Era uma manhã imersa na aparente placidez do cotidiano em Kumogakure, onde o sol ascendia no horizonte com sua majestade dourada, pintando os céus com tons de promessa e esperança. O ar fresco soprava suavemente, envolvendo o Castelo de Takeda em sua aura serena. A paz reinava, embalada pela melodia dos pássaros que entoavam canções sutis nas copas das árvores circundantes. Contudo, mesmo em meio à aparente tranquilidade, os destinos trilhavam caminhos sombrios, urdindo teias invisíveis cujos fios se entrelaçavam sutilmente na tapeçaria do tempo. E ali, no ápice da torre mais alta do imponente Castelo de Takeda, o jovem Torū emergia de seu leito, arrastando consigo a letargia da noite que o abraçara. Cada passo que ressoava pelas escadarias de pedra era um eco de sua própria jornada, um convite ao despertar de seu verdadeiro eu. Seu manto de roupagens modestas denotava a recente saída dos domínios dos sonhos, enquanto o controle sobre a grandiosidade do castelo proclamava sua nova autoridade. Desde o fatídico dia em que desfez os laços com seu pai adotivo, Torū erguera-se como o único ocupante da fortaleza, seu reinado solitário agora pairando sobre cada corredor, cada canto sombrio e imponente.

Enquanto buscava refúgio na aconchegante atmosfera da cozinha, almejando preparar um elixir de ervas que lhe desvelasse dos grilhões do sono, o eco das batidas ansiosas nas portas de pedra reverberou pelas imponentes muralhas. Aquele som perturbador rompia a calmaria do castelo, insinuando a chegada de um mensageiro, um genin cuja tarefa consistia em transmitir as demandas do posto de atribuição de missões. Deixando de lado os seus planos matinais, o jovem herdeiro dirigiu-se com passadas firmes para atender ao chamado, desvelando-se diante do emissário que aguardava pacientemente. Era um mero serviçal dos anciões, incumbido de despertar o protagonista de tantas jornadas, o arauto de heroísmo e destemor —— Qual é o problema dessa vez? —— A voz de Torū, envolta em um leve desgosto, rompeu o silêncio, lançando interrogações ao ar em um tom ligeiramente áspero, como se o próprio destino se insurgisse contra as imposições que agora lhe eram impostas. Sua destra percorreu o rosto, delineando a contrariedade que se insinuava em seus traços. Os infortúnios do mundo o chamavam, ansiosos por seu talento e determinação, mas o coração de Torū ansiava por mais, ansiava pelo despertar de uma grandeza ainda oculta nas dobras do tempo.

Torū; 2025/2025; 2125/2775; 000/300; 0/6;

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O jovem mensageiro, ofegante diante do impávido Torū, representava um eco vivo da urgência que pulsava no seio da aldeia. Naquele momento, o Tokubetsu Jōnin transcendia sua aura sonolenta e desprovida de anseios por confrontos triviais, adotando uma postura séria e imponente. Ele não era mais apenas um mero shinobi no reino das sombras, mas sim um dos predestinados, almejando o patamar supremo do poder como o próprio Raikage. Num gesto reflexivo, Torū ajoelhou-se perante o jovem, sua silhueta se curvando em reverência ao clamor desesperado. Com ambas as mãos repousando solenemente nos ombros do garoto, ele buscava transmitir uma sensação de calma e confiança. Suas palavras fluíram como um murmúrio tranquilizador, prometendo uma solução inabalável —— Acalme-se, respire e conte-me o que está acontecendo. Prometo que tomarei as devidas providências para resolver esta situação.

O menino, obedecendo ao comando do seu superior, começou a recuperar o fôlego perdido. Aos poucos, sua respiração inquieta foi se aquietando, permitindo-lhe expor a verdade que o consumia. Suas palavras ganharam vida, rompendo os grilhões do medo —— Senhor Yamamoto, os anciãos estão em perigo! Dessa vez, eles não me mandaram até aqui pra entregar uma missão! Um homem de roupas azuladas invadiu o posto de atribuição de missões, brandindo uma espada e ameaçando matar os anciões se não entregassem todos os contratos de missões. Eu iria diretamente ao Raikage, mas o Gabinete é mais longe do que seu Castelo. Por favor, Senhor Yamamoto, salve os anciãos! —— As palavras do jovem mensageiro penetraram no âmago de Torū, despertando uma ira latente que há muito aninhava-se em seu íntimo. Mesmo sem revestir-se de sua armadura reluzente, nem empunhar suas armas distintivas, ele abandonou o garoto à porta de sua morada e, num átimo, lançou-se em um salto vertiginoso em direção ao muro mais próximo. Utilizando-o como ponto de impulso, ele se lançou na vastidão dos céus, vislumbrando o horizonte distante onde o posto de atribuição de missões jazia envolto em perigo. Apenas o tempo lhe separava da oportunidade de resolver a situação e resgatar os anciãos da insaciável mão da morte. Seu coração pulsava com a esperança de que sua celeridade pudesse ser um trunfo, um fio de esperança em meio às trevas que teimavam em abraçar a aldeia. Ele ansiava por chegar a tempo, desafiando as amarras do destino e tecendo uma nova narrativa, digna de sua própria epopeia.

Torū; 2025/2025; 2125/2775; 000/300; 1/6;

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Utilizando de sua velocidade sobre-humana, Torū atravessou as distâncias em um piscar de olhos, adentrando o posto de atribuição de missões. Seus sentidos aguçados captaram, logo à primeira vista, os sinais de destruição que desfiguravam o ambiente outrora sereno. As janelas partidas ao meio e as paredes marcadas por cortes profundos contavam a história de uma batalha recente. O eco de brados irados reverberava pelos corredores, mesclando-se aos gemidos de temor dos anciões, reféns daqueles malfeitores que buscavam saquear os preciosos contratos de missões da aldeia. Respirando fundo, Torū fechou os olhos por um breve instante, imbuindo-se de coragem e concentração. Ao abri-los novamente, sua figura resoluta percorreu o espaço com cautela, cada passo meticulosamente calculado para evitar armadilhas ocultas. O ambiente estava tomado pela tensão, as sombras dançando nos cantos, enquanto a promessa de violência e crueldade pairava no ar. Num instante de silêncio opressor, Torū, ao chegar no último corredor que o separava do epicentro da batalha, deparou-se com o espadachim de armadura azul, um verdadeiro pesadelo de cicatrizes marcando sua fisionomia. A percepção aguçada do adversário revelou a presença de Torū, e o confronto entre os dois guerreiros se anunciava iminente.

Numa fração de segundos, o homem de armadura azul lançou um poderoso chute, que encontrou seu alvo no estômago de Torū, arremessando-o impiedosamente contra a parede. O jovem, embora aturdido pelo impacto, recusou-se a se entregar à dor e, com resiliência inabalável, voltou sua atenção para o inimigo à sua frente. O adversário permanecia imóvel, seu semblante impassível, mas os olhos carregados de uma intenção assassina intensa eram um aviso inegável de perigo iminente. Diante daquela ameaça sombria, Torū mergulhou em um conflito interno, uma batalha de sua própria alma, onde a lembrança de seus objetivos, dos sacrifícios que havia feito e dos desafios que enfrentara desde o doloroso confronto com seu pai adotivo até a maldição que o assombrava, tomaram forma e lhe devolveram a força interior. Erguendo-se majestosamente, sua figura se impôs diante do inimigo, que arqueou uma sobrancelha, quase admirando a resistência do jovem guerreiro —— Antes de eu te matar, que tal me dizer o que você quer com os nossos contratos? —— vociferou Torū, sua voz reverberando com fúria incontrolável.

Torū; 2010/2025; 2125/2775; 000/300; 2/6;

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Um sorriso mordaz estampou o rosto do espadachim, como se as palavras de Torū não passassem de uma piada efêmera, uma tentativa fútil de desafiar sua superioridade. Contudo, o jovem guerreiro permaneceu imperturbável, inabalável em sua determinação. Erguendo-se com presteza, estava pronto, verdadeiramente pronto, para o embate que se anunciava. Os anciões, cientes da iminência do conflito e conhecedores dos métodos de Torū, aproveitaram o momento oportuno criado por ele para evadir do local, deslizando silenciosamente pelas sombras, escapando da perseguição que não se concretizou. No entanto, o espadachim, astuto e impaciente, percebeu a manobra e manifestou sua irritação ao franzir o cenho, apontando sua lâmina fulgurante em direção a Torū —— Meu nome, moleque, é Enji. Diga-me o seu, para que eu possa inscrevê-lo com primor em sua lápide! —— Antes mesmo que Enji pudesse concluir sua ameaça, sua lâmina se ergueu com celeridade sob um corte vertical preciso, visando partir o jovem Torū ao meio como um raio fulminante.

Porém, prevenido como um verdadeiro estrategista de batalha, Torū revelou sua destreza e sagacidade, seus reflexos em consonância com seu estilo de combate incisivo e veloz. Enxergando uma brecha fugaz no ímpeto do ataque, o jovem materializou duas estacas iridescentes, forjadas a partir de sua energia vital, maciças e resplandecentes em sua tonalidade avermelhada, uma empunhada por cada uma das mãos de Torū. Com domínio da técnica, Torū uniu as estacas em uma formação em xis acima de sua cabeça, detendo a trajetória letal do golpe desferido por Enji. No entanto, mesmo tendo amortecido o ímpeto do adversário, a força o espadachim era assombrosa, pois mesmo o jovem foi posto ajoelhado outra vez. Torū percebeu que se tratava de um oponente formidável, cujo poder transcendia suas próprias habilidades. A dura realidade tornava-se evidente, uma verdade implacável a ser aceita: em um duelo de forças brutais, a vitória não seria facilmente alcançada por ele. Num tom impregnado de altivez e confiança, Torū não tardou em retrucar —— Meu nome é Torū, senhor Enji. E, acredite, preocupo-me muito pouco com as palavras que ousarão marcar sua lápide. Pois é na eternidade dos feitos que se ergue minha verdadeira glória —— Torū erguia-se novamente, firmando-se diante do adversário desafiador.

Torū; 2025/2025; 1552/2775; 000/300; 3/6;

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Enji, com um semblante austero, fechou os olhos por um breve instante, respirando profundamente. Nesse momento fugaz, parecia que ele finalmente levaria aquele embate a sério, percebendo que não se tratava apenas de um mero confronto comum, nem de uma brincadeira de crianças. Era algo maior, algo transcendente. O ar ao redor ganhou uma aura tensa e imponente. Torū, erguendo-se pela segunda vez, relutava em aceitar que o adversário diante de si audaciosamente lhe propunha uma saída honrosa. O jovem guerreiro já não tinha mais tempo para diálogos infrutíferos. Seu semblante se contraiu em uma expressão de determinação inabalável, e ele assumiu a liderança da investida, avançando com uma velocidade fulminante na direção de Enji. Com a estaca empunhada em sua mão direita, executou um golpe audacioso, um movimento horizontal que se desenrolou da esquerda para a direita, com o intuito de fazer com que o inimigo se visse obrigado a usar sua espada para defender-se. Era uma estratégia calculada e astuta. Enji, prevendo o ataque e erguendo sua lâmina com destreza, o confronto entre as armas se consumou. No entanto, Torū ainda possuía uma carta na manga. Com uma estaca adicional em sua mão esquerda, visando perfurar a coxa do adversário, ele a lançou com agilidade e precisão em direção à perna esquerda de Enji, ouvindo o brado furioso do homem, ecoando pelos confins daquele ambiente desolado.

—— Desgraçado! Eu vou matar você, rato sujo! —— bradou Enji, dominado pela fúria incontrolável. A estaca lançada por Torū atravessava a coxa do adversário de uma extremidade a outra, amalgamando o brilho carmesim da arma com o líquido rubro que escorria do corpo de Enji. Naquele ínterim, Enji, mergulhado em ira, mesmo com sua mobilidade comprometida, executou um corte na diagonal ascendente, mirando decapitar Torū de forma impiedosa. O jovem, explorando sua vantagem incontestável em termos de agilidade, realizou um movimento evasivo, porém, subestimou o alcance impressionante da lâmina de Enji. Mesmo que superficialmente, o golpe de Enji deixou uma cicatriz indelével, uma marca que se estendia da maçã do rosto esquerdo de Torū até o início de sua sobrancelha direita. A dor latejante da ferida perpassava seu ser, mas ele permanecia estoico, não se deixando abater pelas agruras do combate. Enji tombou no chão, incapaz de se sustentar devido à perna atingida. Torū sentia o sangue escorrendo por seu rosto, ainda que em pequenas quantidades, mas ele não se permitia fraquejar —— Você está apenas retardando o inevitável! Nós, do Esquadrão Safira, já estamos infiltrados em Kumogakure também! A chegada do Esquadrão Ametista é iminente! Em breve, reduziremos sua vila a escombros, despedaçando-a de dentro para fora, e dominaremos o norte do continente shinobi por completo! Eventualmente, estenderemos nosso domínio por todo o continente! —— proclamou Enji, despejando suas palavras em um turbilhão de raiva e arrogância.

Nenhuma palavra que escapava dos lábios do furioso Enji parecia fazer sentido para Torū. No entanto, o jovem, dotado de uma sagacidade inigualável, guardava consigo cada sílaba, cada ameaça, pois sabia que aquele conjunto de ideias macabras trazia consigo uma revelação, uma verdade obscena a ser desvendada. De forma súbita, quase como se coreografado por forças invisíveis, reforços surgiram de ambos os lados. Um grupo de shinobis trajando vestes azuis se alinhou ao lado de Enji, enquanto um punhado reduzido de membros do Esquadrão Especial da Nuvem se colocou ao lado de Torū, estendendo-lhe o auxílio necessário para que se erguesse —— Pode até ter nos impedido de concluir nossa missão de sabotagem e de obter os contratos que viemos buscar neste local, mas saiba que isso terá um preço. Não mostrarei clemência uma segunda vez —— vociferou Enji, enquanto o véu da fumaça envolvia-o e a seus subordinados, fazendo com que desaparecessem diante dos olhos atentos dos shinobis de Kumo. Torū relatou tudo o que havia ocorrido, compartilhando as informações vitais, e, após receber os cuidados básicos para sua recuperação, com parte do rosto envolto em bandagens, ele partiu em direção à sua morada, onde iniciaria uma investigação minuciosa sobre aqueles espadachins misteriosos, buscando desvendar os segredos ocultos por trás das palavras proferidas por Enji.

Torū; 2020/2025; 1627/2775; 000/300; 4/6;

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