[Capítulo - Solo] - Wretched Shades

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[Capítulo - Solo] - Wretched Shades
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Dazai

Chūnin

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O véu da Lua se expandia pelo céu enegrecido e estrelado, era uma noite extremamente mais fria que o habitual e o clima do vilarejo ainda tinha um pesar em suas costas, a pena do luto e o medo da morte rondando entre as vielas. Era como se um grande veludo acinzentado em diferentes tonalidades da mesma cor cobrisse os céus junto com um amontoado de nuvens escurecidas pela chuva que estava prestes a cair. O mais melancólico dos climas. O silêncio.

O silêncio era fácil de ser notado, afinal, era a única coisa em comum que todos conseguiam sentir, o vazio do pavor, as diversas perdas que ainda eram sentidas por todos, ir em estabelecimentos cada vez mais vazios, o despovoamento das ruas sendo cada vez mais perceptível, até mesmo os animais não pareciam ploriferar qualquer som.

O azulado reuniu seus equipamentos e se aprontou para sair de sua respectiva moradia, levando o pequeno Lupi em seu ombro, como não tinha recebido muitas missões ultimamente, começou a fazer algumas patrulhas noturnas devido sua insônia, o ajudava a acalmar seus sentimentos e colocar seus mais recentes pensamentos no lugar vendo o dia a dia de cada um e o pacifismo ploriferado, mesmo que provavelmente não iria durar muito tempo e sendo sustentado as custas do grande arrebatamento. Mas pelo menos, após sua recente missão, ele podia garantir a comida para Kumogakure.

E assim, o Hattori começou a caminhar pela vila, esperando mais um dia rotineiro como o de costume.

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Dazai

Chūnin

Qua 3 Ago - 0:02

A patrulha era simples, consistia em rondar alguns cantos obscuros do vilarejo em que a população já era menos presente para averiguar se tudo ainda ocorria bem. O azulado foi aproveitando de sua velocidade para se mover entre os prédios, se movimentando entre grandes saltos enquanto observava a rua estrelada. Por mais que o luto fosse a única coisa possível de se enxergar, o Hattori se lamentava pelos ocorridos mas via a beleza na calmaria e no pacifismo que assolava os tempos atuais.

— Eu nunca tinha visto uma vila antes... O pequeno lobo no ombro de Yuta falava com os olhos brilhantes, indignado com a beleza de um vilarejo oculto, seu pelo branco balançava lentamente com o vento fraco que acudia a todos enquanto o mesmo mantinha um sorriso singelo no rosto.

— O que achou, Lupi? Perguntou o azulado, dando um leve riso.

— Bonito... Falou o lobo.

Após ficar algumas horas planando sobre os telhados, o Hattori parou num local mais elevado para ter uma visão mais ampla do que estava ao seu redor. De cima, conseguiu ver apenas a calmaria da noite, algumas lojas sendo fechadas pelo horário noturno, algumas luzes acendendo e outras apagando, mais um dia tranquilo naquele dia frio invernal. Enquanto degustava de algumas comidas caseiras que havia levado consigo junto de Lupi, conseguiu perceber ao longe o que parecia ser uma pessoa, pela distância e claridade não passava de um vulto negro, mas junto a ele, diversas outras sombras miseráveis que pareciam agredir essa primeira pessoa vista. Não passavam de arruaceiros tentando se aproveitar de um momento de crise.

Agora, bastava ao azulado resolver aquela encrenca.

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Chūnin

Qui 4 Ago - 2:52

Vendo o problema que aquela sombra tinha arrumado, o azulado saltou do telhado em que apoiado para um parapeito próximo, se aproximando do local da briga a medida que gradativamente aumentava a velocidade em que caminhava. Com alguns segundos de atraso, desceu da última construção numa grande queda, que logo fora amortecida por suas habilidades shinobis, o som de seus calçados colidindo contra o solo além de levantar uma leve poeira, também gerou um ruído alto o suficiente para fazer os três arruaceiros se virarem com o barulho.

A parte que estava rendendo o cidadão, revelou-se um arruaceiro com um porte mediano, corpo não muito largo mas uma cicatriz marcante em sua boca que descia até próxima ao pescoço. Sua afeição era asquerosa e sedenta, com um sorriso perturbador no rosto enquanto prensava o rendido contra a parede com o metal de sua lâmina. Os outros dois eram homens quase esguios, com um físico não tão marcante, mas ambos portavam armas brancas em suas mãos.

— Boa noite companheiros, vocês poderiam por favor deixar o senhorzinho ir? Eu prometo que não vou relatar nenhum de vocês para o quartel, então deixe ele ir e vocês não se encrencam, pode ser? Questionou Yuta, tentando uma abordagem pacifista.
— Lá vem o cara querer bancar de heroizinho, tu num presta né seu ninja de merda. Fica bancando o bonzão, tu se acha melhor do que eu? Zombava o homem armado, enquanto os outros dois riam em gargalhos forçados.
— Bom, eu tentei. Lupi, se esconde na bolsa. Quando o azulado ditou isso, o lobo rapidamente desceu de seu ombro e se emaranhou em sua bolsa de ferramentas, se escondendo do combate.

O Hattori usou de toda a sua velocidade para se aproximar do primeiro arruaceiro, que mal conseguiu acompanhar seus movimentos, ele tentava desferir um corte diagonal limpo no abdômen do Hattori mas não era de uma complexidade elevada conseguir se esquivar. Em seguida, Yuta estendeu seu palmo em direção ao crânio do rapaz, usando de toda a sua força para prensá-lo e esmagar o corpo do sujeito contra a parede, fazendo uma rachadura nos tijolos enquanto o homem caia no chão completamente inconsciente com a potência da pancada. A aura calma e pacífica do Hattori após o ataque inicial logo virava fria e aterradora.

Um dos outros capangas foi numa posição mais inclinada, tentando um ataque rasteiro com sua lâmina, mas não tardou para o azulado prender o metal do rapaz contra o solo utilizando de seu calcanhar. O arruaceiro logo largou sua arma e desferiu uma sequência direta de golpes com as mãos nuas, o rapaz estava longe de ser forte, mas tinha sua agilidade. Yuta desviou da maioria dos ataques, mas alguns seletos acertavam partes não vitais, mal causando estragos.

Quando fitou uma brecha em sua sequência desesperada, utilizou de sua canela para interromper o avanço contínuo do homem e após alçar seus dedos na nuca do rapaz, colocou a cabeça do mesmo contra o seu joelho, colidindo os dois com o máximo de força que podia, fazendo o sangue de seu nariz manchar suas vestes levemente. O último só conseguia observar toda a situação em choque, talvez quando os seus companheiros se sacrificaram pimeiro, tenha reconhecido os cabelos azulados e as marcas descendentes vermelhas em seu rosto, e com essa informação, foi o suficiente para fazê-lo fugir desesperado.

O combate finalmente se encerrava após alguns breves minutos. Com os criminosos distantes, o Hattori foi ajudar o civil a se reerguer enquanto começava um breve diálogo.

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Qui 4 Ago - 4:55

— O senhor tá bem? Tem algum ferimento? Preocupava o azulado.
— To bem sim, só esses bandido atrapaiado' que vieram encher comigo. Ocê tá bão' também? Questionava o homem. Vendo com mais calma e analisando as vestes dele, parecia ser um senhor próximo aos seus cinquenta anos trajando o uniforme do serviço de correios oficial de Kumogakure, sendo possível ter confirmação com a bandana amarela com o símbolo de mensageiro em seu ombro e a bolsa de cartas cruzando seu tórax.

— Nada que eu não conseguisse aguentar. Complicado a vida que você leva hein? Tendo que entregar mensagens tantas horas da noite, deve ser puxado para você. Yuta ainda o ajudava a se levantar, vendo a idade mais avançada que o sujeito possuía.
— Ah, num' esquenta com isso não, pra' mim já tá tranquilin percorrer a noite Mas olha, nos últimos anos tem sido complicado, véio é bom mas não é dois, to tendo cada vez mais coisa pra entregar com o povo desaparecendo ai. O senhor lentamente batia a poeira de suas roupas enquanto se explicava para o Hattori. — A propósito, sou o Satotz, prazer em conhecer ucê'.
— Yuta. Fico feliz em ajudar o senhor, sempre que precisar de ajuda pode procurar no quartel da vila. Terminava com um sorriso singelo enquanto se virava para sair da viela.

— Garotin', tu num consegue me ajudar a entregar essas cartas que falta não? Vi que tu é ligeiro e tem o passo curto, meus cambito já num aguenta o pique de vocês jovens. Satotz esfregava sua nuca num gesto de vergonha.
— Bom, eu já ia encerrar minha patrulha mesmo, acho que posso ajudar você a terminar de entregar. O azulado se aproximava, enquanto o mesmo lhe entregava quatro cartas com endereços e destinatários diferentes pela vila.
— Quando ocê' termina me procura no correio que vo fica muito agradecido viu meu jovem? Boa sorte! Finalizava o senhor, esperando Yuta começar a entrega.

O Hattori já não tinha planos para a noite em que estava, pelo menos assim poderia auxiliar sua vila enquanto espairecia a sua mente vendo a calmaria noturna.

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Qui 4 Ago - 18:46

Com uma remessa de cartas seletas guardadas em sua bolsa de ferramentas, que logo partira da viela em rumo a um dos telhados próximos, para averiguar com exatidão os itens que havia recebido. Se apoiando numa estrutura próxima, o Hattori removeu os itens de sua bolsa e usou de seus dedos para rotacionar o papel e ver em que lugar exatamente deveria entregar cada uma das cartas. Na parte traseira do primeiro envelope que analisou, possuía um endereço de um destinatário que provavelmente o remetente deixou em destaque.

— Pode sair agora Lupi, os caras maus já foram embora. Afirmava para o seu lobo, que após dar uma rápida checada nos arredores, novamente subia no ombro de Yuta enquanto curiava o que seu dono estava fazendo.
— Que isso que você tá segurando? Questionava o animal.
— Uma carta, algo que a gente escreve para uma pessoa ler e depois responder a gente. Aquele senhorzinho que eu ajudei mais cedo pediu para eu entregar essas daqui. O Hattori estendia o envelope um pouco mais próximo do lobo para que ele possa ver com mais detalhes.
— Aquele velhinho falava engraçado. E o que tá escrito nela? Lupi falava.
— É feio abrir a carta dos outros, só a pessoa pode ver, como se fosse algo especial para ela entende? Yuta comentava sobre.
— Acho que sim. Finalizou o lobo.

O Chunnin confirmou o endereço que teria que seguir e usando de seus conhecimentos como morador da vila, foi se localizando com base em pontos de referência como praças ou lojas até chegar no destino final. Elevou o queixo, conseguindo presenciar o vasto mar de instalações que a Nuvem possuía por todo o seu vilarejo, algumas usando de seu brilho reflexivo da Lua, outras completamente apagadas de civis aproveitando mais uma tranquila noite de sono. Ambos os lobos viajavam pelos telhados, tomando cuidado para não fazerem sons muito abrangentes.

Minutos depois de sua partida, Yuta finalmente havia chego no que parecia ser um grande sobrado luxuoso próximo do centro da vila, provavelmente de alguma família afortunada. O Hattori sem tentar fazer um grande alarme confirmou qual carta deveria ser entregue e passou o envelope para dentro da caixa metálica de correiros da moradia. Quando terminou o serviço, começou a checar as próximas cartas, vendo qual seria o endereço mais próximo.

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Dazai

Chūnin

Sex 5 Ago - 0:33

Em frente ao grande e deslumbrante sobrado, Yuta começou a averiguar os endereços restantes para ver qual potencialmente seria o mais próximo para efetuar a entrega. Após alguns minutos lembrando do mapa do vilarejo enquanto tentava saber onde qual destinatário ficava, viu que uma das cartas ficava a não muitos quarteirões de distância do local em que estava parado. Organizou seus aparatos e partiu rumo para a próxima entrega, numa área um pouco mais periférica da vila.

Com o tempo, enquanto os lobos se encaminhavam até o próximo destino, as nuvens enegrecidas que antes só era possível de se contemplar aos longíquos, finalmente deram as caras. A lufada gélida foi o primeiro anúncio do clima que iria se apresentar naquela bela madrugada, os ventos resfriados pela temporada em que estavam balançavam as vestes do Hattori e também levantavam levemente os seus fios de cabelo, provavelmente se não fosse pela túnica que vestia e as lãs de gola alta um mero frio de grau mais baixo não seria a única coisa que iria sentir. Seu lobo por outro lado, mal parecia se incomodar com a ventania da montanha, talvez por seu histórico e natureza ou a grande quantia de pelos protetores que tinha.

Com o grau diminuindo cada vez mais, o azulado começou a cada passo ficar um pouco mais curto enquanto dava alguns espasmos quando passava por uma viela entre altas construções, enquanto checava constantemente o endereço em que estava se dirigindo, conseguiu ver mais aos longes uma casa de tijolos mais suja e apertada comparado com a grande estrutura de antes. O azulado entregou o envelope pela caixa de correiro, dando três toques no portão já que as luzes internas ainda pareciam ascesas, não sabia se tinha pessoas, mas pelo menos avisou por precaução.

Agora, restava mais duas cartas para encerrar seu serviço e poder descansar em paz.

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Chūnin

Sáb 6 Ago - 19:44

A próxima carta ficava num local mais distante do seu atual, demoraria talvez algumas horas para chegar no destinatário, pois afinal, era do outro lado de Kumogakure, próximo aos portões de saída da vila, então, apenas o restou começar a caminhada para poder terminar o com mais rapidez o serviço, o sono já estava despertando em sua visão junto a constantes bocejos e o cansaço começou a pesar em seus ombros.

As ruelas e avenidas do vilarejo cada vez brilhavam menos conforme o luar avançava rumo ao grande céus, e refletindo o brilho branco veludo, lindos flocos de neve que lentamente agraciavam o chão, deixando o solo ser tomado cada vez mais pela neve. Perambulou pela vila, levando seus pés o mais longínquo que conseguia, em alguns lugares que passava, somente os seus pensamentos eram possíveis de serem ouvidos e em outros, alguns pássaros cantando felizes com a sua moradia e família em pleno inverno.

— Ixi, começou a nevar. Você não quer voltar para casa e deixar isso para amanhã? Questionou Lupi.
— Agora que já estamos aqui, vamos até o fim. Disse o Hattori. — Lupi, você não sente saudade da sua casa? Tipo, saudades da sua família lupina e de sua mãe ou irmãos. Finalizou.
— As vezes eu sinto saudade da mamãe e do papai, as vezes eu ainda sinto eles comigo, mas você é a minha família agora Yuta, você é tudo o que eu tenho no momento. Dizia enquanto enfregava sua cabeça no pescoço do azulado, que o acariciava devolta.

Horas se passaram, e o chunnin finalmente havia chego no penúltimo endereço que deveria entregar o item, era um casebre de madeira um pouco acabado e sujo em algumas partes, cercado por um grande portão de tijolos com um correiro de metal entre a abertura do local. O Hattori checou os endereços e verificou qual deles era pertencente ao endereço em que estava, assim, deixou nos correios da casa e partiu para a última entrega para finalizar aquela madrugada fria e solitária em que estava.

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Chūnin

Sáb 6 Ago - 21:46

Sua sola cada vez mais afundava na neve branca que lentamente preenchia seus calçados, sua túnica era cada vez mais aplacada com os ventos gélidos que saiam de vielas durante todo o trajeto, o azulado até tentava se acudir-se para gerar calor, mas as rajadas invernais colidiam com seu corpo e faziam seus esforços serem inúteis. E a sua frente, somente algumas luzes e neve, neve o suficiente para cobrir todos os telhados da nuvem.

— Se estiver com frio Lupi, pode ficar no bolsinho da minha roupa, acho que você cabe nele e vai ser mais confortavel do que o meu ombro. Disse o chunnin, preocupado com seu lobo. Após entrar em concordância com o mesmo, Lupi se escondeu do frio nas vestes do rapaz, que segurou para fechar o manto e proteger o seu animal.

O próximo destino não estava muito longe do local de antes, apenas alguns minutos e seria o suficiente para avistar uma grande mansão imponente de três andares com um cercado de ferro, junto a isso, era possível observar a choupana esvaindo uma pequena fumaça acinzentada que esquentava o interior daquela moradia. A luxuosa construção foi observada por alguns segundos pelo rapaz, admirando sua pomposidade que ela mostrava. Era um lugar belo, sem dúvidas.

Entregou a última carta da vez e finalmente finalizou seus serviços. Seu corpo começou a dar alguns sintomas provenientes da friagem, alguns espirros constantes acompanhados da avermelhação de suas narinas e algumas tremedeiras demonstravam o resfriado que estava pegando naquela madrugada. O azulado só queria relatar agora seus serviços para os correiros da vila e para Satotz e ir para casa poder se cobrir nesse inverno.

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Sáb 6 Ago - 23:47

Com o serviço acabado, o Hattori se dirigiu até o serviço de correios oficial de Kumogakure, vendo uma grande instalação similar ao quartel general da vila porém com cores e luzes mais receptivas e o local quase sendo fechado pelo horário. O azulado entrou no estabelecimento e olhou o seus arredores, vendo alguns funcionários transitando e algumas luzes apagando, ao longe conseguia ver o armazém com diversos envelopes e cartas que ainda seriam entregues para os moradores da vila, mas com os caos recentes, tudo parecia extremamente parado. Algo que chamou a atenção de Yuta foi que no centro do local havia uma figura reconhecida.

A sombra usava um uniforme tradicional do corpo de mensageiros e possuia cabelos grisalhos, típico de alguém com uma idade mais elevada, ea Satotz, o homem que havia lhe entregado as cartas mais cedo.

— Oba primo, parece que tu termino de entrega as carta'. Disse o velho enquanto mexia em seu bigode.
— Trabalho dado é feito, até que foi divertido. Respondeu o Hattori enquanto se aproximava.
— É memo, parabéns garotinho, agradecido viu meu sinhô'. Satotz se reverenciava em respeito para o Chunnin.
— Que nada, tenha uma boa noite. Disse, enquanto se virou rumo a saída. Yuta caminhou rumo a saída para finalmente poder ir para casa quando ouviu um chamado atrás do mesmo, fazendo-o se virar em direção ao som.
— Garotin', vo te propo' um negócio. Como eu disse você sabe desenrola e tem passinho curto, é ligero' e sabe o que tá fazeno', acho que você tem futuro aqui com a gente. Quer se tornar um carteiro não? Disse Satotz, enquanto estendia a sua mão para que o mesmo apertasse e confirmasse a entrada nas forças da vila.
— Virar um carteiro? Tipo, trabalhar aqui com vocês embalando as cartas e tal? Perguntou o azulado.
— Marromeno assim memo', mas tu é mais rápido que qualquer um daqui, tu vai fica mió' na entrega eu acho, tu pode vir aqui nos final de semana, entrega umas cartinha pela vila e a gente vai veno' depois. Eu sei que você é ninja e tals, num quero atrapaia' Finalizou o carteiro.

Hattori ficou alguns segundos pensando, talvez fosse uma boa ideia se tornar um profissional mas não sabia como sua rotina a partir de agora ficaria. Ficou alguns segundos refletindo consigo mesmo, tentando adivinhar o seu próprio futuro.

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Dazai

Chūnin

Dom 7 Ago - 1:52

Em seus pensamentos, refletia principalmente os tempos atuais em que estava. O arrebatamento foi algo que afetou numa escala muito maior do que suas expectativas jamais pensariam em chegar, nascendo até organizações que lutam para inverter aquela pobreza ou para afundar mais ainda o mundo num grande desespero, e no meio disso tudo, civis que apenas queriam viver suas vidas rotineiras e descansar em seus abrigos, longe dos problemas que o luto podia causar. Mas a miséria em que Kumogakure e até mesmo o mundo num geral estavam inclusos, era algo que apenas ingressando no time de carteiros da vila não iria salvar muita coisa, mas pelo menos conseguiria ajudar mesmo que sejam poucas pessoas a poder entrar em contato com quem eles tanto queriam, com quem eles tanto precisavam.

— Vamo ou num vamo? Perguntava Satotz.
— Eu não sei o quanto vou conseguir ajudar todo mundo, mas pelo menos posso começar ajudando a nossa vila. Disse, enquanto entendeu seu palmo e apertou firmemente a mão do senhor a sua frente, que devolvia o aperto mas com uma intensidade mais reduzida.
— Gostei de ocê' primo, acho que vamo se dá bem. Ditou acompanhado de um leve sorriso.
— E então, quando eu começo? Questionou o azulado.
— Semana que vem ocê' pode aparece por aqui que eu vo te dar as intruções, o treinamento e o equipamento que tu vai precisa pra faze as entrega. Se ocê' se sai bem tu já pode começa trabaiando, o resto eu te ensino depois viu primo. Bradou o senhor para o Hattori.
— Ok, parece bom. Tenha uma boa noite senhor. Se despediu de Satotz que repetia o gesto enquanto acenava em despedida.

Finalmente, Yuta poderia retornar ao seu lar. Deitou-se em sua cama e retirou Lupi de sua túnica, colocando o mesmo em uma pequena caminha ao lado da sua que havia comprado para aconchear o seu lobo, conversaram por alguns minutos mas não demorou para o chunnin cair no sono de vez, quase como um apagão pelo cansaço que foi perambular de um lado ao outro da vila sem pausas e recessos. Foi um dia produtivo, e agora restava saber como seriam seu tempo na nova força da vila, atuando num cargo além de um shinobi, mas também um mensageiro.

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