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Era um dia nublado, mas sem chuva. A maioria das pessoas aparentemente tinha decidido ficar em casa e nas ruas, em sua maioria, trafegavam comerciantes e trabalhadores. Ryuji seguia um caminho já decorado por ele: o prédio de missões. Entediado, achou melhor sair e procurar algo para fazer do que ficar em casa como a maioria da população decidiu.

Chegando lá, depois de um tempo olhando para o quadro, decidiu ajudar com a defesa do acampamento médico. Ele pegou o pergaminho, guardou nas suas coisas e foi até o lugar indicado, já munido de seus devidos equipamentos.

O acampamento estava sendo feito numa clareira em meio a floresta, então era fácil armar uma emboscada para quem estivesse ali. Pelo pouco que falaram sobre a pesquisa, estavam investigando as propriedades medicinais das ervas dos arredores e precisavam de reforço para guardar os materiais já recolhidos.

Enquanto os Iryō-nin se preparavam para sair, o loiro reuniu o minério do solo que formou uma pequena esfera. Ao tampar seu olho esquerdo, o metal transformou-se num olho. Estava utilizando o Daisan no Me com o intuito de vasculhar a área que circundava aquela clareira, em busca de alguém previamente escondido, e desfez a técnica assim que terminou, não achando ninguém no processo.

Durante o tempo que ficaram fora, o genin permaneceu próximo as barracas, eventualmente fazendo breves rondas em volta das mesmas, para ter certeza que tudo estava certo. Passaram-se poucas horas e os Iryō-nin retornaram. Provavelmente a presença de um shinobi de Kiri fez com que desistissem de se aproximar, então foi uma missão tranquila. Ryuji fez o caminho de volta para a vila rapidamente, querendo evitar qualquer encontro com um nukenin.


Quando retornou ao prédio, havia um novo pedido recrutando pessoas para procurar um estudante perdido que deveria estar participando de um evento promovido pela Academia. “Moreno, pele branca, vestindo um casaco colorido e um chapéu roxo” Ryuji fez uma nota mental da descrição feita no pergaminho e partiu em direção aos perímetros da vila, onde faria as procuras preliminares.

Sua busca pelas extremidades da Névoa Oculta não teve sucesso algum, ninguém tinha ouvido falar nem visto nenhuma criança com aquelas características. Nos portões, o resultado foi igual. A partir disso, o loiro começou a adentrar nas partes mais internas da vila.

Depois de um tempo conversando com comerciantes e alguns trabalhadores, conseguiu uma resposta positiva. Uma mulher que tinha vendido alguns doces para um garotinho com as mesmas características a pouco tempo informou a direção para onde ele teria ido. Ryuji agradeceu e seguiu o caminho, questionando algumas outras pessoas no caminho e conseguindo diminuir a distância entre ele e o garotinho.

Passaram-se alguns minutos desde a primeira pista quando finalmente encontrou o casaco colorido e o boné roxo. Vestindo as peças, um garoto moreno de pele branca, conforme a descrição. Ryuji se aproximou rapidamente, o chamando pelo nome. O garoto não estava nada assustado nem triste — É, eu me perdi, então decidi ir andando por aí procurando o caminho mas não funcionou. Obrigado, moço — o loiro riu, pegando o garoto pela mão e o levando de volta para a Academia, onde os pais esperavam ansiosos.

Durante o caminho, o mais velho deu algumas dicas de como realizar alguns jutsus básicos que o garoto tinha dificuldade e, quando finalmente chegaram, a criança correu para os braços de seus familiares, que agradeceram Ryuji — Se acontecer de novo não saia andando por aí, viu — aconselhou amigavelmente antes de se retirar, despedindo-se dos demais, aproveitando o horário para fazer uma pausa e comer algo para o almoço.


Já descansado, agora Ryuji caminhava pelas ruas com um pergaminho em mãos. Já tinha passado pelo quadro e pegado um pergaminho que solicitava apoio para lidar com alguns animais que estavam atacando as plantações.

Chegando no lugar, um casal recebeu o genin e explicaram como os animais atacavam os campos. Como eles não tinham quem vigiar e as armadilhas não funcionaram, pediram auxílio de um terceiro. Quando questionados se sabiam qual animal era, só souberam informar que era um grande, pois já havia destruído o reforço que fizeram na cerca algumas vezes.

O loiro pediu para levá-lo até o lugar e, depois de um tempo pensando, afirmou que resolveria a situação, então o casal voltou aos seus afazeres. O plano de Ryuji era simples, usando o Henge no Jutsu ele se camuflaria e esperaria o animal se aproximar para, assim, decidir o que deveria ser feito.

Terminando de fazer os selos, assumiu a forma de um espantalho e aguardou. Quase uma hora se passou quando um javali se aproximou. Desconfiado, ele ficou andando de um lado para o outro, como se sentisse algo diferente. Quando se sentiu seguro, com as presas ele arrancou a madeira inferior da cerca, e se espremeu pelo espaço aberto até passar para o outro lado.

Ryuji quebrou a técnica com um sorriso no rosto — Você é inteligente demais pra um porco — ao mesmo tempo que desfez a técnica de transformação, comandou a areia para agarrar o animal com Satetsu no Ude. Percebendo a ofensiva, o javali selvagem desviou-se da mão para o lado oposto, mas foi pego por uma segunda mão, criada logo em seguida pelo loiro fora da visão do animal. Rapidamente o genin manipulou a areia para acabar com a vida do javali, perfurando seu cérebro, fazendo com que os guinchados cessassem.

Ele retornou até o casal, informando do que acabara de acontecer, e eles agradeceram. Ryuji se despediu e voltou pelo caminho que fez, voltando para casa. O menino descansaria satisfeito depois de um dia cheio.


Um outro dia raiou, agora com um clima bem mais confortável. As pessoas tinham retornado aos seus afazeres normalmente e Ryuji tirou a manhã para treinar um pouco. Depois do horário do almoço, já descansado, partiu em busca de completar mais algumas missões. No quadro, procurando por algo interessante, decidiu participar da patrulha externa da vila.

Ao chegar nos portões, o chefe da guarda apontou a direção que ele deveria fazer a ronda e deixou claro que o objetivo não era entrar em combate se não fosse necessário, e sim retornar e alertar os demais. Apesar de Ryuji concordar no momento, na cabeça dele fazer isso significava anunciar sua derrota e ele não poderia fazer aquilo de maneira alguma.

O loiro partiu em direção à esquerda, atento a qualquer movimentação estranha ou barulho vindo de dentro da folhagem. A primeira volta que fez não detectou nada, nem a segunda, e passaram-se longos minutos sem nada suspeito. Perto da marca de duas horas, porém, um som partindo de trás das copas das árvores chamou sua atenção.

Evitando fazer qualquer barulho, Ryuji se aproximou para ouvir melhor. O que ouviu, porém, não parecia nada perigoso, muito pelo contrário, deixou o menino irritado. Ele se revelou, assustando as duas pessoas no processo — Voltem pra vila agora! — bravejou, expulsando os dois jovens do seu esconderijo e os escoltando de volta para os portões.

Reportou o acontecido para o chefe, que considerou o trabalho feito. Ryuiji adentrou novamente a vila, aproveitando o clima para tomar um sorvete no fim da tarde.

Considerações: