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[Chegada] Garoto de Recados
[Chegada] Garoto de Recados

Zero

Jōnin

Ethan

"Hesitation is Defeat"

Era por volta das dez da noite quando alcançou a região fronteiriça do país da terra, tendo perambulado por aquelas terras durante algumas horas até alcançar aquele ponto. E não precisou se esforçar muito para ver as primeiras mudanças no cenário. Gradualmente, as paisagens acidentadas deram lugar às planícies douradas do deserto que se estendiam por todos os lados, quase como se não houvesse nada no país além daquilo. Contudo, o que mais lhe chamou a atenção ao adentrar aqueles domínios foi a diminuição brusca de temperatura. Por algum motivo, mesmo no verão, sentia como se uma única brisa gelada do deserto fosse capaz de lhe derrubar. Por algum motivo, nem mesmo o manto que o protegia podia afastar os efeitos causados pela variação brusca de temperatura. Com um aviso de boas-vindas tão claro quanto aquele, Ethan imaginava que seus problemas apenas haviam começado. Era algo que fazia com que coçasse a cabeça em um gesto claro de preocupação.

Conforme os pés afundavam na areia, percebia pela primeira vez a presença de dunas que se erguiam majestosas sob a luz suave da lua, reparando em como as formações de areia ganhavam um ar místico durante a noite. No momento em que decidiu desafiar o bom senso e arriscar uma escalada em uma dessas dunas, ainda maravilhado com o que os olhos viam, havia finalmente percebido o quão assustador era a imensidão e a quietude do deserto. Não importava o quanto se esforçasse, para todos os lados que olhava, não via nada que não fosse areia. Àquela altura, tudo o que podia fazer para manter a calma era voltar o olhar para os céus, ficando maravilhado com a quantidade de estrelas que os olhos flagravam. Em um ambiente novo e completamente desconhecido, notou em pouco tempo como o menor e mais irrelevante dos detalhes lhe arrancava suspiros. Assim, foi impossível não fazer comparações com o país da terra, onde se decepcionava por não viver em um lugar tão gracioso quanto aquele. Ainda durante as primeiras observações, percebendo logo de cara que precisaria recorrer a métodos pouco ortodoxos para se localizar na vastidão do deserto, dilataria as pupilas e assumiria o formato dos olhos de falcão.

Noite afora, percebendo suas energias sendo lentamente drenadas, Ethan continuou caminhando, sem saber se conseguiria chegar até onde almejava. Para isso, apegava-se principalmente à visão acentuada, utilizando-a em sua expressão máxima. Cinco quilômetros por vez, tentava encontrar o seu raio de esperança, que naquele momento era conhecido como Sunagakure. Não obstante, manteria a atenção redobrada a cada passo intentado, imaginando que o pior poderia acontecer. Da mesma forma, observava a areia sob seus pés em busca de oscilações ou traços que indicassem armadilhas. Claro, ainda aproveitando cada brecha, maravilhando-se com cada detalhe e forma de vida que cruzasse o seu caminho. No entanto, ainda que não faltassem tentativas, tudo continuou estranhamente quieto até o amanhecer.

Quando o céu começou a assumir tons claros e tímidos, com a presença discreta dos primeiros raios de sol, Ethan perceberia uma ventania atípica à sua volta. O que começou com uma brisa forte o bastante para fazer com que algumas mechas de cabelo esvoaçassem, transformou-se em uma tempestade de areia repentina e brutal. Em poucos instantes, enxergar algo nos arredores se tornou uma tarefa impossível para qualquer um. Continuar a viagem também seria algo impossível, portanto, Ethan não viu outra opção que não fosse se refugiar em uma caverna à sua esquerda.

Resguardado como um animal encurralado, enquanto esperava a tempestade que se estendeu por boa parte da manhã, o Ronin aproveitaria a oportunidade para descansar da longa noite de viagem. Também aproveitaria para dar alguns goles na água que trazia no cantil recém adquirido e saciar a fome com as comidas desidratadas a tiracolo. Não satisfeito, usaria o momento para tentar se localizar. Primeiro, mentalizaria a imagem dos mapas da região a que já teve acesso, vendo-os claramente. Depois, usando e abusando de suposições que careciam de exatidão, reorganizava os pensamentos e recalculava a rota pela qual deveria seguir. Sem nada para fazer, além de tirar o excesso de areia das roupas, a tarefa em si não foi tão maçante quanto imaginou que seria.

Exatamente ao meio-dia, quando o sol atingiu a sua expressão máxima, a verdadeira provação do deserto se revelou. Mesmo acostumado a altas temperaturas, por viver onde vivia, não imaginou que a caminhada em meio ao sol escaldante seria tão penosa. Como era de praxe, a necessidade constante de se hidratar nunca foi um empecilho para ele, mas no país do vento, viu o cantil se esvaziar rapidamente diante dos pequenos goles de água, que pareciam ser usados para alimentar um verme que vivia dentro de si. Em pouco tempo, sentindo uma fome igualmente incomum, também via as provisões para a viagem se esgotarem entre uma parada e outra, onde o desespero apenas crescia conforme seguia sem resultados. Por um instante, até chegou a se questionar se Sunagakure realmente existia. Decerto, essa vila não deveria passar de uma lenda, pensava.

Após uma noite e um dia inteiro de viagem, por volta das nove da noite, Ethan caiu finalmente de joelhos na areia quando viu uma silhueta distante com a habilidade ocular. Sentindo-se como uma formiga minúscula, quando já estava perdendo as esperanças, veria a fenda enorme entre dois penhascos que davam acesso à vila pela qual tanto procurou. Nesse meio tempo, ao se aproximar da entrada, desativaria o Takame. Por fim, imaginando que sua presença já deveria ter sido notada por algum guarda do portão, Ethan parou e forçou a voz. — VENHO EM PAZ!!! — Ao se pronunciar, levantaria as mãos acima da cabeça em um sinal claro de rendição, enquanto esperava que alguém viesse ao seu encontro, do lado de fora.

Status

HP: 4175/4175 | CH: 8475/9075 | CM: 000/300 | ST: 01/07 | Sakki: 47/50 | Intimidação: 40/100

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"Pensamentos"

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Keel Lorenz

Jonin | ANBU

Qua 9 Out - 17:53

Hakuryuu Kinsetsu

Aquela tinha sido uma manhã calma na Cidadela do Deserto. Desde que se recuperou da sua última luta com uma membro poderosa do dojo de seu mestre, as coisas pareciam bem tranquilas. Além disso, por mais que os ferimentos parecessem um contra-tempo, a luta que o rendeu havia também lhe inspirado a escrever mais um de seus tomos. Dessa forma, sentia que o ritmo de crescimento da sua biblioteca pessoal estava indo bem.

Determinado a fazer algo de mais útil com seu dia, Haku dirigiu-se para a saída da sua casa em busca de alguma missão de ronda ou algo do gênero.

Tendo cruzado o pátio de entrada com os espessos portões metálicos da cidadela fechando atrás de si, Hakuryuu não demorou a alcançar o quartel-general e, então, assumir um dos turnos de supervisão da vigilância do portão da vila.

[Chegada] Garoto de Recados 9YwhHc8

Do posto avançado, tudo parecia seguir como de costume. Rotineiramente, enviava guardas para averiguar a situação de caravanas mercantes ou viajantes que desejavam entrar na vila. No entanto, nenhum dos indivíduos pareciam ter inconsistências em suas histórias, documentos ou carga. Tudo parecia calmo, até que Kinsetsu pode perceber uma inquietude vinda dos guardas dispostos nas escarpas da face externa das falésias, que margeavam a fissura de entrada da vila.

Naturalmente, ele se aproximou para ver do que se tratava. Entretanto, ao que manteve os olhos atentos às expressões dos guardas para entender do que se tratava, acabou apenas percebendo a anomalia ao longe quando ouviu sua voz.

Hakuryuu cerrou os olhos, tentando ver melhor quem se aproximava da vila. Por mais que dissesse vir em paz, definitivamente não estava acostumado aos protocolos locais de entrada. Definitivamente parecia ser um estrangeiro. Porém, ainda havia muito a ser elucidado.

— ALTO! QUEM VEM LÁ? — diria em bom-tom e, logo após, saltaria do topo da encosta em que estava. — QUAIS SÃO SEUS NEGÓCIOS EM NOSSA VILA? — ao que graciosamente pousasse na areia adiante da fissura de entrada, Kinsetsu prosseguiria ainda em um tom firme.

O termo “oculto” nas denominações das vilas não era à toa. Entretanto, considerando que não apenas tinha as encontrado, mas àquela altura já devia ter visto as diversas bandanas dos guardas dispostos à entrada da vila, quem quer que fosse, ele já deveria saber onde havia chegado.

Dando alguns passos adiante enquanto esperava a reação do recém-chegado, buscou parar a uma distância próxima suficiente para dar uma olhada razoável no sujeito. Entretanto, também distante o suficiente para poder reagir a surpresas. Não era a primeira visita do gênero que já experimentara. Porém, não tivera notícias de ninguém que vinha visitar Suna de tão longe e, por isso, não sabia o que esperar.

Palavras: 442

Legenda:
Falas do Hakuryū: — Texto — descrições. | Pensamentos do Hakuryū: "Texto" — descrições.
Falas do Nanabi: — Texto — descrições. | Pensamentos do Nanabi: "Texto" — descrições.

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アルス・ゲーティア Ars Goetia [Raro | Rank S | 10000/10000 un.]:

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The beginning and the end are one and the same

Formando

Tenha sua ficha de personagem aprovada.

Um Pequeno Arsenal

Compre/treine três jutsus.

Falando em Ninjutsu...

Tenha 10 jutsus & complete cinco missões de profissão.

Falando em Genjutsu...

Tenha cinco jutsus classificados como "genjutsu" de rank B ou superior.

Falando em Fūinjutsu...

Tenha um jutsu classificado como "fūinjutsu" de rank B ou superior.

Estudioso

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Primeiros Passos de um Ninja

Conclua sua primeira missão.

Conhecendo Minhas Aptidões

Adquira uma qualidade treinável.

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Fazendo História

Conclua uma mini-trama.

Perito

Adquira uma qualidade de perícia (elemental, armamentista, etc.).

Domínio Elemental

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Guardião da Vida

Salve um aliado da morte durante um evento mundial.

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Seja a linha de defesa (tanque) do grupo durante um evento mundial.

Eu Sou Inevitável

Seja uma grande fonte de dano do grupo durante um evento mundial.

Assim Está Bom

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Zero

Jōnin

Qua 9 Out - 20:00

Ethan

"Hesitation is Defeat"

Ainda que não recorresse a quaisquer habilidades oculares naquele momento, pôde ver claramente a comoção criada por alguns guardas ao ter a presença notada em meio às areias do deserto. Diante disso, perguntava-se se havia feito a melhor escolha de palavras para uma primeira abordagem. Afinal, alegar paz não impedia que suspeitas plausíveis recaíssem sobre a sua pessoa, assim como também não dissipava a tensão que acabava de ser criada com a declaração. Porém, mesmo estando ciente da situação delicada na qual se encontrava, imaginando os piores desfechos possíveis para o empasse, nada podia superar a surpresa estampada em seu rosto ao atestar a presença de Hakuryuu no local. Isso, por si só, já fazia com que Ethan se considerasse sortudo por encontrar uma figura tão ilustre, detentor daqueles cabelos pálidos e pele morena.

O fascínio em seu rosto ao reconhecer o escudo de ouro durou apenas uma fração de segundo, onde, no instante seguinte, abaixaria as mãos lentamente e ouviria as palavras do mesmo. Seu pouso performático na areia, por sua vez, apenas facilitava as tentativas do Ronin em analisá-lo de cima a baixo. Primeiramente, focaria no rosto do homem, observando as suas feições cuidadosamente, quase como se tentasse ler seus pensamentos. Logo em seguida, a atenção do Jounin foi tomada pela quantidade de adornos chamativos que o ninja de Suna carregava consigo. Como um usuário de técnicas marciais, foi impossível para ele não se questionar como alguém poderia lutar com liberdade carregando todos aqueles itens. A curiosidade apenas se intensificou quando começou a levantar hipóteses sobre como a amplitude de seus movimentos deveria ser debilitada, considerando a armadura que o mesmo trajava.

— TRAGO UMA MENSAGEM PARA O KAZEKAGE DA VILA OCULTA DA AREIA! — responderia ao questionamento. E mesmo não havendo mais necessidade de continuar berrando, forçaria a voz ao máximo, não querendo perder para o escudo de ouro naquele quesito.

Status

HP: 4175/4175 | CH: 8475/9075 | CM: 000/300 | ST: 00/07 | Sakki: 47/50 | Intimidação: 40/100

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Keel Lorenz

Jonin | ANBU

Qui 10 Out - 14:21

Hakuryuu Kinsetsu

O jovem não demorou a dar uma resposta, também em bom-tom. Entretanto, até então em uma distância mais segura, não tinha identificado a bandana em seu braço esquerdo e praticamente nada de suas características. Ao perceber que era um shinobi de vila oculta, decidiu aproximar-se mais para ver melhor de quem se tratava.

O símbolo de iwagakure à distância lhe fez brevemente erguer as sobrancelhas em surpresa. Ninjas daquela vila, pelo menos em sua experiência, eram uma visão um tanto incomum de se ter. De imediato, conseguia pensar em apenas um, que havia participado de um dos times da missão em Takigakure. E, apesar de não ter chegado a conhecer outros pessoalmente, como um Jōnin, conhecia as descrições dos iwa-nins mais notórios na ativa.

Foi ao que citou mentalmente os aspectos mais característicos de sua aparência que se lembrou de um Jōnin de Iwagakure, cujas descrições batiam. Um espadachim loiro, que carregava um pingente de parafuso prateado.

— Ethan, de Iwagakure… — já próximo o suficiente para que elevar o tom não fosse necessário, completou de forma pensativa, enquanto observava o rapaz com os olhos semi-cerrados.

Apesar de aparentar analisar sua aparência, Hakuryū, na realidade, estava consultando mais de sua memória sobre a reputação do jovem espadachim. Ao que eventualmente constatou de fato não haver nada de negativo que a manchasse, suas expressões suavizaram. Por mais que muitas informações importantes tivessem faltado na sua introdução — como apresentar sua identidade e informar de quem era a mensagem, ambos, logo de cara —, sua boa reputação deixava as coisas mais fáceis.

— Permita-me recomeçar. Hakuryū Kinsetsu, é um prazer — tendo expirado após alguns instantes de análise impiedosa, o Sayoku quebrou finalmente o silêncio. Fez uma breve e respeitosa reverência, tentando corrigir a falta de apresentações adequadas ali. — Certo, Ethan-san, eu lhe acompanharei até o escritório do Kazegame-sama — fazendo surgir o ante-braço direito de baixo do manto, estendeu-o à frente do torso, indicando na direção da entrada da vila com a mão.

Aguardando na mesma postura até que o iwa-nin se aproximasse mais, voltaria o corpo também na direção do portão, avançando próximo dele vila adentro. Encontrar o gabinete do Kazekage talvez não fosse uma tarefa tão difícil, dado o destaque do edifício no centro da vila. Todavia, Kin julgou ser de bom-tom acompanhá-lo por cortesia. Permitindo-se ir um pouco à frente para mostrar o caminho, guiaria o rapaz pelas ruas de Sunagakure no Sato.

[Chegada] Garoto de Recados XHt2fwU

No caminho, próximo do rapaz, visaria que sua presença agisse como permissão para que ele adentrasse sem maiores problemas. Enquanto não chegassem ao prédio, Hakuryū buscaria puxar algum assunto. Não era bom naquele tipo de conversa, mas como um habitante do deserto, não pode deixar sentir certa curiosidade sobre as reações de um estrangeiro ao clima extremo do verão desértico.

— Viagem difícil, suponho — caminhando calmamente próximo a Ethan, indagaria indiretamente enquanto contemplasse a vila ao seu redor. — O deserto pode ser bastante impiedoso, principalmente no verão — voltaria, então, o rosto na direção dele, esperando suas reações após o comentário.

Palavras: 497

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Jōnin

Sex 11 Out - 2:19

Ethan

"Hesitation is Defeat"

Com o desenrolar da situação, a aproximação de Hakuryuu fez com que Ethan ficasse receoso com o que estava prestes a acontecer; ele se perguntava se estava pronto para enfrentar alguém daquele calibre, e ouvir o seu nome sair naturalmente dos lábios do ninja de Suna apenas intensificou seu receio. Sentindo-se como se estivesse diante de uma serpente prestes a dar um bote em sua direção, segurando a respiração, simplesmente não pôde conter o impulso que o obrigou a dar um passo cauteloso para trás.

Mesmo que não houvesse motivos claros para que se sentisse intimidado pela figura do outro, ainda assim, Ethan deixava que o pessimismo guiasse os seus pensamentos. Apesar da apreensão, a forma cordial e amistosa com que o escudo de ouro se apresentou também não passou despercebida aos seus olhos, servindo como mais um indício de que algo estava errado. Naturalmente, não conseguia acreditar que havia conseguido uma audiência com o líder militar do país tão facilmente. “Ele é muito ardiloso. Não tenho mais dúvidas… com certeza, estou sendo conduzido para uma armadilha! Não é como se eu fosse acreditar em uma artimanha tão previsível quanto essa. Isso mesmo! No pior dos cenários, vão me torturar até que eu revele segredos de estado”, pensava, engolindo seco, com os lábios colados.

— Vocês, ninjas, e as suas formalidades intermináveis… — com um ar pretensioso, reagiria à apresentação de Hakuryū Kinsetsu — Bom, como já sabe meu nome, imagino que não preciso me apresentar. De todo modo, meu nome é Ethan e vim de muito longe, fim da história. Agora deveria bater continência ou coisa do tipo, senhor Kinsetsu? — ironizava o excesso de formalidade do outro, enquanto coçava a cabeça, vendo uma quantidade assustadora de areia se desprender do cabelo. No entanto, mesmo com a indicação não verbal feita com o antebraço, Ethan continuou parado. — Desculpa, só preciso de um minuto — colocaria a mão no ouvido. — Pessoal, acabei de encontrar o vilarejo e já consegui alguém para me levar até o Kazekage. Mantenham suas posições e esperem as minhas ordens — imaginando que encontraria uma emboscada à sua espera, desencorajava qualquer tentativa com a mentira audaciosa. Estava completamente só e ninguém viria ao seu auxílio caso fosse capturado, preso e torturado.

Um suspiro depois, acompanharia o seu anfitrião vila adentro. Mas, para a sua própria segurança, não encarava a visita de forma amistosa. Considerava cada guarda e civil que entrasse no seu campo de visão como inimigos em potencial, e o mesmo valia para Hakuryuu. — Sinceramente, esperava mais dos desertos do país do vento. Perambular pelo país foi como uma tarde agradável no parque. — Não queria parecer fraco, por isso mentia compulsivamente. — Lá, em Iwagakure, o calor é dez vezes pior. Talvez seja por isso que dizem que formamos “Homens de Ferro”. Os nascidos de ferro conseguem suportar qualquer coisa, eles comentam por aí. No entanto, há aqueles que veem nisso uma desvantagem, considerando os métodos pouco convencionais do nosso líder. De fato, é algo completamente diferente daquele país tomado por neve que visitei recentemente — continuando atrás de Kinsetsu, comentaria.

Status

HP: 4175/4175 | CH: 8475/9075 | CM: 000/300 | ST: 00/07 | Sakki: 47/50 | Intimidação: 40/100

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"Pensamentos"

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Keel Lorenz

Jonin | ANBU

Sex 11 Out - 15:04

Hakuryuu Kinsetsu

A princípio, o samurai pareceu um tanto preocupado. E, em reação, Hakuryū também começou a se sentir assim. Logo que ele respondeu, no entanto, Kin supôs ser apenas algo fruto da sua imaginação. E, sendo assim, continuou a interação normalmente.

— Peço perdão por isso — sorrindo meio sem graça, o Kintate responderia o comentário acerca das formalidades. — Temos de estar sempre atentos quanto a tentativas de infiltração ou armadilhas. Há muitos que poderiam tentar abusar da proteção diplomática de um mensageiro. E, como não se apresentou logo de cara, acabei tendo minhas suspeitas. Iwa-nins são um avistamento um tanto raro na minha experiência, mas logo que liguei sua aparência aos relatos as coisas ficaram mais fáceis. Um ninja de reputação como a sua certamente não sairia por aí em busca de confusão… — prosseguiu, explicando antes do rapaz avançar.

Uma de suas sobrancelhas, no entanto, se elevaria ao vê-lo colocar a mão sobre o ouvido para conversar com o que pareciam outros iwa-nins à distância. Não estranhou a ideia, naturalmente, já que não era incomum que mensageiros viessem acompanhados de comitivas. Afinal, aquele sem dúvidas era um trabalho um tanto perigoso. Por mais desonroso e prejudicial à imagem que pudesse ser o ato de matar mensageiros, sempre poderia haver aqueles propensos a queimar a própria reputação em detrimento de ações impulsivas como aquela. Claro, aquele não era o seu caso e, como bem conhecia do seu amigo, nem o do Kazekage. Não era o primeiro visitante estrangeiro que recebiam e Ken-kun certamente desejava melhorar as relações com as demais nações.

— Seus subordinados não precisam esperar expostos ao sol do deserto. Serão bem recebidos pelos guardas do portão, se assim desejar — sem insistências, completaria sua fala anterior pouco antes de avançarem vila adentro.

De qualquer forma, estava tranquilo quanto aquela situação. Fossem as vilas inimigas mortais uma da outra ou não, mensageiros dificilmente tinham culpa pelo conteúdo das suas mensagens, por pior que estas pudessem ser. E Haku, não sendo tão hábil em ler outras pessoas, não teria percebido o receio nas ações de Ethan. Sendo assim, apenas seguiu caminho, procurando ser um bom anfitrião.

— Sério? — buscando soar surpreso para não transparecer nada convencido, Haku ergueu as sobrancelhas e reagiu com ligeira ênfase na fala. — Nunca estive em Iwagakure, mas parece um lugar fascinante… — sorrindo levemente, completaria em meio a uma das falas de Ethan.

[Chegada] Garoto de Recados I3p6vZl

Seguiria adiante, enquanto atentamente escutava tudo o que ele tinha a dizer. E, logo que chegassem próximo à porta do escritório do Kazekage, novamente com o braço indicaria o caminho ao visitante:

— Certo, Ethan-san, é aqui que nos separamos. Qualquer coisa, vai avisando.

Esperaria que o jovem espadachim adentrasse o escritório e, ao que ele o fizesse, seguiria com o seu próprio rumo.

Link do Gabinete do Kazekage

Palavras: 455

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Sáb 12 Out - 15:37

Ethan

"Hesitation is Defeat"

Apesar do nervosismo aparente, Ethan acenou positivamente com a cabeça ao concordar com o ninja de suna. Já tendo completado inúmeras patrulhas pelo vilarejo e nos seus arredores, entendia perfeitamente o que motivava aquela precaução exagerada, mas que se fazia necessária. Porém, tão repentino quanto os ventos gelados que o castigaram durante a noite, o comentário acerca da sua reputação fez com que Ethan arregalasse os olhos e empalidecesse. Com certeza aquilo deveria ser um engano, ele pensava. Durante a sua ascensão nas forças militares da vila, já havia percebido que os olhares em sua direção se tornaram cada vez mais recorrentes com o passar do tempo, contudo, não conseguia acreditar que sua reputação alcançou os ouvidos de alguém como Hakuryuu. O que mais lhe surpreendia era saber que isso era algo positivo, considerando o seu gênio difícil e a sua insolência.

— Não precisa se preocupar, garanto que os meus subordinados não se importam com isso. E também não acho que o conforto deles é mais importante do que manter a formação — antes de prosseguir, tentava a todo custo manter a mentira.

Enquanto seguia rigorosamente os passos de Kinsetsu pelo vilarejo, ficava boquiaberto com a quantidade de informações a que tinha acesso. Com os próprios olhos, percebia pela primeira vez que Sunagakure, apesar do clima hostil, era um lugar cheio de vida. Isso, no entanto, não desviou os seus pensamentos do que realmente importava, o fato era que estava sendo conduzido para uma armadilha. Portanto, boa parte da sua curiosidade pela geografia e arquitetura local era baseada em uma suposta necessidade que possuiria de fugir ou se esconder. No melhor dos casos, se as preocupações se provassem infundadas, aprendia um pouco mais sobre a cultura local ao observar detalhes sutis espalhados pelos arredores, atentando-se a como as pessoas andavam, como se vestiam, o que faziam, quais comidas exóticas produziam. Cada informação, no fim, servia para aguçar algo que há muito permanecia dormente dentro do Ronin.

— Fascinante é uma palavra muito forte para definir Iwagakure. Sim, você está sendo muito generoso atribuindo um adjetivo desses ao meu vilarejo. No melhor dos casos, eu diria que Iwagakure é tolerável, isso porque estou sendo mais otimista do que o comum. O clima é horrível, as paisagens são detestáveis e melancólicas, sem contar os tons monocromáticos que se alastram por todo o país como uma praga. As pessoas também são um grande problema por lá, já que não costumam ser amistosas nem mesmo com os seus. Se eu fosse um juiz e quisesse punir o pior dos criminosos, sem sombras de dúvidas, eu o sentenciaria a viver em Iwagakure. — Em meio às observações, para não levantar suspeitas, respondia.

Quando o ninja de Suna cessou os seus passos uma última vez, Ethan não conseguiu esconder o quão desapontado estava. Mesmo em uma missão de paz, no fundo, gostava de pensar que algo de ruim poderia acontecer. Ficava decepcionado ao perceber que estava em uma simples viagem diplomática, onde não teria chance de fugir do tédio, vendo-se obrigado a lutar com alguns ninjas de Sunagakure para continuar vivo. Amargurando a realidade, antes de se dirigir ao escritório do Kazekage, virou-se para Hakuryuu. — Da próxima vez que nos encontrarmos, espero que estejamos em situações piores. Pelo menos, devemos conseguir uma história melhor do que essa para contar. — Após isso, diante da porta, tentaria entrar no escritório.

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