Estava olhando para o teto sem nenhum pensamento grandioso em mente quando um pássaro pousou sobre o parapeito de minha janela. Olhei-o resmungando sabendo que se tratava de uma missão. Minha vida como shinobi havia começado há tão pouco e eu já estava querendo desistir. Mas, obviamente, eu não podia fazer isso. Levantei-me, tomei a mensagem em mãos e li que não era uma coisinha de criança qualquer. Era uma missão de nível maior do que um Genin podia fazer sozinho. Abaixo de tudo, uma observação confirmava que eu teria ajuda de outro shinobi.

Coloquei as roupas comuns, cobri-me com meu casaco e ajeitei minhas armas pela cintura em bolsas de fácil acesso. Talvez eu precisaria usar as técnicas recém aprendidas durante a missão e pensar nisso me fez suspirar profundamente. Saí de casa sem precisar me despedir de ninguém, pois todos estavam fora trabalhando em missões ou rondas. Caminhei da maneira mais lenta possível até os portões da aldeia e aguardei a chegada de meu companheiro (ou companheira) para a missão colocando uma bala de chocolate na boca, deixando-a desmanchar.


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Considerações.:

Armas básicas:

Olhei para o rosto pintado de meu companheiro e notei profundas olheiras. Tive pouco mais de um relance para notar que havia uma coisa de única nele e, diante de sua indagação, olhei para o alto vendo as nuvens passando e cobrindo o sol por um ligeiro momento. —— É o que dizem —— respondi, desanimado. —— Mas é melhor apenas que nos chamemos por codinomes. Sendo uma missão que está diretamente ligada ao Daimyo, há nela grandes chances de enfrentarmos companheiros traídores ou pessoas próximas de nossas famílias e vilarejo. Será melhor usarmos nossos reais nomes apenas ao Daimyo e ninguém mais —— comentei, aliviando a tensão dos ombros enquanto tomava a caminhada de inicio de viagem.

—— Você será Nemuri e eu Kage... Não, esse título é muito poderoso porque podem confundir o codinome com o título —— resmunguei engolindo a bala de chocolate que havia colocado antes na boca. —— Então, que tal, Nem e Uri? Unidos somos Nemuri. Motivos óbvios, não acho que eu precise citar, mas você parece alguém que precisa de sono e eu sou alguém que vive com sono. Inteligente, não acha? —— zombei em meio a nossa corrida seguindo o mapa entregue junto do pergaminho. Foi então que percebi com quem estava falando e acabei paralisando por um breve momento (apenas no quesito mental, o meu corpo seguiu o trajeto).

Ichibi no Jinchūriki. Era assim que o chamavam ao redor do mundo, tudo porque ele teve a besta de uma cauda selada em seu corpo. Percebi que estava em uma missão onde havia tudo para dar errado, mas preferi não atiçar a fera. Ou melhor, assim desejei, porém o nervosismo estava instalado em minhas veias como se bombeasse feito sangue. —— Se bem que esse é o seu carma, certo? Heh —— brinquei ajeitando os meus óculos, torcendo para não ser morto. Seguimos viagem e eu tentei ficar ao máximo calado. Tive um enorme receio de continuar uma conversa vazia com uma pessoa como ele. Mas tentei não ficar olhando-o por demais, também por medo, claro.

Poucas horas mais tarde estávamos no local indicado com uma enorme festa começando cheia de pessoas fazendo filas para cumprimentarem o Daimyo. —— Vamos brincar de ninjas —— zombei ——, passamos pelas pessoas em grande velocidade e paramos como dois guardas-costa pelas laterais do Daimyo explicando a situação. Eu posso explicar, se preferir —— expliquei, aumentando o meu ritmo de movimentos para atravessar a multidão. Minha velocidade máxima não era nada tão impressionante, mas era suficiente para passar por meros civis. Fui ao lado do Daimyo e sussurrei —— somos a sua proteção.

Mantive-me atento ao lado direito do Daimyo.

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225/225

Considerações.:

Armas básicas:

Por motivos mais do que óbvios, meu companheiro transformou-se em outra pessoa através de uma simples habilidade acadêmica. Percebi que, mesmo com uma alcunha daquelas, talvez ele não fosse assim tão ruim. Tive de tomar uma decisão rápida sobre confiar ou não em suas atitudes e, lembrando que estávamos em uma missão de alto nível, tive que optar pela menos sábia; confiar. Pude ver com facilidade uma porção de areia se formando debaixo do rapaz e apenas torci para que não fosse uma arma contra mim.

Virei-me de volta a multidão onde percebi, a uma distância de pouco mais de quinze metros, um homem com olhos arregalados, nervosos, cobertor em suor escondendo uma das mãos. —— Suspeito, nove horas —— indiquei aos sussurros, um bom militar saberia como fazer uso da informação sem precisar de apontamentos. Não era a minha intenção me tornar o líder daquela missão, porém sabia que não podia ficar desperdiçando meu chakra como o companheiro. Ele possuía uma besta feita inteiramente de chakra dentro de si. Mantive-me atento, esperando que ele realizasse qualquer ação em nosso favor.

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00/03

Considerações.:

Armas básicas:

Assim que meu companheiro tomou seu caminho até o suspeito, retornei a ficar atento aos arredores procurando qualquer coisa que pudesse se tornar perigosa em nossa missão. Percebi mais a frente, sobre os telhados de alguns casebres que cercavam a festa, um homem carregando um arco junto de uma aljava com flechas. Movia-se em grande velocidade, mas meus olhos podiam acompanhar. Inicialmente, pensei ser apenas um segurança da festividade. Mas logo notei para onde ele estava apontando a flecha: o Daimyo.

Merda, merda, merda, repeti dentro da minha cabeça. Tinha ótimas habilidades de captura em meu leque de técnicas, mas nenhuma interessante para salvar tanto a minha quanto a vida do Daimyo. Ainda pior do que isso, meu companheiro estava distante e eu não podia contar com a velocidade de uma habilidade que eu não conhecia. A flecha foi disparada e foi como se tudo parasse ao meu redor. Eu estava em outro fluxo de tempo comparado aos demais homens e mulheres que me rodeavam em sua festividade tola. Minhas opções eram todas muito rasas e difíceis de serem tomadas. Não podia simplesmente criar um escândalo na festa, pois isso causaria um enorme tumulto de proporções inimagináveis. O assassino podia fugir com mais facilidade em meio ao caos. Ainda que eu levasse a flecha no lugar do Daimyo, ainda causaria espanto nas pessoas e isso podia levar ao caos que ajudaria na fuga do assassino.

Suspirei com tudo voltando ao normal, dei um passo a frente do Daimyo e usei o meu chakra para alongar a minha sombra em forma de finos tentáculos que subiram rapidamente enrolando-se na flecha ainda pela metade do caminho, partindo-a em dois e puxando de volta para perto de mim enquanto realizei o selo do rato fazendo com que o restante de minha sombra avançasse na direção do assassino por entre as pessoas da festa; nossa distância era de mais de trinta metros, mas eu podia alongá-las por muito mais do que isso. Se minha técnica fosse eficaz com todo o modo sorrateiro que fiz, aí então a batalha começaria, caminharia para frente de maneira que o assassino e eu pudéssemos ficar poucos passos de proximidade. Mas eu não podia me alongar por demais, pois o meu chakra não era tão extenso assim.

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150/225
001/003

Considerações.:

Armas básicas:

Jutsus Usados:

Mesmo tendo sucesso em minha técnica de aprisionamento, tudo foi apenas um gasto mal calculado de energias quando o malfeitor revelou-se como apenas uma projeção do original. Desgraçado, amaldiçoei. Olhei para o companheiro demoníaco que estava próximo para ajudar. Virei o rosto para os lados procurando outro sinal do malfeitor até vê-lo correndo por detrás dos casebres que cercavam a cerimônia. Sabendo que meu companheiro estava preparado, avancei na direção do assassino com toda a minha velocidade. Eu não poderia me manter daquela maneira por mais tanto tempo, portanto, assim que tive uma proximidade mínima de vinte metros do malfeitor, realizei novamente o selo do rato conjurando minha técnica de aprisionamento novamente. Minhas sombras moveriam-se na velocidade máxima também e se alongariam até onde fosse necessário.

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002/003

Considerações.:

Armas básicas:

Jutsus Usados:

Terminei as cerimônias com meu companheiro que havia se provado mais controlado do que imaginava. Levei tudo aos ouvidos da nossa líder e terminei a missão retornando para casa.

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100/225
002/003

Considerações.:

Armas básicas: