A monotonia muitas vezes pode ser uma benção, pois após rompida dificilmente ela volta a seu estado original. Depois de descansar por alguns dias nunca imaginei que ser enviado para uma missão seria algo que eu desejasse tanto, mesmo assim quando o mensageiro me encontrou próximo a minha casa o sorriso macabro assumiu meus lábios, finalmente eu entraria em um campo de batalhas. Depois de correr para casa e me arrumar fui colocar minha bandana (amarrada ao pescoço como sempre fazia) quando no reflexo da mesma pareci ver alguém, ao me virar e constatar que estava sozinho minha cabeça começou a doer de uma forma descomunal, fazendo meus joelhos se dobrarem e me deixando no chão —Não me machuque, por favor!— Para quem eu falava? Nem mesmo minha mente poderia responder, no entanto a cena continuou por alguns minutos até eu finalmente conseguir sair de casa.

Depois de me encontrar com os ninjas médicos que iriam me acompanhar na missão partimos na direção da fronteira do pais do vento, e por conhecidencia ou não, eu havia estudado o mapa de nosso pais a pouco tempo me recordando das elevações e dos piores pontos de deserto, ajudando mais do que o esperado durante o trajeto. Talvez por ser uma missão de emergência todos estávamos com muita pressa e não demorou até avistar o ponto onde deveríamos chegar. Uma enorme ponto separava as bases e no meio dela quase meia dúzia de inimigos tentava atravessar aos trancos e barrancos, ao ver tal cena eu não poderia demorar para entrar na ação.

A melhor estratégia no momento seria distrair os oponentes para que eles não conseguissem chegar muito perto, já que com uma ponte dessa tamanho corta-la estava fora de questão. Então ainda sem entrar na ponte iria começar a executar os selos de mão e ao termino desses uma dúzia de clones seria criado, não clones normais mas também não kage bushins, clones que iriam me ajudar com a estratégia de proteger aquela ponte —Avançar pessoal!— A ordem dado por mim faria os clones começarem a caminhar para dentro da ponte, enquanto eu ficava fora da mesma procurando algum local seguro (pedras, arvores ou mesmo os braços" da ponto) para ficar atrás. Os clones não iriam correr, iriam avançar lentamente na direção do inimigo com a intenção de cansar os mesmos.

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Meu plano pareceu dar os resultados esperados, não havia gasto muito chakra para criar os clones então tem não esperava muito deles, o simples fato de terem conseguido cansar um pouco os oponentes estava ótimo. Olhando a ponte mais de perto pude notar um enorme desfiladeiro logo abaixo da mesma, sua profundidade com toda certeza causaria uma queda bem dolorida, se não mortal. No entanto do outro lado parecia haver um caminho escondido, algo que talvez pudesse me ajudar. Estava na hora de atravessar aquela ponte.

Mesmo confiante não achava que conseguiria derrotar 5 ninjas ao mesmo tempo, e por isso havia tentado cansar os mesmos. Agora estava na hora de encher meu estomago — Espero que vocês tenhão chakra de sobra!— Tais palavras eram ditas para os ninjas da ponte, enquanto eu executava um selo de mão e abria minha boca. Caminhando lentamente na direção da ponte, mas me mantendo atento a quaisquer ataques que pudessem vir em minha direção, meu objetivo era sugar o chakra de todos os oponentes que chegassem a 20m² de mim, além disso minha técnica de clonagem foi mantida afim de confundir os oponentes sobre meu verdadeiro eu. Assim que tivesse uma oportunidade, vendo que um ou mais deles fraquejavam iria tentar lançar uma limão com 2 selos explosivos na direção do ninja que estivesse mais próximo, e então me afastaria afim de evitar a explosão.

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A primeira parte daminha tarefa ali estava concluída, acabar com o avanço dos ninjas sob a ponte, entretanto minha missa estava longe de acabar, estava no hora de procurar os companheiros de vila feridos e ajudar com o resgate dos mesmos. Para isso precisava primeiro atravessar aquela ponte, e mesmo que já tivesse lidado com os ninjas ali em cima, armadilhas poderiam me esperar. Pensando nisso não me restava alternativa, ou eu ia por cima da ponte lentamente e assim acabaria colocando a vida de muitos de meus companheiros e companheiras em risco, ou eu dava outro jeito de atravessar mais rápido e os ajudava logo.

Tal encruzilhada acabou quando me lembrei de um treino que havia feito a pouco tempo, usando um jutsu de andar nas paredes básico de academia, no entanto muito bom para controle do chakra. Ao me lembrar de tal técnica não perdi tempo e comecei a concentrar o chakra nos pés afim de atravessar a ponte por baixo, literaemte correr nela invertida. Essa estratégia além de me ajudar com possíveis armadilhas em cima da ponte, me faria chegar mais rápido ao outro lado, já que eu podia usar de minha velocidade máxima. Chegando aí outro lado iria imediatamente na direção do caminho que havia avistado antes, o tal "caminho escondido" e começaria a procurar por meus companheiros de vila que estivessem precisando de ajuda, isso sem nunca baixar minha guarda para possíveis ataques.

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Finalmente as coisas pareciam estar começando a dar certo, após o sacrifício que tinha sido para retirar os inimigos da ponte eu finalmente havia conseguido atravessar a mesma. Seguindo então para o caminho que antes tinha visto não demorou muito para perceber que entrar ali não tinha sido uma boa ideia, cada passo era seguido por um arranhão que fazia meu braço e cicatrizes coçarem muito. E foi ao levar a mão esquerda até uma dessas cicatrizes que eu me lembrei novamente dele, ou seria ela? Minha memoria era confusa em relação a isso, mas sempre que me lembrava da sombra que me cortava meu corpo todo gelava e suor frio corria em minha testa. Tais pensamento começaram a fazer meu corpo tremer "Isso não pode acontecer no meio de uma missão!" Poderia acabar morto se vacila-se ali.

Mesmo com a cabeça em brasas consegui chegar ao outro lado do caminho, onde me deparei com um monte, ou uma espécie de morro que me fazia estar a cerca de quinze metros da base inimiga. E mesmo sem ver nenhum companheiro de vila ali, comecei a elaborar um plano de ataque, infelizmente os calafrios ainda tomavam conta do meu corpo e naquele estado eu não conseguiria fazer nada. Precisando me acalmar me sentei no chão e comecei a respirar fundo, havia aprendido que a meditação poderia ajudar nessas horas e infundir o chakra sempre é um bom treinamento. Mantendo os olhos abertos para não baixar tanto a guarda comecei a respirar enquanto juntava as palmas das mãos e começava a concentrar o chakra no lado esquerdo de meu corpo, ficaria respirando até conseguir quase limpar meu lado direito de chakra para então começar a passar o mesmo de um lado para o outro do corpo.

Tal método não melhorava somente o controle de chakra, mas com toda certeza me ajudaria a executar mais ninjutsus no futuro, já que a habilidade de moldar o chakra dentro de si é essencial para essa arte ninja. Não demoraria muito ali, afinal estava em território inimigo, então após me acalmar e conseguir executar a tarefa de passar o chakra de um lado ao outro do corpo algumas vezes decidi que finalmente estava na hora de começar o ataque. —Vamos fazer uma baguncinha?— A voz na minha minha cabeça que as vezes era tão chata naquele momento me fez sorrir, ironicamente eu pretendia fazer exatamente isso, bagunçar todo aquele lugar. Sacando uma kunai com a mão esquerda, amarrei nela um papel bomba e lançei na direção da tenda que ficava mais ao sul, mesmo que ela não chegasse ao alvo meu ataque havia começado.

Executando então alguns selos de mão comecei a transformação de chakra para o elemento terra, iria então mergulhar no chão como um nadador e por baixo da terra tentaria me aproximar ao máximo da tenda ao norte. Meu único objetivo ali era resgatar os ninjas feridos de suna e por isso tentaria evitar combates desnecessários, por tal motivo estava usando do jutsu doton para me aproximar. Caso conseguisse ver ou ouvir algo suspeito iria chegar o mais perto possível e retirando somente os olhos da terra tentaria olhar dentro da barraca, e se os ninjas não estivessem ali, iria na direção da tenda leste fazer a mesma busca.

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