O Clima gélido de Uzushiogakure neste dia fazia com que até mesmo Kamuy tivesse que cruzar os braços para tentar amenizar a sensação de congelamento do próprio corpo. Raramente o redemoinho oculto se via em uma situação onde o tempo mudava tão drasticamente, e em todo o tempo em que permanecera na vila, nunca havia presenciado uma sensação térmica tão baixa. As folhas das árvores haviam caído e a vegetação que ainda permanecia visível dentre a neblina nevada parecia se encontrar na mesma situação. Apesar disso, aparentemente o clima natalino deste local era bastante pacífico - Muito diferente do que acontecia em Otogakure no Sato, hoje destruída pelos próprios erros. O rapaz andejava de maneira lenta até uma das Estações de Inteligência do vilarejo, a qual havia solicitado sua presença ainda na madrugada a mando aparentemente do próprio gabinete do Godaime, Senko. Aquele moleque ainda não entrava na cabeça do Chuunin, e era melhor que ele esquecesse do mesmo antes que fosse à loucura. Uma criança, liderando uma vila? Enfim, deixando este assunto de lado, lembrava-se das informações contidas na carta. Não era uma missão de teoria muito complexa, o problema real seria executá-la, aparentemente. Resgatar uma mulher de um grupo de nukenins e bla bla bla, coisas que o garoto já estava acostumado a fazer. Não parecia ser nada demais a primeira vista, mesmo que a posição social do indivíduo a ser resgatado fosse bastante alta, o que poderia complicar um pouco as coisas, visto que um sequestro de uma pessoa de tal nível exige uma força e estratégia bem elaborados caso queiram suceder-se com o plano. Adentrou na estação e devidamente apresentou-se, estando rodeado por alguns ninjas de patente superior que escoltaram Daishkan até a sala, onde se depararia com um casal banhado em lágrimas, possivelmente os pais da garota sequestrada. Um outro homem estava próximo dos mesmos, consolando o casal. Aquela visão era bastante comum, mas o Chuunin não conseguia sentir nada, como se costume. O superior questionava a identidade do garoto que acabara de chegar, que ao confirmar que era o próprio, sentou-se na mesa para escutar o que os outros tinham a dizer.

Superior escreveu:
"Bom, como já havíamos introduzido o senhor, sua missão será resgatar uma mulher de nome Donyoku Yuki, a filha única da família Donyoku. Seu desaparecimento é um dos vários casos desse quadro de desaparecimento. Houve diversos sequestros por todo o país, e por isso, chamamos o senhor para que cuide da situação. — Ele diz ajeitando seu óculos em seu rosto e abrindo uma gaveta, puxando um mapa e abrindo-o sobre uma mesa: — Segundo os diversos relatórios da Inteligência, mapeamos a localização do grupo e supomos que estão aproximadamente nesse local. — O homem aponta sobre uma região florestal a alguns metros de distância da vila mais próxima: — Sua missão será neutralizar esse grupo e resgatar a filha da família. Alguma pergunta, senhor?"

Foram as palavras do superior. Após ouvir tudo o que o homem tinha a dizer, Daishkan levantou sua voz com um sorriso no rosto, como se não estivesse levando aquilo muito a sério. Era um tom debochado e irônico, era visível na expressão do rapaz que ele talvez até mesmo estivesse cantando a própria vitória sem nem mesmo ter começado o caminho para encontrar os adversários que se fariam pela jornada.

- "Ah, então considere a missão feita. Essa não vai ser diferente das outras que eu já prestei, sempre terminam da mesma maneira...Com eu vitorioso, é claro. Não tenho nenhum questionamento, portanto...Ainda acho que talvez não seja..." - A fala fora interrompida pela mulher, que berrava, aos prantos. Daishkan então tossiu e continuou a fala. - "Talvez a garota não esteja viva, no entanto. Temos que ser realistas, não é como se um grupo de Nukenins desse nível fosse se arriscar a deixar essa mulher viva por qualquer motivo. Eles podem estar esperando alguém ir caçá-los, e você sabe bem disso. Mas é bom que tenham me escolhido para essa missão. Como bem sabem...Eu não sou daqueles.." - Terminaria a frase, mas não antes de usar o jutsu do Jugei Jibaku para criar duas enormes cobras que saíram de suas mangas, além de alongar sua própria lingua. As cobras se aproximaram do mapa e revelariam seus dentes, perfurando o local marcado - "Que têm piedade." - Disse, virando de costas e desfazendo as cobras, com um sorriso no rosto. Após puxar sua língua de volta ao tamanho original e deixar a sala, começaria a busca pelo grupo de Nukenins, baseado nas informações que ali lhe foram concedidas.

Informações:

Sem sombra de dúvidas, havia sido bastante dificultoso para Daishkan locomover-se dentre o horizonte encoberto pela neve cadente, ainda mais sendo detentor de um olho cego. O Rapaz olhava para os lados em busca de sinalizações que pudessem lhe dar alguma dica de por onde seguir, mas nada tinha em mãos além das informações concedidas pela Inteligência. Com a mão esquerda no queixo, olhares baixos e a outra no bolso respectivo ao seu lado da calça, o garoto pensava em como agir baseando-se nas informações iniciais. O que faria? Um caos completo, ou uma aproximação furtiva? Como não tinha muitas informações do local, preferiu guardar estas ideias para o futuro quando finalmente conseguisse identificar o lugar que deveria avançar contra. No topo de um pequeno monte a uma distância segura, poderia observar que logo abaixo havia um pequeno vilarejo, com estruturas precárias e aparentemente abandonado, homens faziam a ronda pelos arredores com armas brancas em mãos. O motivo daquilo era desconhecido até o atual momento, mas logo recordara-se das palavras da Inteligência, então notando que a localização e descrição do local batia exatamente com o que fora dito sobre a base dos Fugitivos.

- "Então quer dizer que aquela mulher deve estar no coração deste vilarejo, talvez...Dentro daquela mansão. Seria o local mais óbvio a se colocar um prisioneiro desta importância, afinal de contas, além de estar localizado num local estratégico da vila e ser a maior construção da mesma, também possivelmente é a localidade mais bem-protegida e com direito a diversas armadilhas e afins pelo caminho. Não posso afirmar com certeza, mas tenho um plano. Vou ver se consigo eliminar um destes caras em silêncio, aí talvez eu consiga ter uma vantagem adicional sobre eles. Se me detectarem previamente não terá problema, irei me livrar deles em silêncio. Tsc, o problema é saber que tipo de gente me espera dentro daquela casa..." - Proferiu, antes de começar a descer o morro. Suas vestes formais não condiziam com o perfil de um ninja, o rapaz derrapava pela montanha enquanto arrumava a gravata de seu nobre terno com olhos fechados, pouco importando-se com o que apareceria em sua frente. Após a gravata ser devidamente arrumada e o derrapamento cerrasse movimento, então daria início às suas atitudes para salvar a primogênita da família Donkyou.

Primeiramente, se moveria de maneira sorrateira numa tentativa de aproximação furtiva. Procuraria por vegetação o suficiente para disfarçá-lo junto a neve ,visto que suas roupas eram brancas. Pegou um monte de neve do chão e jogou em sua cabeça, então apalpando-a, na intenção de tingir seus cabelos de branco temporariamente e também de empalidecer a pele. Após tal ato ser feito, Kamuy esconderia-se atrás de algum objeto próximo à vigília de um dos homens e aguardaria por um momento oportuno. Caso o sujeito não estivesse sozinho, esperaria pacientemente até a separação de ambos para agir, porém caso o mesmo estivesse sozinho, então agiria de maneira um pouco mais direta. Quando o mesmo se distraísse, mesmo que por breves momentos, o rapaz conjuraria por mais uma vez o "Jugei Jubaku", fazendo com uma enorme cobra surgisse por debaixo da manga esquerda de seus trajes, com intenção de distração. A cobra faria barulhos de maneira a atrair a atenção do homem e talvez fazê-lo vir até a mesma. Caso o mesmo viesse, a segunda cobra surgiria da outra manga e então Kamuy viraria-se de uma vez para a direita, lançando-a contra o pescoço do indivíduo, com intenção de fazer a serpente invocada enrolar-se no mesmo, assim trazendo-o para perto ao mesmo tempo que o estrangulava. Caso tudo desse certo, enforcaria o inimigo até sua morte e verificaria sua face e corpo, realizando selamentos manuais e conjurando o "Henge no Jutsu" para roubar sua aparência. Com isso em mãos, também agarraria a arma que o mesmo estivesse usando e sairia do "posto de defesa", mas não antes de cobrir o corpo com a neve. Se tudo isso se sucedesse, Daishkan tentaria misturar-se ao demais guardas com sua nova aparência, com intenção de analisar o local com mais cuidado e talvez até mesmo ouvir conversas que pudessem lhe proporcionar dicas. Um plano perfeito deve ser executado com perfeição e analisado minuciosamente da mesma maneira, não é mesmo?

Informações:

De fato, o plano pensado por Daishkan havia enfim rendido frutos bastante positivos em relação ao futuro da missão. Adentrando na mansão após escutar as conversações paralelas dos homens que a guardavam e finalmente ter a certeza de que seu alvo de resgate encontrava-se dentro de tal estrutura, deu passos lentos enquanto disfarçado para dentro da moradia, verificando seus arredores. A arquitetura da mansão relembrava os tempos góticos, ainda que esta, em específico, estivesse em péssimo estado. Era até mesmo difícil dizer como aquela casa ainda não havia desabado, estando em uma situação tão deplorável ~ Quase como abandonada. Esgueirava-se dentre os móveis a procura de pistas sobre o paradeiro da primogênita dos Donkyou, mas nada encontrara além de poeira. Até que finalmente encontrou algo que lhe chamara a atenção: Um porão, aparentemente sem fechadura. O local era extremamente escuro, mas ao fundo o rapaz conseguia ver que havia uma espécie de pequena vela apagada, e então fora até a mesma, sentindo que seu pé batia em coisas estranhas que estavam no chão. Utilizando-se da manipulação do elemento fogo de maneira básica e silenciosa para acender a vela, deparou-se com uma vastidão de cadáveres decompostos ao se virar, todos de crianças. Colocou a mão esquerda no queixo e abriu um sorriso malicioso, pisando no crânio de um dos cadáveres, deixando que os vermes que consumiam sua carne saíssem da mesma.

- "Ah, é isso...O doce gosto da morte." - Sussurrou.

Aquela visão não havia lhe perturbado ou chocado: E sim, de certa forma, o alegrado. Aquilo relembrava os 'bons e velhos tempos' de seus assassinatos em série na já não mais existente Otogakure no Sato. Os corpos estirados agradaram sua visão, era algo que Daishkan certamente faria em uma noite escura e silenciosa, mas com certeza, de maneira muito mais brutal. A felicidade durou pouco, quando ouvira os baixos grunhidos de uma voz feminina. Virando a cabeça para a direção da garota, viu que tratava-se de uma criança com roupas limpas pendurada com correntes na parede, esguia. Aquela seria Donyoku? Não sabia, mas tinha que apostar naquilo. Balançou a cabeça e realizou selos de mão, invocando um clone a partir de suas cobras. Ela se amontoaram, e com o chakra, criaram uma silhueta idêntica a que Kamuy estava agora, no caso, o disfarce do guarda morto. Cedeu cento e vinte pontos de chakra para o clone, uma pequena quantia apenas para que ele conseguisse se sustentar em um possível combate. Mandou o clone ficar escondido nas sombras, muito próximo à entrada do porão. Caso alguém se aproximasse, o mesmo utilizaria do "Jugei Jubaku" para silenciar o que estivesse se aproximando, na intenção de estrangulá-lo até a morte em silêncio. Enquanto isso, o verdadeiro Daishkan se aproximaria da garota, mais especificamente de sua orelha esquerda.

- "Você é Yuki Donyoku? Apenas acene com a cabeça." - Sussurrou nos ouvidos da menina.

Caso ela acenasse que sim, começaria a procurar por um meio de libertá-la das correntes, manifestando algumas poucas cobras para ajudá-lo nesta tarefa. Porém, caso ela acenasse que não, então daria as costas sem dizer nada e começaria a procurar novamente pela verdadeira Donyoku, demonstrando uma completa indiferença e desprezo em relação à vida humana, recusando-se até mesmo a salvar a vida de uma criança, por mais que não fosse seu objetivo.

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Aquela maldita não parava de gritar, e Daishkan já estava ficando extremamente nervoso por conta de tal. Rangeu os dentes e desfez-se de seu clone, tapando a boca da garota. Aproximou-se de seu ouvido e em tom baixo disse que ele apenas estava disfarçado e que veio ali para salvá-la por ordem de seus pais, e que se ela não calasse a boca, o próprio Kamuy faria questão de matá-la ali mesmo. Após perceber que guardas possivelmente viriam a descer as escadas para verificar a situação da garota, Daishkan pensou que a faria calar a boca e não revelar o que iria fazer a partir daquele ponto. O clone desfez-se em cobras que retornaram ao corpo do Chuunin, que imediatamente pôs-se a realizar mais uma sequência de selos manuais e cobrir-se com o próprio cenário e tornando-se completamente invisível ao olho nú. Este era o "Meiseigakure no Jutsu". Caso os oponentes não possuíssem um ninja sensor ou detentor de poder ocular, seria completamente impossível detectar Daishkan pela visão. Aproveitou-se desta vantagem momentânea para sair do porão lentamente temendo que pudesse ser localizado pelo som e se reposicionar em um local próximo ao mesmo, vendo quantos oponentes haviam por fora.

- "Mas que merda, não vai ser fácil terminar isso rápido. Dependendo da quantidade de inimigos que hajam aqui, talvez eu não consiga me sobressair em um combate direto, a menos que utilize uma de minhas invocações especiais. Vejamos...Eu posso usar as mãos múltiplas de cobra para surpreender um grupo grande de alvos e eliminá-los, mas será que irá ser suficiente? Vou esperar um pouco e ver o que eles irão fazer antes de agir...Não posso dar completa certeza a execução de um plano em antes observar as atitudes do inimigo." - Pensou.

O Rapaz então aguardaria a chegada dos inimigos que desceriam até o porão e contaria a dedo quantos haviam. Após a contagem, os seguiria para dentro do porão por mais uma vez e se esconderia nas sombras, na tentativa de manter-se oculto ao mesmo tempo que em uma posição vantajosa - Por trás. Caso os algozes demonstrassem alguma desconfiança ou a garota começasse a falar sobre o que Kamuy havia feito, o mesmo ficaria em completo silêncio e deixaria o seu jutsu curinga preparado para caso alguém viesse a sua posição, libertando uma grande quantidade de cobras de ambas as mãos, na intenção de atingir todos aqueles presentes no momento e assim talvez matá-los de maneira rápida e silenciosa sem dar perpetuidade a uma possível batalha que poderia ou não chamar a atenção de mais oponentes. Porém, só partiria para este plano de agressividade antecipada caso alguém viesse a lhe descobrir. Fora isso, apenas observaria as atitudes de todos para decidir o que fazer posteriormente.

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Por sorte, aqueles homens não desconfiaram da presença de uma segunda pessoa na sala, e Daishkan de fato estava bastante pensativo. Após os meliantes deixarem o sótão que fedia a morte, pôs-se a arranjar um novo meio para escapar da mansão com mais facilidade enquanto carregava a garota em seus braços. Utilizou mais alguns selos manuais e transformou a metade inferior de seu corpo em uma espécie de uma longa cauda de cobra, deixando as pernas de lado e adotando um meio de movimentação rastejante. Aproximou-se da jovem que fora agredida há pouco e pegou-a em seus braços, levando-a até próxima da entrada do sótão, onde o rapaz então a deixaria. Ainda invisível, sairia do cômodo com velocidade e então se agarraria a duas Kunais com Kibaku fudas, visualizando os arredores. Tentaria ter uma noção de onde os inimigos estavam e caso descobrisse um pouco mais sobre o terreno hostil que ali jazia, arremessaria a primeira kunai com Kibaku fuda no teto próximo aos mesmos ou em uma área similar, causando uma explosão mediana para chamar a atenção. Logo depois, agarraria a garota por mais uma vez e jogaria o armamento explosivo contra a porta do sótão, também utilizando-se da técnica de "Hide in Shadow" para se tornar completamente invisível junto à garota em uma sombra enquanto a porta do sótão explodia em pedaços. Aguardaria o retorno da maioria ou todos os nukenins presentes e na tentativa de evitar um combate direto, deixaria a sombra em que estava se escondendo e usando de sua invisibilidade aos olhos comuns e velocidade aprimorada, tentaria fugir por uma das entradas menos protegidas da mansão no momento, pensando que poderia armar uma rota de fuga com mais facilidade. Como dito pelos superiores e própria mãe, a garota deveria retornar sem ferimentos, mas como isso foi impossível, ao menos Daishkan tentaria evitar futuras complicações para a jovem. Mesmo assim, continuava apreensivo. Eram muitos inimigos e ele não sabia se seria capaz de prestar atenção em tantos de uma só vez ao mesmo tempo que protegia a garota. Mesmo que pudesse utilizar de suas Kuchyioses como Manda e companhia, ainda seria um grande desafio. Por conta disso, preferiu deixar o seu lado maníaco e sanguinário de lado e apenas focar-se no objetivo de resgate, com intenção de deixar a mansão e área o mais rápido que pudesse, e se possível, sem chamar atenção de seus adversários. Apesar disso, não poderia ter certeza se isso realmente daria certo, por mais que estivesse esperando que sim.

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O Plano idealizado por Daishkan inicialmente aparentava ter culminado em sucesso, mas para variar, sempre tinha de haver algo a mais para complicar sua jornada. Aproximando-se da porta, um grande estrondo eclodiu da mesma, arremessando diversos pedaços de madeira para todos os lados em alta velocidade, o que Kamuy tentara combate com uma rápida movimentação para o lado esquerdo, abaixando seu torso no processo para também impedir que a garota fosse de alguma forma ferida pelos destroços deixados pelo impacto avassalador daquele homem. Eram inimigos demais para ele, e mesmo com seu orgulho, sabia que seria impossível combater todos ao mesmo tempo na situação atual em que se encontra. Arregalou os olhos para observar o que se fazia do lado das entradas, observando que um homem alto e forte acompanhado de seus guardas procurava pelo suposto invasor em sua mansão. Vendo que os homens possivelmente checariam cada centímetro da casa na esperança de encontrarem o invasor misterioso, Daishkan agora se via em problemas. Porém, para evitar um confronto direto pelo solo, preferiu utilizar do Ki Nobori no Shugyo, concentrando o chakra da cauda de cobra que se fazia no lugar das pernas e assim rastejar-se pela parede, na intenção de passar desapercebido pela parte de cima do casarão, até chegar na entrada arrombada e enfim escapar. Esta seria sua ação, mas também não poderia garantir que fosse um sucesso. De qualquer forma, ele sentia que estava começando a ficar cansado, mas ainda não ofegante.

- "Droga, preciso sair daqui o mais rápido que puder. Minhas reservas de energia devem estar no limite, eu não tenho tanto tempo assim para ficar brincando de gato e rato com esse bando de inúteis. Não vou lutar contra eles aqui, seria suicídio. Vou apenas me contentar em salvar essa mulher e os ninjas superiores de Uzu cuidarão destes infelizes depois. E agora, para onde deverei ir?" - Pensou, analisando seus arredores nevados, caso tivesse conseguido escapar.

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A sensação de estar cada vez mais cercado por oponentes e o cansaço proveniente do uso de múltiplas técnicas por longo período faziam Daishkan ter ainda mais receio de entrar em combate naquele momento. Se não fosse por isso, com certeza já teria feito o que sabe fazer de melhor: O Caos. Com a garota em mãos e o cerco de dezenas de fugitivos se formando, olhou ao redor antes de perceber que a jovem dava sinais do seu iminente despertar, o que poderia trazer problemas. Tentava bolar um plano para escapar do local o mais rápido possível antes que o cerco fortificado viesse a se tornar impenetrável, o que com certeza daria dores de cabeça imensas para o assassino em série. Sem perceber, a garota parecia já ter despertado e sua primeira ação após isso foi aproximar-se do ouvido do garoto e apontar o dedo em uma direção entre duas casas, e mesmo desconfiado, não havia muito a que recorrer no momento, e o garoto respondeu a sugestão da mulher se movimentando imediatamente para a posição, tomando cuidado para inimigos próximos e tentando manter-se longe das áreas mais vigiadas pelo cerco até alcançar o caminho sugerido pela vítima. Mesmo que não fosse o caminho certo, ainda poderia dar alguma vantagem ao jovem - Mesmo que pouca, ele ainda necessitava de um norte para conseguir sair do local antes que seu fôlego finalmente termine e tudo vá por água abaixo. Caso conseguisse chegar no local, aproximaria-se do ouvido da que estava sendo segurava em seus braços e questionaria sobre o próximo passo para escapar, também pedindo para que ela fale rápido uma vez que ele está meio que sem tempo para escutar toda uma explicação enquanto suas energias se esvaem em uma velocidade elevada por conta do esforço.

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