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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Agony
Tokubetsu Jonin
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Relembrando a primeira mensagem :

— Funeralopolis
—  O céu estava coberto de nuvens pesadas, bloqueando qualquer sinal de luz que pudesse atravessar. A vila de Iwagakure, normalmente agitada e viva, agora parecia uma pintura em tons de cinza, melancólica e fria. As ruas, tão familiares para mim, de repente se tornaram uma lembrança amarga do fracasso. Eu andava sem rumo, sentindo cada passo pesar, afundando-me mais na sensação de inutilidade que me acompanhava desde a última missão. O Conselho tinha decidido me punir. Pior do que a reprimenda pública ou a suspensão, era o silêncio. O silêncio de ser colocada de lado, subestimada, como se eu fosse uma bomba-relógio prestes a explodir.

Eu sabia que o meu erro tinha sido estúpido. Atacar um colega shinobi disfarçado? Impulsividade pura. Mas eu também sabia que tinha feito o necessário para que a missão fosse concluída. O pergaminho chegou a Ishigakure. Cumpri meu dever, não cumpri? Mas, ao que parece, na visão deles, os fins não justificam os meios. Então, aqui estou, presa a uma rotina patética, longe de qualquer missão que realmente importe.

Tarde, Lil. — A voz familiar de Ryo quebrou o silêncio pesado da vila. Ele estava encostado em uma cerca de pedra, com os braços cruzados e uma expressão que parecia tão desinteressada quanto o clima.

Levantei a cabeça e forcei um sorriso. — Tarde, Ryo.

Ele deu de ombros e começou a andar ao meu lado, em silêncio, por um momento. Eu senti o peso de suas palavras antes de ele sequer falar. Nós nos conhecíamos bem o suficiente para isso. Caminhamos juntos por um tempo, ouvindo apenas o som dos nossos passos contra o chão empedrado. O vento frio que soprava parecia aumentar o desconforto.

A vida anda chata ultimamente, não acha? — Ele comentou, quebrando o silêncio de novo.

Eu dei uma leve risada, mas sem muito entusiasmo. — Ah, não me diga... — Concordei, soltando o ar entre os dentes. O tempo passou mais devagar do que o normal, como se a vila estivesse presa em um ciclo interminável de monotonia e frustração. Eu odiava essa sensação.

Ryo me observou de soslaio, provavelmente esperando que eu desabafasse mais sobre a minha irritação. Eu podia sentir o questionamento no olhar dele, como se ele estivesse esperando que eu explodisse a qualquer segundo.

Estou irritada. — Admiti, cruzando os braços enquanto caminhávamos. — Não concordo com a decisão do Conselho. Mas o que eu posso fazer? Eles tomaram a decisão, e pronto. Só me resta seguir em frente. — A frustração pingava em cada palavra, mesmo que eu tentasse soar indiferente.

Ryo suspirou ao meu lado, parecendo compartilhar, em parte, o meu sentimento de impotência.

Sabia que você ia dizer isso. Mas é uma droga mesmo. Todo o sistema é. — Ele balançou a cabeça, como se estivesse tentando encontrar uma forma de me confortar, sem sucesso.

Continuei caminhando, deixando o silêncio preencher o espaço entre nós novamente, até que Ryo parou de repente, respirando fundo. Ele olhou para o céu nublado, com um olhar pensativo, antes de voltar a falar.

Algumas coisas estranhas têm acontecido nos últimos dias, sabe? — Ele disse, quase num tom de sussurro, como se o peso daquelas palavras carregasse algo que nem ele queria realmente reconhecer.

Olhei para ele com curiosidade, mas o ar pesado ao nosso redor pareceu ainda mais sufocante com essa nova informação.

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"I Just live to Fall."

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Agony
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Agony
Tokubetsu Jonin
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— Funeralopolis
— A primeira meia hora da nossa caminhada foi marcada pelo som dos meus passos arrastados e o farfalhar das folhas sob nossos pés. Eu estava fazendo o máximo para não mostrar o quanto a dor me afetava, mas cada movimento parecia um esforço monumental. Meu corpo ainda estava exausto, e, embora as bandagens que Ryo tenha feito me mantivessem estável, a cada passo, sentia meu corpo estremecer. Ryo me oferecia suporte sempre que eu vacilava, segurando meu braço ou me puxando pela cintura antes que eu caísse de vez.

Tenta não ser tão teimosa, Lil. — ele disse pela quarta vez, depois de me impedir de tropeçar em uma pedra solta.

Eu não sou teimosa! — retruquei, com a voz rouca de esforço. — Só não sou uma inútil que precisa ser carregada.

Claro, porque claramente você está em condições de correr uma maratona agora. — Ele revirou os olhos, mas sua mão não deixou minha cintura. — Sabe que eu posso te carregar se for necessário, certo?

Minha testa franziu ao ouvir a sugestão. — Prefiro morrer a ser carregada como uma criança.

Ryo soltou uma risada baixa, apertando minha cintura de leve para me manter em pé. — Sabia que você diria isso. Mesmo quando está à beira da morte, não deixa de ser teimosa.

Eu não consegui evitar um sorriso irônico. — Você me conhece muito bem.

Caminhamos mais alguns minutos em silêncio, o som da floresta sendo a única coisa que preenchia o ar entre nós. De vez em quando, eu olhava de relance para ele, tentando entender como ele conseguia estar tão calmo. Eu ainda estava processando o que tinha acontecido, os ataques, a luta, e o fato de que quase morri, de novo.

Ryo... por que você ainda está aqui?

Ele me olhou de lado, erguendo uma sobrancelha. — O que quer dizer com isso?

Você poderia estar fazendo qualquer outra coisa. Essa missão, essa merda toda... é perigosa. Você não tem nenhuma obrigação de continuar se envolvendo nisso.

Ele ficou em silêncio por um momento, parecendo ponderar minha pergunta. — Você já parou para pensar que talvez eu queira estar aqui?

Eu fiquei quieta, não sabendo exatamente como responder. Ele continuou antes que eu pudesse formar uma resposta.

Olha, Lil, eu sei que você é capaz. Mas você não precisa fazer tudo sozinha. Eu estou aqui porque confio em você. E, além disso... talvez eu tenha um motivo a mais.

Sua voz abaixou levemente no final da frase, e eu pude sentir meu coração bater um pouco mais rápido. Algo no jeito que ele disse isso me fez olhar para ele de forma diferente, como se houvesse algo ali que eu estava ignorando até então. Minha boca se abriu para dizer algo, mas as palavras se perderam no meio do caminho.

Se eu puder ajudar a te manter viva, então é isso que vou fazer. — ele acrescentou, olhando fixamente para frente.

Engoli em seco e voltei minha atenção para a trilha à frente, tentando disfarçar o calor repentino que subiu pelo meu rosto. Eu não sabia o que dizer, ou o que aquilo significava exatamente. Mas, pela primeira vez em muito tempo, me senti um pouco mais vulnerável. E eu odiava essa sensação. Enquanto continuávamos a caminhada, o céu começou a escurecer, e as árvores à nossa volta se tornaram silhuetas sombrias contra o horizonte. Eu me obrigava a manter o foco, mas o cansaço e a dor tornavam tudo mais difícil. A cada passo, meu corpo me traía, e o simples ato de caminhar parecia um teste de resistência.

Precisamos descansar. — Ryo falou de repente, percebendo que meu ritmo estava diminuindo.

Estamos perto? — Eu perguntei, a voz entrecortada pelo esforço.

Estamos nos aproximando. Mas se você continuar assim, vai cair antes de chegarmos lá.

Suspirei, sabendo que ele estava certo. — Tudo bem. Mas só por alguns minutos.

Nos sentamos em uma pequena clareira, onde o chão estava coberto de folhas úmidas. Ryo se ajeitou ao meu lado, e eu tentei aliviar a dor na minha perna, esticando-a cuidadosamente. Ele me observou por um momento antes de quebrar o silêncio.

Tem algo que você não está me contando, não tem? — Ele perguntou, sua voz baixa e séria.

Eu o encarei, confusa. — Sobre o quê?

Kurohiko. A organização. Toda essa missão. Parece que você está mais envolvida do que quer admitir.

Eu hesitei.

Pisquei, tentando encontrar as palavras certas. Parte de mim queria afastá-lo, manter ele fora desse buraco de confusão e perigo que eu estava enfrentando. Mas, ao mesmo tempo, ele já estava envolvido. Ele já sabia demais.

Kurohiko... ele é mais do que apenas um líder. — comecei, evitando seu olhar. — Ele está ligado a algo maior. Algo que vai além de Ishigakure, ou até mesmo da Kyoukyuusha. Tem a ver com as movimentações recentes. Os ataques. Ele está puxando os fios de algo grande.

Algo grande? — Ryo repetiu, estreitando os olhos.

Assenti. — E eu preciso descobrir o que é. Não só pela vila... mas por mim.

Ele me olhou por mais alguns segundos antes de assentir lentamente. — Então vamos descobrir isso juntos.

Antes que eu pudesse responder, um som distante nos alertou. Passos. Ryo se levantou rapidamente, me ajudando a ficar de pé. O cansaço ainda pesava sobre meus músculos, mas algo em mim se reergueu. Estávamos perto. Muito perto agora.

Estamos quase lá. — ele sussurrou, os olhos atentos à escuridão.

Eu apenas assenti. Não importava o quanto meu corpo estivesse cansado. Se Kurohiko estava por trás de tudo isso, então eu iria encontrá-lo, custe o que custar.

E ninguém, nem mesmo a dor que dilacerava minha perna, iria me parar.


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— Funeralopolis
— Caminhar ao lado de Ryo estava se tornando mais natural do que eu gostaria de admitir. Seus braços me apoiavam firmemente sempre que eu perdia o equilíbrio, e ele mantinha aquele olhar atento – como se eu fosse desmoronar a qualquer momento. Eu odiava precisar de ajuda, mas, ao mesmo tempo, uma pequena parte de mim começava a se acostumar com a ideia de não estar sozinha nessa. A noite avançava, e a escuridão da floresta parecia densa, abafada pela umidade e pelo cheiro de folhas queimadas que ainda pairava no ar. Cada passo ecoava suavemente na trilha molhada, e um silêncio pesado pairava entre nós. Não um silêncio desconfortável, mas algo carregado de coisas não ditas.

Você tem certeza que consegue continuar? — Ryo perguntou de repente, quebrando o momento com a voz baixa, mas firme.

Assenti, mesmo que minha perna latejasse de dor. — Não posso parar agora. Já estamos perto.

Ele não discutiu, mas eu senti a preocupação em seus olhos, mesmo que ele não dissesse nada. Suas mãos deslizaram de leve para minha cintura, me estabilizando sem esforço, e, por um segundo, a proximidade entre nós me fez prender a respiração. Tentei me concentrar na missão. Kurohiko. A conspiração. A razão pela qual eu não podia falhar, não importava o quanto meu corpo gritasse por descanso.

Você vai me contar tudo quando isso acabar? — Ryo perguntou, seus olhos fixos na trilha à nossa frente.

Eu suspirei. — Se eu sobreviver a isso... talvez.

Ele sorriu de canto, e pela primeira vez em muito tempo, aquele sorriso me pareceu mais reconfortante do que irritante.

A caminhada continuava lenta, mas progressiva. Finalmente, o som da floresta começou a mudar. O canto distante de corujas e o farfalhar suave dos galhos indicavam que estávamos saindo da área mais densa. Eu podia ver uma leve abertura adiante, uma pequena clareira banhada pela luz fraca da lua.

É aqui? — Ryo perguntou, ajudando-me a descer por uma pequena inclinação.

Quase. — murmurei. Meus olhos, agora esmaecidos pela exaustão, tentavam rastrear qualquer sinal dos renegados que escaparam. A fumaça havia dissipado o suficiente para que a floresta voltasse ao seu silêncio mortal.

E então senti.

Uma presença. Fraca, distante, mas ali.

Ryo. — sussurrei, parando no meio da trilha. — Tem alguém nos observando. —

Ele parou imediatamente, sua mão indo para a bainha de sua kunai, os olhos analisando as sombras com precisão.

Então veio a confirmação. Uma voz baixa e arrastada surgiu de algum ponto à frente, saindo das trevas como uma serpente.

Vocês realmente acham que escapar seria tão fácil?

Meu coração apertou, e um calafrio correu pela minha espinha. A figura emergiu das sombras – um dos renegados, o líder provavelmente. Ele vestia um manto esfarrapado e seus olhos brilhavam com uma mistura de ódio e satisfação. Nas suas mãos, um pergaminho lacrado, e ao seu lado dois homens armados surgiram das sombras.

Ele tem o pergaminho! — Ryo sussurrou entre dentes.

Não por muito tempo! — rosnei. Mesmo mancando, avancei um passo à frente, mas Ryo me segurou pela cintura, me impedindo.

Você não pode lutar agora! — ele disse, quase desesperado.

Eu estava prestes a retrucar quando o renegado abriu um sorriso cínico. — Entregar esse pergaminho foi mais fácil do que eu pensei. Ishigakure está tão frágil quanto os boatos diziam.

Algo dentro de mim quebrou. A ideia de que toda essa missão, todas as mortes e ferimentos, tinham sido em vão era insuportável. Eu podia sentir meu sangue ferver. Não importava o quão ferida eu estivesse – não era o fim.

E então tomei uma decisão.

Ryo. — murmurei, sem olhar para ele. — Apenas me dê cobertura.

Você não pode estar falando sério!

Confia em mim.

Por um segundo, ele hesitou, mas então vi algo nos olhos dele – um brilho de compreensão. Ele assentiu, com a mandíbula tensa, e puxou uma kunai. — Você é maluca... mas eu confio.

Sorri, sentindo aquele calor estranho novamente, e deixei o chakra correr pelo meu corpo como uma corrente elétrica, ignorando a dor na minha perna. Eu sabia que havia pouco tempo. Eu só precisava de uma chance.

Avancei, mesmo que meu corpo protestasse com cada passo. As chamas dançavam nas pontas dos meus dedos, prontas para serem liberadas.

Katon: Goukkakyuu no Jutsu! — Exalei, disparando uma enorme bola de fogo em direção ao renegado líder.

Ele tentou se esquivar, mas Ryo estava à frente dele antes que pudesse reagir, lançando uma rajada de shurikens que desviou sua atenção por tempo suficiente. A explosão engoliu a clareira por um instante, iluminando a noite com uma intensidade assustadora. Quando a poeira baixou, o renegado estava de pé, ofegante, mas ferido. Ryo saltou para o lado, me dando espaço para avançar mais uma vez. A chama do meu espírito, apesar de apagada pela dor, ardia mais forte do que nunca.

O renegado cerrou os dentes, levantando uma kunai ensanguentada. — Vocês acham que podem impedir o inevitável?

Não preciso impedir nada. — murmurei, com um sorriso frio nos lábios. — Só preciso te matar.


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— Funeralopolis
— O corpo queimava por dentro, cada fibra minha implorando para parar. Mas não havia espaço para hesitação. Com um grito furioso, lancei-me à frente, ignorando a dor que rasgava minha coxa e espalhava um calor febril por todo o corpo. A clareira ainda estava densa de fumaça e pó, mas meus olhos ainda permaneciam focados. O líder renegado se ergueu, o manto em chamas parcialmente apagado pela lama do chão. Ele cuspiu sangue, sua expressão de ódio crescendo à medida que percebia que não ia sair daquela noite inteiro.

Ryo não esperou ordens; ele se moveu com uma precisão fria, bloqueando um dos capangas que avançava. O som metálico das lâminas ecoou como um trovão abafado enquanto eles se engajavam em um combate corpo a corpo brutal, mas eu não podia me distrair. O líder sibilou algo incompreensível e puxou o pergaminho de dentro do manto, pronto para ativar um selo gravado em sua superfície. Eu não podia permitir isso.

Com a mão trêmula e os pulmões em brasa, invoquei uma brasa dracônica. Katon... Goukkakyuu no Jutsu!

A bola de fogo explodiu de minhas mãos como um cometa, iluminando a clareira por uma fração de segundo. O renegado mal teve tempo de se proteger; o fogo colidiu com ele, engolfando-o em uma torrente incandescente. O pergaminho escapou de seus dedos no impacto, rolando para longe. O homem caiu de joelhos, a pele marcada pelas queimaduras. Ele arfava, segurando o peito como se a própria respiração fosse lhe escapar. Mas eu também estava no meu limite. As chamas haviam consumido o resto das minhas forças, e um peso invisível tomou conta do meu corpo, como se cada osso estivesse prestes a ceder. Minhas pernas falharam, e eu desabei de joelhos sobre a terra fria, ofegante.

Ryo terminou seu duelo com o outro capanga, lançando-o ao chão com um golpe preciso, e se virou para mim no mesmo instante. — Lil!

Ele correu até mim, segurando meus ombros enquanto eu me apoiava na terra.

Está feito... — murmurei, com a voz entrecortada, os olhos semicerrados pelo cansaço. — Pegue o pergaminho... e acabamos com isso.

Ryo assentiu, sua expressão preocupada, mas determinada. Ele se ergueu rapidamente, correndo em direção ao pergaminho caído no meio da clareira.

Enquanto o observava se afastar, meu coração desacelerava. A batalha estava quase no fim... mas algo me dizia que as verdadeiras consequências ainda estavam por vir.


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Tokubetsu Jonin
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— Funeralopolis
— Eu estava à beira da exaustão, cada respiração pesada, puxada com dificuldade, fazendo minha cabeça girar. Enquanto Ryo corria em direção ao pergaminho, meus olhos semicerrados se mantinham vigilantes, seguindo sua figura como uma âncora em meio ao caos. O ar ainda estava pesado de fuligem e fumaça, a floresta à nossa volta devastada pelas chamas que eu conjurara momentos antes. O silêncio era quase opressor, mas eu sabia que era um silêncio traiçoeiro — como o último momento de calmaria antes da tormenta.

Ryo se abaixou, pegando o pergaminho. Vi seus dedos correrem sobre os selos gravados ali, seus olhos analisando cada detalhe com a precisão fria que ele sempre demonstrava. — Isso vai nos dizer algo útil. — ele murmurou para si mesmo, mas alto o suficiente para que eu ouvisse. Depois, ele voltou para onde eu estava, me ajudando a me levantar com um cuidado que me surpreendeu. O toque de suas mãos nos meus braços, ainda que breve e prático, deixou uma sensação calorosa que reverberava na minha mente de forma irritante. Eu não podia me dar ao luxo de pensar nisso agora.

Consegue andar? — ele perguntou, os olhos castanhos encontrando os meus com preocupação genuína.

Não tenho escolha, né? — Respondi com um sorriso seco, meio torto, tentando disfarçar a dor latejante na coxa. Minhas pernas tremiam, e o torniquete improvisado que fizera com a manga da minha roupa já estava começando a afrouxar, mas me recusar a seguir em frente não era uma opção. Ryo colocou meu braço em volta de seus ombros para me apoiar. Era uma proximidade incômoda, mas necessária.

E também estranhamente reconfortante.

Caminhamos juntos, afastando-nos do local da batalha. A floresta, antes vibrante de vida, agora estava um campo de destruição — árvores derrubadas, o solo marcado por explosões e fumaça subindo em espirais no ar frio da noite. O cheiro de queimado era forte, impregnando minhas narinas e deixando um gosto amargo na boca. Enquanto seguíamos, o silêncio entre nós parecia pesado, mas não desconfortável. Era o tipo de silêncio compartilhado entre duas pessoas que haviam sobrevivido a algo juntas.

Você quase se matou lá atrás. — Ryo quebrou o silêncio, a voz baixa, mas firme. — Não precisava ter ido tão longe.

Precisava, sim. — respondi, sem hesitar. — Esses desgraçados não teriam parado até me matar.

Ele suspirou, balançando a cabeça. — Ainda assim... você não pode continuar assim, Mayer. Precisa aprender a escolher melhor suas batalhas.

Dei uma risada curta, mesmo que isso fizesse minha coxa doer ainda mais. — Engraçado você dizer isso. Parece que ultimamente eu só me meto nas piores batalhas possíveis.

Ryo sorriu, um daqueles sorrisos pequenos, quase imperceptíveis, mas que eu já começava a reconhecer como algo raro vindo dele. — Bom, pelo menos você tem alguém pra tirar você delas agora.

Eu o olhei de soslaio, surpresa pelo tom levemente brincalhão em sua voz. — Está falando de você?

Tem mais alguém por aqui disposto a carregar uma lunática ensanguentada floresta afora? — Ele arqueou a sobrancelha, e pela primeira vez em muito tempo, eu me peguei sorrindo de verdade.

Caminhamos por mais alguns minutos, até que ele parou subitamente. — Temos que descansar um pouco. — ele declarou, me ajudando a me sentar sob uma árvore que ainda estava de pé, apesar das queimaduras que marcavam seu tronco. — Se continuarmos assim, você não vai durar até a próxima vila.

Eu queria protestar, dizer que poderíamos continuar, mas meu corpo simplesmente não obedecia. A dor era insuportável, e o peso da fadiga era como uma âncora me puxando para baixo. Ryo sentou ao meu lado, e por um momento, o mundo pareceu um pouco menos hostil.

Ele desenrolou o pergaminho que havia pegado dos renegados, analisando cada detalhe à luz fraca da lua. — Tem algo aqui. — ele murmurou, franzindo o cenho. — Matsuro e Kurohiko... parece que eles estão preparando algo nas fronteiras de Ishigakure. Um encontro. Algo grande.

Aquilo me fez esquecer a dor por um instante. — Isso é nossa chance. Podemos interceptá-los.

Não agora! — Ryo respondeu, sem nem precisar pensar. — Você precisa se curar antes. E se for uma emboscada, não temos chance nas condições em que você está.

Eu sabia que ele estava certo, mas aceitar aquilo era um golpe para o meu orgulho. Esperar significava perder tempo, e perder tempo significava dar vantagem a eles.

Você sempre tem que ser tão sensato? — resmunguei, frustrada.

Ryo riu baixo, sem tirar os olhos do pergaminho. — Alguém precisa ser, não é?

E assim ficamos, o silêncio se instalando novamente entre nós enquanto as engrenagens da próxima etapa da nossa missão começavam a se formar na minha mente. Eu sabia que precisaria esperar... mas, por dentro, a chama da vingança queimava com força suficiente para manter meu corpo em movimento.


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— Funeralopolis
— O tempo corria contra nós, e cada segundo que passava era como uma adaga pressionada contra minha pele. A clareira onde Ryo e eu repousávamos estava mergulhada na escuridão, iluminada apenas pela luz pálida da lua e pelas brasas restantes de uma fogueira fraca. Eu odiava essa sensação de inércia. Estar ali, vulnerável, enquanto inimigos preparavam algo nas fronteiras de Ishigakure, me consumia por dentro. Ryo terminava de amarrar uma nova faixa ao redor da minha coxa. Sua expressão era focada, quase irritante em sua calma, enquanto seus dedos trabalhavam rápidos e precisos. — Isso deve aguentar mais algumas horas... — ele disse. — Mas você precisa parar de forçar essa perna. Não quero que você caia no meio de uma luta.

Bufei, impaciente. — Não vou cair, Ryo. Só precisamos chegar perto o suficiente para impedir o que quer que esses bastardos estejam tramando.

Ele me lançou um olhar incrédulo, como se eu fosse a pessoa mais teimosa do mundo. Talvez eu fosse. — Você não consegue ficar parada por cinco minutos, consegue?

Não quando meu alvo está por aí se mexendo. — respondi, esboçando um sorriso sardônico.

Ryo balançou a cabeça, mas não insistiu. Havia uma preocupação sutil nos olhos dele, que não passou despercebida por mim. Ele sabia que algo maior estava para acontecer, assim como eu.

No dia seguinte, ao amanhecer, começamos a nos mover novamente. Cada passo era uma tortura ardente na minha coxa, mas eu mantinha o ritmo. Não era apenas a dor que me impulsionava agora — era a sensação opressiva de que o tempo estava acabando. O nome Kurohiko continuava ecoando na minha mente. Se ele estava envolvido, então a situação era pior do que imaginávamos. Kurohiko não era só mais um renegado; ele era um estrategista calculista, conhecido por sempre estar dois passos à frente de quem quer que o enfrentasse.

Temos que cortar caminho pela encosta. — Ryo sugeriu enquanto verificava o mapa improvisado que fizera na noite anterior. — Se atravessarmos o vale, podemos interceptá-los antes que cheguem ao ponto de encontro.

Eu assenti, sem questionar. Não importava quanto custasse ao meu corpo — eles não passariam por mim.

Conforme caminhávamos por uma trilha estreita, o silêncio entre nós era pesado, mas carregado de intenções não ditas. De vez em quando, eu pegava Ryo me observando de canto de olho, mas ele desviava o olhar assim que nossos olhares se cruzavam.

Você acha que vai dar certo? — perguntei de repente, quebrando o silêncio. — Interceptar Kurohiko e acabar com isso antes que fique pior?

Ele demorou um instante para responder. — Acho que é nossa melhor chance.

Isso não é exatamente uma resposta otimista.

Eu prefiro ser realista, Mayer. E você deveria fazer o mesmo.

Soltei um suspiro exasperado. — Realismo não vai salvar a gente se não tivermos coragem.

Ryo riu baixo. — E coragem não vai salvar a gente se formos estúpidos.

Rolei os olhos, mas uma parte de mim sabia que ele estava certo. Ainda assim, não havia mais espaço para hesitação. A tempestade estava vindo, e eu precisava estar pronta para enfrentá-la.

Horas mais tarde, a trilha nos levou a uma elevação com vista para uma clareira ampla e vazia — o ponto de encontro. Escondidos entre a vegetação densa, Ryo e eu nos posicionamos para observar o local.

Eles ainda não chegaram. — ele sussurrou. — Isso nos dá uma vantagem.

Se chegarem. — corrigi, mesmo sabendo que ambos entendíamos que era uma questão de quando, não se.

Enquanto eu mantinha os olhos atentos na clareira abaixo, algo chamou minha atenção — um pássaro solitário sobrevoava o local, repetindo o mesmo movimento circular.

Isso não é um bom sinal. — murmurei.

Você acha que...?

Antes que pudesse terminar a frase, um estalo percorreu o ar como um raio invisível. Meus instintos entraram em alerta máximo. Era uma armadilha.

Ryo, sai daqui! — gritei, mas era tarde demais. De todas as direções, inimigos emergiram como sombras, vindos do nada, rápidos e coordenados. Kurohiko estava três passos à nossa frente, como eu temia. Ryo puxou sua katana curvada no mesmo instante em que eu preparei meu chakra para invocar fogo novamente, mas sabíamos que estávamos cercados. Não havia mais tempo para planos ou estratégias cuidadosas. Ali, naquele momento, estávamos na reta final.


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— Funeralopolis
— O cerco se fechava rápido demais. Inimigos surgiam da fumaça e das árvores como fantasmas, pressionando cada movimento nosso. A clareira se transformava em um campo de batalha caótico, e logo percebi que não havia como manter a posição por muito mais tempo.

Lil, recua! — Ryo gritou, bloqueando uma kunai com a própria enquanto chutava um oponente para longe. Eu hesitei por um instante – a raiva e a frustração queimavam dentro de mim – mas ele estava certo. Não podíamos lutar ali e sobreviver. Não contra aquele número e não com minha perna ainda fraca.

Rangendo os dentes, me obriguei a virar e correr com ele em direção à floresta, desviando de projéteis que voavam ao nosso redor. Minha coxa gritava a cada passo, mas eu não podia ceder. A dor era irrelevante. Estávamos na mira de algo maior, e eu não podia permitir que morrêssemos ali, não ainda. O tempo parecia se arrastar enquanto corríamos entre as árvores, os sons dos inimigos ecoando próximos demais para o meu gosto. Não conseguíamos avançar direto para a base de Kurohiko; a pressão era esmagadora. Saltamos sobre pedras e raízes, nossas respirações pesadas. Eu tropecei duas vezes, quase caindo, mas Ryo estava lá para me segurar e me manter em pé.

Por aqui! — ele sussurrou, puxando meu braço e me guiando por um atalho estreito entre duas rochas. Nos escondemos atrás de uma formação natural, com os corpos colados contra a pedra fria enquanto ouvimos passos frenéticos passando perto demais.

Quando o som diminuiu, nós trocamos olhares rápidos. Nenhuma palavra era necessária – ambos sabíamos que isso não acabaria ali. Precisávamos de tempo para pensar, nos reagrupar, e traçar um novo plano. Mas então, uma presença tomou o ar ao nosso redor, pesada como uma lâmina contra o pescoço.

E foi quando ele apareceu.

Matsuro... sussurrei, os olhos arregalados enquanto o homem surgia lentamente das sombras. O líder do esquadrão de assassinato da Kyoukyuusha estava diante de nós, imponente e imperturbável. Não era a primeira vez que ouvia falar dele. Todos em Iwagakure conheciam seu nome – um fantasma no submundo, conhecido por exterminar seus alvos com precisão impecável e frieza absoluta.

Ele tinha um sorriso suave nos lábios, como se a nossa fuga desesperada fosse apenas um entretenimento trivial para ele. — Vocês correram bastante. — Sua voz era calma, controlada, mas cheia de ameaça latente, como a lâmina de uma espada prestes a ser desembainhada. — Mas correr nunca foi uma opção, Mayer.

Meus dedos apertaram com força a empunhadura da Kokuto, embora eu soubesse que não seria suficiente contra ele. Matsuro era um predador, e nós éramos apenas a presa que ele tinha decidido caçar naquela noite.

Ryo deu um passo à frente, interpondo-se entre mim e Matsuro, o corpo tenso como uma mola. — Vai ter que passar por mim primeiro.

Matsuro soltou um riso leve, quase condescendente. — Ah, o fiel escudeiro. Como é comovente... — Ele inclinou levemente a cabeça, seus olhos avaliando Ryo como se ele fosse um quebra-cabeça fácil de resolver. — Você sabe que não precisa morrer aqui, garoto. Vá embora. Deixe a garota comigo, e eu deixo você viver.

Ryo não hesitou. — Não.

Como eu imaginei. — Matsuro suspirou, um olhar quase triste cruzando seu rosto por um breve momento antes de desaparecer por completo.

Então ele atacou.

Ryo mal teve tempo de reagir. Matsuro se moveu como uma sombra viva, rápido demais para ser seguido, e o som metálico de lâminas ecoou no ar. Ryo bloqueou por puro reflexo, mas foi jogado para trás pela força do impacto, batendo contra uma árvore e caindo de joelhos.

Ryo! — gritei, mas não havia tempo para ajudá-lo. Matsuro já estava em cima de mim.

Minha mente trabalhou rápido – não havia como vencê-lo em um combate direto. Eu precisaria usar a única vantagem que tinha: o elemento surpresa. Concentrei meu chakra nas mãos e senti o calor familiar do fogo surgindo nas pontas dos dedos.

Você acha mesmo que vai sair daqui vivo? — desafiei, embora soubesse o quão arriscado era provocá-lo.

Ele sorriu, frio como a própria morte. — Não sou eu quem deveria estar preocupado com isso.

E então, num movimento instintivo, liberei meu Katon: Gouka Mekkyaku, exalando uma gigantesca parede de fogo infernal que tenha como objetivo incinerá-lo daquele mundo.


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HP: 750/750 | CH: 2925/3000 | ST 01/06

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— Funeralopolis
— Matsuro era um pesadelo vivo. Cada movimento dele era preciso e brutal, como se ele pudesse prever todas as minhas ações antes mesmo de eu decidir o que fazer. Meus olhos, agora brilhando com o vermelho-sangue do Sharingan queimavam enquanto tentava acompanhar seus ataques, mas era inútil – ele era rápido demais, fluido demais. Ele vinha de todos os ângulos, as lâminas invisíveis cortando o ar e rasgando a pele onde eu não conseguia reagir a tempo. Um golpe lateral quase atingiu minha garganta, mas projetei um escudo de fogo sólido na última fração de segundo, sentindo o impacto forçar meu corpo para trás. As chamas ondulavam, mas mantiveram sua forma, evitando que o golpe me destroçasse.

Você é teimosa, garota, eu admito. — Matsuro sorriu, o brilho assassino em seus olhos nunca desaparecendo. — Mas fogo não vai te salvar.

Ele avançou novamente, e eu invoquei uma palma flamejante sólida, empurrando-o para longe, apenas para vê-lo desaparecer na fumaça como um fantasma. Meu peito subia e descia com dificuldade, meu corpo exausto e minha coxa latejando. O sangue escorria pelas bandagens improvisadas. Mas não havia tempo para hesitação. Eu canalizei tudo o que tinha.

Katon: Kaen Senpu! — bradei, e labaredas rodopiaram ao meu redor como um turbilhão destrutivo, formando um ataque de fogo dançante e furioso. As chamas se lançaram contra Matsuro como serpentes vivas, tentando envolvê-lo em um abraço mortal. Por um segundo, eu vi ele recuar, desviando como um bailarino entre as ondas flamejantes.

Mas, ao invés de fugir, ele gargalhou.

Ah... isso é o melhor que consegue? Eu esperava mais da assassina de Koshiki. — zombou ele, com uma risada venenosa que fez minha pele arrepiar.

Eu cerrei os dentes. O Sharingan girava furiosamente em meus olhos, tentando encontrar qualquer abertura – mas não havia. Ele estava sempre um passo à frente.

Ao fundo, o som de raios cortou o ar. Ryo disparava jutsus elétricos em todas as direções, eliminando a maior parte dos capangas restantes. Faíscas e relâmpagos dançavam nas copas das árvores, e, entre uma descarga e outra, ele se virou para mim, gritando:

Lil! Eu sei onde Kurohiko está!

Onde?! — minha voz soava rouca, mas eu precisava daquela informação agora.

Ryo desviou de outro inimigo e apontou para uma formação rochosa ao longe, além das árvores. — Há uma pequena montanha ao lado de Ishigakure! É ali que ele está escondido!

A informação caiu sobre mim como um soco no estômago, uma esperança distante, mas real. Era para lá que precisávamos ir. Mas Matsuro... ele estava entre nós e aquele destino. E ele sabia.

Matsuro soltou um bufar de raiva, seus olhos se estreitando. — Você realmente acha que pode lutar contra um império, garoto? — Ele ergueu a mão, e o chão ao nosso redor começou a vibrar. — Então vamos ver até onde a sua coragem te leva.

O chão explodiu.

Pedaços de rocha e lama foram lançados em todas as direções, acertando meu corpo e jogando-me contra uma árvore próxima. Minha visão ficou turva por um instante, e um grito de dor escapou dos meus lábios ao sentir algo rasgar minha lateral. O impacto deixou meus ouvidos zunindo, e minha respiração ficou pesada e irregular. Vi Ryo sendo lançado ao lado oposto, desaparecendo por um momento entre a poeira e os escombros. Me forcei a ficar de pé, ignorando a dor, ignorando o sangue. Matsuro estava se aproximando lentamente, como um predador satisfeito com a presa encurralada.

Morra de uma vez... Estou perdendo meu tempo com vocês.

Eu cuspi sangue e cerrei os punhos, as chamas dançando nas pontas dos dedos. — Ainda não... — murmurei, mal conseguindo me manter de pé.

Matsuro sorriu novamente, um sorriso frio, digno de um assassino nato. — Vou te fazer de exemplo, sua piranha imunda!


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HP: 600/750 | CH: 2750/3000 | ST 02/06

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— Funeralopolis
— As chamas avançaram rápido demais para que eu pudesse reagir a tempo. Por puro reflexo, invoquei mãos flamejantes e sólidas, formando uma barreira improvisada. Mas a defesa não foi suficiente. As chamas atravessaram minha proteção, e eu ergui o braço direito para me proteger. A dor veio como um golpe brutal, queimando minha pele da axila até o tornozelo. Mordi os lábios com força para não gritar. Meu corpo inteiro tremia, e o cheiro de carne queimada me fazia nausear. A dor era insuportável, como se meu braço e perna estivessem sendo lentamente devorados por fogo vivo. Meus movimentos estavam lentos, cada passo mais pesado que o último. Não podia correr, mal conseguia me manter em pé.

Concentre-se! — pensei, mas até manter o Sharingan ativo era um fardo. Senti a visão embaçar por um momento, o suor escorrendo pela minha testa e misturando-se ao sangue. Não posso perder aqui.

Matsuro, a poucos metros de distância, me observava com um sorriso sádico, os olhos dele transbordando confiança. Cada passo que ele dava parecia anunciar o meu fim.

Isso é tudo o que você tem, garota? — ele zombou, o tom de sua voz cheio de escárnio.

Engoli o medo e foquei no que ainda me restava. Se eu fosse cair, ele ia cair comigo.

Katon: Gouka Messhitsu!

Um mar de fogo irrompeu à minha frente, engolindo tudo no caminho. As chamas devoraram árvores e pedras, transformando a clareira em um inferno. Matsuro riu enquanto se movia pelas brechas como se fosse parte do próprio vento, mas seus olhos não estavam mais tão despreocupados quanto antes. Ele sabia que eu não iria parar.

Agora... — moldei rapidamente mais chakra. — Katon: Goryuka no Jutsu!

Dragões de fogo avançaram, seus corpos serpenteando pelo ar e cercando Matsuro por todos os lados. Ele se moveu rápido, mas eu o segui com o Sharingan, captando cada mínimo desvio. Estava na defensiva. Esse era o momento que eu precisava. Com uma respiração rápida, fitei os olhos de Matsuro, utilizando o Kanashibari no Jutsu sem selos manuais.

O chakra disparou como um tiro invisível, e ele parou por um instante. Foi rápido, mas o suficiente para que seus movimentos travassem por uma fração de segundo. Eu vi a hesitação nos músculos dele.

Agora! É a minha chance!

Antes que eu pudesse avançar, ouvi o som familiar de raios estalando ao fundo. Ryo apareceu como um raio, liberando uma descarga elétrica que explodiu contra os capangas que nos cercavam, abrindo caminho até mim.

Ele se abaixou ao meu lado, os olhos dele se arregalando ao ver minhas queimaduras.

Lil, você não pode continuar assim! — ele exclamou, segurando meu ombro com firmeza. — Ele está quase acabando, mas você não vai durar muito se insistir!

Não posso parar agora. — Minha voz saiu trêmula, mas firme. O Sharingan ainda queimava em meus olhos, e eu sabia que não podia desistir. A dor não importava. Nada importava.

Ryo lançou um olhar rápido para Matsuro, que começava a se mexer novamente, rompendo a paralisia. Uma risada insana escapou da garganta dele.

Vocês realmente acham que podem enfrentar um império sozinhos? — ele provocou, batendo os pés no chão. Uma onda massiva de terra se ergueu, avançando contra nós como uma maré implacável.

Lil, nós temos que acabar com isso agora. — Ryo se virou para mim, seus olhos elétricos cheios de determinação.

Meu coração disparou. Estávamos tão perto. Se derrotássemos Matsuro agora, a vitória seria nossa.

Olhei para Ryo e assenti, ignorando a dor que ameaçava me derrubar. Essa batalha ainda não tinha acabado. Eu iria até o fim.


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HP: 400/750 | CH: 2620/3000 | ST 03/06

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— Funeralopolis
— Eu estava no limite. A dor das queimaduras latejava pelo meu corpo, cada respiração era um esforço para não perder o controle. Matsuro se erguia à minha frente, cruel e implacável, com uma confiança que queimava como o fogo que me envolvia.

Não posso continuar assim... pensei. Meu corpo não aguentaria muito mais, e, se quisesse acabar com isso, tinha que usar tudo que ainda restava em mim. Minha mente começou a traçar rapidamente a última estratégia. — Raiton: Raigeki no Yoroi!

O trovão rugiu ao meu redor, o chakra elétrico se acumulando até tomar a forma de uma armadura. Senti a energia correr por minhas veias, revitalizando meus músculos mesmo que temporariamente. A dor das queimaduras foi substituída por uma descarga de adrenalina pura. Minha visão clareou, e o mundo ao meu redor desacelerou. Era agora. Em um piscar de olhos, disparei para frente, a armadura elétrica envolvendo cada centímetro do meu corpo. Matsuro sequer teve tempo de reagir.

Agarrei o braço direito dele com força, sentindo a corrente elétrica percorrer meu corpo e explodir no dele. O grito de Matsuro ecoou pela clareira enquanto a eletricidade queimava sua carne, deixando o antebraço dele carbonizado e imóvel. Seus olhos se arregalaram de horror e dor.

Ele estava paralisado.

Esse era o momento. Eu olhei para Ryo, que já estava pronto. Ele avançou como um raio.

Agora! — gritei, canalizando o restante da energia que me restava para manter Matsuro preso.

Com uma única descarga de sua técnica elétrica, Ryo finalizou Matsuro, perfurando-o com uma lâmina relâmpago diretamente no coração. O corpo de Matsuro caiu, sem vida, no chão.

E então, o peso da batalha desabou sobre mim. Minha armadura elétrica dissipou-se, e eu caí de joelhos, mal conseguindo manter os olhos abertos. Meu corpo estava à beira de colapsar. Feridas, queimaduras, cortes — tudo acumulado, tornando impossível continuar em pé.

Ryo estava ao meu lado antes que eu percebesse, agachando-se com urgência.

Lil! — Ele chamou, a preocupação evidente em sua voz. Ele colocou a mão em meu ombro, me ajudando a ficar mais ereta. Seu toque era quente e reconfortante.

Eu... estou bem. — murmurei, mas era uma mentira óbvia. A dor era insuportável, e meu corpo gritava para desistir.

Não, você não está. Precisa descansar. — Ele falou firme, mas sua expressão suavizou ao ver minha teimosia. Havia algo no jeito que ele olhava para mim, uma gentileza que eu não esperava.

Meus olhos se encontraram com os dele, e por um momento o caos ao nosso redor pareceu desaparecer. Ryo estava ali, perto de mim, me segurando com cuidado. Senti meu coração acelerar de uma forma diferente. Apesar da dor, havia algo naquele breve silêncio que me deu forças para continuar.

Ele me pegou nos braços com delicadeza, tomando cuidado com as feridas.

Vamos encontrar um lugar seguro para você descansar. — ele disse, seu tom calmo e protetor.

Eu não protestei. Deixei minha cabeça repousar em seu ombro enquanto ele me carregava. Meu corpo estava destruído, mas ali, nos braços de Ryo, senti uma calma que não sentia há muito tempo. Caminhamos até uma pequena área mais afastada da batalha, onde as árvores nos protegiam do vento frio. Ryo me deitou suavemente no chão, usando sua capa para me cobrir.

Fique aqui. Vou procurar mais bandagens. — ele disse antes de se levantar, mas minha mão agarrou a dele antes que ele pudesse ir.

Ryo... murmurei, quase sem forças, mas o suficiente para fazê-lo parar e olhar para mim. — Obrigada.

Ele sorriu, um sorriso suave que fez meu peito aquecer, e se abaixou para segurar minha mão com firmeza.

Você sabe que faria o mesmo por mim. — ele respondeu, seus olhos brilhando com algo que eu não conseguia decifrar por completo.

E, por um breve instante, o mundo pareceu em paz.

Nós ficaríamos aqui, ao menos por um tempo. Eu precisava me recuperar, mas sabia que, com ele ao meu lado, poderíamos seguir em frente. E, de alguma forma, isso era o que mais importava agora.


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— Funeralopolis
— O frio da noite se arrasta lentamente pela clareira, como se até o vento estivesse cansado da luta. Encostada em uma árvore desgastada, sinto as bandagens apertadas envolvendo minhas queimaduras e cortes. Ryo está ajoelhado ao meu lado, terminando de ajustar a última faixa no meu ombro, o rosto focado e preocupado.

Você podia ser mais gentil, sabe? Isso dói. — reclamo, franzindo a testa.

Ryo sorri de canto, sem levantar o olhar. — Você já sobreviveu a coisa pior. Não vem reclamar agora, princesa.

Reviro os olhos, mas um sorriso escapa antes que eu consiga segurá-lo. O toque dele, mesmo um tanto bruto, traz uma sensação de conforto inesperada. Ele sabe como lidar comigo — e talvez seja exatamente por isso que sempre acabo voltando para ele. Deito a cabeça contra o tronco atrás de mim e deixo o corpo relaxar. — Obrigada por cuidar de mim... Mais uma vez. — Minha voz sai baixa, um sussurro arrastado pelo cansaço.

Ele pausa por um instante, talvez surpreso com o tom gentil, mas logo retoma o trabalho, apertando um último nó firme na bandagem. — Alguém precisa cuidar de você. Se eu não fizer isso, quem vai?

Ah... Você tá se achando especial agora? — brinco, mas minha voz entrega a leveza do momento.

Ryo se senta ao meu lado, apoiando os braços nos joelhos. — Eu sou especial. — ele responde, o sorriso provocador voltando ao rosto. O silêncio que se instala depois é confortável, como uma pausa que ambos precisávamos.

O céu se abre acima de nós, estrelas solitárias cintilando entre galhos retorcidos. Sinto a cabeça pesar no ombro dele, o cansaço finalmente tomando conta. Ele não se move. E, por algum motivo, isso é suficiente.

Você é um bom apoio. murmuro, quase brincando, enquanto fecho os olhos.

Quer dizer no sentido físico ou emocional? — ele pergunta, com a voz carregada de ironia.

Dou um riso baixo, curto. — Talvez os dois.

Ele fica em silêncio por um momento, mas sinto a tensão dele relaxar também. A verdade é que estar aqui com ele, mesmo coberta de feridas, é um alívio que não quero admitir em voz alta.

E talvez eu não precise. Ryo sempre parece entender o que eu não digo.

Enquanto o sono começa a puxar minhas pálpebras, sinto ele me ajustar para que eu fique mais confortável contra ele, o calor do corpo dele afastando o frio da noite.

Descansa. — ele murmura suavemente. — Eu seguro as pontas por enquanto.

E, pela primeira vez em muito tempo, permito-me relaxar por completo.


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— Funeralopolis
— Acordo com o som dos pássaros. Um trinado suave, vindo de algum lugar além das árvores, atravessa o ar fresco da manhã. Minha mente flutua por um instante entre o sonho e a realidade, antes de finalmente perceber onde estou. O cheiro de terra úmida e cinzas ainda impregnadas na roupa me traz de volta para o presente. Estou deitada em uma cama improvisada – alguns mantos estendidos sobre folhas secas – e coberta com uma manta grossa que não reconheço. As bandagens apertam meu corpo, mas sem o desconforto de ontem. Embora as queimaduras ainda latejem, a dor é um sussurro distante, ao invés do grito incessante que era antes.

Quando viro a cabeça, vejo Ryo a alguns metros, agachado perto do que parece ser uma fogueira apagada. Sobre uma pequena mesa improvisada – um escudo amassado apoiado em pedras – ele organiza algo com cuidado.

Bom dia, Bela Adormecida! — ele diz sem se virar, como se soubesse exatamente quando acordei.

Tá faltando o beijo de príncipe. — murmuro, a voz ainda rouca.

Ele ri, pegando um punhado de frutas secas e alguns pedaços de pão, colocando tudo sobre uma bandeja improvisada. — Você sobreviveu à noite inteira. Isso já vale como um milagre.

Observo o rosto dele enquanto se aproxima, a luz suave da manhã iluminando seus traços de maneira quase suave. Parece menos preocupado hoje, mas ainda há um cansaço nos olhos dele que não desaparece. Quando ele se agacha ao meu lado, estende a bandeja para mim.

Não é um banquete, mas achei o que dava entre os suprimentos dos renegados.

Aceito a bandeja com cuidado, sentindo o peso do cansaço ainda presente nos meus braços. — Não precisava se esforçar tanto.

Precisava sim. Você tava um desastre ontem. — ele responde sem rodeios, mas o tom é leve. — Achei que fosse desmaiar de vez antes da luta acabar. —

Começo a mastigar uma fruta seca, o gosto adstringente enchendo a boca. — Eu ainda não entendo como conseguimos sair vivos... Você acha que Matsuro era mesmo o pior que a Kyoukyuusha tinha?

Ryo recosta-se contra uma pedra próxima, passando a mão pelos cabelos bagunçados. — Não sei. Mas se ele era o líder do esquadrão de assassinos deles, espero que o resto seja menos problemático.

Silêncio se instala entre nós por alguns instantes. Ouço o vento sussurrando entre as folhas e os pássaros continuando seu canto despreocupado. É estranho sentir uma calma assim, tão distante da loucura e do caos que nos cercava há pouco tempo.

Acho que você me deve uma, sabe? — digo, tentando provocar, enquanto como mais um pedaço de pão.

Ah, é mesmo? — Ele arqueia uma sobrancelha, o sorriso irônico voltando. — Salvei sua vida, te arrumei comida, cuidei das suas feridas... e agora eu ainda tô devendo alguma coisa?

Claro! — respondo, o sorriso brincando nos meus lábios. — Eu tava praticamente morta. Isso é material pra cobrança vitalícia.

Ele inclina a cabeça e me encara por um momento, como se considerasse a provocação. Então, com um ar descontraído, ele dá de ombros. — Tá certo. Uma dívida vitalícia... Parece justo.

Fico em silêncio, sem saber ao certo como responder à leveza nas palavras dele. É estranho. Pela primeira vez em muito tempo, o peso no meu peito parece um pouco menor.

Obrigada, Ryo. — murmuro, quase sem querer.

Ele não responde de imediato, apenas mantém o olhar em mim por um instante longo e silencioso. Depois, com um sorriso pequeno, ele volta a se recostar, olhando para o céu claro acima das árvores.

Vamos descansar mais um pouco. — ele sugere. — Ainda temos uma caminhada até Ishigakure... E até lá, eu quero ver se você consegue andar sem cair.

Reviro os olhos, mas permito-me relaxar novamente contra as mantas. Pela primeira vez em muito tempo, sinto que não estou tão sozinha.


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— Funeralopolis
— O descanso foi mais prolongado do que esperávamos. Ficamos naquele acampamento improvisado por horas, talvez um dia inteiro, enquanto a sensação das feridas começava a se estabilizar e o corpo parava de implorar por alívio a cada minuto. Ryo insistiu que eu ficasse quieta, sem me mexer muito, mas ele sabia que não sou do tipo que aceita ordens com facilidade. Ainda assim, a dor intensa das queimaduras não me dava outra escolha além de descansar. A cada pequeno movimento, as bandagens apertavam e queimavam como um lembrete silencioso: eu estava no limite.

Sabe, tô começando a achar que você gosta de cuidar de mim. — eu digo, enquanto ele ajeita um dos nós nas bandagens no meu ombro.

Você é mesmo convencida assim ou tá treinando pra ser? — Ele retruca com um sorriso curto, mas não esconde a leve preocupação nos olhos. — Alguém tem que evitar que você se mate antes do fim da missão.

Reviro os olhos, mas sorrio de leve, escondendo o desconforto. Momentos como esse com Ryo... são raros. Não pelo simples fato de estarmos juntos, mas por essa calma passageira que parece suspensa no tempo, como se o caos à nossa volta não pudesse nos alcançar por um instante precioso.

Na manhã seguinte, Ryo ajudou a desmontar o acampamento. Me movo devagar, ainda tensa pelas queimaduras, mas estou de pé. Caminhar não é fácil — cada passo parece uma faísca de dor correndo pela perna direita — mas a dor é familiar, suportável. Algo que posso controlar.

Antes de partirmos, ele me entrega uma tira de pano mais larga. — Pra usar como suporte. — explica, amarrando o tecido ao redor do meu peito e prendendo o braço direito contra o corpo. — Assim você não vai piorar os músculos até podermos te tratar direito.

Eu murmuro um agradecimento, mais séria dessa vez. Ele só acena com a cabeça, ajustando sua mochila e conferindo os suprimentos. — Pronta?

Vamos acabar com isso logo. — respondo, tentando soar mais confiante do que me sinto.

E então partimos.

A caminhada até Ishigakure é silenciosa, mas não desconfortável. O caminho é traiçoeiro — trilhas irregulares, subidas íngremes e um vento frio que parece cortar a pele. Mesmo com meu corpo coberto por bandagens e a dor latente nas queimaduras, a paisagem tem algo de reconfortante. O verde denso das árvores e o som dos pássaros são uma mudança bem-vinda depois do caos que deixamos para trás.

Você já esteve em Ishigakure antes? — pergunto, quebrando o silêncio.

Ryo faz que sim com a cabeça, mas o olhar dele se mantém atento na trilha à nossa frente. "Uma vez. É uma vila pequena, mas segura. Eles não gostam muito de estranhos, mas o lugar é tranquilo."

E por que você acha que Kurohiko estaria lá?

Ele para por um momento, como se pesasse as palavras antes de responder. — A montanha que eu mencionei... tem túneis antigos por lá. Foi usada como refúgio durante a última guerra. Se ele quer se esconder ou preparar algo, esse seria o lugar perfeito.

Assinto, processando as informações. Cada passo nos aproxima do confronto final, e a ideia de encarar meu pai novamente faz meu estômago revirar. É estranho pensar que depois de tudo, depois de tantos anos de incerteza, a vingança pode estar ao alcance.

Mas o medo cresce junto com essa possibilidade.

Ryo deve ter percebido algo, porque quebra o silêncio novamente. — Vamos dar um jeito, Lil.

Eu lanço um olhar breve na direção dele. — Você fala como se tivesse certeza disso.

Ele dá de ombros, com aquele meio sorriso de sempre.  — Já passamos por coisas piores. E se a gente não der um jeito... quem mais vai conseguir?

A resposta dele me faz sorrir, apesar de mim mesma. — Convencido.

Tá começando a pegar isso de mim. — ele provoca, piscando para mim antes de continuar andando.

Quando finalmente chegamos aos arredores de Ishigakure, o sol já começa a se pôr, tingindo o céu com tons de laranja e violeta. A vila está próxima, mas não temos intenção de entrar imediatamente. Ryo sugere que montemos acampamento mais uma vez antes de fazer qualquer movimento.

Amanhã cedo damos um jeito de rastrear Kurohiko. — ele diz, enquanto ajeita algumas pedras para fazer uma fogueira. — Você precisa descansar de verdade dessa vez.

Sento ao lado da fogueira enquanto ele a acende, deixando o calor suave aliviar um pouco a dor no corpo. Por um momento, apenas ficamos ali, em silêncio, observando as chamas dançarem ao vento leve da noite.

Ryo... — chamo, depois de um tempo, a voz baixa.

Ele levanta o olhar na minha direção, mas não fala nada.

Eu hesito, procurando as palavras certas. — Obrigada... por estar aqui.

O sorriso dele é pequeno, mas genuíno. — Claro, Lil.

O silêncio volta a se instalar entre nós, mas dessa vez, é um silêncio confortável. No meio da noite escura e do caminho incerto à nossa frente, há uma certeza simples e inabalável: não estou sozinha. E isso, por agora, é o bastante.


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— Funeralopolis
— O amanhecer traz consigo uma névoa densa, cobrindo o caminho e deixando as montanhas ao redor de Ishigakure quase invisíveis. A brisa fria carrega o cheiro de terra molhada, e o som das folhas balançando suavemente é a única coisa que rompe o silêncio pesado entre nós. Levanto a cabeça lentamente da cama improvisada, cada músculo do corpo protestando contra o movimento. Ainda sinto a pele repuxar sob as bandagens, mas ao menos a dor agora é um ruído distante — persistente, mas suportável.

Ryo já está de pé, terminando de arrumar suas coisas. Sua silhueta se move com uma leveza surpreendente para alguém que passou a última semana lutando e fugindo junto comigo. O som de passos suaves me alerta, e ele se vira na minha direção, notando que estou acordada.

Como você tá se sentindo? — ele pergunta, sem parar o que está fazendo, mas os olhos rápidos me avaliam de cima a baixo.

Do jeito que se espera... ruim. — Tento um sorriso, mas sinto o cansaço pesar nas palavras. — Pior que estou me acostumando.

Ele ri baixinho, e há um brilho nos olhos dele que parece dizer 'Você sempre foi teimosa'. A leveza desse momento quase me faz esquecer o que está por vir.

Comemos juntos em silêncio — Ryo encontrou algumas frutas nos arredores e dividimos um pedaço de pão ressecado que ele conseguiu salvar das mochilas dos renegados mortos. Não é um banquete, mas faz o trabalho de restaurar um pouco das nossas forças.

Depois de alguns minutos, ele limpa as mãos na calça e me encara com aquele olhar meio despretensioso. — Pronta pra pegar o Kurohiko?

Não respondo de imediato, apenas aceno devagar.

Ei... — ele chama, a voz baixa mas firme. — Vamos juntos nessa. Seja lá o que você encontrar, não precisa enfrentar sozinha.

Essas palavras, tão simples, têm mais peso do que ele pode imaginar. Pela primeira vez em muito tempo, sinto uma fagulha de alívio, uma certeza de que não importa o que aconteça... eu não estarei sozinha.

Ryo... — começo, mas as palavras falham. Em vez disso, eu apenas encosto meu ombro no dele por um momento breve — um gesto pequeno, mas íntimo. Ele retribui com um sorriso leve, quase imperceptível, antes de se levantar e ajustar a mochila.

Vamos logo. — ele diz, estendendo a mão para me ajudar a levantar. — O dia ainda tá começando.

A trilha para Ishigakure se estreita conforme avançamos, as árvores se tornando mais densas e a vegetação ao redor crescendo selvagem. A vila logo surge ao longe — um aglomerado de construções simples cercado por penhascos e rios estreitos. Do alto da encosta onde estamos, posso ver os túneis antigos que Ryo mencionou. Eles serpenteiam pela lateral da montanha ao lado da vila, alguns cobertos por vinhas e musgo, mas claramente ainda acessíveis.

Se ele estiver mesmo aí... — Ryo começa, mas eu interrompo.

Ele está. — A certeza em minha voz é tão sólida quanto o chão sob meus pés. Eu sei que ele está ali. Essa sensação corroeu meus dias e noites como veneno — e agora, finalmente, estou perto. Não há mais como fugir.

Ryo me observa por um momento, como se ponderasse algo, mas não diz nada. Ele apenas coloca uma mão leve sobre meu ombro, apertando de leve. — Vamos acabar com isso.

Descemos até os arredores da vila em silêncio, cuidadosos para não chamar atenção. Ishigakure não é o tipo de lugar que gosta de visitantes, e a última coisa que precisamos é de complicações antes de encontrar Kurohiko. O vento frio que sopra pelas montanhas parece carregar consigo uma tensão latente, como se até o próprio ar soubesse que algo está para acontecer. Encontramos abrigo sob a sombra de algumas árvores próximas ao túnel mais afastado. Ryo examina a entrada, procurando qualquer sinal de armadilhas ou guardas escondidos. Eu, por minha vez, deixo meus sentidos se aguçarem. O Sharingan queima levemente em meus olhos, desenhando cada detalhe ao redor com uma clareza nítida demais.

O tempo parece se esticar enquanto esperamos o momento certo para agir.

Lil... — Ryo quebra o silêncio, a voz baixa e suave. — Quando isso acabar... o que você vai fazer?

Eu fecho os olhos por um instante, tentando imaginar uma resposta para essa pergunta. A verdade é que não sei. A vingança sempre foi meu norte, a linha que guiou cada passo. Mas... e depois? O que sobra?

Não sei. — admito, a voz quase um sussurro. — Mas acho que... eu gostaria de descobrir.

Ele sorri. — Então, vamos garantir que você tenha tempo pra isso.

Por um momento, tudo parece em suspenso. Apenas nós dois, entre o presente e o futuro incerto. E, pela primeira vez em muito tempo, sinto uma ponta de esperança. Não pela vingança, mas pelo que pode vir depois.

E com isso, nos preparamos para o confronto que nos espera, sabendo que, não importa o que aconteça, enfrentaremos juntos.


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— Funeralopolis
— O vento frio corta pelas encostas, enquanto nos esgueiramos pela entrada do túnel encoberto por musgo. O cheiro de pedra úmida e terra antiga é forte, e a escuridão à nossa frente parece devorar a luz. Ryo se move à minha frente, os passos precisos e silenciosos, enquanto eu o sigo com os olhos acesos pelo Sharingan, cada detalhe do caminho se destacando em vermelho e preto. Não há volta. Kurohiko está perto. Sinto isso na pele, no peso em meus ossos e na raiva fervilhando logo abaixo da superfície. Adentramos o túnel, nossos corpos em alerta. Os sons do mundo lá fora começam a desaparecer, como se a pedra e a escuridão estivessem nos engolindo. Apenas nossos passos ecoam pelas paredes e, por um instante, penso no simbolismo: um caminho estreito e sem saída, exatamente como a obsessão que me guiou até aqui.

Ryo faz um gesto com a mão, me sinalizando para parar. À frente, há uma bifurcação. Um corredor à direita parece levar mais fundo na montanha; o da esquerda, menor e com uma luz fraca no final, sugere presença humana.

Temos que ser rápidos. Se forem guardas, melhor acabar com eles antes que soem algum alarme. — Ryo sussurra, e assinto sem hesitar.

Com um movimento silencioso, ele desenrola a Token das costas e avança pelo corredor da esquerda. Eu vou atrás, cada fibra do meu corpo se preparando para o confronto inevitável. A luz se intensifica conforme nos aproximamos, revelando duas figuras encapuzadas em vigia. Eles conversam em voz baixa, sem perceber nossa presença se aproximando pela penumbra.

Antes que possam reagir, Ryo se lança como um raio. Sua kunai brilha por um momento ao refletir a luz da lamparina, e o som seco do impacto é rápido e limpo. O primeiro guarda cai com um gemido abafado, e o segundo mal tem tempo de piscar antes de eu terminar o serviço, enfiando minha lâmina curta na base do pescoço dele.

Eles caem sem cerimônia no chão de pedra. Não há gritos, não há alarmes — apenas o silêncio opressor do túnel que nos envolve novamente.

Você tá bem? — Ryo pergunta em voz baixa, e eu só aceno, o coração batendo firme mas controlado.

Seguimos mais adiante, mergulhando na profundidade labiríntica dos túneis. Meu Sharingan detecta mais rastros — impressões sutis na poeira, pegadas recentes que indicam passagem. Estamos perto. O ar se torna mais abafado, e sinto a familiar pressão se acumulando nos meus nervos, a raiva fervendo junto da ansiedade.

Finalmente, o corredor se alarga e revela uma sala ampla, iluminada por tochas que projetam sombras nas paredes. E lá está ele.

Kurohiko.

Ele se ergue lentamente de um assento improvisado, um sorriso cínico surgindo em seus lábios. O cabelo grisalho desce sobre o rosto angular, e seus olhos — tão semelhantes aos meus — brilham com algo entre curiosidade e desdém. Ao redor dele, mais três homens armados. Assassinos. Ameaças. Mas a única coisa que vejo é ele.

Achei que demoraria mais pra você me encontrar, Lil. — Sua voz é calma, cada palavra carregada de uma condescendência que me irrita. — E trouxe companhia... Como sempre, não consegue fazer nada sozinha.

Ryo avança um passo, mas levanto a mão para detê-lo. Esse é o meu momento. Meu coração bate forte, e minha mente é um redemoinho de emoções conflitantes.

Não vou perder mais tempo com conversa, Kurohiko. — Minha voz sai baixa, mas firme. — Hoje, você paga pelo que fez.

Ele sorri de novo, como se estivesse esperando exatamente isso. Então, com um gesto preguiçoso, ele sinaliza para os homens ao seu lado. — Você já me causou problemas o bastante.

Os assassinos avançam.

Ryo já está ao meu lado, lâmina na mão, pronto para lutar. E pela primeira vez, não há medo. Não há dúvida. A vingança está ao alcance — e desta vez, eu não estou sozinha.


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— Funeralopolis
— Os renegados se movem rápido, mas nós somos mais rápidos. Ryo ataca primeiro, e sua lâmina perfura a garganta do primeiro homem antes que ele possa gritar, e o som abafado de sua queda ressoa pelas paredes do túnel. Não há tempo para hesitar. O segundo inimigo vem direto para mim, girando um sabre em um arco largo e feroz. O Sharingan brilha nos meus olhos, e o mundo desacelera — vejo cada detalhe do movimento dele, como se o tempo fosse feito de vidro. Abaixo-me por baixo do golpe e giro o corpo, cravando uma kunai na lateral de seu pescoço.

O sangue quente escorre por meus dedos quando ele desaba pesadamente ao chão.

Mais um. — A voz de Ryo é baixa e controlada, como se estivesse anunciando algo banal. Quando olho para ele, vejo que já terminou com o terceiro. Ele me lança um olhar breve e faz um gesto rápido para que avancemos.

Mas algo dá errado.

Um dos homens agonizantes, com o último fôlego, chuta um pequeno sino no chão. O som metálico reverbera pelo túnel como um grito, ecoando pelas paredes de pedra e se propagando em direção às profundezas da montanha.

Ryo cerra os dentes. — Droga.

Antes que o eco do sino se desfaça, já estamos correndo.

Os passos ressoam ao longo do túnel, rápidos e precisos, enquanto o som crescente de movimento enche o ar atrás de nós. Não há como saber quantos estão vindo, mas o peso da perseguição é inconfundível. Eles são muitos. O corredor estreito de repente se abre para um salão colossal dentro da montanha. A luz das tochas treme nas paredes circulares, projetando sombras distorcidas e ameaçadoras. A cena diante de nós é esmagadora: dezenas de guardas estão posicionados por todo o salão, como estátuas de vigilância. Cada um deles armado e atento, esperando pacientemente pelo confronto inevitável.

Então, a voz dele ecoa pelo salão.

Eu sabia que você viria, Lil. E trouxe o rato que chamou de aliado.

A voz de Kurohiko é profunda e controlada, cada palavra carregando uma frieza insuportável. Não consigo localizar exatamente de onde vem — parece ressoar de todos os cantos, como se ele fosse uma sombra que permeia cada fresta daquele lugar.

— Tantos anos... e é assim que termina? — A voz surge novamente, mais próxima desta vez, reverberando como um veneno sussurrado.

Meus punhos se fecham involuntariamente. O ódio acumulado por tanto tempo pulsa nas minhas veias, como se eu tivesse carregado uma chama invisível até este momento. Mas preciso me controlar. Avançar cegamente só nos condenaria. A mão de Ryo toca meu braço, firme e sutil. O gesto é suficiente para me lembrar que não estou sozinha nesta batalha.

Os guardas começam a se mover lentamente, formando uma meia-lua ao nosso redor, fechando qualquer rota de fuga. Posso sentir o peso da situação se acumulando sobre nós como uma tempestade prestes a cair.

Não há luz na escuridão, Lil. — Ele ditou, seguido por uma risada. — Desapareça.

Ryo se aproxima de mim, sua expressão serena, mas os olhos ardendo com determinação. — Qual é o plano? — ele pergunta em um sussurro, olhando ao redor.

Eu inspiro fundo, deixando a raiva e a determinação se fundirem em uma força inabalável. Não importa quantos guardas ele tenha. Não há volta agora.

O plano é simples. — digo, em tom baixo e resoluto. — Acabamos com todos eles. E depois, eu acabo com ele.

Ryo sorri — um sorriso breve e feroz, carregado de confiança e desafio. — Então vamos acabar com isso.

Os guardas avançam lentamente, como predadores cercando presas. Meu Sharingan queima, ampliando cada detalhe — cada passo, cada lâmina pronta para ser usada. Não há medo em mim, apenas a certeza de que essa é a nossa luta.

Então o primeiro golpe é desferido. A batalha começa.


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— Funeralopolis
— Um sorriso perigoso se forma nos meus lábios. Sinto o calor subir pela garganta, como se uma fornalha tivesse sido acesa dentro de mim. Não há mais volta. Tudo acaba aqui.

Ryo, cubra-se — murmuro sem desviar o olhar dos guardas.

Ele me encara por um segundo, compreendendo o peso da minha decisão. Sem questionar, recua alguns metros e assume uma posição defensiva, as kunais firmes nas mãos. A tensão no ar é quase sufocante, e por um instante, só ouvimos o crepitar das tochas. Fecho os olhos por um momento, concentrando cada gota de chakra no centro do meu corpo. A respiração desacelera, e então a explosão interna acontece: o chakra de fogo percorre minhas veias como lava fervente. O ar ao meu redor distorce de tanto calor, e uma onda abrasadora começa a se formar dentro de mim.

Katon: Goenka!

Com um gesto feroz, expiro uma rajada de fogo que se espalha em três gigantescas esferas flamejantes, cada uma com o poder de um pequeno sol. As chamas rugem como uma tempestade viva, consumindo tudo em seu caminho. Os guardas tentam reagir, mas é tarde demais. As esferas se chocam contra as paredes e colunas da estrutura, fazendo-as colapsar em uma sequência violenta. O calor é insuportável. O ar crepita com energia, enquanto pedras começam a se soltar do teto e estalos percorrem o chão como os sinais de um terremoto iminente. A montanha treme, e uma parte significativa da base desmorona com o impacto devastador das chamas.

Ryo se protege atrás de um pilar parcialmente derretido, enquanto a poeira e os escombros preenchem o salão. Por um instante, o mundo é apenas fogo, fumaça e destruição.

Então, em meio ao caos, a risada fria e calculada dele ecoa pelas paredes que ainda permanecem de pé.

Impressionante, Lil... Eu me pergunto o que mais você sacrificará para vencer. — A voz de Kurohiko surge como uma lâmina invisível cortando o silêncio.

Do meio da névoa cinzenta, uma figura emerge lentamente. Quando finalmente o vejo, Kurohiko, o líder da Kyoukyuusha, se revela. Ele é alto e imponente, com cabelos negros amarrados em um rabo de cavalo, uma cicatriz fina cruzando seu rosto pálido e um olhar de aço que parece despir nossa alma. Sua expressão é serena, quase desdenhosa, como a de alguém que já venceu antes mesmo de lutar.

Ele veste uma armadura leve, cinza e preta, mas suas mãos estão nuas, e nelas, o chakra se condensa em fios finos de eletricidade que dançam como serpentes. Com um movimento fluido, Kurohiko ergue os braços e invoca sua técnica mais temida:

Raigeki no Yoroi.

A armadura elétrica envolve seu corpo instantaneamente, cobrindo-o com uma camada de energia pulsante. Relâmpagos percorrem sua superfície e se espalham pelo chão como raízes inquietas, crepitando de maneira ameaçadora. A eletricidade cria uma aura intimidante ao seu redor, e sinto os pelos do meu braço se arrepiando com a estática.

Ryo dá um passo para o lado, colocando-se ao meu lado, e sussurra:

Então, é isso? Ele vai lutar pessoalmente.

Eu assinto, mantendo os olhos fixos em Kurohiko. Cada músculo do meu corpo está pronto para explodir em movimento.

É agora ou nunca! — murmuro de volta.

Kurohiko sorri com uma tranquilidade assustadora, como se estivesse no controle de cada detalhe.

Finalmente nos encontramos cara a cara, Lil. Achei que fugisse para sempre... Mas parece que ainda tem um pouco de orgulho no seu sangue.

Seu tom é gelado, mas há um brilho de diversão em seus olhos. Como se tudo isso fosse um jogo para ele.

Poupe suas palavras, Kurohiko... — respondo entre dentes, meus olhos fixos nos seus. O Sharingan brilha, suas tomoe girando levemente. — Se você acha que vou perder... está enganado.

Ele ri, uma risada baixa e profunda que ecoa nas paredes destruídas ao nosso redor.

Criança inocente...

O ar se torna denso. Cada movimento, cada respiração, tudo se torna mais lento e pesado, como se o próprio tempo estivesse à espera do primeiro golpe.

O primeiro movimento será decisivo.

Kurohiko inclina levemente a cabeça, o sorriso ainda presente em seus lábios.

Não vou facilitar. Que tal começarmos... com um raio?

Relâmpagos começam a se condensar ao redor dele, prontos para disparar. Ryo se tensa ao meu lado, e eu sinto minha própria determinação endurecer.

Vamos acabar com ele, Lil. — Ryo murmura, seus olhos cheios de fogo.

Sim! — sussurro.

Sem mais palavras, nós avançamos.


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HP: 750/750 | CH: 2800/3000 | ST 02/06

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— Funeralopolis
— Kurohiko é o primeiro a agir. Uma corrente de eletricidade violenta percorre o chão e sobe pelas paredes, se ramificando em estalos cegantes. Ryo reage instantaneamente, canalizando chakra relâmpago em sua lâmina, que chia com energia estática. Ele dispara na direção de Kurohiko com uma rapidez fulminante, uma dança mortal de aço e trovões. Faíscas e aço se chocam. Ryo ataca de forma implacável, mas Kurohiko é igualmente veloz. A armadura elétrica que ele invocou repele os golpes como uma barreira viva. Kurohiko esquiva e bloqueia, sempre um passo à frente, enquanto seus olhos frios analisam cada movimento do oponente.

Mas essa luta é minha também. Não espero mais. Canalizo o chakra flamejante no meu corpo e moldo o primeiro jutsu.

Katon: Goka Mekkyaku!

Sinto o calor violento se concentrar em meus pulmões antes de liberá-lo em uma avalanche de fogo. A parede de chamas avança como uma onda incontrolável, preenchendo o salão com luz e calor sufocante. O fogo ruge em direção a Kurohiko, consumindo tudo em seu caminho. O ar ao redor estala, como se o próprio espaço estivesse queimando.

Essas chamas...! — Kurohiko grita, girando o corpo.

Uma barreira de vento surge ao redor dele, dispersando parte das chamas e desviando o ataque em múltiplas direções. Mesmo assim, alguns pontos de sua armadura brilham em vermelho, e vejo que ele precisou se esforçar para resistir ao impacto.

Impressionante. — ele diz, sem perder o sorriso debochado. — Mas você vai precisar de mais que isso.

Ryo surge por trás dele, rápido como um raio. Sua lâmina eletrificada encontra a lateral da armadura, e faíscas voam no impacto. Kurohiko bloqueia com uma kunai, mas a força de Ryo o faz recuar alguns metros.

Agora, Lil! — Ryo grita, sem perder o ritmo.

Não perco a oportunidade. Moldei as cinzas remanescentes do primeiro jutsu e, com um selo rápido, dou vida ao segundo ataque.

Katon: Hibashiri!

O fogo serpenteia pelo chão como uma cobertura flamejante, prendendo Kurohiko dentro de uma espiral crescente de chamas que se movem como animais vivos. O círculo ígneo se fecha ao redor dele, forçando-o a saltar e tentar escapar pelas alturas.

MORRA! — Kurohiko esbravejou.

Um relâmpago serrado atravessa o ar, disparado da mão de Kurohiko. Eu mal tenho tempo de reagir — lanço o corpo para o lado, mas o raio rasga o ar ao meu redor, queimando meu braço esquerdo. A dor é imediata e lancinante, mas não há tempo para me queixar. Ryo também sofre o impacto. Kurohiko projeta uma onda de choque com chakra de vento, e Ryo é arremessado contra uma coluna, o impacto fazendo o ar sair dos seus pulmões em um gemido abafado.

Levante-se, Ryo! — grito, sentindo meu corpo estremecer. Não podemos perder aqui. Não agora.

Kurohiko aterrissa suavemente, envolto por eletricidade pulsante e vento feroz. Ele se move com a confiança de alguém que acredita estar no controle absoluto da situação.

Vocês são bons... — Mas não são bons o suficiente.

O sangue escorre pelo canto da minha boca, mas eu sorrio. Ainda tenho um truque.

Ryo. — chamo, sentindo meu chakra restante se reunir. — Fique atrás de mim. Agora.

Ele não hesita, embora seu corpo tremesse levemente pela dor.

É a hora do golpe final.

Katon: Kaen Senpu!

Com um movimento giratório, invoco um tornado de chamas, que se ergue do chão e se expande em uma espiral flamejante. O calor é esmagador, e as chamas rugem como um furacão infernal, consumindo tudo em seu caminho. O fogo se mistura com as cinzas da Hibashiri, criando uma tempestade abrasiva que não dá a Kurohiko espaço para respirar. Ele mal consegue reagir. A combinação perfeita de fogo e cinzas cria um redemoinho caótico, e mesmo com sua armadura elétrica e o vento ao seu lado, ele é engolido pela tempestade. Vejo faíscas e chakra reluzindo dentro do inferno rotativo, mas ele não consegue escapar ileso.

O impacto é devastador. Parte da estrutura ao nosso redor colapsa mais uma vez, e a montanha estremece, como se estivesse prestes a desabar completamente.

Quando o fogo finalmente se dissipa, Kurohiko ainda está de pé — sua armadura em frangalhos, o corpo coberto de queimaduras e ferimentos, mas o sorriso presunçoso permanece.

Vocês... conseguiram me ferir? Hah... Patético! — Ele cospe sangue e sorri com dentes manchados. — Agora é minha vez.

Ryo e eu trocamos um olhar rápido. Estamos feridos, exaustos, e sabemos que a luta ainda não acabou. Kurohiko, mesmo debilitado, é perigoso. O primeiro movimento será decisivo — de novo.

Lil... — Ryo murmura, ofegante, sua lâmina tremendo nas mãos.

Eu sei. — respondo, minha voz firme apesar da dor que corria pelo corpo.

Kurohiko avança, e com ele, a eletricidade e o vento se fundem em uma tempestade mortal. O momento decisivo chegou.


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HP: 600/750 | CH: 2625/3000 | ST 03/06

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— Funeralopolis
— O calor das chamas me cerca, mas não é suficiente para me fazer parar. O corpo dói, o gosto metálico de sangue invade minha boca, mas tudo isso se torna um ruído distante. Ryo e eu não podemos falhar agora. Não importa o quanto este corpo grite por descanso, vou queimar até o fim se for necessário. Kurohiko se move rápido, quase impossível de acompanhar. Ele aparece à minha frente como um raio, a eletricidade dançando ao seu redor e espalhando faíscas pelo chão. A onda de estática faz meu cabelo se arrepiar e meu corpo estremecer, mas salto para trás no último segundo, evitando um golpe direto.

Ikazuchi! — ele grita, e um estrondo elétrico explode no ar.

Sinto um choque correr pelo braço, entorpecendo os nervos por um instante. Mal posso respirar. A dor é aguda, mas isso só alimenta minha determinação. Tento não demonstrar fraqueza.

Ryo! — grito, enquanto já moldo chakra para o próximo ataque.

Ryo não perde tempo. Ele se lança para a ofensiva, a lâmina da espada carregada com relâmpagos. De onde está, ele arremessa três lâminas de energia que percorrem o ar em zigue-zague, deixando rastros brilhantes. Kurohiko rebate a primeira e a segunda, mas a terceira passa por sua defesa e corta o ombro dele. Ele apenas ri, ignorando a dor como se fosse um incômodo passageiro.

Você acha que isso vai me parar? — ele provoca, os olhos faiscando com a mesma energia insana que envolve seu corpo.

Eu não respondo. Respiro fundo e canalizo chakra ao máximo. O calor ao meu redor cresce, e o fogo toma forma.

Katon: Goenka!

Cinco esferas flamejantes nascem ao meu redor, cada uma crescendo em tamanho e intensidade até que pareçam miniaturas de um sol escaldante. O ar se distorce com o calor extremo, e as tochas nas paredes se apagam sob a pressão da energia que emano.

Com um gesto, as esferas disparam em direções diferentes, explodindo contra Kurohiko e seus arredores. Ele tenta desviar, mas duas delas o atingem em cheio, lançando-o para trás em meio ao fogo e detritos. A estrutura da caverna estremece, pedaços de rocha se desprendem e despencam ao nosso redor, e a eletricidade estática no ar se mistura com as labaredas, criando faíscas perigosas que dançam entre nós.

Kurohiko emerge das chamas, a armadura elétrica agora danificada, mas ele ainda mantém o sorriso cínico no rosto. A raiva borbulha em mim. Ele não vai parar — não enquanto ainda tiver força para lutar.

Você luta como se o mundo fosse acabar, garota. É admirável, mas inútil... — A voz dele é um sussurro debochado, ecoando na caverna. — Só estou começando.

Ele desaparece em um clarão, movendo-se rápido demais para que eu o acompanhe com os olhos, mas meu Sharingan capta um relance: ele está vindo direto para mim.

Ryo! Cuidado!

Antes que eu possa reagir, Kurohiko surge como um vendaval elétrico. A ponta da lâmina dele raspa na minha armadura, enviando uma descarga que me atravessa e me faz arfar. O corpo dói, mas eu já estava esperando por isso.

Katon: Gouka Messhitsu!

Faço selos rápidos e invoco uma parede massiva de fogo que se ergue entre nós, espessa e ardente como um maremoto de lava. A barreira me protege no último segundo, obrigando Kurohiko a recuar ou ser engolido pelas chamas.

Do outro lado do fogo, ouço o som de metal colidindo: é Ryo, desferindo golpes rápidos e precisos com a espada infundida em eletricidade. Ele o força para o combate corpo-a-corpo, mas mesmo assim, Kurohiko não cede.

A batalha é intensa — cada movimento um risco calculado, cada erro punido com sangue. Ryo está começando a se desgastar, mas não desiste. Ele golpeia de novo, a lâmina zunindo pelo ar, e Kurohiko apenas ri, desviando com elegância insana.

Minha chance chega. Faço novos selos, e o chakra flui como fogo líquido nas minhas veias.

Katon: Gōkakyū no Jutsu!

Uma bola gigantesca de fogo irrompe das minhas mãos, iluminando a escuridão da caverna com uma luz incandescente. Ela rasga o ar na direção de Kurohiko, forçando-o a escolher: ou enfrenta o impacto ou recua e cede terreno para nós.

Ele decide enfrentar. Com um rugido, Kurohiko canaliza vento e eletricidade ao mesmo tempo, criando uma barreira de ventos giratórios cheios de faíscas. O impacto é colossal — fogo e trovão colidem em uma explosão ensurdecedora que abala toda a montanha.

Sou arremessada para trás com a força da explosão, batendo contra uma das paredes da caverna. O gosto de sangue retorna à minha boca, e o mundo ao meu redor oscila por um momento. Tudo dói. Cada respiração é um esforço.

Lil! — Ryo grita, mas eu faço um gesto rápido, indicando que ainda posso continuar.

Kurohiko não está muito melhor. Ele sangra agora — cortes no rosto e queimaduras nos braços. Seu sorriso arrogante diminuiu, mas o brilho insano ainda está lá.

Nada mal... Para uma garotinha mimada. — Ele limpa o sangue do lábio com as costas da mão. — Mas vai ser preciso mais do que isso para me derrubar.

Levanto-me com dificuldade, o ódio queimando como um segundo coração dentro de mim. Olho para Ryo e vejo nos olhos dele a mesma determinação feroz.

Não importa o quanto isso custe. Nós vamos acabar com ele. Aqui e agora.

Ele sorri, o mesmo sorriso breve e feroz de antes. A espada dele cintila com eletricidade.

O fim está próximo.



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— Funeralopolis
— O coração parece explodir no meu peito enquanto encaro Kurohiko. Ele ainda sorri, insano, desafiando a dor que o cobre como uma segunda pele. O ódio em meus pulmões é combustível suficiente para queimar o mundo inteiro — e é exatamente isso que eu vou fazer.

Hora de acabar com isso, Kurohiko. — Minha voz sai baixa, mas carregada de promessa.

Faço selos em um ritmo frenético, e o ar ao meu redor esquenta até quase ser impossível respirar. O chão começa a rachar, e pequenas labaredas dançam nas fissuras como presságios do inferno prestes a emergir.

Katon: Bakufu Ranbu!

Uma tempestade flamejante explode do solo, levantando um ciclone de fogo que devasta tudo em seu caminho. A base estremece violentamente. O chão abaixo dos pés de Kurohiko cede enquanto ele é engolido por torrentes ardentes, mas o desgraçado ainda resiste. Seu corpo brilha com a energia elétrica da Raigeki no Yoroi, lutando para neutralizar as chamas.

Não é suficiente.
Não vou deixá-lo escapar dessa.

Sem hesitar, faço mais selos e concentro o chakra fervilhante nas minhas mãos.

Katon: Gōka Mekkyaku!

Uma onda massiva de fogo surge à minha frente, uma parede incinerante que avança como se fosse engolir a própria montanha. O calor é insuportável, até mesmo para mim. A torrente devora tudo — pedras, vigas da estrutura, o ar — e colide com Kurohiko como uma avalanche de puro caos.

Ainda assim, ele permanece de pé. As correntes elétricas ao redor de seu corpo faiscam em espasmos desesperados, o escudo se partindo sob a pressão implacável das chamas.

Por que você ainda luta?! — grito, exausta. Cada palavra sai como se queimasse minha garganta.

Ele cambaleia, queimado e ensanguentado, mas não cai. Mesmo agora, com o corpo dilacerado, os olhos dele brilham com loucura e desprezo.

Porque vocês nunca entenderam... O mundo pertence aos fortes. E eu sou a tempestade que limpa os fracos.

Esse é o limite. Minha paciência, minha compaixão, minha misericórdia — tudo desaparece.

Com um gesto final, manipulo duas torrentes infernais, dobrando as chamas ao meu redor e canalizando-as como cobras flamejantes que se entrelaçam. As serpentes incandescentes avançam, rugindo e colidindo com Kurohiko. Ele é lançado para trás, batendo com força contra as rochas da caverna. A eletricidade ao seu redor vacila, o corpo envolto em fuligem e sangue. Por um momento, o silêncio reina. Parece que ele finalmente foi derrotado.

Mas não. Ele ainda tenta se levantar, tremendo, o sorriso maníaco mais fraco, mas ainda ali.

Lil... Agora! — Ryo ruge, aproveitando a fração de segundo que ganhou.

Antes que Kurohiko possa reagir, Ryo avança como um predador, a espada infundida com eletricidade cintilando mortalmente no ar. Não há honra ou piedade em seus movimentos. Ele é um carrasco, um espectro vingador. A lâmina perfura o peito de Kurohiko, rasgando carne e ossos com um som grotesco. Ryo empurra com toda a sua força, cravando a espada fundo, até a eletricidade zunir e se espalhar pelos músculos do inimigo.

Kurohiko engasga, o sorriso se transformando em um gemido de dor e surpresa. Ele se dobra sobre a lâmina, sangue jorrando de seus lábios. Por fim, suas pernas falham, e ele colapsa, caindo de joelhos, incapaz de lutar mais.

Você perdeu. — A voz de Ryo é fria, quase indiferente.

Kurohiko solta uma risada sufocada, o sangue escorrendo de sua boca em filetes vermelhos. Mesmo à beira da morte, ele ainda exala uma estranha sensação de triunfo.

Seus malditos olhos... Monstro... Desgraçado! — Ele vomita sangue, a consciência lhe deixando. — Minha vontade... Será carregada!

Ele tenta dizer mais alguma coisa, mas o corpo não obedece. O brilho nos olhos dele se apaga aos poucos, deixando apenas um vazio sombrio.

Ryo segura a espada por mais alguns segundos, respirando pesado, antes de finalmente puxá-la. O corpo de Kurohiko cai com um baque surdo, imóvel, mas a sensação de vitória não chega.

Tudo o que sinto é exaustão e uma estranha inquietação.



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— Funeralopolis
— O corpo de Kurohiko jaz imóvel, e a poça de sangue ao seu redor se expande lentamente pelas pedras rachadas. As faíscas da eletricidade que outrora envolviam sua armadura extinguem-se uma a uma, até que o silêncio completo preencha o salão devastado. Fico de pé, respirando com dificuldade, o peso do momento me atingindo em ondas. As chamas que deixei para trás no embate tremulam nas paredes, lançando sombras dançantes por todo o espaço. Está feito. Aquele homem — a raiz do caos que perseguiu nossos passos até aqui — não vai mais atormentar ninguém.

Ryo se aproxima lentamente, a lâmina suja de sangue ainda em sua mão, mas a tensão no corpo dele começa a escoar. Ele me olha de soslaio, avaliando minhas expressões. Sempre observador, sempre calculista.

E agora? — ele pergunta, a voz rouca de cansaço, mas sem perder a franqueza de sempre. — Foi isso que você queria?

Sinto a pergunta bater fundo, mais pesada do que as dores nas minhas feridas. Não sei o que esperava sentir. Satisfação? Alívio? No lugar disso, apenas um cansaço imenso me invade, como se toda a adrenalina que me sustentou até agora tivesse sido arrancada de mim de uma só vez.

Eu não sei. — admito, passando a mão pelo rosto sujo de fuligem. — Mas acabou... e isso tem que ser o bastante.

Ryo deixa escapar um riso curto, exausto, mas sem malícia. Ele enfia a espada de volta na bainha e me lança um olhar que mistura compreensão e ironia. — Nunca é o bastante, né?

Eu balanço a cabeça, um sorriso breve e cansado surgindo nos meus lábios. Ele tem razão, como sempre. A vitória nunca traz o que esperamos.

Por um momento, ficamos ali, apenas respirando juntos naquele espaço cheio de destroços e memórias recém-esculpidas. A base de Kurohiko está começando a ceder — as paredes tremem, rachaduras se espalham como teias, e um ruído distante sugere que a montanha não vai nos dar muito mais tempo.

Precisamos sair daqui. — digo finalmente, forçando meus músculos doloridos a se moverem. Cada passo é uma vitória contra a exaustão.

Ryo faz um gesto afirmativo com a cabeça e começa a caminhar ao meu lado. Sem pressa, mas sem hesitação. Mesmo após a batalha, a confiança entre nós continua firme — um laço que nem as feridas podem romper.

Quando alcançamos a saída do salão, as tochas vacilam uma última vez antes de serem engolidas pela escuridão. Lá fora, um vento frio nos recebe, levando o cheiro de sangue e fumaça para longe, como se tentasse varrer tudo o que aconteceu.

Eu olho para o horizonte, para a vastidão das montanhas e dos céus infinitos. Ainda temos perguntas sem respostas, batalhas por vir. Mas, por ora, sobrevivemos. E isso, por enquanto, é o bastante.

Ryo quebra o silêncio ao meu lado, o tom casual de volta. — Da próxima vez, talvez a gente possa escolher uma missão que envolva menos desmoronamentos, né?

Eu dou um leve empurrão nele, rindo de verdade pela primeira vez em horas. — Sem promessas.


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— Funeralopolis
— A descida pela montanha é lenta, marcada por um silêncio confortável entre mim e Ryo. O vento frio sopra contra nossos rostos, como se tentasse esfriar o calor das batalhas recentes. As sombras do crepúsculo começam a se alongar quando finalmente avistamos o vale abaixo, e além dele, Iwagakure, com suas muralhas robustas se erguendo como uma promessa de descanso.

Parece que a gente vai conseguir voltar com todos os ossos no lugar, né? — Ryo comenta, com aquele sorriso meio torto que ele sempre dá quando está aliviado.

Eu solto um riso breve, tentando ignorar a dor nos meus músculos. — Não sei se ‘todos’ é exatamente a palavra certa...

Ele se aproxima um pouco mais, o ombro dele tocando o meu casualmente. É um gesto pequeno, mas depois de tudo o que passamos, tem um peso diferente. É estranho... sinto a exaustão no corpo, mas meu coração está leve.

Caminhamos por mais alguns minutos em silêncio, até que Ryo, como quem não quer nada, quebra a distância e entrelaça sua mão na minha. Me viro para ele, surpresa, mas ele só dá de ombros com aquele olhar calmo e provocador.

Se reclamar, eu solto. — ele diz, divertido.

Eu reviro os olhos, mas não solto. A mão dele é quente contra a minha, e por um momento... é como se o peso do mundo tivesse diminuído.
Assim seguimos. Dois sobreviventes, lado a lado, enquanto a luz fraca da aldeia cresce no horizonte.

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— Funeralopolis
— Assim que atravessamos os portões de Iwagakure, o peso da batalha finalmente escorre dos meus ombros como poeira ao vento. O sol se despede no horizonte, tingindo o céu de laranja e púrpura, enquanto caminhamos lado a lado em silêncio. Cada passo parece mais leve agora, como se estivéssemos deixando tudo o que aconteceu naquela montanha para trás. Ryo lança um olhar na minha direção, os cantos de sua boca se curvando em um sorriso travesso. Sem aviso, ele se inclina e deposita um beijo suave na minha bochecha.

Sinto meu rosto esquentar instantaneamente. As palavras somem da minha mente, e meu coração tropeça por um segundo. Aquele simples gesto, tão inesperado e leve, quebra alguma coisa dentro de mim — algo escuro e pesado que carreguei por muito tempo.

O que foi isso? — pergunto, a voz um pouco mais aguda do que pretendia.

Ele apenas dá de ombros, o mesmo sorriso brincalhão permanecendo em seus lábios.
Apenas um "obrigado." — responde, como se não fosse nada demais.

Tento ignorar a sensação quente que se espalha pelo meu peito e desvio o olhar, sabendo que minhas bochechas estão coradas. Por um momento, sinto algo que não sentia há muito tempo: leveza. O ódio que me guiou até aqui não parece tão esmagador. Talvez, só talvez, eu possa seguir em frente... desde que tenha alguém para partilhar o caminho.

Ei, Lil... — ele chama, interrompendo meus pensamentos. — Promete não se perder na escuridão outra vez?

Eu o encaro, e, pela primeira vez em muito tempo, um sorriso genuíno escapa dos meus lábios.
Só se você prometer me trazer de volta, se eu me perder.

Ele sorri também, e por um instante, sinto que tudo vai ficar bem.

Quando chegamos à praça central, nossos caminhos finalmente se dividem. Paramos por um momento, lado a lado, sabendo que o próximo passo seria a despedida.

Bom... acho que é aqui que nos separamos. — Ryo coloca as mãos nos bolsos, sua postura casual, mas seus olhos dizem outra coisa.

Por enquanto. — respondo, sentindo que as palavras têm um peso diferente agora.

Ele me dá um último sorriso, vira-se, e segue seu caminho pela vila, sem olhar para trás. Fico ali por um momento, observando-o desaparecer entre as ruas movimentadas.

Com um suspiro leve, viro-me na direção oposta e começo a caminhar. O ódio ainda está lá, em algum lugar dentro de mim, mas agora ele é apenas uma sombra distante. Se houver alguém para me acompanhar nesse futuro, talvez, só talvez, eu possa deixar essa sombra para trás.

E assim, com o sol mergulhando no horizonte e a vila iluminada pelas primeiras luzes da noite, dou meu primeiro passo rumo a um novo começo.

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doneAprovação
Bom jogo!

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[Crônica] - Funeralopolis - Página 2 LsGQvv3Olá, Convidado, eu sou a Angell.
Vim te trazer alguns conselhos que facilitarão o seu jogo aqui no Naruto RPG Akatsuki:

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