Nezuko estava posicionada de forma ereta, de frente para a ampla janela do gabinete. Neste ponto estratégico, suas vistas se estendiam por todo o cenário de Kirigakure. A janela, com sua moldura de madeira desgastada pelo tempo, permitia que a luz do dia penetrasse no cômodo, criando um contraste entre o interior e o mundo lá fora. Enquanto Nezuko permanecia ali, ela podia observar a paisagem urbana da vila ninja de Kirigakure se desenrolar diante dela.

Os telhados de casas tradicionais e as torres características da vila se destacavam contra o horizonte. À medida que seus olhos percorriam a vista, ela podia notar os habitantes de Kirigakure indo e vindo, cumprindo suas tarefas diárias. O som distante da vida na vila chegava até ela, um murmúrio constante que ecoava pela sala do gabinete.

A mesa se encontrava logo atrás de Nezuko, ocupando uma posição proeminente no gabinete. Ela estava coberta por uma miríade de documentos, pastas, e pilhas de papeladas meticulosamente organizadas. Cada folha ali representava um fragmento da burocracia e das preocupações da Vila Oculta da Névoa. Os papéis variavam em tamanho, cor e conteúdo. Alguns eram relatórios de missões, com descrições minuciosas de encontros com inimigos e resultados alcançados.

Havia também registros financeiros, mostrando os gastos da vila, e relatórios de inteligência sobre atividades suspeitas na região. As pastas, com suas etiquetas bem identificadas, representavam projetos em andamento e tópicos de interesse prioritário para a liderança da vila. Nezuko sabia que cada documento ali tinha seu valor e significado, e ela passaria horas revisando e tomando notas sobre eles mais tarde.

A Hyuuga estava profundamente imersa em seus pensamentos, sua mente absorvida pelos problemas persistentes que atormentavam Kirigakure, especialmente a ameaça constante representada pelos nukenins. Desde o momento em que havia assumido seu cargo de liderança, essa questão havia se tornado uma prioridade urgente. Ela se sentia compelida a encontrar soluções eficazes para lidar com essa ameaça e proteger sua vila.

Uma das estratégias que ela havia desenvolvido era a criação da OPK, a Ordem Pública de Kirigakure, um conceito que preenchia sua mente. A OPK consistiria em uma instituição abrangente, abrigando tanto uma delegacia quanto um tribunal, onde shinobis dedicados seriam escolhidos para investigar, julgar e resolver os problemas que assolavam a vila.

A ideia da OPK refletia um comprometimento de Nezuko com a restauração da ordem e da segurança em Kirigakure. Ela imaginava a delegacia como um centro de operações, onde os investigadores da vila, que quisessem fazer parte dessa operação, se reuniriam para reunir informações, analisar evidências e rastrear criminoso. Por outro lado, o tribunal seria um local de justiça, onde os shinobis culpados seriam julgados de acordo com as leis da vila.

Enquanto ponderava sobre essas ideias, a Sombra da Névoa não conseguia evitar sentir a pressão de suas responsabilidades e a urgência de concretizar esses planos para o bem de Kirigakure. Seus pensamentos eram preenchidos com a visão de um futuro em que a vila estivesse livre das ameaças e instabilidade, graças à implementação da OPK e às ações decididas de seus shinobis comprometidos.
Depois de um extenso período de contemplação, durante o qual Nezuko havia fixado seu olhar na paisagem da vila através da janela, ela finalmente decidiu se acomodar na sua cadeira. O móvel era uma peça de mobiliário sólida e confortável, que estava estrategicamente posicionada em frente à sua mesa de trabalho.

Com um movimento lento e deliberado, Nezuko abaixou-se na cadeira, sentindo o conforto e o apoio proporcionados pelo estofamento. Ela respirou fundo, ajustando-se à nova posição, e sua expressão refletia uma combinação de concentração e determinação.

Nesse momento, seu foco estava voltado para o pergaminho que ela havia puxado da mesa, um rolo de papel em branco que representava um portal para a expressão de suas ideias e planos. Com cuidado, ela desenrolou o pergaminho na superfície da mesa, criando uma superfície lisa e pronta para ser preenchida.

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Nezuko pegou um pincel e começou a  transcrever suas ideias, garantindo que fossem registradas de maneira clara e organizada. Cada traço da pena no papel era deliberado, cada palavra escolhida com cuidado para capturar o significado exato de suas reflexões. Enquanto escrevia, estava imersa em seus pensamentos, traduzindo suas visões e estratégias em palavras escritas.

Após um período de intensa concentração que se estendeu por várias horas, Nezuko finalmente concluiu a tarefa de organizar suas ideias e planos no pergaminho. Cada detalhe estava meticulosamente delineado, transformando conceitos abstratos em um plano tangível e detalhado. Ela se sentiu satisfeita ao ver o resultado de seu trabalho refletido nas palavras cuidadosamente escritas no papel.

Nezuko enrolou o pergaminho, cuidando para que as informações nele contidas permanecessem intactas. O rolo de papel ficou firme em suas mãos, um testemunho das horas de esforço que ela havia investido naquele momento. Com urgência em dar o próximo passo em direção à realização aos seus planos, Nezuko deixou seu gabinete. A porta do gabinete se fechou suavemente atrás dela, marcando o fim daquele capítulo de trabalho solitário e o início de uma nova fase de ação e colaboração.

Ela estava comprometida em encontrar os profissionais adequados para transformar suas ideias em realidade, consciente de que a construção da OPK era um passo crucial para a segurança e a estabilidade de Kirigakure. Seus passos eram firmes e sua mente estava focada no futuro, enquanto ela seguia em busca dos construtores que compartilhariam sua visão e ajudariam a construir o local que havia planejado com tanto cuidado.

Não demorou muito para que Nezuko conseguisse reunir uma equipe talentosa e comprometida, composta por construtores e shinobis habilidosos. Sua habilidade de liderança e persuasão se destacaram enquanto ela explicava seus planos e compartilhava sua visão para o futuro da vila. A equipe estava claramente inspirada pela paixão e dedicação de Nezuko em melhorar Kirigakure e enfrentar os desafios que a vila enfrentava.

Os preparativos foram feitos rapidamente, e o início da construção foi agendado para a manhã do dia seguinte. A energia e o entusiasmo da equipe eram palpáveis, e todos estavam ansiosos para começar a transformar o projeto em realidade. Eles se comprometeram a trabalhar juntos para garantir que a OPK fosse construída com qualidade e eficiência, como um marco de segurança e justiça para a vila.

A noite se desvaneceu silenciosamente, dando lugar a uma manhã que prometia ser o começo de uma jornada extraordinária para Kirigakure. As primeiras luzes do amanhecer tingiam o céu com tons suaves de laranja e rosa, anunciando o início de um novo dia repleto de esperança e possibilidades. A Hyuuga chegou minutos antes do horário marcado, demonstrando sua pontualidade e dedicação à causa. Seu rosto refletia uma mistura de antecipação e resolução, e ela estava pronta para liderar a equipe na realização de sua visão. Já no local, Nezuko aguardou pacientemente o restante da equipe.

Sua postura era firme, e ela passou o tempo restante em contemplação silenciosa, talvez revisando mentalmente os detalhes do projeto ou visualizando o que a OPK representaria para a vila. Ela esperou com serenidade e à medida que o tempo passava, a quietude da manhã era interrompida pelo suave sussurro do vento, pelos sons distantes da vila começando a despertar para um novo dia de atividade e os passos dos construtores anunciando sua chegada.

Com todos os membros da equipe reunidos no local de construção, o início da edificação da Ordem Pública de Kirigakure finalmente aconteceu. Os construtores haviam trazido consigo uma variedade de ferramentas e materiais de construção. Grandes blocos de pedra e madeira estavam empilhados ordenadamente nas proximidades, esperando para serem incorporados à estrutura. Eles haviam traçado com precisão os contornos do que seria a OPK, garantindo que a planta do edifício estivesse de acordo com os planos detalhados de Nezuko.

Os primeiros passos foram dados com uma abordagem meticulosa. A equipe trabalhava em conjunto, cada membro cumprindo seu papel específico. Alguns erguiam as bases, utilizando técnicas de construção de shinobi para garantir que as fundações fossem sólidas e estáveis. Outros cuidadosamente posicionavam as paredes, encaixando pedras e tábuas com precisão impressionante.

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Nezuko supervisionava de perto cada etapa do processo, garantindo que o trabalho seguisse os padrões estabelecidos em seu projeto. Ela fornecia orientações claras e estava pronta para tomar decisões rápidas sempre que surgia alguma dúvida ou desafio inesperado. O som do trabalho era uma sinfonia de atividade, com martelos batendo, serras cortando e vozes trocando informações e instruções. À medida que o dia avançava, o contorno da OPK começava a se tornar visível, com as paredes se erguendo gradualmente, criando o esqueleto do edifício.

À medida que os dias se sucediam, os construtores continuavam a dedicar-se incansavelmente ao trabalho de construção do local. Cada amanhecer marcava um novo capítulo no projeto, e a vila estava testemunhando o progresso constante dessa empreitada importante. O local da construção era um canteiro de obras vibrante e cheio de atividade. A equipe de construtores, com sua experiência e habilidades especializadas, demonstrava um comprometimento exemplar. Eles trabalhavam em harmonia, coordenando-se de forma eficiente para transformar os planos de Nezuko em uma realidade concreta.

A paisagem ao redor da OPK estava gradualmente se transformando. Paredes e estruturas iam subindo, revelando a arquitetura cuidadosamente projetada do edifício. As bases haviam sido solidificadas, e os andares começavam a se sobrepor. Cada pedra, cada viga de madeira era posicionada com precisão, garantindo a integridade e a estabilidade da estrutura.

Os construtores trabalhavam sob o sol, muitas vezes suando sob o calor do dia, mas sua motivação permanecia inabalável. Eles entendiam a importância do que estavam criando e compartilhavam o senso de propósito em dar à vila uma instituição que prometia segurança e justiça. Nezuko continuava a liderar a equipe com autoridade e consideração. Ela era uma presença constante, fornecendo orientações, tomando decisões críticas e, às vezes, participando fisicamente das tarefas quando necessário.

Após semanas de trabalho árduo e dedicação incansável, o momento da finalização da obra da Ordem Pública de Kirigakure estava finalmente ao alcance. Cada detalhe havia sido cuidadosamente considerado e executado, transformando a visão de Nezuko em uma realidade impressionante.

O edifício da OPK agora se erguia majestosamente na paisagem de Kirigakure. Suas paredes sólidas e bem construídas exibiam uma arquitetura imponente, com uma mistura de pedra e madeira que refletia a tradição da vila. As janelas, cuidadosamente posicionadas, permitiam a entrada da luz do dia e ofereciam vistas panorâmicas da vila.

A entrada principal era um portão de destaque, adornado com insígnias da vila e detalhes que simbolizavam a ordem e a justiça que seriam administradas ali. O interior do edifício estava igualmente impressionante, com corredores espaçosos, salas de reunião bem iluminadas e uma atmosfera que irradiava autoridade e confiabilidade.

No centro do edifício, encontrava-se o coração da OPK: a delegacia e o tribunal. A delegacia era um local onde investigadores treinados se reuniriam para analisar evidências, conduzir interrogatórios, manter registros precisos e organizar missões. Era um espaço funcional e prático, projetado para facilitar a administração da lei com eficiência.

O tribunal era uma sala de importância singular, onde a justiça seria proclamada. Nezuko tinha insistido em que o espaço fosse imponente e solene, refletindo o compromisso de Kirigakure com a equidade e a imparcialidade. Um grande púlpito para o juiz dominava a sala, enquanto bancos dispostos para o público e partes envolvidas forneciam espaço para observação e testemunho.

A equipe de construtores e todos os envolvidos na empreitada estavam exaustos, mas a sensação de realização e satisfação era palpável. Eles tinham dado vida à visão de Nezuko, criando uma instituição que simbolizava a busca da ordem e da justiça em Kirigakure. A Hyuuga fez questão de agradecer a todos e no final pagar um jantar com tudo o que tinha direito para aqueles que a ajudaram.

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