— Idolatria.

Uma penitência inescapável para muitos dos seres humanos. Seja por crença, tradições ou escolhas, muitos sucumbem à tragédia, cedendo suas mentes em troca de um breve momento de claridade. Foi-se o tempo em que eu também me vi de olhos arregalados em frente a dezenas de pergaminhos abertos, obrigada a ler e reler o fardo que sobre mim fora posto. Perguntava-me sobre o objetivo de tudo aquilo, e se eu sequer tinha um propósito de existência além daquele. Com a espada em mãos, tornei-me o monstro mais miserável deste mundo. Sem rumo, sem mente, apenas por instinto e uma única missão a cumprir. Porém, por acaso do destino, encontrei-me com o espírito mais livre que já pude ter o prazer de conhecer. Era um bêbado trajado em farrapos imundos e rasgados. Carregava uma Tantõ em sua mão esquerda e uma garrafa de bebida alcóolica na outra. As bochechas, vermelhas, com um sorriso sempre irônico em seu semblante sereno. O seu nome era Tomoe.

Ele era pelo menos uns 8 anos mais velho do que eu, e entregou-se aos prazeres da vida ao perceber que uma existência voltada para a desgraça não era uma vida de verdade. Queria pensar da mesma forma que ele, mas temo que não possa me desconectar de minhas já distantes raízes. Como uma Samurai, o absoluto código de honra e a plenitude dogmática faziam-se de barreiras sobre o meu corpo, espírito e mente. Irrefutável, aos meus olhos. Um plano sagrado; Frente às blasfêmias jogadas ao vento. Desde aquele encontro, passei a seguir o homem, até que tornou-se o meu mentor. Alguém digno de ser seguido, e respeitado. Assim como eu, ele era voraz em combate. A sua diferença para mim era que ele era uma alma gentil, que lutava pela paz e justiça. Eu não lutava por nada, e nem ninguém. Apenas destruía o que deveria ser destruído em nome do clã. E agora, mais uma vez, a minha natureza deveria ser trazida à luz. Convocada por Sunagakure para uma missão de urgência, não hesitei em equipar os meus itens favoritos e me deslocar de forma imediata para a residência humilde do ronin bêbado.

— "Tomoe?" — Ergui a voz, procurando obter uma resposta. — "Tomoe, onde você está?" — Continuei.

— "Oras, sua peste! Não vê que estou dormindo?!" — Ele logo aparecera, tapeando-me no topo da cabeça. — "...Isso é incomum. O que vêm fazer aqui, Yachiru?"

Pousei a mão destra sobre o pomo de uma de minhas Katanas.

— "A hora é chegada. Devemos nos apressar." — Ditei, em tom sério.

Ele entendeu a mensagem.
Minhas habilidades, enfim, seriam colocadas à prova.

Informações:

— Deixamos a residência simplória para traçarmos um caminho tortuoso entre as areias banhadas pela desgraça dos subúrbios de Sunagakure. Não muito demoramos, no entanto, para alcançar o gabinete almejado. A atendente, já de prontidão, entregava-me os papéis contendo as informações mais cruciais para o cumprimento do dever despachado. Abri as cartas seladas por um símbolo de chakra padronizado por Sunagakure, deixando as intermediações do gabinete enquanto fixava meus olhos no documento, ao lado de Tomoe.

— "Estranho. Não era bem isso que eu esperava, mas também soa interessante." — Dizia, enquanto Tomoe erguia uma sobrancelha.

— "Ué? Vai sair sem nem me dizer do que se trata? Para de mistério, vai! Diz logo o que está escrito aí." — Ele disse, em tom descontraído.

Mostrei-lhe ambas as cartas de nível C. A primeira tratava do assunto principal, sendo ele a existência de um grupo de devotos, ou melhor, cultistas jashinistas que vêm realizando atividades suspeitas pelo país. Ele viajavam de vilarejo em vilarejo, pregando a palavra de seu Deus, mas a cada uma destas passagens, ao menos uma pessoa era dada como desaparecida, o que acabou levantando a preocupação das forças de inteligência de Sunagakure. O dever que me foi passado através desta mensagem é o de descobrir o que está por trás deste culto, e eliminá-lo, se apresentarem uma ameaça real. A segunda mensagem era mais direta ao ponto, e exigia o resgate dos civis supostamente raptados pelo culto, vivos ou mortos. Segundo os espiões da vila, os jashinistas costumam se concentrar na área Noroeste do país, próximo das fronteiras.

Tomoe acendeu o cachimbo que carregava em um de seus bolsos, levando-o até a boca antes de de expelir uma pequena nuvem de fumaça. Ele parecia refletir sobre o assunto da carta por algum tempo, como se possuísse algo a acrescentar sobre o assunto. Ele era, naquele momento, muito provavelmente mais poderoso do que eu, então não seria difícil levar as palavras de um alguém muito mais experiente como conselhos.

— "Acho que você vai se divertir com isso. De precaução, mire nos pescoços deles. Não deve ser difícil para alguém como você acabar com um bando destes merdas. Onde há jashinismo, há desgraça. Não existe tratamento mais ideal para estas pestes além da morte. Não é nem sequer preciso confirmar as informações. Tenho certeza de que eles estão por trás disso tudo. Ataque sem hesitar." — Ele dizia, com um leve sorriso.

— "Não entendo muito dessas coisas. Mas se você está dizendo, vou considerar. Seria tolice não perceber a óbvia conexão entre um ponto e outro. De qualquer forma, há muito tempo venho ansiando por este momento. Esteja próximo, Tomoe. Quero que veja o que eu aprendi nestes últimos anos, de perto." — Finalizei.

Ele acenou com a cabeça, concordando.
Eu era apenas uma garota sem rumo carregando uma espada, antes de conhecê-lo.

Depois, pude enfim compreender a minha essência.
A razão de ser parte do caído clã Ronin.

Informações:

— Os portões da vila foram deixados para trás, em meio a passos espaçados, carregados de curiosidade. Sob o céu limpo, tão azul quanto os cristais de cavernas legendárias, o sol escaldante sobre nós confinava as eternas areias a um tormento de calor infernal. Mesmo sendo ninjas criados naquele país, o seu clima impiedoso era rígido até para aqueles que buscavam abrigo sob o seu véu. Nossos passos deixavam marcas nas areias, trilhando um caminho longínquo, para muito além dos portões e da segurança do vilarejo arenoso, entre as montanhas íngremes. Olhei ao redor, por diversas vezes durante o nosso caminho, buscando por um símbolo de consolação ou pelo fatídico sinal de um ambiente menos inóspito do que as terras desoladas pelas quais atravessávamos naquele momento. Tomoe mantinha seu semblante sério, enquanto a brisa quente dos ventos balançavam o seu Kimono alvo para o ar. Os olhos antes relaxados do homem agora estavam afiados, com a mão destra em constante contato na empunhadura de sua Token. Me mantive próxima dele, quase ao lado, muito mais desconfiada e nervosa do que o homem, que permanecia inexpressivo como um quadro em branco. Assim, viajávamos por quilômetros ao longo dia, até chegarmos em um dos locais supostamente visitados pelo culto jashinista. Uma pequena vila que vivia às margens de um oásis, que ia pelo nome de Oya.

Logo percebíamos que se trata de um vilarejo humilde, com menos do que duzentos habitantes. Não haviam muralhas, mesmo que simples, que pudessem protegê-los de ataques externos. As casas estavam distribuídas de maneira uniforme ao redor do oásis, que parecia ser tido como um ponto sagrado por aqueles que usufruíam do mesmo para sobreviver. A vegetação contrastava com o plano amarelo dos desertos, e logo, alguns dos habitantes se aproximavam de nós. Eles pareciam nos observar com certa desconfiança, mesmo que eu portasse um Hitai-Ate com o símbolo de Sunagakure. Eu era uma shinobi, então por que me temeriam, como sua guardiã?

— "Já dissemos que não vamos dar nada a vocês, desgraçados! Saiam de nossa vila e voltem para o buraco de onde saíram!" — Um dos homens bradou, arremessando uma pequena pedra.

Interceptei-a com facilidade com o palmo esquerdo, fixando meus olhares no mesmo.

Uma ameaça?

Logo coloquei a mão direito sobre o pomo de minha Token, para desembainhá-la. Porém, Tomoe interveio, e não o permitiu.

— "Espere." — Ele disse, enquanto voltava seus olhares para os aldeões. — "Não temam. Nós somos shinobis de Sunagakure, e estamos aqui por vocês. Pela recepção, devo assumir que você esperava que outros estivessem aqui em nosso lugar, não é? Ouvimos os boatos. Estamos aqui para acabar com o mistério que cerca os cultistas de Jashin. Se têm algo a dizer, que seja agora. O que eles vieram fazer em sua vila?" — Ergueu a voz, questionando.

Os aldeões se entreolharam.
Alguns baixaram a cabeça, outros começaram a suar frio.

O clima se tornou, de repente, mórbido.

Informações:

— Pareciam confusos, ao mesmo tempo que temerosos. Não demorou muito até que o homem até antes agressivo se tornasse quase que submisso frente a Tomoe. Caiu, ajoelhado, enquanto as lágrimas escorriam de seus olhos. Ele estava escondendo suas verdadeiras emoções, o medo que ele tentava suprimir para proteger a sua família. Tremulando a mal conseguindo ficar de pé, ele, com dificuldades, erguia a sua voz por mais uma vez. Agora, era uma voz tensa, falha, carregada por um peso mental indescritível. Ele agarrava as areias abaixo de seus pés, ao ponto de rachar suas unhas.

— "Tiraram tudo de mim...A minha filha, minha única filha!!!" — Exclamou, em desespero. — "Prometeram voltar...Eles querem nos escravizar em nome do deus de merda deles...Eles estão destruindo vidas por essa loucura. Não só aqui, mas em vários outros locais do país também. Por favor, eu lhes imploro...Nos salvem...Por favor..." — Ele disse, perdendo a voz.

— "E onde eles estão? Não podem estar distantes daqui. Com sorte, talvez os reféns ainda estejam vivos." — Ditei, em uma tentativa fraca de confortá-lo.

— "Para Hoshigakure, eles seguem. Lá é seu destino final." — Disse.

Olhei para Tomoe e então acenei com a cabeça, indicando que deveríamos seguir em frente o quanto antes. O vilarejo estava intocado, mas o plano físico não se misturava ao espiritual. Mesmo que os corpos e estruturas estivessem intactos, as mentes dos aldeões estavam perturbadas, e uma energia negativa parecia estar intoxicando o ar. Um rastro para a desgraça certa. Mesmo assim, com a espada em mãos, seguiríamos em frente. Deixando as redondezas de Oya, alteramos a nossa trajetória para um ponto de atalho mais rápido em direção a Hoshigakure. Sabíamos muito bem que não seria fácil rastreá-los com tão poucas informações, mas eu já tinha algo em mente. E com certeza, Tomoe também. Os cultistas tinham um padrão, e um destino definido. Bastaria apenas que nos colocássemos em seu caminho. Eles passariam por nós, cedo ou tarde.O sol escaldante alcançava o meio dia. O céu, totalmente azulado, expulsava as nuvens e qualquer semblante de serenidade, como se o astro-rei escaldante agisse como um olho, tudo vendo. No horizonte infindável de areia, nada em vista. Sabíamos para onde íamos, mas não pelo que deveríamos passar para alcançar o nosso destino. Independente disso, estávamos prontos.

Podia sentir.
A calamidade estava se aproximando...

Ou melhor, nós que estávamos nos aproximando dela.

Informações:

— O Sol agora estava perto de se pôr por detrás das grandiosas montanhas de um horizonte distante. Com as primeiras estrelas revelando-se no céu cada vez mais escuro, sabíamos que o tempo estava acabando, mas ao menos, já havíamos ido longe o bastante para ter a liberdade de decidir o que fazer depois. Próximos das fronteiras de Hoshigakure, Tomoe informava-me da existência de uma pequena vila que costumava servir como um ponte de descanso para viajantes. Como os jashinistas pretendiam ir para um outro país, eles com certeza não desperdiçariam a chance de conquistarem a mente dos fronteiriços. Montados em vossos elementos, logo os pés alteraram a rota para seguir diretamente até a vila anteriormente descrita, com a pretensão única de interceptar os jashinistas no momento em que eles chegassem no local destinado.

— "Tenho um mau pressentimento. Você realmente acha que eles não vão estar esperando por uma possível interceptação de Sunagakure, Tomoe? Eles já fizeram barulho demais pelo país, não é possível que deixem a guarda aberta de forma tão despretensiosa. Eu acho que há algo de errado com tudo isso." — Teorizava.

— "É sempre bom ter cuidado com qualquer que seja o inimigo. Mas se tratando de cultistas cegos pela sua crença distorcida, eu duvido que pensem além do famigerado "Jashin nos protegerá" ou qualquer coisa desse tipo. É só não chamar a atenção e agir de forma natural. Quando os olhares dos civis estiverem longe de nosso alcance, será o momento perfeito. Das sombras, virá nosso ataque. Teremos somente essa oportunidade." — Tomoe respondeu, levando a mão até ao queixo, para coçá-lo.

Ele parecia estar extremamente relaxado, apesar de seu tom e postura sérios. Era um homem enigmático, cuja linguagem corporal não se alinhava com suas palavras. Era imprevisível até mesmo no seu modo de falar. Fascinava-me. Não conseguiria replicá-lo mesmo que tentasse por uma série de vezes. Aquilo era seu comportamento natural, a fonte de sua verdadeira força. Então, além das gargantuanas dunas de areia desérticas, víamos, à distância, o vilarejo almejado. Cercado por pequeníssimos montes de rocha e iluminado por postes ao topo dos montes, o vilarejo fronteiriço com Hoshigakure. O tempo estava correndo, e sabíamos bem que não demoraria muito para que chegassem até aqui. Agora, a missão havia se tornado um jogo de gato e rato. E uma contagem regressiva havia se iniciado.

Quem iria devorar o outro primeiro?

Informações:

— Estávamos muito mais próximos do objetivo do que poderíamos sequer imaginar. Pensei que ali, em silêncio, permaneceríamos até a chegada do inimigo. Fossem por horas sequer, mas fomos pegos de surpresa ao notar que eles não muito demoraram a alcançar os domínios da vila após chegarmos. Cerca de 30 a 40 minutos depois, apenas. Não havíamos tido tempo de nos misturarmos entre os civis comuns, e também desconhecíamos as estruturas da vila fronteiriça.

Havíamos caído em desvantagem.

Não sentia medo e nem tremulava, mas estava notoriamente incomodada pelo fato de não termos sido capazes de ler as intenções do inimigo corretamente. A minha mão destra se fechou ao redor do cabo de uma de minhas Token, embainhada no lado esquerdo da cintura, tornando-se fixa e forte ao segurá-la com toda a minha força. Eu pretendia encará-los de frente, pois já haviam frustrado o nosso objetivo inicial. Porém, ao invés de concordar com minha atitude, Tomoe interviu. O homem pousou sua mão esquerda sobre o meu peito, e com força, levou-me junto a ele para um beco localizado entre duas das residências. Com o sol já posto, as sombras criadas nos pontos cegos da vila intensificavam-se. Obscuros na penumbra, me recompus após ter sido deslocada pelo homem, confusa pelo acontecimento.

— "Deixe-me resolver as coisas do meu jeito, Tomoe. Acha mesmo que vou perder?" — O questionei, séria.

— "Sua idiota." — Ele respondeu, baixo. — "Eles vão executar os civis se nos virem. Eles são cultistas, não pregadores. Aprenda a pensar antes de fazer, ou vai acabar se arrependendo depois. Vamos esperar um pouco, talvez consigamos segui-los. Talvez eles ajam de forma pacífica neste primeiro momento. Se eles sequestraram as vítimas e não as mataram, devem estar próximas. Eles vão fazer o mesmo. Aí, poderemos segui-los." — Ele disse.

Virei a cara, emburrada. Ele pensava tão rápido, não entendia como. É verdade que nunca fui um destaque de inteligência na academia, mas estava longe de ser uma tapada como muitos que já conheci. Tomoe era mais experiente, talvez já houvesse lidado com situações parecidas no passado. De qualquer forma, saltei em direção aos telhados das casas em que estavam próximas de mim. Permaneceria oculta nas sombras, observando a passagem dos cultistas e suas posteriores ações no vilarejo. Eles estavam próximos, até demais para meu gosto. Sentia a necessidade de atacá-los o quanto antes, mas por recomendação de Tomoe, tentaria me controlar. Era lamentável uma guerreira como eu recorrer a técnicas deste tipo, mas não havia o que fazer.

Informações:

— Eles se aproximavam, e com velocidade. Estavam em um grupo de quatro, todos cobertos por mantos púrpura. Não escondiam os rostos por detrás de capuzes, e ao invés disso, esbanjavam, com orgulho, suas faces marcadas pelo símbolo jashinista. O aparente líder do quarteto carregava consigo um cajado de madeira que ele parecia utilizar não só para caminhar, mas também para impor uma aura de sabedoria ou experiência. As pessoas congregavam-se nas ruas para ver a procissão maldita dos jashinistas. Desconhecido, o destino, aos pobres moradores da vila fronteiriça. Em determinado momento do caminho, os quatro cultistas cessaram os passos e o líder tomou a frente, erguendo a sua voz para fazer o que sabia de melhor: Conv encer os moradores a se juntarem à causa.

— "Ouçam-me! Pela revelação dada a mim por Jashin, de carne e osso, tenho o dever sagrado de espalhar a palavra e trazer comigo novos membros que estejam aptos a servi-lo de corpo e alma. Nesta vila, há um alguém apontado pelo próprio deus, que deverá vir conosco em nossa santificada missão. Não há o que temer! Sob o véu de Jashin, todos os seus servos serão protegidos por um paraíso do pós-vida! Juntem-se a nós, entreguem o escolhido!" — Ele bradou.

Os civis se entreolharam e começaram a rir. Alguns atiravam pedras dos Jashinistas, passando-lhes uma imagem de loucos ou falsos profetas. Aquilo provavelmente repetiu-se nas vilas anteriores, afinal, era preciso um gatilho para levarem alguém à força. Neste exato momento, o líder dos cultistas bateu o cajado contra o chão, e criou uma onda de vento que deixou cortes leves em quase todos os moradores presentes. Era um aviso. Imediatamente os habitantes do pacato vilarejo desesperaram-se ao ver o sangue uns dos outros escorrendo por cima de suas peles, agora marcadas pela maldição de Jashin. O cultista não hesitou em repetir as palavras, e exigir que entregassem alguém como oferenda a sua tão "sagrada" missão. Caso se recusassem novamente, ele prometeu que mataria a todos que se opusessem. Ao ser questionado sobre para onde levariam o tal escolhido, ele apenas disse que não interessava ao morador, e que todos os aptos deveriam segui-lo.

Então, eu percebi.
Os sequestrados não estavam amarrados em alguma sala, eles eram os outros cultistas.
Estavam sendo forçados a se passarem como jashinistas, como "Provação".

Agarrei a espada de imediato. Já estava farta daquelas falácias. E dessa vez, não permitira que Tomoe me impedisse. O único destino dos jashinistas, era a morte. Lenta, solitária, esquecida.

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