Inazuma, como todas as manhãs, estava sentado no telhado da sua casa, tomando uma xícara de café e comendo alguns bolinhos, com as costas encostadas na parede da janela do seu quarto, e observava a vila começando a ganhar vida. Ficou ali por meia hora, e exatamente quando acabou seu café o falcão apareceu, como sempre Stallone pousou no parapeito da janela e carregava um pequeno pergaminho em um tubo, preso por um colar. Inazuma leu o pergaminho, uma convocação de missão, e rapidamente começou a se arrumar, chegando no quartel general em poucos minutos. Um oficial lhe informou que o garoto ficaria encarregado da supervisão do aviário de Konoha, uma missão que ele já havia feito, e que nunca deixava de ser importante. Inazuma assentiu positivamente, e se retirou, indo em direção ao aviários. O caminho foi rápido, e cumprimentou os trabalhadores ao chegar lá, perguntando ao responsável em que poderia ajudar. Como de costume, começou limpando o poleiro das aves, e foi sem reclamar. O primeiro passo foi limpar as casinhas que elas ficavam, havia uma parte retrátil embaixo, uma bandeja de metal que ficavam os dejetos dos animais, então foi limpando um por um, lavando todos ele até ficarem bem limpos, só isso já foi bem trabalhoso e levou um bom tempo. Enquanto limpava, andando dentro do poleiro e ao redor até as fontes de água, Inazuma observava atentamente a movimentação em todo lugar onde sua vista alcançava, buscando alguma atividade suspeita, como traidores ou algo que estaria faltando, indicando que havia contrabandistas, mas tudo parecia normal. Após limpar as bandejas, trocou a água das aves, retirando o que já tinha e colocando água mais fresca e limpa. Foi até o depósito pegar um grande saco de alimento para as aves, teve um pouco de dificuldade por ser bem pesado, mas conseguiu fazer isso sozinho. Rasgou a ponta do saco e foi despejando num comedouro enorme que cortava praticamente todo o aviário, as aves ficavam loucas pulando em cima do garoto, demonstrando que realmente estavam com fome. Terminou sua função de limpeza e aproveitou o momento para fazer uma ronda por todo o lugar, novamente buscando as mesmas informações sobre atividades suspeitas, então se aproximou de um senhor.

- Bom dia, senhor.

Senhor: Bom dia, garoto. Terminou rápido. – O velho homem parecia ser muito educado e simpático, estava segurando uma vassoura que usava para varrer o pátio.

- Ah, sim, eu já fiz isso antes, saber o que fazer já torna o serviço mais rápido. Está tudo tranquilo por aqui, não é? Parece que as coisas sempre funcionam bem no aviário.

Senhor: É sempre assim, bem tranquilo. Depois que o novo Hokage assumiu a segurança por aqui aumentou, ninguém quer se arriscar roubando galinhas. Por incrível que pareça, trabalhar honestamente parece estar compensando mais do que contrabandear galinhas.

O idoso disse coisas verdadeiras, tudo parecia realmente estar correndo bem, tanto no aviário quanto nas missões que o Hoki fazia nos carregamentos de arroz, também sem sinais de invasão ou criminosos. Conversou com mais algumas pessoas, mas não encontrou nada de suspeito. Inazuma se despediu do homem e do encarregado pela missão, retornando ao quartel para entregar seu relatório, e assim que liberado foi para casa.

Naquela manhã quente o jovem Inazuma bebia sua xícara de chai gelado, apoiado no parapeito da janela enquanto olhava as ruas da vila ganharem vida. Ao longe notou um falcão se aproximando, provavelmente Stallone, que parou no parapeito da janela e carregava uma mensagem. Inazuma leu e descobriu ser uma convocação de mensagem, então se arrumou rapidamente e foi até o quartel general. Lhe foi solicitado que cuidasse das rondas externas naquele período, uma missão que o garoto ainda não havia feito, mas não tinha nenhum segredo. Achou que seria melhor fazer essa ronda pelo alto, então ficou em pé em cima do muro que cercava a vila, enquanto caminhava obtendo uma visão mais ampla do lado de fora.

“Esses dias estão bem tranquilos. Depois do último confronto com o Clube do Inferno, parece que eles também acalmaram suas ações não ouvi falar de nada sobre eles em todo esse tempo, mas duvido que tenham desistido.”

Tempo para pensar aquela missão dava de sobra, e de fato os últimos dias do jovem Hoki foram bem parados. Aproximou-se da lateral da vila, do lado oeste, e notou algumas pessoas andando sem rumo, desde crianças até idosos, que puxavam duas carroças. Inazuma olhou bem ao redor e não parecia ser uma armadilha, então desceu a vinte metros deles e foi andando um pouco.

- Bom dia, o que estão fazendo? – Perguntou em tom firme e autoritário, porém sem parecer ameaçador.

Idoso: Bom dia, meu filho. Nós estamos procurando a porta para entrar aqui na vila, trouxemos uma pequena carga de arroz. Nós somos de um vilarejo perto de Oto, e viemos tentar a sorte para ver se o Hokage compra algo da nossa pequena produção. – Falou com dificuldade, já deveria estar cansado, e o pequeno grupo parecia revezar na hora de puxar a carroça.

“O tipo de gente que o Hokage gosta.” – Pensou o garoto, ao analisar melhor aquela pequena família, que parecia ser bem pobre, mas extremamente esforçada e trabalhadora. Abriu um sorriso gentil e direcionou o grupo até a entrada da vila, e continuou sua ronda. O mais comum que Inazuma conseguia ver, a todo momento, eram os carregamentos de arroz que chegavam constantemente. Imaginou que o responsável pela supervisão das cargas daquele dia teria bastante trabalho, e se lembrou das vezes em que ele foi escolhido para a missão. Terminou seu turno sem mais nenhum acontecimento, preparou seu relatório, com ênfase na família que encontrou, e entregou aos responsáveis, se retirando logo em seguida para sua casa.