Um Jounnin caminhava lentamente pelo local, gostava de leituras em lugares de extrema paz como aquela floresta, e a companhia dos animais parecia tornar o mundo mais vívido, principalmente em leituras complexas. Encontrou um garoto que também estava lendo algo, hesitou por alguns segundos, não queria atrapalhar a leitura de ninguém, mas nunca viu alguém ali e a curiosidade falou mais alto.

- Hey! Olá, garoto. Nunca imaginei que encontraria alguém aqui, ainda mais praticando uma leitura. O que está lendo?

Demonstrou surpresa quando o garoto lhe ofereceu uma barra de chocolate. NINGUÉM oferece chocolate desta forma a não ser que seja realmente uma boa pessoa, ou então queira sugar sua alma para o inferno. Aceitou obviamente, um gesto como aquele não deveria ser negado nem para alguém com alergia à chocolate. Agradeceu com um doce sorriso. Sentou-se a três metros na frente do jovem, encostando-se em uma grande árvore e abrindo a barra de chocolate.


- Bom, este é meu lugar preferido, digamos assim. Estou aqui todos os dias, trago três ou quatro livros para ler. Assuntos variados de preferência. Acredito que a inteligência seja a melhor arma para mudar o mundo, melhorá-la é claro. E nenhum lugar melhor para ler do que em uma floresta solitária como esta. E você, o que pensa sobre o mundo? É um dos que querem mudá-lo? E se for, como pretende fazer isso?

Sentia o chocolate derreter em sua boca, explorando o máximo do paladar, um sentido ligado extremamente ao prazer. Refletia sobre as palavras do garoto, aquele era o tipo de pensamento comum entre pessoas inteligentes, mas era preciso ver além, pensou o homem, era preciso aprender com o passado e isso que as pessoas não compreendiam. Não julgava o jovem por este pensamento, usar o ódio para se obter a paz, julgamentos é deixado para pessoas ignorantes.


Eu compreendo, mas é preciso olhar para trás e pensar um pouco. Quantas guerras o mundo já teve? Mesmo antes de existir este mundo Shinobi que conhecemos. Acha que nunca ocorreu uma situação exatamente como esta que falou? Afinal é isso que gera guerras, sempre tem uma pessoa achando que pode ter mais poder do que todos. Se o caminho fosse esse, eu seria o primeiro a ajudar, mas usar o ódio para unir as pessoas é falho, pois não se pode usar um sentimento destrutivo para construir algo duradouro. O ódio chega, destrói e não vai embora, e então ficamos apenas recolhendo os cacos. É preciso agir com inteligência e racionalidade, não emocionalmente. Meu nome é Gandhi, sou o segundo na cadeia de comando da inteligência de Konoha. E você, jovem?


Acabou se deixando levar pela conversa agradável e esqueceu das formalidades, mas ficou muito interessado pelo garoto, ele parecia ser muito promissor se um dia quisesse pertencer à inteligência.