— Dale dele, dele doli! — Ajeitava a mascara em seu rosto, atravessando uma das pontes de Kumogakure enquanto rumava para o Centro do Vilarejo, atrás de um de seus restaurantes favoritos, já imaginando o grande banquete de carne de porco assada que o aguardava. Para saciar seu animo, jogou um chiclete de tutti-frutti boca a dentro, mascando-o para o açúcar se dissolver na saliva e ter ao menos algo para mascar. Taishiro nunca deixava a desejar quando o assunto era chamar atenção para si. Trajava, sem vergonha alguma, o chamativo uniforme amarelado com as iniciais de seu nome heroico, FatGum, estampadas em branco em sua grandiosa barriga, tapando seus cabelos com o capuz, parecendo um enorme balão amarelo a caminhar por Kumogakure. Os donos das vendas de comida, pequenos carrinhos de frituras e donos de restaurantes cumprimentavam o herói, tentando atrai-lo para dentro, sabendo que o lucro, ou as vezes o prejuízo, eram certos. Naqueles tempos difíceis, o preço das comidas estava elevado, e por isso precisavam vender tanto quanto antes. — Yo! Não quer almoçar aqui, Tai? — Um dos homens gritava da porta de seu restaurante, mas Taishiro apenas sorria e acenava, continuando para o outro local.

Em poucos minutos de caminhada, Taishiro chegava ao restaurante, mas seu semblante não estava nem um pouco alegre. A porta possuía uma faixa amarelada impedindo a entrada de clientes, e o dono se sentava no lado de fora. O herói se aproximou preocupado, abaixando seu corpo, que projetava uma intensa sombra sobre o pequeno velhinho. — Kyo? Ta tudo bem ai carinha? Não to sentindo o cheiro da sua comida. — Taishiro pousou sua mão no ombro do homem e ele o olhou. O olhar triste e abatido se tornou caloroso e vibrante, puxando um papel de seu bolso e entregando ao menino sem se queixar. — C-chegou na hora certa, Tai! Olha... preciso de ajuda. R-roubaram toda minha comida... e esse homem... eu acho que foi ele... — O nome do malfeitor estava escrito no papel. Taishiro agarrou aquela folha e a apertou, alguém estava roubando seus restaurantes favoritos e não poderia perdoar. — Você sabe onde ele vive, Kyo? — Tai se afastou, olhando-o com um sorriso amigável. — A alguns minutos daqui, naquele direção. É uma casa pequena, mas cuidado que ele é enorme... — Kyo, preocupado, orientou o herói. Ao dar as costas para o velhinho, o olhar de Taishiro se transformou, fissurado em combater o ladrão de comida.

Rumou ao local indicado por Kyo, parando frente a porta do possível vilão. Taishiro deveria proteger Kumo, e proteger os restaurantes era também uma de suas prioridades. Taishiro não precisou bater na porta, ela se abriu ao ser notado pelo morador. — Quem é você? — O grandalhão, barbudo e barrigudo, questionava o Akimichi. Sua roupa estava suja de comida, manchas de molhos, pedaços de carne e farelos por toda a camiseta. De fato, o cheiro típico do molho do Sr. Kyo estava presente em seu bafo. — Você, anda roubando os restaurantes.. deixando pessoas como eu sem seus churrascos... estamos em uma época difícil e ousa roubar comigo? Baika! — Selou os dedos rapidamente e seu corpo se expandiu, atingindo uma altura incrível e assustadora. O sorriso feroz do Akimichi fez o homem tremer e correr, gritando por piedade, mas era rapidamente parado por homens da lei que avistavam o gigante Akimichi. A confissão veio rapidamente após estar assustado, e, uma vez o ladrão preso, Taishiro retornava para o restaurante com sua missão concluída.