fome que estava batendo forte, mas o ímpeto ainda era forte, e a motivação ainda maior: Tenho que ficar forte para proteger toda a Vila!

 Com uns dois dias, consegui expelir uma quantidade ridícula de água pela boca, ou aquilo era baba? Ainda não tinha certeza absoluta se estava conseguindo progredir. Minha determinação me manteve na sala de treinamento e minha família tinha que levar a comida e uma enorme quantidade de cafeína até onde estava se não, morreria de inanição. Aqueles dias foram intensos e a exaustão era o único caminho que me levava ao sono, quando percebia, já estava caído ao chão. Os olhos pesavam e aos poucos fechavam, abrindo o caminho para sonhos e as únicas horas de descanso do corpo.
 
 Depois de uma semana consegui liberar um jato bem fino de água, graças ao meu ótimo controle de chakra consegui esta proeza mais cedo já que conseguia me manter mais tempo treinando. E mais uma semana se passou até consegui dominar o elemento e criar um jutsu que expele bolas de água de alto impacto. O que garantiu alguns elogios.
 
 Outros treinamentos se seguiram, alguns inclusive que começaram a despertar meu sexto sentido, que mais tarde descobriria que era uma sensibilidade que me garantiria ser um ninja sensor. E quando não estava nos treinos, minhas horas vagas aproveitava para colocar a leitura em ordem, livros, revistas, pergaminhos históricos de tudo um pouco, ainda mais quando queria competir com o Kohaku. O que me garantia uma gama de conhecimentos e com o tempo um amadurecimento precoce. Outra fonte de aprendizados eram as histórias contadas pelo patriarca viajante da família, poderia se dizer que o velho sabia contar histórias.


 E assim que eu, o quarto filho da família Zoldyck de Iwa comecei a minha história e carreira como ninja, o primeiro passo de muitos.

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"We can all be kings and queens
If we can just learn to believe"
Dumas
Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t63173-ficha-noah-zoldyck-3-0#450493
Simon M. Stilinski
Genin
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Simon M. Stilinski
Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t71477-ficha-simon-m-stilinski#543782
Gestão de Fichas : https://www.narutorpgakatsuki.net/t71483-g-f-simon-m-stilinski
Dumas
[Fillers] Noah  E6fVkdy
[Fillers] Noah  E6fVkdy
 Num dia de verão, por um milagre minha família se uniria para uma missão especial dos meus pais. Foi uma convocação geral, mas somente os filhos, eu e minha irmã mais nova inclusive, seríamos obrigados a participar. E nesta época eu tinha apenas uns cinco ou seis anos.  Somente meu avô respondeu ao chamado dos meus pais e, o ar de mistério circundava esta missão, todos estavam se preparando em casa e se armando e os mais velhos reunindo informações e montando algumas estratégias.

 Depois de tudo organizado e pronto, saímos de casa e com cada um com suas responsabilidades, a minha seria durante toda a missão proteger a minha irmã mais nova, a responsabilidades dos demais eu não tinha muita noção, só sabia que era uma missão fora do nosso país. E durante a viagem era comum nos reunirmos em volta da fogueira e meus pais ou avô contar histórias de suas viagens e missões , algumas das quais eram muito chatas como guardar um item durante uma viagem ou proteger uma criança ou uma família de renome, entretanto, outras missões eram realmente interessantíssimas com combates infindáveis ou técnicas espetaculares. Não tinha muita noção do alcance dos poderes do velho, ou se as suas histórias eram realmente verdadeiras, mas meu pai nunca o contradisse. Já a minha mãe contava sobre o que acontecia nos hospitais e como as suas habilidades como Iryo-nin muitas vezes ajudavam no resultado final da missão. Fora algumas de suas pesquisas tanto com a farmácia como venenos, para eu pelo menos eram realmente interessantes, meus irmãos discordavam e gostavam ou de ataques diretos e acabar rápido com seus inimigos ou o gordo que gostava de brincar com seus oponentes e acabar com seus espíritos de luta, até por fim morrerem.

 Era engraçado como minha família ninja era unida, mas como cada indivíduo é realmente diferente do outro. Somente um irmão estava desaparecido e havia um clima de segredo quando tocávamos neste assunto até o assunto ser desvirtuado e esquecido.
Os dias passavam e as paisagens mudavam, já havíamos passado pelo país das cachoeiras e pelo jeito iríamos bem mais longe, pelo que descobri depois nossa missão seria no país da geada. E em resumo, nossa missão seria aniquilar uma família que estava tentando controlar o País à força. Para os menores seria uma vivencia de como era uma vida shinobi, e para os demais seria mais uma experiência e aprendizado. Para os mais velhos seria como um rito de passagem dentro da nossa família.

 Conforme chegávamos mais perto de nosso objetivo mais os mais velhos se preocupavam com os arredores dos acampamentos que montávamos no caminho e sempre nos mostravam em mapas como chegar a cada acampamento caso precisássemos fugir e nos esconder. Meus pais estavam nos ensinando como sobreviver com o que tínhamos em mãos e sempre deixar uma rota de fuga.  Pois não sabíamos com o que poderíamos encontrar e o que poderia nos acontecer.
Mais alguns dias se passaram e cada vez mais nos aproximávamos de nosso objetivo, uma família tirana, onde teríamos que aniquilar todos os membros.  A ideia que tinha e começava a questionar era por que tínhamos que matar e não só revelar as ações destas pessoas. Mas me foi explicado que aquela família tinha muitas riquezas e mesmo que avisássemos as demais famílias nobres e o resto do país, aquela família tinha muitos meios de sobrepujar seja por meio do dinheiro ou influência e medo. Por isso fomos contratados, para cortar o mal pela raiz. E como shinobis realizaríamos a missão com sucesso. 

 Já havíamos passado pelo País do Som, e acabávamos de chegar ao País da Fontes Termais.  Ao contrário de Iwa era um país cheio de árvores e com mais vida, onde todos admiravam suas belezas. E de vez em quando parávamos em pequenas cidades, nos disfarçando de uma família de viajantes, e em busca de novas informações e novos lugares para ir. E também buscando mais informações sobre a família Totsuki, e sua influência no país vizinho. Os moradores do País das Fontes Termais eram muito gentis e cordiais conosco e aos poucos nos contaram com mais detalhes sobre nosso alvo e que nos últimos dias eram protegidos por mais guardas do que nos foi informado no começo da missão.

 Então seguíamos para o País da Geada e aos poucos o clima se modificava ficando mais frio e neve. Aquele clima era muito incoerente com o que tínhamos em Iwa e a meu ver era desagradável, mas ao que viria causaria  um defeito grave na minha personalidade.

 Chegando ao país da geada fomos para as cidades em busca de mais informações, e todos nós tínhamos a obrigação de recolher informações e como criança é sempre visto como inocente, muitas vezes era falado coisas que não se falaria a um estranho adulto, e assim, eu e minha irmãzinha conseguíamos um pouco mais de informações das rotinas internas da casa. Já os outros  usariam de suas habilidades em genjutsu para obter mais informações de forma bruta, outros usariam a bebedeira alheia, alguns aos hospitais e às mulheres falastronas.  E por fim, com todas as informações adquiridas meu avô juntamente com os demais membros conseguiu montar uma estratégia de ataque. Estratégia do qual eu e minha irmã não participaríamos pela pouca idade e pela falta de experiência em combate.

 Quando, por fim, chegamos  ao feudo da família Totsuki e os planos sairiam do papel e seria posto em execução. Ficamos próximo ao castelo da família enquanto os demais membros foram realizar a missão. A partir dali o silêncio foi uma coisa que não se ouvia mais, o barulho de alarmes, impactos de ferro batendo em ferro, explosões, gritos de dor, berros de socorro, mais explosões. À distância poderia ver uma fumaça, raios percorrendo o céu, algumas claridades de grandes chamas, alguns tremores no chão e após alguns minutos, horas eu já não sabia dizer pairou o silêncio. Um silêncio mórbido, minha adrenalina estava a mil e minha curiosidade do que havia acontecido tomou conta de mim.

 O silêncio e a curiosidade me levaram até o castelo de onde havia ocorrido a batalha, e o adentrei. A neve começou a cair, e alguém se aproximou de mim por trás, e quando eu olhei, meus olhos se arregalaram, era um guarda já com a espada indo em direção da minha cabeça. Mas por sorte, ou alguma divindade, o homem parou o ataque e sua cabeça havia se descolado, graças a espada do meu irmão mais velho, espirrando sangue em minha direção e se misturando ao frio da neve. O choque havia tomado conta de mim, então fui andando, já meio perdido ao que me ocorria em volta, até que tropecei em alguma coisa que percebi depois ser uma criança destroçada em meio a neve que caía. O que aconteceu posteriormente eu não me recordo, mas uma coisa me aconteceu, a neve me recordava de tudo que aconteceu ali. E após esta missão não poderia ver neve que me dava nojo, sentir ou pisar, qualquer coisa que envolvia a neve me recordavam estas lembranças.


 Só tomei consciência quando já havíamos saído do país da geada e os demais dias de volta para casa foram comemorados com o sucesso da missão, no entanto, para eu foram mais quietos e reflexivos, a sensação da neve e a neve vermelha ainda era recente.  Mas com o tempo e o calor do verão foi amenizando e quase forma esquecidas.  Mas o que dizer aos invernos vindouros?

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[Fillers] Noah  Pl65QS9
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Dumas
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Tenzou
Chūnin
Ultrapasse seus limites. Bem aqui. Agora mesmo.
Ultrapasse seus limites. Bem aqui. Agora mesmo.
reservado
Tenzou
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Tenzou
Chūnin
Ultrapasse seus limites. Bem aqui. Agora mesmo.
Ultrapasse seus limites. Bem aqui. Agora mesmo.
Aprovado.

Notei alguns erros gramaticais que poderia ser evitados com uma revisão antes de postar o texto, no mais, gostei da narrativa em 1ª pessoa.
Tenzou
Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t70550-fs-wuqing-the-real-asura
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Dumas
[Fillers] Noah  E6fVkdy
[Fillers] Noah  E6fVkdy

 
   Era um dia um dia chuvoso na Vila da Pedra, uma semana chuvosa atípica na Pedra.  Eu tinha acabado de me graduar na academia ninja e ainda não tinha feito nenhuma missão. Porém meu pai além de orgulhoso com mais um filho shinobi e que estava com um bom desempenho. Entretanto, ainda tinha lições a me ensinar.


   No campo de treinamento da mansão Zoldyck onde a chuva caía em meu corpo e do meu pai, e estávamos em posição de combate.   Era uma pausa tensa e eu já estava começando a cansar e não tinha nem encostado nele.


   - Não consigo acompanhar os seus movimentos, pai! – Arfava tais palavras.


   - Ou você aprende a lição ou vamos passar semanas tomando chuva aqui. – Falava num tom autoritário e sério. 


   - Você quer equiparar o nível Jounin com um atual Geni... – minha frase foi cortada por um soco na boca dado por Zeno.  O soco me fez recuar uns três metros e de imediato minha boca se encheu de sangue.   Cuspi o sangue e voltei a minha postura de combate, me tornei mais sério e com um olhar ameaçador. Uma das lições mais penosas do meu velho.  Precisava aprender a reclamar menos e a prestar mais atenção nos movimentos dos inimigos.


   O treinamento perdurou mais horas, e troca de socos, chutes baixos e altos, cruzados de direta, cotoveladas, joelhadas, tentava de tudo para atacá-lo numa tentativa insana de acertá-lo, estava mais para um frenesi, uma ira de um bárbaro no corpo de um garoto que tinha se formado recentemente na Academia Ninja de Iwa. 
 
    - Vamos garoto me acerte! Não adianta me atacar sem pensar! Toma o controle da sua mente e monte uma estratégia. Observe os meus movimentos! – Incentivava meu progenitor para em seguida começar uma nova série de ataques.  Mas desta vez eu comecei a perceber certo padrão em seus ataques. Não tinha comigo nenhuma arma que pudesse usar como distração, teria que me virar de outra forma.  


   Meu corpo estava todo dolorido pelos socos do velho, mas na sequencia seguinte saltei para trás, com um mortal, e aproveitei um impulso para acertá-lo com um chute, defendido, e antes que finalizasse o mortal meu pai apareceu do outro lado num piscar de olhos para então liberar um soco fortíssimo no meu estômago. Caí de imediato na posição de feto, cuspindo mais uma quantia de sangue.  “Estou derrotado! Este velho não quer me ensinar e sim me espancar!” – Pensava enquanto tentava me recuperar. 


   Os minutos se passavam e a poça de sangue era diluída pela chuva. A dor excruciante estava diminuindo e consegui finalmente me por de pé tremulo.  Novamente me pus em posição de combate e o Zeno entendeu, alguma coisa tinha mudado, meu corpo estava destruído, mas meus olhos queimavam. Aprendi um de seus ensinamentos, mesmo que doa não reclame. E outra, mesmo que doa não desista!


   - Vamos recomeçar! – Minha voz soou autoritariamente cansada.


   - Hum... Está começando a aprender! – Meu pai falava e no final da frase esboçava um meio sorriso.  – Mas por quanto tempo vai aguentar? – Me desafiava.


    - Se preciso for, até que as estrelas caiam e o Sol escureça, mas uma hora eu irei conseguir superá-lo! – Falava enquanto partia para o ataque. Meus movimentos de taijutsu eram de iniciante e minha força era um pouco maior do que um civil normal. Seria como uma raposa enfrentando um leão.  Mais socos e chutes, enquanto fazia algumas manobras básicas. Mas tudo era inútil, nada lhe acertava.  O combate seguia por movimentos meus, velocidade do meu pai, e o revide dele com certa potência me derrubando cuspindo sangue. 


  Ele estava convencido a me ensinar sua lição então mais uma vez me pôs de pé. Eu estava chegando ao meu limite de duração de treino. Então me concentrei, fechei os olhos e sem querer ativei minha habilidade inicial, enquanto voltava à posição de combate de olhos fechados.  Segundos depois os abri a tempo de perceber a movimentação do meu velho.  Não via ou percebia todos, ou o velho estava reduzindo a sua velocidade ou eu conseguia ver alguns de seus ataques. E desta forma defendi três ataques de dez.


  - Droga! Tenho que continuar! – Me motivava, pois não podia esmorecer agora. Precisava reunir as gotas de resistência que ainda possuía para continuar o treinamento. Concentração e mais uma vez a postura que era o sinal verde para o Zeno recomeçar a investida.


   Uma luz me ascendeu quando percebi que quando ele fosse dar um soco ele movimentava o quadril de um jeito, e quando fosse um chute alto ele apoiava o pé de uma forma a dar mais estabilidade. E assim comecei a “ver” os movimentos dele. E conseguia bloquear cada vez mais golpes, precisei usar minha inteligência para compensar a minha falta de músculos.  O treinamento seguiu neste ritmo o dia inteiro e adentrava a noite e seguia pela madrugada. 


   De manhã ainda estávamos naquela insanidade que meu pai chamava de treino. Contudo eu já não tinha mais forças, meus olhos estavam vermelhos de tanto forçá-los a ver os movimentos de Zeno, meus braços e pernas mal conseguia movimentar, mas o velho parava de atacar quando via que eu levantava o membro certo para defender. Ele parecia que não estava sofrendo com aquela situação. “ELE É UM MONSTRO! Seu velho-insano!” – Pensava sombriamente, mas não verbalizei.


   Quando a família se reuniu a nossa volta de manhã, ainda estávamos lá naquela labuta. Até que meu corpo parou de me responder, minha visão começou a embaçar e foi escurecendo aos poucos, até que eu perdi os meus sentidos e se não fosse pela velocidade do velho eu teria caído de cara no chão, ao invés dos seus braços.


   - Supere as suas próprias forças! E sempre queira mais... – Escutava-o até perder completamente os sentidos, caindo totalmente esgotado físico e mentalmente.


   Acordei somente três dias depois do final do treinamento. Meu corpo ainda doía, mas bem menos. Estava empapado de ervas da minha mãe e um olhar curioso me observando.


  - Oni-san, você finalmente acordou! Seu dorminhoco!  Nossos pais estavam começando a preocupar com você! – Falava enquanto ela pulava em meu colo.


  - Keiko, agora eu estou bem, ou quase. – Falava me referindo as dores de quando a garoto pulou em meu colo. - Mas ficarei bem! Onde está o papai? – Questionava a garota.


  - Ele está no campo de treinamento de novo. – Falava num tom gentil.


 - Então vamos continuar o treinamento! – Falei novamente motivado por ganhar mais resistência.


 E desta forma seguiram dias com um treinamento para melhorar a minha resistência e fortalecimento da minha força e aprendizado de algumas técnicas básicas do meu pai de taijutsu.
 
Minhas falas ~ Falas do meu pai, Zeno ~ Falas da minha irmã, Keiko.

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Rumo ao Esconderijo do Norte - Parte 1

 - Oni-san, oni-san, acorda seu preguiçoso!  - Falava a Keiko enquanto me balançava na cama tentando me acordar, tendo êxito em segundos.

 Abria os olhos e a voz da minha irmã mais nova começava a fazer sentido. Meus olhos estavam embaçados e levaram algum tempo para focar no rosto impaciente de Keiko.

 – Hum, que horas são? – Era a minha primeira pergunta ainda não me lembrando de que dia era hoje.

 - Acorda logo e vai se trocar oni-san! Daqui a pouco nossos pais vão sair e disseram que se você se atrasar vão deixá-lo aqui. – A garota falava aumentando o tom para chamar mais a minha atenção.

  - Já vou, já vou! Mas me diz o que tem de tão legal no centro do país da terra?! – Enquanto me levantava da cama e tirava parte da minha roupa. – Avisa que já vou. – Então fui para o banheiro para tomar banho depois me trocar e me equipar com todas as minhas armas. Depois seguiria para a sala de jantar onde a mesa estava posta e todos os membros da família estavam lá.

  - Até que enfim Noah! Achei que você ficaria aqui arrumando a casa! – Ikki sempre provocativo.

 - Ele adora fazer os serviços de casa! Não sei o porquê nossos pais ainda o incentivam a ser um ninja! – Falava Kohaku mais ironicamente do que o primeiro.

  - Porque eles veem um potencial em mim que não veem em vocês dois! Simples assim! – Respondia aos meus irmãos mais velhos enquanto pegava comida e enchia minha boca e enchia um copo cheio de café puro.

  - Já chega! – Nosso pai interveio no que começaria uma disputa verbal, ele já nos conhecia e saberia que a troca de elogios duraria muito tempo se deixasse.  – Não temos tempo para isso agora. Quero todos prontos em cinco minutos para sair. Só lembrando que iremos para o esconderijo da família ao norte de Iwagakure, próximos a praia norte.  Não quero ninguém se perdendo pelo meio do caminho ou atrasando os demais.  Estamos entendidos? – Meu pai falava firmemente, de tal forma que dificilmente o confrontaríamos. Nem mesmo meu irmão mais velho, Ikki, faria tal imbecilidade.  Todos afirmaram em uníssono e correram para finalizar os seus preparativos.  Minha mãe arrumava um material diferente dos demais. Ela acrescentava ervas, pomadas, infusões e vários remédios e alguns antídotos que ela me ensinava seus nomes.

  Cinco minutos depois todos estavam na porta da nossa casa com suas mochilas e equipamentos ninjas.  Meus pais eram Jounins, meu irmão mais velho acabara de se graduar Tokubetsu Jonin, o Kohaku Chuunin, eu era recente Genin e minha irmã mais nova estava na academia. E meu avô era um ANBU aposentado. E todos eram treinados para serem assassinos. E estávamos indo para mais um treinamento. Devido ao ramo da família tínhamos vários esconderijos fora de Iwagakure. Nem mesmo o Tsuchikage sabia a localização de todos. Exceto um próximo a Vila que poderia ser ponto de encontro para estratégias potencialmente perigosas.  O Kage era avisado quando íamos treinar fora da Vila e o tempo, mas não onde estaríamos.
  Depois do meu pai Zeno checar os equipamentos de todos os presentes ele concluiu que estávamos prontos e saímos em meio aos prédios da Vila da Pedra. Até os portões e além deles. Aos poucos chegávamos às montanhas que rodeava a Vila e pegamos uma rota que nos levaria para o esconderijo conhecido para depois rumarmos para o local real.  O caminho mesmo que conhecido era muitas vezes difíceis de transpor. Mas era um trabalho de equipe e ali começava um dos ensinamentos dos nossos pais. Nas montanhas rochosas tínhamos uma formação, A, onde minha mãe e irmã estavam no centro da formação, Ikki iria a alguns metros a frente como o batedor, Kohaku ficaria do lado direito das suas e eu a esquerda e meu pai iria atrás e coordenaria os passos de todos. Ele era tão veloz que conseguiria ajudar cada um, mesmo o Ikki que iria a frente.  E assim seguimos no primeiro dia de viagem sem problemas pelo caminho.

 Quando começou a cair à noite todos nós sabíamos que precisaríamos parar e montar acampamento. Então Ikki desapareceu mais a frente ele iria buscar um local apropriado enquanto descansávamos um pouco.  Keiko era a mais nova e aquele trajeto era mais desafiador para ela. Então eu e Kohaku começamos a brincar com ela por meio de jogos para distraí-la, meus pais se reuniram e conversavam entre si e não conseguíamos ouvi-los.  Minutos depois meu irmão mais velho de longos cabelos negros voltou trouxe boas notícias. Achou uma caverna nas montanhas que estava desocupada e sem ameaças.  Então nos levantamos e o seguíamos para o local que ele designou.

  Montamos acampamento e uma fogueira e enquanto minha mãe cuidava da comida, Zeno nos convocou para caçar a proteína que precisávamos para os próximos dias. E naquele local tinha alguns animais selvagens das montanhas e um dos mais perigosos eram os ursos.  Pegamos nossos equipamentos e seguíamos por uma rota que Zeno havia descoberto rastros de ovelhas. Passamos uma ou duas horas rastreando os animais, ainda bem que tinha levado as minhas balas de café comigo senão estaria perdido. Quando achamos as ovelhas outros caçadores chegaram juntos. Raposas vermelhas, umas quinze delas.  Meu pai fez o sinal para ficarmos em silêncio e assim o fizemos.

  Um momento é crucial na caçada e nós caçaríamos as raposas ao invés das ovelhas. Ele queria que treinássemos e as raposas eram inteligentes e rápidas, assim, seria um desafio que renderia em jantar.  Depois de discutido as estratégias que foi liderado pelo Kohaku, ele era o mais inteligente de nós. Entretanto, o Ikki era o mais experiente em combates e eu estava aprendendo com os dois.  Zeno não participaria da caçada e nos impediu de usar chakra e só levar duas armas.

  O plano começou e as raposas começaram a nos dar trabalho mesmo que tínhamos montado uma estratégia para distraí-las e as pegarmos de surpresa. Entretanto elas também usavam desta tática e estavam em maior número, eram cinco para cada um de nós. Elas eram ariscas e avançavam com rapidez o que nos fizeram sacar nossas kunais para nos defendermos de suas mordidas e garras. Às vezes elas nos circundavam e atacavam em sincronia e tínhamos que nos utilizar de nossa máxima velocidade para escapar. Kohaku já havia tomado umas três mordidas enquanto eu e Ikki estávamos bem, mas estávamos cansando.  Então minha ação se uniu com a de Ikki e fomos de encontro com o gordo da família iríamos protegê-lo, mesmo aumentando o número de raposas para cada um.

 - Vamos dar o gorducho de refeição para as raposas ficarem mais graúdas!  - Falava zoando Kohaku.

 - Vamos Kohaku, pula na boca deles! E nos dá uma brecha! – Depois de falar ria sem parar.  E Kohaku engolia em seco.

   Os nossos chutes ou socos viravam algumas vezes oportunidades para outras raposas se aproveitarem para nos morder o que evitávamos por segundos.  Até que me irritei e sai golpeando aqueles animais e o vento se errasse, mas continuaria atacando. Era uma explosão final.  Sendo que depois desta ação eu ficaria incapaz de lutar.  Ikki me seguiu e começou a usar o seu taijutsu, depois de um tempo percebi que antes ele só estava brincando com as raposas enquanto nos observava. Com os ataques de Ikki fez com que a maioria das raposas começasse a vacilar e recuar aos poucos. 
 
  Aos poucos fomos conquistando espaço e aproveitamos que os animais começaram a recuar e nos preparamos para pegar três raposas com nossas kunais. Por fim, as demais fugiram, matamos três raposas vermelhas e seguimos cada um com um premio nos ombros.  Quando chegamos onde nosso pai estava com nossos equipamentos vimos que ele tinha capturado e matado duas ovelhas e as estava carregando em seus ombros.

 - Vocês demoraram demais e fui eu mesmo pegar a refeição. Já que percebi que não iam pegar nada. Mas pelo jeito conseguiram!  – Falou sério e com um tom questionador.  – Precisam melhorar o tempo de vocês. Quanto mais demorarem a capturar ou matar sua presa, mais riscos vocês assumem! – Dava mais uma bronca ou uma lição.

 Após a caçada nos dirigíamos para a caverna onde estavam minha mãe e minha irmã. Lá já estavam com o fogo, acampamento arrumado impecavelmente, agora só faltava cuidar da recente caça, limpar e colocar no fogo e preparar para os demais dias de viagem.



Minhas falas - Falas da Keiko - Falas Ikki - Falas Kohaku - Falas Zeno




Última edição por Dumas em Dom 10 Dez 2017, 21:08, editado 1 vez(es)

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A Chegada e o Início do Treinamento - Parte 2


  Tínhamos acabado de chegar ao acampamento improvisado na caverna, e para nossa surpresa nossa mãe e irmã já tinham levantado o nosso acampamento, fizeram o fogo e deixaram no ponto para fazer os alimentos que estávamos carregando, orgulhosos. Nosso pai era o mais orgulhoso e às vezes o mais arrogante possível quando começava a caçoar dos assassinos mirins. Enquanto ele deixava as ovelhas próximas do fogo para limpar, ele começou a contar as nossas técnicas de caça com a maior graça. Ikki ficou indiferente e se afastou do acampamento, o gorducho começou a aumentar a história e eu só fiquei observando a família, mas atentamente ao que meu pai que estava limpando a ovelha, com a cara corada devido à comédia da caça. Quando o velho terminou de limpar a ovelha eu percebi que tinha perdido muito tempo só observando e não fiz mais nada para ajudar. Foi então que segui os passos do meu irmão mais velho.

  - Vou montar guarda com o Ikki. – Falei indo para fora da caverna.

  A Lua estava linda e iluminava as montanhas e os vales dos arredores de Iwagakure no Sato, e fazia grandes sombras abaixo das montanhas. Olhei em volta procurando meu irmão e aparentemente ele não estava perto. Olhei para o chão e vi suas pegadas e acompanhei-as até alguns metros acima da caverna, onde o Ikki estava sentado observando a paisagem também.  Então me sentei ao seu lado quieto e quieto fiquei até ele começar a falar. Levaram uns cinco minutos para ele se pronunciar.

  - Você sabe que aquela caçada foi uma farsa não é?! – O Ikki falava ainda observando as montanhas iluminadas pela Lua.

  - Sei que era uma farsa. O velho só queria nos observar enquanto estávamos caçando. Ainda mais eu e o Kohaku. Já que você poderia ter matado todos os animais rapidamente.  Depois apareceu com duas grandes ovelhas, exibido.  – Falei de imediato.

  - Ele só queria se divertir as nossas custas e falou para eu deixar vocês dois se virarem com os animais e só não permitissem que matassem vocês. – Ikki confirmava minha teoria de que meu irmão só estava de brincadeira.

  Algumas horas se passaram no acampamento onde a família estava envolta da fogueira e nossos pais contando sobre suas missões e como os dois se conheceram. Depois fui brincar com a minha irmãzinha e o balofo. E os três restantes continuaram  a beira da fogueira. Num determinado horário todos foram dormir para acordarem no alvorecer.  

  No dia seguinte nós começamos a viagem antes mesmo de o Sol raiar só fazendo paradas para comer e descansar um pouco.  A formação da nossa família era Ikki na frente, Kohaku na lateral esquerda, minha mãe lateral direita, eu e a Keiko no centro e meu pai atrás. Uma forma de me proteger e a Keiko de todos os lados. E assim fomos até chegar próximo do nosso esconderijo ao norte. Nossos pais foram cuidadosos ao nos mostrar todos os detalhes para chegar ao esconderijo do norte, rotas diferentes e como dar a volta necessária para não deixar muito rastro próximo do local.

  Quando chegamos ao local que fazia parte de uma montanha, sua entrada era a vinte metros do chão e tinha um singelo buraco na montanha, até mesmo com um olhar mais cuidadoso a passagem passaria despercebida. Pois estava muito bem escondida. Só consegui seguir, pois meu pai foi na frente e eu sendo o último a entrar.  Poderia dizer estava sob o efeito de um genjutsu. Devido ao excelente trabalho de quem construiu aquele lugar.

  O corredor que seguia nos levaria para o primeiro salão e depois um segundo que levaria tanto para cima quanto para baixo e diria que o miolo da montanha estava oco.  Pois existia um vão quadricular no centro que servia como tubulação de ar. E como obtenção de água da chuva. O lugar era muito grande e as escadas bem trabalhadas que levavam a uma infinidade de locais que nem consegui admirar. Quem sabe em outras oportunidades. Havia mais alguns membros de nossa família lá entre amigos próximos da família e alguns que trabalhavam para os Zoldyck. Coisa rara de se ver era a reunião de todos os membros.  Cumprimentamos-nos e trocamos conversa fora, até nos levaram para nossos quartos e que teríamos uma hora de descanso até que os treinamentos começassem.

  Esta hora usei para vasculhar todos os locais que eu conseguisse, com exceção dos restritos. E percebi que ainda faltava e muito para ver, mas deu para me divertir e matar um pouco da minha curiosidade sobre o local e ver alguns campos de treinamento. Onde o Ikki estava com outro garoto em uma luta disputadíssima de taijutsu.  

  O momento do meu treinamento chegou e fui chamado numa dos campos de treinamento que tinha visitado mais cedo. Mas diferente dos outros o campo era uma área original da montanha, cheio de estalagmites e estalactites e mais escuro que os demais. Depois que eu entrei meu pai e mais dois homens adentrou a sala de rocha, seguidos por mais duas crianças um pouco mais velhas que eu.  O homem mais velho se pronunciou.

  - Primeiro treinamento de vocês será um combate entre os três nesta sala. Vocês terão que tomar cuidado com os seus oponentes e o ambiente ao redor. E não poderão usar ninjutsu aqui e nem armas.  – Falou o imponente homem. Parecia um capitão ou patente superior.

  Desta forma nos posicionamos seguindo as orientações do homem. E assim que confirmamos que estávamos prontos o homem iniciou o combate.  Primeiramente fiquei parado enquanto os dois garotos logo começaram a se digladiarem entre socos e chutes, às vezes na intenção de chutarem baixo conseguiam somente bater nas estalagmites e indo rocha para todos os lados. Depois de uns segundos é que perceberam a minha presença e foram em minha direção, enquanto eu olhava ao redor até dar de cara com eles vindo em minha direção.

  Pus-me em posição de combate e antes que um chegasse a dois metros bati meu pé no chão quebrei um pilar de rocha e joguei entre as pernas de um que caiu no chão. O segundo garoto fez o mesmo quebrando uma estalagmite para me bater com ela, entretanto eu aparei o golpe colocando meu braço contra o dele. Mas ele me chutou me fazendo recuar um metro e seguiu o ataque que tentei desviar, porém de três só desviei de dois recebendo, assim, um golpe nas costelas.  O primeiro garoto de cabelos negros e ki mono se levantou e atacou o segundo, com cabelos loiros, e pareciam ter boas habilidades de taijutsu. Então me ergui e fui ajudar o garoto de cabelos negros forçando o loiro a recuar. Mas numa brecha o garoto de kimono me golpeou na cara. Fazendo com que o mundo girasse um pouco.

  Estava em desvantagem naquele momento, sem ninjutsu, e comparados aos outros dois eu era fraco em taijutsu e força. Enquanto tentava raciocinar como poderia lutar contra os dois. Ambos pareciam que quando cansavam vinham em minha direção, como alvo mais fraco e opção para descansarem. Começou a nova sequência de golpes contra mim, mas como estavam mais cansados seus ataques estavam mais lentos, onde consegui acompanhar alguns e outros aparar com o meu corpo, onde mais tarde ficariam vários hematomas. Usei as estalagmites como armas e usei até mesmo as estalactites para afastá-los algumas vezes e acertar um na cabeça com a queda de uma estalactite que bateu de lado e o fez desmaiar. Mas o loiro era implacável e muito insistente, mesmo que eu recuasse ele investia uma, duas ou quantas fossem necessárias. Mesmo usando o campo ao meu favor aquele garoto contra atacava igualmente, ele tinha a mesma velocidade de raciocínio que eu. Dei alguns socos e chutes que o acertaram nas laterais, braço e pernas. Mas como não era muito forte não causaram o estrago que queria. Estava numa situação difícil e quase no limite.

  Como destruímos uma boa parte do campo, tínhamos um campo aberto no centro do campo, desta forma, não tinha muito mais pedra para me esconder. Chegamos então ao momento de um combate aberto, já que o primeiro garoto de cabelos negros estava fora de combate.  O loiro se colocou em posição para iniciar o combate e eu fiz o mesmo. Olhamos-nos e por um momento parece que nos entendemos, estávamos gostando daquela luta, mesmo que eu não fosse páreo para o garoto. Aquela era a hora da verdade.

  Corremos em direção um do outro, socos foram desferidos, cotoveladas, chutes altos e baixos, joelhadas, rodopios. Ataques e bloqueios, contra ataques de igual nível, o suor no rosto, e sangue escorrendo da sobrancelha. E o meu oponente com um corte na boca. E quando percebi que o oponente tinha abaixado a guarda após um soco de baixo para cima, aproveitei para socar suas costelas ou estômago, o que ficasse exposto primeiro. Entretanto era uma artimanha do garoto que bloqueou meu golpe com a mão esquerda, e jogando seu peso para a direita, abriu a minha defesa e com um chute do lado esquerdo ele me acertou meu ombro. A força foi tanta que me arremessou alguns metros e no meio do caminho bati numa pedra e acabei ficando inconsciente.

...



Última edição por Dumas em Sáb 09 Jun 2018, 23:04, editado 1 vez(es)

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Primeiras Habilidades Ninjas - Parte 3


"Estava eu na frente de uma enorme estátua de uma lenda, uma sombra do País da Terra, e abaixo da estátua do Tamura residia uma escada para o centro da terra tão longa que a escuridão cobria o caminho.  Apesar do lugar aparentemente ter sido esquecido pelo homem, não causava temor. Parecia que a presença do antigo Tsuchikage guardava aquele local e dava forças aos seus membros. Descia as escadas, composta de pedra esculpida e contava uma parte da história da Vila da Pedra em suas paredes, e quando cheguei à sua base a uns trinta metros abaixo da entrada percebi um grande salão antigo de pedras lisas. Não sabia dizer ao certo para qual intuito foi criado, mas sentia um grande poder naquele local..."

- Acorda Noah! Acorda garoto molenga! – Falava o oponente que me derrubou e me mandou para longe. E aos poucos a cena anterior foi se esvaindo até que finalmente eu percebesse que era um sonho e que estava no chão e sentia gosto de sangue na boca.

- Eu tive um sonho estranho...  – Falava meio aéreo. – Por mim chega por hoje, preciso descansar. – Falava para todos na sala e iria para o meu quarto.  Estava cansado e aquele golpe me deu um motivo que precisava para sair daquele treino contra os dois ninjas que eram mais fortes no taijutsu que eu.  Seria desperdício de tempo continuar a enfrentá-los. E o esconderijo do norte me chamava mais a atenção e me questionava por quantos quilômetros ela se estendia pela montanha.

Depois de um longo descanso minha curiosidade me levou a muitos corredores, uns incríveis e outros tão velhos quanto à montanha em que estava e muito mais perigosas, por estas eu evitava passar, pois uma vez ou outra localizava armadilhas ou simplesmente os corredores davam em buracos tão profundos que ninguém nunca foi investigá-los.  Algumas salas tinham uma infinidade de armas tão antigas e poderosas que somente ninjas extremamente poderosos poderiam domá-las. Outras tão simples em aparência, mas também sentia que tinham algum poder. Quando comentei com meus irmãos eles me disseram a origem de algumas armas e seus antigos donos.  Mas que não perceberam tão facilmente suas potências como eu. 

- Você tem uma sensibilidade mais aguçada que a nossa Noah. Treine esta habilidade, pois ela lhe será muito útil no futuro. E quem sabe você não consiga achar o nosso irmão perdido.  – Falava Ikki, mais experiente já tinha se tocado que eu tinha aptidão para ser Kanchi Taipu.  – Este garoto é um falastrão! Ao invés ficar rondando o esconderijo deveria treinar para não levar uma surra dos nossos primos do sul. – Kohaku debochava.

- E você precisa se manter longe dos pacotes de biscoito da cozinha! Se a cozinheira te pegar lá tenho certeza que ela fará o mesmo procedimento que faz com um porco. E é óbvio que irá guinchar muito mais do que o animal, se continuar este covarde que é. – Falava desafiando meu irmão gordo e folgado.

- Cala sua boca seu moleque!!! Se não vou fazer pior do que nosso primo no treino de taijutsu. – Retrucava o concorrente do porco da montanha enquanto se levantava e vir em minha direção mostrando seu punho. No meio do caminho o Ikki de forma mais ligeira e silenciosa coloca o pé na frente do irmão mais novo o fazendo cair. - Melhor sair logo daqui. Ele vai começar a esbravejar. – Falava Ikki com um sorriso malicioso na cara e um semblante de aviso. Ele sempre me salvava do Kohaku. Não perdi tempo e saí correndo do quarto deles.

Os dois irmãos mais velhos eram tão diferentes Ikki era mais sério, rápido e feroz, enquanto Kohaku, apesar de implicar muito comigo, é um grande gênio e estrategista da família. Mas não era o mais rápido. O treinamento dos dois estava bem além dos meus. E quando via o Ikki em combate com oponentes de mesma patente que a dele era uma luta fantástica, era fogo para todo lado e a maioria das vezes seus oponentes acabavam indo para a enfermaria ou aos cuidados da minha mãe para sarar das queimaduras. Já Kohaku sabia liderar bem treinos em times, e sempre coordenava da retaguarda e sempre posicionava bem seus companheiros. Ou em jogo de inteligência batia de frente com alguns adultos.

Enquanto isso eu me aperfeiçoava no ninjutsu elemental Suiton, e aprendi um jutsu, Mizurappa, e quando o dominei me ensinaram um outro jutsu, o Kirigakure no jutsu, usando meu chakra para formar uma espessa névoa de chakra que me ocultaria da visão dos meus oponentes.  E foi o que fiz num outro momento enfrentando meus primos do sul novamente.  Entretanto desta vez poderia usar ninjutsu e as armas. Os outros dois eram mais taijutsu e só tinham jutsus básicos.

O combate estava acirrado já que minha reserva de chakra era maior do que a deles, e meu controle de chakra sempre foi melhor até do que o dos meus irmãos. Então, quando eles se aproximavam demais usava o Mizurappa para jogá-los longe.  E quando, por fim, usei o Kirigakure no jutsu, cobrindo o campo inteiro com névoa e os outros genins ficaram perdidos. Enquanto eu conseguia sentir a presença dos dois. E lançando armas básicas de forma estratégica, acertando pelo menos duas kunais em cada, consegui com que os dois desistissem, pois não estavam acostumados com aquele ninjutsu e com a falta de campo de visão perderam a confiança.

Estávamos empatados agora.  E eu mais feliz, pois agora estava lutando com armas que estava mais acostumado, o ninjutsu. Mesmo sabendo que uma hora ou outra precisaria melhorar minhas qualidades com taijutsu e velocidade para um dia conseguir competir com o Ikki. Já sabendo que tinha a vantagem elemental.

Depois de mais treinamentos e testes constataram que meu controle de chakra era muito bom para um recém-graduado a Genin. E fizeram mais testes comigo e um dos treinadores começou a me questionar em quais habilidades que queria adquirir na carreira ninja.  E depois de uma longa conversa ele me direcionou para ser um Iryo-nin, assim como minha mãe. E continuar a desenvolver minha afinidade Elemental para poder entrar em combate. Para proteger e curar aqueles que eu gosto.

A partir daí comecei a buscar mais informações na com a minha mãe. Onde ela foi me explicando algumas coisas básicas sobre o ninjutsu médico.  Mas minha curiosidade me levava além, e eu tinha que obter mais conhecimento sobre este assunto. Foi então que comecei a passar mais tempo na biblioteca do esconderijo.
 
Spoiler:




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Kaginimaru
Jōnin
Inútil...
Inútil...
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    Estava sozinho ao norte de Iwa, largado na praia que se encontrava ao norte do porto de Iwagakure e além do castelo do Senhor Feudal. Estava no meio de um treinamento em que meu avô tinha preparado para aumentar minhas habilidades de combate. O velho rabugento tinha me levado até o nosso esconderijo do Norte e depois até uma cabana que ele tinha próximo a praia. Não sabia da existência dela até o momento em que chegamos e até mesmo meus pais não sabiam daquele lugar. Era o nosso segredo. 

    Raiava o Sol enquanto eu estava largado na areia quase a milanesa por causa de tanto me divertir em meio a areia. O velho estava numa cadeira bem próximo mexendo os pés sem parar na areia, se continuasse logo teríamos um enorme buraco para fazer a fogueira ao anoitecer. Se for esta a intenção não sabia dizer, mas sua atenção estava no horizonte. Dei um impulso sobre as pernas para logo ficar de pé. O tempo parecia ter parado enquanto a Estrela central tomava conta do horizonte e começava a irradiar o seu calor. Era uma sensação reconfortante, uma paz, junto com a brisa marítima, e com as ondas geladas que agora molharam os meus pés enquanto a maré subia.   

    A paz naquele momento e o silêncio imposto pelo velho fazia parte do meu treinamento. Mas graças a minha introspecção conseguiria resistir ao impulso de falar. Aproveitaria ao máximo e guardaria aquela cena na memória, nas memórias mais felizes e sossegadas. Enquanto a brisa nos acariciava o velho se levantou quieto e foi até a cabana, o observei por uns segundos enquanto ele seguia seu caminho e deixava seus rastros na areia. Entrei mais um pouco no mar e as ondas começaram a bater na minha canela. Aquela água gelada fez com que eu tivesse uma sensação de frio na espinha me fazendo arrepiar até os fios do cabelo. Quando comecei a seguir em direção ao fundo, meu avô me chamou quebrando minha concentração. 

    Uma vez só contradisse e velho e sofri uma semana inteira de torturas leves, mas ainda assim, torturas. Dizia ele que era para que eu o respeitasse e que aprendesse as técnicas na pele, para saber usar muito bem. Às vezes ele soava como um homem frio e sanguinário, e outras ele demonstrava seu respeito pela nossa família e acho que poderia dizer que até amava. Mas qualquer sinal de sentimento ele ocultava muito bem, a não ser a raiva. Ikki já sofreu muito nas mãos daquele homem. E o Kohaku corria dele como se ele fosse à reencarnação do mal. Mas eu gostava do velho e creio que seja um sentimento mútuo ou não estaria ali. 

    Mais uma vez o velho se mostrou astuto e quando me voltei para ele, vi uma enorme quantidade de equipamentos de treinos. Surpreendia-me como aquele velho era forte e rápido quando queria. Muitas vezes sua fachada curvada e frágil, tinha quase certeza que era uma máscara para ocultar sua força verdadeira.  Ele era cheio de surpresas e boa parte das missões de níveis altos ia com o meu pai. O que dizia ser para dar conselhos e ensinar o meu pai. O que tinha um ar meio esquisito, ele tem o estilo de gostar de uma boa luta. 

    Avistava o velho se aproximar com alguns equipamentos que fincava na areia de maneira meio desordenada. Não conseguia ver o padrão daquilo. Mas ele tinha um plano maluco na cabeça. Espalhou placas com alvos por toda a região da praia e uns até na cabana. E por fim ele colou um alvo em sua barriga.  

    Vendo toda a preparação percebia que seria um treino com armas ninjas. E quando fui pegar meus equipamentos o velho me impediu. E mostrou uma caixa que quando abri estava recheado com armas ninjas. Umas armas bem velhas outras brilhando de tão novas. Então ele fez sinal para eu pegá-las. – Acertar todos os alvos deve. Sem um erro cometer.  Se não, começar tudo de novo irá. – Falou de uma forma esquisita e finalizando com um sorriso irônico e de desafio. Ele sabia que eu tinha pouca habilidade para com armas ninja. Tinha sensação que aquele velho iria se divertir a beça comigo. 

    Enquanto começava um treinamento para aquecer meu corpo, uma leve corrida, depois umas flexões, abdominais, corrida com saltos, algumas manobras de taijutsu e mais corrida. Quando o velho se satisfez deu sinal para eu começar.  Peguei a caixa e deixei posicionada junto comigo no centro dos alvos. Peguei primeiramente quatro shurikens com cada mão e as posicionei para lançamento. Mirando um pouco lancei as shurikens em seus alvos, quatro acertaram em cheio os seus alvos, porém, as demais saíram de seus alvos e o velho imediatamente falou para fazer de novo. 

    Zero a esquerda era o que eu começava a me achar quando seguia com aquele treinamento e depois de meio dia fazendo aqueles exercícios não tinha avançado muito, mesmo tentando pegar pesado, leve e do jeito que fosse. Até que chegou uma hora em que joguei as armas para cima em um momento de raiva e fui para o mar dar um mergulho. Quando pulei de encontro às ondas, ouvi um barulho como se fosse apagando a fumaça e o fogo que estavam saindo da minha cabeça de tanta raiva. 

    As ondulações da maré o mergulho foi longo até eu quase perder o fôlego. E forcei ficar até o máximo do meu limite embaixo d’água. Por um momento pensamentos sobre as pessoas e uma pessoa passaram pela minha mente enquanto me lembrava da minha obrigação para com os Iwanianos. Eu deveria ficar cada vez mais forte e não seria um treinamento que ficaria entre eu e meu objetivo de ser o escudo e o braço forte da Vila da Pedra. Foi quando percebi que tinha passado do limite e o meu pé tocou o solo e tirei forças para me impulsionar para cima. E tomei fôlego. Para depois voltar para a praia. 

    Falava o velho como eu tinha uma cabeça oca e ficava nervoso à toa. Que teria que aprender a ter calma. E saiu da sua cadeira e exemplificou como eu deveria fazer o treinamento corretamente. Lançando várias kunais e depois outra sequencia de armas que desviariam as primeiras que por milagre acertaram os seus alvos e ele repetiu quatros vezes até acertar todos os alvos da praia sem errar um.

    A minha boca estava escancarada de tão impressionado que estava com a dança do velho. – Está bem velhote, fazendo malabarismos aí e conseguindo acertar os alvos sem machucar a coluna. – Devolvia a ironia do velho. E começaria o processo que o velho tinha demonstrado, mas ainda continuava acertando quatro kunais ou shurikens. O dia foi passando e havia pouco progresso nos lançamentos de armas. E aos poucos o velho foi implementando novas técnicas ou novos itens. Mostrou alguns movimentos inusitados, lançando várias armas e colocando fogo nelas, mas tinha mais precisão do que eu poderia desejar.  Usando fios para controlar melhor as armas e fazê-las voltar como se fosse um bumerangue de Fuuma Shurikens. E o dia foi se passando enquanto tentava controlar as armas. Era cada cena hilária que muitas vezes o velho caía da cadeira de tanto rir. E vários cortes apareceram enquanto eu fazia as armas mudarem de direção e eu puxando com muita força fiz a armas voar ao meu redor e o fio me enrolou inteiro, me fazendo cair na areia todo enrolado. 

    Minha habilidade com armas melhorou um pouco quando a noite nos abraçou em seu manto negro e cheio de estrelas. Uma fogueira foi acesa enquanto o velho começava a fazer nossa comida. Das mais diferentes possíveis e mostrou algumas técnicas de tempero e armazenagem quando não tivesse uma geladeira por perto.  E contou muitas das suas histórias de aventuras da sua juventude e de como ele tinha passado por todos os treinamentos que eu estava passando. E como ele via potencial em mim ele insistia em me treinar, mas insistia em que eu precisava me acalmar para focar nos meus objetivos. 

    Iniciei o treinamento assim que acordei antes do amanhecer e do velho levantar.  Ele tinha me inspirado na noite anterior e comecei a lançar as armas e combiná-las com movimentos circulares e mudanças singelas de rota ou ângulos. O treinamento como ele tinha dito precisaria de calma e muitos exercícios para aprender de pouco a pouco o funcionamento da física em ação. Comecei a calcular e fazer testes e aos poucos fui melhorando. Parei somente para comer, ir ao banheiro, e tomar minhas doses de cafeína. Uma pausa depois do almoço para cair no mar e relaxar para a próxima sessão de treinos. 

    Loucamente lancei muitas armas até ter um desempenho de acertar seis kunais de uma vez. Foi quando o velho aumentou a extensão dos alvos. Continuei acertando a quantidade de alvos de antes e comecei a confiar que minha estratégia estava dando certo e comecei a observar ainda mais os movimentos das armas e dos movimentos com as mãos eu precisaria realizar para que conseguisse meu objetivo com as armas.  No final da tarde eu consegui passar sem me enrolar nos fios e estava bem menos machucado por causa das armas. E seguia friamente até mesmo a noite em que a visibilidade caía bastante.  Só parando de exaustão e um cheiro agridoce vindo da fogueira. 

    Ia me lavar antes de comer, mas a fome falou mais alto. Eu só bati a mão na roupa e comecei a comer a carne que meu avô tinha feito. E depois de comer que nem um louco, eu deitei na areia que estava seca e me aconchegou. Meus olhos pesaram e sem a intenção eu dormi. Quando acordei estava na cama da cabana. E o velho não estava lá e quando fui à praia ele também não estava. Deveria estar fazendo alguma coisa.

    Antes de ele chegar eu já tinha começado o treinamento e tinha avançado com o treinamento e comecei a pegar o jeito e acertar sete alvos de uma vez e a dominar o manuseio dos fios com diversas armas. O treinamento seguiu por mais sete dias até que o velho me deu o aval de que tinha dominado as técnicas que ele tinha passado. Mas suei muito com a prova final. Tive que fazer três vezes, por descuidos idiotas, para na terceira tentativa ter sucesso, mesmo quase errando a última kunai no alvo mais distante que estava a vinte metros de distância. 

    Zonzo com todos os treinamentos e testes, e feliz por ter conseguido me superar mais uma vez fui  para a cama dormir e colocar o sono em dia. Para depois pegar mais algumas ondas antes de ir embora. 
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Uma ameaça aos Zoldyck 


   Na primavera no País da Terra era seca e mantinha uma temperatura amena, não tinha chovido nos últimos dias o que piorava a secura do ambiente. E para ajudar os Zoldycks estavam em alerta por causa de uma ameaça aos seus membros. Alguns dias atrás uma carta chegou até o meu pai, Zeno, dizendo que tinha um time de ninjas que estariam caçando e matando assassinos e depois descobriram que era somente de nossa família. E desde então todas as famílias com este sobrenome estavam tomando medidas para dificultarem sua localização. Meu avô ficou em casa como suporte a mais em Iwa. O clima estava tenso o que piorava a respiração.  E como foi permitido contei o que se passava aos membros do meu time ANBU.

   - Vou investigar mais sobre os possíveis suspeitos de tais atos, Noah. E quaisquer informações eu te passo imediatamente. – Falava Marin em resposta ao meu drama familiar.

   - Mas que azar Noah! Quem faria enfrentaria sua família? Não tem inimigos antigos? – Questionava Ikarus.

   - Com certeza eles devem ter informações dos membros da sua família, Noah, e os enfrentando de acordo... E possivelmente tiveram tempo para isso. Mas a pergunta é: Por que eles estariam caçando vocês? Vingança? – Kousuke indicava uma possível linha de raciocínio.

   - Não temos certeza, ainda. Mas tudo começou no País da Geada – Falei com a única informação que tínhamos até o momento.  – E tudo foi encoberto. O que quer que seja foi muito bem feito. Tanto que quem foi investigar não conseguiu muitas informações e o local estava limpo. Estamos falando de profissionais. – Informava aos demais ao mesmo tempo em que pensava nas possibilidades do que poderia ter acontecido.

   Os dias estavam passando e uma vez ou outra cartas ou mensageiros eram enviados até em casa avisando sobre os novos acontecimentos no mundo ninja que envolvia a minha família. Muitos eram atacados em toda a parte, tivemos cinco baixas nestes ataques e os demais conseguiram fugir e ficaram nos esconderijos espalhados pelo mundo shinobi. Meu avô e meu pai começaram a se preocupar, pois os ataques indicavam que estavam a caminho para o noroeste, diretamente para nós.  Então nas refeições sempre nos eram informados os esconderijos de nossa família e obrigações de cada um. E novas defesas foram implantadas em nossa residência.  Contudo, não seria somente este o plano.  Já que uma hora ou outra seríamos os alvos, então iríamos caçar os nossos caçadores.

    - Ouçam, não vamos esperar os inimigos chegaram aqui e nos caçarem a vontade. Não vamos colocar Iwa em perigo por nossa conta. E não envolveremos a Yamiko-sama neste assunto. – Falava meu pai. – Então vamos implantar uma armadilha para os nossos inimigos e vamos levá-los para onde não afetem a Vila da Pedra. Numa região mais ao sul de Iwa. – Continuava o meu pai. Ele e meu avô tinham montado uma estratégia bem elaborada e Ikki, Kohaku e eu iríamos para uma cabana, onde seria um possível esconderijo da família. E lançaríamos a isca para que eles pudessem nos encontrar. E quando isso acontecesse à cavalaria chegaria juntamente com o interrogador.  Mas para o plano funcionar teríamos que plantar as informações sem que levantasse suspeitas e levaria alguns dias para concluir.

   Enquanto isso estava com muito trabalho no quartel general da ANBU, estava investigando o ocorrido com a destruição da casa da Yamiko e os demais acontecimentos que envolvia a Vila da Pedra. Um time tinha acabado de chegar com um corpo de um ninja fugitivo de Iwa numa pequena vila ao sudeste da nossa localização e logo foram relatar os fatos para mim e meu time.  E uma informação deles me chamou a atenção. Tinha um grupo de uns vinte viajantes bêbados numa pousada contando histórias e vantagens sobre seus feitos no mundo todo e sobre lutas contra ninjas patifes e que já tinham matado cinco de uma organização criminosa. O homem que os estava hospedando perguntou o porquê eles estarem caçando estes ninjas. E a resposta daquele homem foi: - Membros desta organização mataram uma família inteira em nosso país da Geada, sobrando somente o filho mais velho que estava em viagem. Agora este jovem nos contratou para acabar com esta organização.  E mais detalhes foram ditos para que batesse com um fato em minha história de quando eu era bem menor.

   Aquela informação foi crucial e me fez lembrar-me da origem do meu medo sobre a neve. Só poderia ser aquilo. O meu estômago se embrulhou e fiquei pálido, pois aquela lembrança ainda me dava arrepios apesar de ter superado o medo da neve.  Marin como uma boa controladora de informações guardou o relatório sobre o caso daquele ninja renegado, contudo as informações sobre aquele grupo eram só uma observação do capitão daquele time. E assim eu deixei ser para todos os demais, seguindo as orientações do meu pai: não envolver a Tsuchikage neste assunto.  

   Assim que tivesse acabado de terminar os meus deveres de líder da ANBU, solicitei para a Marin colocar metade dos times ANBUs em ronda pela Vila e qualquer movimentação diferente que me avisassem e que um time controlasse a entrada e saída da Vila. Saí do quartel coloquei minha máscara e estava com o uniforme da ANBU para fazer eu mesmo uma ronda até chegar à minha casa. E assim que eu cheguei minha irmã estava no quintal. – Keiko, por favor, chame o papai! – Pedi educadamente.  – Não faz hora! Ou quer ser brincar com os nossos inimigos? – Falava ironizando assim que percebi que ela iria abrir a boca para me contradizer ou alegar alguma besteira. Ela fez uma careta e saiu resmungando, mas foi atrás do Líder da Família Zoldyck.  Não demorou muito para que meu pai aparecesse. Estava sério.

   - Não ameace a sua irmã de novo! A não ser que queira experimentar aquele castigo... – Falava meu pai frio e ameaçador enquanto chegava perto de mim.  E eu o observava atentamente e sabia do que ele estava falando. E seu castigo era uma tortura que ele já tinha usado em mim quando o desafiei pela primeira vez. 
 Um vento batia e a luz da lua cheia iluminava o quintal e expandia as nossas sombras. O silêncio entre nós perdurou um ou dois minutos. Até que eu comecei a falar sobre o grupo que o ninja da ANBU tinha encontrando num vilarejo a sudeste de nós.

   - Eles estão chegando. Está na hora da presa virar o caçador! – Falava sério. Enquanto meu pai voltava imediatamente para dentro de casa.

   - Eles vão aprender a não mexer com os Zoldyck! – O líder da família falava com sua imponência de sempre.

 
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Legal o filler, mas avisando aqui que o tópico ta bugando.

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O último Suspiro Antes do Mergulho

Meu pai entrou em casa e eu continuei observando a noite sabendo o que logo nos aguardaria. Não estava com medo por mim, mas tinha medo de não ser capaz de proteger os meus familiares da mesma forma que outros Zoldycks estavam sendo caçados e mortos nos demais lugares. Meus pensamentos voavam no Mephisto, Asuka, O Matador de Nukenins, Sousuke, Yamiko, meu time Shiroi Kitsune e tantos outros e o legado que já tinha conquistado até aquele momento. Eu estava avançando rápido com os meus objetivos de proteger a todos. Mas ainda não tinha começado a treiná-los para juntarem a minha luta e desenvolver nas outras pessoas este senso sobre proteção daqueles que não conseguem por si só se defender, sejam civis ou shinobis. Um suspiro encerrou meus devaneios.

  Entrei em casa alguns minutos depois do meu pai e encontrei com a família reunida, exceto meu pai, na sala conversando e logo que cheguei me juntei a eles e começamos a falar sobre assuntos diversos e nossas aventuras e rirmos das trapalhadas uns dos outros. O Kohaku era o que mais tinha histórias para contar com as suas missões de inteligência e como ele descobria coisas que dificilmente nos atentaríamos. Esta era uma habilidade que só ele tinha na família. Minha irmãzinha contou sobre suas missões dentro da Vila e umas duas missões fora, mas tudo indicava que ela seguiria os passos da nossa mãe e ela tinha um zelo em cuidar das pessoas e suas necessidades. Meu irmão mais velho, Ikki, contava suas missões mais poderosas e como era um prodígio, com toda certeza, ele assumiria com grande capacidade as obrigações de ser o líder daquela família, contudo, ele era meu mentor sobre o assunto das mulheres já que o Kohaku tinha certa dificuldade com elas. E meu avô que era um viajante de primeira e um exímio contador de histórias, já que vivenciou diversas situações e sobreviveu a muitas dificuldades como shinobi e assassino e as transmitia para nós e muito do seu conhecimento era escrito em um pergaminho que ele selou em seu quarto. Vendo assim, nem parecíamos uma família de assassinos. Vivenciando torturas, treinamentos intensos, sangue, suor, medo, força, e tantas outras dificuldades para adquirirmos os conhecimentos necessários para executar tais tarefas, cada um com o seu ramo característico.

  Meu pai chegou à sala com um grande rolo de pergaminho e o estendeu sobre a mesa de centro revelando ser um mapa. Lá estava a localização da cabana que usaríamos para chamar a atenção dos viajantes que viriam do sudeste. Lá seria o nosso embate e a armadilha já estava sendo plantada dentro de Iwagakure no Sato e arredores. Os detalhes do plano nos foram passados e quais os preparativos cada um ficaria responsável. Meu pai, Ikki, Kohaku e eu iríamos para a cabana. Os demais ficariam em Iwa para não levantar tantas suspeitas.

  Dois dias se passaram enquanto montamos os preparativos na Vila e depois viajamos para nosso esconderijo, se é que se poderia chamar o lugar e a situação em si de esconderijo. Ou seria o local da armadilha? Naquela altura não importaria mais, estávamos esperando por eles enquanto eles deveriam estar fazendo os seus planos para montar um cerco e nos matar. Os preparativos nos custaram muito suor com o pouco tempo e o Sol e o clima seco de Iwa. Montamos armadilhas escondidas no solo com selos explosivos. Cabos de aço que circundavam o lugar, com uma segunda e terceira armadilha escondida. A cabana tinha sido reforçada com rocha e nosso chakra misturado. E quando terminamos os preparativos tomávamos café, comíamos bem e um descanso de uma hora. Depois recebíamos mais instruções do nosso pai, e depois treinávamos um pouco e ritmo leve para passarmos o tempo e passar uma impressão errada para o inimigo se estivesse nos investigando de algum ponto.

  Mais dias se passaram e eu tinha até aprendido alguns jutsus sendo de característica da nossa família, o Brasão Zoldyck. E como tenho grande habilidade com o ninjutsu comecei a desenvolver um jutsu complementar com base no Brasão, algo que ajudasse os demais a ficarem protegidos e melhorassem a sua habilidade em combate. Seria um jutsu que o aperfeiçoaria até a noite em que percebemos o movimento dos inimigos. Meu pai tinha saído para caçar de manhã e até aquele momento não tinha chego. Ikki que percebeu e nos alertou já que era a vez dele de vigia. Kohaku estava preparando os equipamentos de todos e eu estava criando meu jutsu e pequena escala usando o gorducho como cobaia. Arrumamos tudo em segundos e nos equipamentos de acordo para o combate que estaria por vir.
Sempre antes do combate iminente sempre soava um silêncio intenso como se fosse o último suspiro antes de um mergulho. E aquela noite estava assim, já tínhamos percebido que tinha dez inimigos nos circundando à no mínimo um quilômetro por entre as rochas e eles avançavam devagar, eram cautelosos. Ao que tudo indicava eles tinham caído na nossa armadilha sobre o local, mas sabiam com quem estavam mexendo e não se atreveriam a avançar descuidadamente. Até que eles pararam de se moverem.

  - Ainda não consigo sentir o chakra deles. – Comentava com os meus irmãos. Sendo que eu seria o responsável por eles não nos pegarem desprevenidos. E o tempo foi passando sem mais movimentos. Realmente estávamos sendo caçados e eles tinham experiência, queriam nos ganhar pelo cansaço.

  - Kohaku, eles não irão nos atacar a noite. Descanse enquanto eu e o Noah observamos os movimentos deles em turnos. Mas você é a mente por trás e precisaremos dela na hora certa. – Ikki falava nos liderando. – Noah, vasculhe de dez em dez minutos. Não se canse também eu assumirei o segundo turno. – Me dava às coordenadas do que deveria fazer naquele momento. A noite foi avançando enquanto o silêncio da noite ampliava. Mas Ikki tinha razão, com pouca visibilidade eles não se arriscariam a invadir o território inimigo.

...

No meio da noite uma raposa branca saiu de sua toca para caçar e logo localizou uma doninha, não perdeu tempo para entrar num embate contra ela e numa luta intensa a caçadora conseguiu sua presa e a levou para a toca onde estavam os seus filhotes.



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Última edição por Dumas em Qua 27 Jun 2018, 22:22, editado 2 vez(es)

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O fim


   A noite estava ficando para trás enquanto raiava o dia. Kohaku e Noah acordavam meio atordoados devido às trocas de turnos, entretanto, Ikki estava em alerta total olhando para fora da cabana. Os dois levantaram as pressas e se arrumaram. Tomou um café da manhã meia boca, mas o café não poderia faltar, pelo menos para o Noah. O silencio ao redor ainda era intenso, nem parecia que estávamos cercados pelos inimigos. 

   O Sol aparecia por entre as montanhas banhando a cabana, o terreno irregular que subia redor da cabana, no topo do monte, e poucos metros para o oeste tinha um pequeno rio.  Os três Zoldycks estavam com a vantagem do terreno e para que houvesse um ataque ou investigação dos ninjas inimigos precisariam se aproximar o suficiente para ficarem expostos.  E não demorou muito tempo para que cinco homens aparentemente fortes subisse o morro à caça de seu objetivo, matar os Zoldyck. Na base da montanha três dos cinco ninjas que avançaram rapidamente foram pegos numa armadilha do Kohaku se embaraçando nos fios de aço para em seguida explodirem causando uma fumaça vermelha ao redor. Os dois outros avançaram depois de se entreolharem com receio nos olhos. Ikki e Kohaku sabiam que poderiam estar jogando na vida real algo similar ao xadrez que ambos gostavam. Mas era somente o começo, pois sempre os primeiros a se movimentarem eram os peões.  Os dois inimigos sobrevivente subiram avançando com mais cautela, contudo, Kohaku tinha preparado mais armadilhas, um caiu num buraco oculto com estacas. O outro foi pego numa armadilha onde uma corda oculta pegou-o pelo pé e o saiu arrastando morro abaixo esfolando todo o couro do homem.  Três homens surgiram das sombras, seguidos por mais dois. 


   Os três homens avançaram pelas marcas deixadas pelos homens do primeiro ataque e avançavam com mais velocidade não temendo retaliação. Os cinco chegaram mais perto, uns dez metros da cabana onde os Zoldycks deveriam estar e usaram suas técnicas de fogo para incendiar a parte de fora da casa. Numa tentativa de fazerem a sua presa sair correndo de lá e abraçar a morte do lado de fora. Entretanto, eles não sabiam com quem estavam lidando. Ikki tinha alertado os dois para espalharem selos bomba pela casa inteira enquanto o Noah com sua habilidade em Doton abriria caminho criando uma passagem até a base do morro. Todos pularam no buraco criado pelo mais novo dos irmãos, Ikki que foi o ultimo a entrar tapou o buraco como se nada tivesse ali.  Sua última olhada foi quando percebeu o jutsu de fogo dos inimigos acertando a cabana e começando o incêndio, fechando a madeira atrás de si deixando o chão da cabana ocultando a passagem que o Noah tinha criado. 


   O incêndio começou e os cinco inimigos mais próximos estavam esperando com que seus inimigos escapassem para fora e caíssem em suas mãos, mas o fogo foi se espalhando e nada de ninguém sair. A demora causou uma comichão neles e o líder imprudente avançou para mais perto, os demais o seguiram. Olhando pelas janelas quebradas ou portas que já estavam ao chão. O momento seguinte ao início da investigação houve uma imensa explosão, o fogo do jutsu inimigo acabou ativando as tarjas explosivas. Depois seguiram mais algumas explosões onde não mais existia a cabana e nem ninjas curiosos.  E com isso dez ninjas inimigos já tinham caído. 


   Os três Zoldycks saíram pela passagem criada pelo Noah, contudo, foram surpreendidos por pedras que rolavam morro abaixo. Noah não perdeu tempo e criou uma parede de tijolos estruturada tendo três figuras de raposas que conteve o avanço das pedras. Seis oponentes apareceram rodeando os Zoldycks, os encurralando na base do morro.  


   - Acharam que iam sair desta situação, assim, tão fácil garotos tolos? – Falava o homem do meio, ao mesmo tempo em que indicava para os outros atacarem.  O avanço dos ninjas fez com que Ikki e Noah fossem à frente do Kohaku, protegendo-o enquanto fazia selos.  Ikki logo fazia selos e liberava uma grande quantidade de fogo pela boca evitando que três inimigos se aproximassem, Noah em contrapartida liberava uma grande quantidade de água fazendo com que os inimigos fossem para longe. Contudo o líder se protegera de alguma forma. Uma névoa surgiu no campo, mas não daria para atrapalhar a visão. Uma raiva brotou no líder do ataque e era evidente no rosto dele e seus punhos se fecharam até que ao abrir saía algumas gotas de sangue, demonstrando o quão forte ele apertara.  Um passo a frente, outro e no terceiro ele avançou tão rápido que tive problemas para acompanhá-lo, contudo, Ikki o interceptou e começou um embate feroz de armas, socos e chutes. Técnicas de taijutsu eram usadas e entre um afastamento e outro, os dois ninjas usuários de katon esquentavam o embate de fogo e esquentavam o campo de batalha. Noah tentaria observar o movimento dos dois enquanto dois ninjas molhados voltavam para o combate. Eles eram mais do nível do jovem de cabelos brancos. Kunais se enfrentavam e soltavam faíscas ao se encontrarem, conflitos de interesses esquentavam a batalha. De um lado o sangue dos inimigos pagaria uma dívida antiga ao contratante do assassinato dos Zoldycks. Do outro a sobrevivência da família. O segundo levava os garotos a darem o seu melhor em combate. 

 
   Uma explosão levou o Kohaku, Noah e seus dois oponentes a voaram para longe. Momento mais que oportuno para Noah lançar senbons em um dos inimigos acertando seus pontos vitais causando a morte quase instantânea.  Os três se levantaram e o inimigo causou três cortes em Noah, um em cada braço e um na perna esquerda. E começou a ganhar o terreno. Contudo ao achar que daria o último golpe acabou abrindo uma brecha na defesa onde Noah manipulando o terreno criou estacas que perfuraram vários pontos do tronco do inimigo. Do nada Kohaku caiu com um dos joelhos ao chão. Logo imaginei o que estaria acontecendo com ele e fui dar suporte. – Kai! – Falava quando Noah colocava a mão no ombro do irmão mais velho. – Você está bem Kohaku? – Perguntava preocupado. E logo ele balançava a cabeça confirmando que sim. – Sobraram somente dois inimigos, mas um deles é muito bom em genjutsu, se não fosse por você eu ainda poderia estar preso. – Kohaku explicava a situação.  – Mas ele não vai aparecer, o nosso embate vai ser via genjutsu. Vou forçá-lo a ficar focado em mim. Ache o outro e mate-o.  – Afirmava com os olhos determinados a exterminar os oponentes. Noah nunca tinha visto tamanha determinação no irmão. 


   O oponente do Ikki o estava dominando a batalha, Noah achou o inimigo que o Kohaku tinha indicado e a batalha de ninjutsu dos dois tinha começado e o estilo Raiton do inimigo começou a atrapalhar os planos da jovem raposa branca. E Kohaku tinha conseguido chamar a atenção do usuário de genjutsu inimigo, o forçando a atacar somente ele.  Troca de farpas, palavrões, informações era transmitida dos dois lados do campo e passaram mais de cinco minutos de batalha.


   Depois de quinze minutos Noah estava ao chão quase derrotado, o inimigo o sobrepujara com o estilo Raiton e tinha paralisado boa parte do seu corpo. O inimigo deu um soco tão forte no garoto que foi defendido com o braço esquerdo causando um som de ossos quebrando. – Vai morrer moleque! – Falava quando já ia com uma massa compacta de chakra Raiton no ataque final. Foi quando uma grande explosão aconteceu e sangue escorria e se espalhava pelo terreno.  Uma terceira sombra apareceu. Alto, robusto e cabelos longos e brancos, um olhar impiedoso segurava o oponente, que já estava morto, e o jogava para longe. – Você está bem? – Questionava o garoto e somente o olhava. O garoto indicava a localização dos seus irmãos e dos inimigos que estava buscando através de sua habilidade de sensoriamento, quando terminou acabou desmaiando. 


   Quando abriu os olhos, se deparou com um teto de madeira. E tomando ciência do seu corpo sentia dor vinda de vários lugares. E logo percebeu que provavelmente tinha quebrado o braço esquerdo que já estava enfaixado, e tinha vários cortes pelo corpo. Então olhou para o lado esquerdo e meus irmãos estavam deitados ali. Todos arranhados, cortados, perfurados, chamuscados, mas vivos. E seu pai em pé numa cadeira que estava posicionada de forma a ver os três filhos. 


   - Acabou esta palhaçada de caçarem os Zoldycks, deixei uma mensagem para o contratante destes infelizes. Agora se recuperem para voltarmos para casa! – Falava firme o líder da família. 


   Dias depois o inimigo que tinha enfrentado o Ikki chegara ao feudo da pessoa que o contratou. E quando o homem deu o recado do líder dos Zoldycks, a palavra do nome da família foi o gatilho para liberar um fuuinjutsu e uma armadilha nela imposta. Uma enorme explosão surgiu do homem que virou nada e levou com ele, todo o palácio, e todos os inimigos dos Zoldycks.


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O Recomeço


A altivez é um passo para a ruína do homem. E foi o que senti naquela missão. Após o que aconteceu em seguida da minha chegada ao segundo acampamento me faria repensar sobre algumas coisas.





Tudo aconteceu tão rapidamente quando encostei os pés ao chão daquele acampamento e cometi um erro de muitos. Repeti o padrão de ataque e o inimigo estava preparado. Aquele miserável Kanchi Taipu tinha alertado aos seus companheiros sobre minha estratégia, mas não poderia culpá-lo, já que estaria terceirizando a culpa. O combate logo começou com kunais, explosões, evasivas rápidas, golpes e contragolpes, e o primeiro inimigo me deixou com pouco tempo para reagir utilizando meu chakra. Segundo erro, deixar o inimigo ditar a sincronia do combate. O seu companheiro efetuou ataques de fuuton dos quais se eu não tivesse me precavido com uma armadura de pedra momentos antes, se não, não estaria aqui para contar essa história. Contudo, me causou sérios danos. O time era bem articulado e não pensavam duas vezes em ter que acertar os seus companheiros se resultasse na minha queda. 

A batalha foi dura, mas o ataque de fuuton foi localizado em alguns pontos, mas no tórax foi tão intenso que perfurou a armadura e causou um corte um pouco abaixo da última costela. E aos poucos o sangramento começou a ficar sério, enquanto o inimigo não me dava espaço para recuar e me curar. O que causou o meu terceiro erro, perder a calma. E com raiva às vezes agimos sem refletir e isso dificulta e muito no combate que, aliás, já estava a favor do inimigo. 

E finalmente eu tombei de cansaço e o êxito no trabalho de equipe deles que me causaram grandes problemas e ferimentos. Mas morreria feliz por saber que pelo menos tinha mandado dois para o inferno. E a última coisa que vi foram os inimigos se aproximando e falando que me levariam cativo para interrogatório. 

O cansaço, o calor do sangue escorrendo pela lateral do meu corpo, meus olhos pesados. Comecei a perder as forças do corpo até não ter mais controle sobre ele. A escuridão tomou conta. E não mais sabia onde estava e nem por quanto tempo fiquei naquele estado. 

Não sabia se estava no outro mundo ou no nosso até minha consciência começar a voltar lentamente. Aos poucos fui tendo noção do meu corpo, que voltara a doer muito, principalmente o fundo corte causado pelo jutsu do inimigo. Mas ainda não conseguia abrir os olhos. Minha audição começou a funcionar e captar os sons ao redor. Foi aí que o pesadelo começou.  Assim que os inimigos perceberam minha movimentação eles começaram a tratar melhor os ferimentos, me forçaram a comer e tomar alguns remédios ou venenos que eu não conseguia identificar. E quando eu recobrei totalmente os sentidos e fiquei estável, os interrogatórios começaram. Entretanto, eu dificultei ao máximo o repasse de informações sobre a Vila e meus amigos. Meu treinamento de assassino realizado pelo meu pai e meu avô ajudou a resistir por muito mais tempo do que ninjas comuns não aguentariam. Choque, cortes, perfurações etc. Depois vinha uma Iryo-nin tratar os ferimentos para em seguida continuar tudo de novo. Já havia perdido a noção de tempo. 

O que me mantinha são era as boas lembranças que carregava comigo: Minha família, meus amigos, como por exemplo, a viagem com o Amaimon, à missão com o meu time: Mikado, Nanama e Shinn, o treinamento com o Tadashi, e tantos outros. Mas o sentimento que eu mais me agarraria seria a possível resposta da Yamiko, melhor ainda, o sentimento que eu nutria por ela. Mesmo sabendo de todos os problemas por ela ser a Sétima Sombra da Pedra.  Eles me davam forças para prosseguir. 

Os dias se passaram no cativeiro, eu estava preso em correntes e meus pulsos em carne viva devido ao atrito constante com as algemas de ferro que continham um selamento para conter o uso do chakra. Mesmo com a minha grande durabilidade e treinamento, eu já estava começando a ceder. As informações antes atrapalhadas e codificadas, as ironias e jogos de palavras já não estavam mais sendo usadas, e poucas informações já saíam livremente devido à exposição à dor e ao cansaço físico e mental. E o que me causava vários apagões. 

Entretanto, um dia foi diferente no cativeiro que estava ao Sul do País da Terra. Estava eu sem forças e meus braços estavam acorrentados à parede e acima da minha cabeça, desta forma, mesmo eu querendo escorregar pela parede e deitar não conseguiria. Só precisando de algumas horas de sono e sossego para me recuperar e bolar uma estratégia de fuga eficiente, coisa que não tinha conseguido com êxito até aquele momento e com os inimigos bem precavidos. Contudo, naquele dia teve uma situação inusitada e que eu já não estaria mais contando: Ouvi grande tumulto, explosões e barulho de armas se chocando, barulhos como de pedras se chocando contra outras, entre outros barulhos. Estava acontecendo um combate lá fora, e eu sem forças lá dentro que nem conseguia me levantar. A porta explodiu a minha frente com a força exercida por um homem negro e robusto, depois mais uns quatro ou cinco entraram e todos com um único emblema destacado em suas bandanas: País da Terra, Iwagakure. O resgate tinha chegado e logo me tirou das amarras e do cativeiro. Com o alívio eu acabei por desmaiar e entreguei a minha vida aqueles ninjas. 

...




Três dias se passaram desde o meu resgate e eu ainda estava apagado recobrando as minhas forças. Acordei somente no por do Sol do terceiro dia. E para a minha surpresa quem estava ao lado da minha cama era nada mais nada menos que a Alisha, a Senhora Feudal do País da Terra. 

Foi muito bom ver um rosto conhecido depois de passar por toda aquela experiência. Logo após acordar me foi oferecido um banquete, que devorei como um leão esfomeado, esquecendo até as regras à mesa. Mas creio que naquela circunstância seria perdoado. Depois um banho e passei por alguns médicos da realeza. E tive um convite e ordem para ficar com ela por um tempo antes de regressar a Vila Oculta da Pedra, mesmo eu insistindo em voltar.

A noite já estava avançada e a Lua estava cheia iluminando aquela madrugada. Eu estava acordado e recordando os momentos em cativeiro, revisando nomes, rostos que invadiam os meus pesadelos dos últimos dias. Não os esqueceriam. E eles pagariam um dia pelo que fizeram. Mas meus pensamentos foram interrompidos pela chegada da Alisha, que parecia estar com problemas para dormir também. Conversamos por toda aquela madrugada até o Sol raiar. Ela me contou tudo o que aconteceu na minha ausência e como ela conseguiu chegar até mim. E a responsabilidade daquelas informações seria ao movimento de um dos meus irmãos. Não obstante ela me informou sobre os movimentos das Termais e suas tentativas de atacarem o Castelo, sem sucesso. 

Depois ela me convidou e me obrigou a ficar até estar totalmente recuperado e mais um tempo que treinaria sob a supervisão dela e de seus comandantes. Apesar dos maus bocados que passei, agora estava em território amigável. Contudo, precisaria mostrar para ela do que eu sou capaz de fazer e aprender o máximo que conseguisse com ela e seus subordinados. Ali começaram os novos desafios para enfrentar.
         

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And when they saw him falling from the heavens,
they called him... A Divine Disaster.
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Um dia estressante na praça



Estava sentado num banco de praça com um sorvete de limão na mão esquerda, que estava derretendo rapidamente devido ao Sol do verão de Iwa. E num movimento desastrado consegui deixar aquela delícia gelada cair. Olhei para o chão e vi o que sobrou do meu sorvete formando uma poça de sabor limão. Veio um cachorro esperto e logo se aproveitou da situação. Frustrado, sentei-me direito no banco e fui comer o que sobrou, a casquinha crocante. O dia estava lindo e por incrível que pareça batia uma brisa boa que fazia os meus cabelos e minha roupa balançarem. Fechei os olhos para curtir a minha introspecção e agregando o clima ao meu redor. Trazia-me paz.  

Minha carreira ninja tinha começado há pouco tempo e recentemente tinha aprendido a arte ninja da cura. E ainda não tinha muita experiência com as técnicas, mas toda vez que podia eu treinava em casa com a supervisão da ninja médica mor que tinha lá em casa, minha mãe Kikyo. Ela neste quesito era tão rígida quanto o meu pai, ainda mais porque eu estaria lidando com vidas de pessoas e se eu quisesse curá-las teria que ser muito bom no controle de chakra e na técnica em si. Por outro lado eu treinava com meu pai, avô e irmãos como matar e torturar os outros. Provavelmente eu seria o mais benevolente fora a minha mãe.  Ikki e Kohaku eram mais focados em formas diferentes de aniquilar seus inimigos, eles eram muito melhores em rastreamento e assassinato. Somente a Keiko eu não sabia que rumo tomaria como ninja.

Abri os olhos e contemplei a praça novamente com todas aquelas crianças pequenas e seus pais. Todas buscando proteção dentro das muralhas da Vila Oculta da Pedra. Um grupo de crianças, que deveriam ter seus cinco anos, brincava de serem ninjas e com galhos simulavam uma briga com kunais ou espadas. Mas mal sabiam eles o quão difícil seria uma carreira ninja ou mesmo perder amigos durante o caminho. Mas ali, era somente uma brincadeira divertida. O que me fez sorrir. E aproveitando que o sorvete tinha acabado, peguei algumas balas de café em meu bolso para degustá-las bem devagar enquanto via quem seria o “ninja” vencedor.

Poucos segundos depois comecei a ouvir estrondos vindos de um ponto da praça, naquele ponto não dava para ver o que estaria acontecendo por causa das poucas árvores frondosas que tinha por ali. E quando percebi um ninja mascarado e sem protetor dizendo qual seria sua origem saiu por entre as árvores e olhou para trás. O que vi em seguida foi um esquadrão da ANBU de Iwa perseguindo aquele indivíduo. E ao voltar os olhos para o sujeito em fuga, percebi o intuito dele, porém não consegui reagir a tempo. Os estrondos antes ouvidos agora levantaram poeira acima das árvores. E era o que estaria para acontecer. O mascarado arremessou várias bombas em direção à praça. Os ANBUs já sabendo da intenção do homem conseguiram retirar algumas pessoas da área a tempo. Com a minha lenta reação somente consegui juntar três crianças que estavam mais próximas a mim, e pulei em cima delas. Em seguida várias explosões aconteceram ao meu redor e pela praça. Senti o impacto de duas explosões o que me fez tontear e as crianças gritando abaixo de mim.  O estrago estava feito. E após alguns segundos a fumaça tomava conta da praça e eu saí de cima das crianças e as questionariam se estavam bem. Todas com sangue escorrendo em algum ponto, gritando e chorando. Em outros pontos da praça estava na mesma situação ou até pior sendo criança ou adulto.

Meu instinto e razão falaram mais alto, mesmo eu sentindo uma dor abaixo da costela direita segui por concentrar o meu chakra para curar as crianças que estariam sob meus cuidados desde a explosão. E para o meu alívio não tinham ferimentos sérios. Quando tentei levantar para ir até as outras pessoas a dor incomodou demais que me fez gemer de dor. Mas seguiria para a pessoa mais próxima. Avaliaria a situação da pessoa e se tivesse chance de curar com sucesso eu fazia o procedimento, do contrário, infelizmente não poderia fazer mais nada. Passei por três adultos e três crianças mortas com as explosões. E outras crianças e alguns adultos tiveram ferimentos sérios e queimaduras o que daria muito trabalho para curar ali. Decidi por tratar os feridos mais graves, com sangramentos ou que tiveram amputações.  Quando estivesse estabilizado eu mudava de paciente. E no fundo estava torcendo pela equipe médica chegar logo, porque sozinho eu não estava dando conta, e mais pessoas poderiam morrer.

O desespero tomava conta de mim e a dor só aumentando, pois não estava conseguindo curar todos do jeito que precisavam e logo meu chakra iria acabar e seria um inútil, então daria um jeito com alguns equipamentos que tinha e tentava fazer torniquetes com o que achava em mãos. Minutos depois ouvi mais alguns estrondos, mas não parecia ser somente bombas. Desta vez eles estavam lutando pra valer. E mais estrondos eram ouvidos por mais alguns minutos. O tempo estava acabando e tinha perdido dois pacientes devido a minha falta de chakra. A dor aumentava cada vez mais e sentia o calor do fluido rubro que estava saindo do lado direito. E com o desgaste estava perdendo o controle do chakra e a visão já começando a embaçar devido ao cansaço e ao ferimento. E foi então que percebi o silencio que pairava no ar. Comecei a achar que estava perdendo os sentidos, mas a aparição dos ANBUs no momento seguinte foi um alívio. Fiz sinais e um deles, um homem, se aproximou de mim. Eu tentei falar, mas minhas ideias estavam um pouco confusas e aceleradas. O homem foi fazendo todo um trabalho para me acalmar, enquanto mais uma equipe ANBU chegava com uns quatro Med-nins.  Não sabia se ele estava só me persuadindo com suas palavras ou estaria usando algum ninjutsu ou genjutsu, mas estava funcionando e conseguindo me distrair.

Ver a equipe de resgate me fez acalmar e desacelerar um pouco, e um dos Med-nin veio em meu auxílio para fechar a ferida enquanto eu relatava sobre o acontecido e sobre os pacientes que ainda precisariam de socorro urgente devido a minha incapacidade de continuar com o processo acelerado de cura. O Med-nin com base nas minhas informações administrou a equipe que veio com ele. O ANBU só saiu do meu lado quando chegamos ao hospital.


Descobri anos depois, quando entrei para o time da ANBU que o ninja mascarado que tinha me acalmado e me acompanhado até o hospital, seria nada mais nada menos do que o Kousuke. E além de me acalmar ele me ensinou muito mais coisas. Mas vamos deixar essas histórias para outra hora.

Considerações:


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O desejo da princesa e as aventuras de um Zoldyck



Eu tinha acabado de me recuperar da tortura que sofri dos ninjas das Fontes Termais, após a minha missão para interceptá-los falhou. Tinha acabado de ter um diagnóstico que já estava cem por cento, que foi somente o tempo  de descobrir, que no momento seguinte a Alisha apareceu em meu quarto para me dizer que ela iria iniciar uma série de viagens e eu seria o guarda costas dela.



Quando eu me percebi já estava encurralado num beco, mais exatamente atrás de uns barris de cerveja. O suor estava escorrendo pelo meu rosto e meus pulmões gritando de tanto que tive que forçá-los na fuga. Meus olhos azuis percorriam a entrada do beco pela fresta entre os barris e no segundo depois muitos homens passaram pela rua. Boa parte eram ninjas e outra metade soldados do castelo de um lorde. Cheguei a contar mais de trinta pessoas. Estava literalmente ferrado, cansado e sem condições de usar ninjutsu e sem reforços. O meu corpo só pedia por descanso. Esperaria mais um tempo naquele lugar pelo menos até recuperar o fôlego. Tinha me separado da Alisha no meio daquele povoado, fui à distração para que ela conseguisse fugir. Mas os ninjas daquele lugar são barra pesada e ainda tinham mais uma vantagem: eles estão em maior número.

Alisha, a Senhora Feudal do País da Terra, era mais gananciosa e egocêntrica do que previra. E aquela missão era uma aventura sem fim. Primeiro entramos em uma caverna completamente cheia de armadilhas e um fedor de carne podre, o que descobri depois que era por causa de ladrões que se deram mal pelo meio do caminho e estaria guardando com os seus ossos o local de onde tentaram roubar, e tudo aquilo para pegarmos um item chamado, o Olho de Tigre. Uma pedra ao que parecia ser nobre e se colocasse contra a luz ela reluzia e se assemelhava com o olho do animal que o nomeou. Contudo, segundo a Senhora Feudal, ela teria características únicas para ajudá-la a criar um item especial para ela.  

Depois de passarmos por várias enrascadas na caverna para pegar a pedra especial fomos para o litoral ao norte do país para pegar outro item que faria parceria com o Olho do Tigre. Creio que eram escamas de algum animal, neste caso, eu não a segui de perto porque estava cuidando de um barco menor do que o nosso, contudo estava cheio de piratas. Era a segunda vez que ela me colocava em enrascada. Quando os barcos emparelharam os piratas logo se amarraram o seu barco ao nosso e eram muito experientes nisso. Contudo, apesar de estar em seu habitat natural, eu era shinobi e eles não. Mesmo assim me deram muito trabalho por serem muito ágeis e escorregadios.

Cinco piratas pularam para o nosso barco, o líder mandou dois irem à frente enquanto ele e seus comparsas invadiam o outro lado do barco, cortando e matando alguns tripulantes pelo caminho. Os dois marujos vieram com as suas espadas esquisitas, desviei inicialmente avaliando os dois, e saquei uma kunai que usei para defender-me dos ataques. Os golpes verticais e horizontais que eles usavam em conjunto eram incríveis e algumas vezes eu defendi com dificuldade, me forçaram a recuar alguns passos. Só que o ímpeto deles estava acabando e comecei a aproveitar a situação avançando com golpes da kunai, abrindo a defesa deles para socá-los na boca do estômago, e perderem o ar. Com eles dobrando para frente chutei um na cara com muita força lançando ao mar. O outro apliquei um golpe de baixo para cima que ele foi parar a uns dois metros acima de onde estávamos e caiu de cara no chão. No mínimo desmaiado. Com os dois primeiros inimigos caídos e os outros três longe teria tempo para selos, e foi feito uma sequencia longa e quando finalizou um dragão de água começou a se formar, os piratas xingaram muito e o líder olhou para mim com a espada apontando em minha direção. Minha resposta foi um sorriso sarcástico e um balançar de ombros.  Em seguida o dragão entrou no barco carregando aqueles piratas de volta para o seu barco, e por fim ao mar. O barco balançou violentamente e a água salgada banhou o barco e seus tripulantes, eu inclusive.

Ficamos naquele ponto mais uns dias para a Alisha conseguir o que ela queria. E nisso tive que conter mais piratas que o velho do mar que me ameaçou com sua espada trouxe consigo. Agora estava lidando com três navios de guerra e seus canhões. Eu estava usando Suiton para defender dos canhões, criando mais dragões de água para afundar os meus oponentes, mas eles trouxeram ninjas com eles que dificultavam mais ainda. Os tripulantes do meu barco faziam o máximo que eles conseguiam para desviar dos projéteis gigantes e para se afastarem dos inimigos. Eu em certos pontos criava água negra e fazia chover sobre os barcos em seguida alguns tripulantes fizeram uma manobra inesperada para se aproximarem o suficiente para um deles lançar flechas com fogo. E assim, incendiamos dois navios. Aproveitei que os ninjas de lá estavam ocupados em apagarem o fogo e usei o meu jutsu Presente de Poseidon para virá-los de uma vez.

Homens ao mar! Era o que tinha acontecido em seguida e os piratas dos dois navios foram para o terceiro. E eles continuaram a nos perseguir. E como já estávamos com alguns danos sérios, não daria para aguentar muito mais tempo, reuni muito chakra e fiz alguns selos. No momento seguinte, dez dragões de água emergiram da água em todo o seu esplendor e força contra o oponente. Alguns foram defendidos, mas a maioria sobrepujou os ninjas que guardavam o navio pirata e seus tripulantes. Voltamos, então, para onde estávamos. Na tranquilidade do vai e vem do mar, quando a Alisha surge de algum canto com um enorme peixe morto, mas com escamas muito diferentes do padrão, parecia pedras preciosas. Ela chegou com a maior cara deslavada nos questionando o que tinha acontecido com o barco na ausência dela. O capitão da tripulação foi explicar os detalhes enquanto eu fui para o meu quarto descansar.

E agora estava naquela situação para que ela conseguisse fugir com uma espada diferenciada. Ela não contou detalhes sobre aqueles itens, mas era para produzir uma arma digna de uma Senhora Feudal. Ela como ninja também era muito forte, então fazia sentido querer uma arma especial para se defender. Ainda mais depois da guerra contra as Fontes Termais. E tinha uma ideia de que ela estaria usando aquelas viagens para relaxar do longo tempo de guerra e não só na produção da arma.

Já estava escurecendo e eu precisaria sair do povoado até a meia-noite. E com todo aquele alvoroço que ela fez no Castelo, toda a guarda e os ninjas do lugar estavam em alerta. Só esperava que Alisha tivesse saído com sucesso e chego a nosso ponto de encontro. Ao finalizar tal pensamento uma trombeta soou ao longe, forte e medonha que estremeceu a quilômetros de distância.
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