MONOGATARI SHOUJO AYUMU☆MAGICA

A anã, o martelo e a academia.

Quanto tempo havia se passado e aquela pequenina ninja ainda se encontrava na mesma situação? Os dias se passavam, os meses se passavam, o que antes era outono agora era o seco inverno, que mudava nada em relação ao outono, pelo menos durante o dia. E na mesmice a jovem se encontrava, muitas coisas ocorriam, nada mudava, mas para Ayumu estava tudo bem, ela tinha a real noção da dificuldade do seu coração ser ouvido pelo herói, mas que a tocha que ela estava carregando um dia seria passada para as mãos do glorioso símbolo do País do Vento.

— Suna tem quatro estações... Calor, Calor, Calor e Verão... — Em tom de piada debochava, aquilo para muitos poderia ser um local terrível de se viver, mas a menininha nasceu e cresceu nas mãos do caloroso deserto, aquele tão desértico país era a sua casa.

Aquele dia era mais outro dia de missão para a pequenina, era uma missão para ajudar os estudantes da academia ninja, algo que ela entendia muito bem, afinal, pouco tempo atrás ela tinha se formado lá. Ela andava em direção à academia, olhando para as construções arquitetônicas daquela vila, não que tivesse algo de novo, ela apenas gostava de olhar.

“Mapa Mental! Chegar lá, me apresentar, fazer o que pedirem, vazar!” — A anã mentalmente esboçava o seu plano de ação que iria realizar após sua chegada, claro que poderia ter coisas não planejadas para ocorrer, mas aquilo era o seu esboço.

Acabou que Ayumu encontrou a tão famosa Academia Ninja, estava tudo tão normal quanto antes, e nada tinha mudado, ela ria tristonha se lembrando dos tempos que estava lá, dos tempos em que tinha acabado de chegar como uma simples forasteira depois de passar anos e anos vagando com o rumo de não ter um rumo por dentre o deserto daquele país.

“Algumas coisas não mudam... Me pergunto se eu mudei...” — Ela refletia, foram tempos difíceis, são tempos difíceis e provavelmente serão tempos difíceis. Seu coração tão devoto ainda estava procurando a mão acolhedora do tão famoso herói, talvez a pequenina só percebesse que tinha mudado no momento que sua grande pergunta for verdadeiramente respondida.

Ela entrou na academia, o olhar confiante se tornava um olhar vago, talvez aquele não fosse o momento e local para ficar triste, mas assim ela estava e não tinha muito o que ela pudesse fazer. Talvez não fosse somente o país que necessitasse de um herói, mas a menininha também precisava. Quando seria que aquela figura tão lendária, que para a menina seria semidivina aparecesse em sua vida? Verdadeiramente, não se tem resposta, a única coisa que sabe é:

— Oshiro Ayumu se apresentando! — Melancolicamente dizia para o responsável da academia ninja, buscando saber o que faria e em que ajudaria.


Oshiro Ayumu~ HP 500/500 | CH 500/500 | ST 00/04 | Sakin 2940/3000

Considerações:

MONOGATARI SHOUJO AYUMU☆MAGICA

A anã, o martelo e a academia.

Aparentemente, a pequenina errou em sua lógica. Estava esperando alguma coisa mais doméstica, varrer ou arrumar salas e equipamentos, assim como já tinha feito em outras missões avulsas, só que essa era diferente...

— M-motivar as pessoas? — Isso quebrou a mente de Ayumu, ela falava meio incrédula.

Fora uma surpresa, pois estava tão triste que esperava algo mais monótono e normal, mas iria para um local apropriado e mostraria uma técnica para todos que estariam ali, e diria algo importante que guiasse as pessoas. Esse choque de realidade, tirou a pequena de seus tristes pensamentos e relembraram o real motivo de porque segue em frente. Não que tinha ficado feliz, só sua tristeza tinha sumido. A missão era diferente do que pensava, mas não era tão complicada, só tinha um grande problema:

“O que diabos eu falaria?” — A pequenina se questionava enquanto iria para um grande salão onde tinham os futuros ninjas de Sunagakure no Sato. Ela não estaria sozinha, os outros genins estavam ali também fazendo e motivando os estudantes, a pequena até que tentou absorver alguma coisa, mas ela não tinha jeito com as palavras, ela teria que resolver as coisas do jeito anão com martelo de ser.

Chegando na sua vez, a pequena mais engraçada de Sunagakure no Sato com menos de 1,20, se posicionou no salão. A menina poderia ter começado tudo com um discurso, mas começou fazendo os selos na ordem de carneiro, macaco, cavalo e carneiro, e disse:

— Doton! Iwa Bushin no Jutsu! — A pequena começou a cuspir terra pela boca formando dois clones.

Agora seria a primeira vez nesse RPG que eu diria que ela não o ser mais forte com menos de 1,20 de Sunagakure no Sato presente naquele salão, ao seu lado estavam dois clones seus com o mesmo tamanho de 1 Ayumu na escala Ayumu de medidas.

— Ser ninja... — Ela começou a falar. — Ser ninja não é algo apenas limitado a glória, força e fama. Ser ninja é saber o que fazer e quando fazer para proteger as pessoas que gostamos, lutar em prol delas. E nem sempre colhemos bons frutos, algumas vezes sofremos grandes percas, somos humilhados, forçados a tomar decisões que ninguém gostaria de tomar. Nem tudo é tão bom e fácil, e nem sempre se tem um final feliz, mas cabe aos ninjas fazerem a coisa mais importante que tem que fazer, e que não seria vencer... Seria defender quem você ama. — A menina não sorriu, naquele momento não conseguia, mas com seu olhar sério terminou. — Pode aparentar ser uma vida de muitas perdas, sacrifícios e tristezas, mas a vida não é tão dura quanto podem falar.

A pequenina até cogitou complementar com “a vida pode parecer triste, mas ela é tão doce quanto um pirulito”, mas isso seria demais para a menininha. Ela acabou seu falatório enquanto encarava o pessoal. Esperava ter motivado alguém, mas ela tinha uma noção que não era tão boa nisso.

Oshiro Ayumu~ HP 500/500 | CH 500/500 | ST 00/04 | Sakin 2940/3000

Considerações:

MONOGATARI SHOUJO AYUMU☆MAGICA

A anã, o martelo e a academia.

Aparentemente tinha funcionado. Ayumu olhava as crianças que pareciam estarem surpresas, fora bem estranho, a pequenina não esperava por tamanha reação. Ela apenas ficava tentando responder as perguntas, com seu rosto tão vermelho quanto um pimentão.

— Que nada, esses clones são bem de boas, mas fazem estrago na churrascaria... HAHA! — Ria tentando responder algumas das perguntas. — Isso até será simples, comparado com o que vocês irão fazer no futuro! — Encabulada, ela tentava se esconder atrás do martelo.

Por hora a menina, teve então, como missão finalizada e com sucesso. Fora diferente do habitual, mas a pequenina tinha gostado. Ela pegou suas coisas e acabou por sair da academia depois de se despedir brevemente dos presentes.

Estava sem tanta pressa, não tinha muito o que fazer no dia, apenas esperava que algumas daquelas crianças se tornassem grandes o suficiente para serem o herói. Sim, existia a possibilidade de o herói ainda não ter sequer nascido, mas ela estava despreocupada, tinha muitas pedras em seu caminho que ainda iria tirar, ela sabia.

A pequenina saiu a passos curtos, cantarolando uma música desconhecida que tinha aprendido na sua infância. Ela olhava para os céus fixando os olhos nas nuvens que eram tão distantes e tão grandes para uma anã. A menininha acabou por agarrar o seu martelo, jogar o rosto para o lado e encarar mais a fundo o céu e perguntou:

— Então, você é o herói? — Perguntava para os ventos, sabendo que não teria a resposta que queria, mas ainda continuava esperando uma resposta, até que continuara sua andança, se emaranhando por entre as ruas estreitas da tão necessitada Sunagakure no Sato.

Oshiro Ayumu~ HP 500/500 | CH 500/500 | ST 00/04 | Sakin 2940/3000

Considerações: