Caminhou sentido ao campo, adentrando esse, e se aproximando dos dois que ali estavam. Colocou-se ao lado do seu “antigo eu”, encarando o horizonte. Permaneceu em silêncio, ouvindo as suas palavras no passado; seu semblante permanecia fechado, encarando o distante. O mais novo parecia falar com um tom que lhe servia como cobrança. Como pode ser tão idiota? Como pode ser tão imbecilizado? Como pode, por um momento que seja, ter deixado isso passar? Como pôde desistir por algo tão fútil? Como pode se deixar perder, ir tão longe dessa forma? Poder era importante, claro, mas o mais importante estava diante dos seus olhos. Virou sua cabeça de lado, por um instante, e ouviu suas próprias palavras, no passado;

- Eu estarei esperando. Se você vier aqui, me encontrará, eu prometo.

Naquele momento, como não acontecia em muitos anos, o rapaz fechou seus olhos, sentindo uma lágrima escorrendo pelo lado esquerdo de seu rosto.

"Eu… mudei.” - Pensara, fechando os olhos, voltando para a realidade. O homem que aparentava lhe seguir a vida toda continuava ali, de mãos no bolso, olhando para o rapaz com seu sorriso.

- E então… está pronto, Squall? - Perguntou, estendendo a destra, como um convite.

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Em silêncio, o rapaz não lhe respondera. Seu objetivo verdadeiro era muito mais importante do que qualquer tipo de poder. Ainda de cabeça baixa e olhos fechados, o rapaz suspirou, e ficou por uns poucos segundos em silêncio. Abriu suas mãos, retirando a tensão que havia sob elas antes.

- Oromoro - Começou, surpreendendo o outro por saber seu nome - Onde ela está?

Assim que finalizou a pergunta, a Sombra abriu seus olhos e levantou o olhar para seu adversário. Dessa vez, seu olhar estava diferente; carregava uma forte determinação e decisão. Carregava também a íris fina, e uma coloração diferente embaixo do olho. O modo sábio. Assim que colocou os olhos em Squall, e viu aquilo, o homem de cabelos negros alargou o sorriso em seu rosto, passando sua língua sob os lábios. Disparou uma longa gargalhada na sequência, falando somente após ela.

- Como você cresceu. Parece que até se livrou da minha coleira, não é? Hmhmhmhahahaha… parece que aceitou meu convite. Esteve na caverna Ryuchi, não é? Conheceria esses olhos em qualquer lugar. São os olhos daquela velha serpente.

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O rapaz permanecera em silêncio, encarando o outro. Estava em busca de uma resposta, e não sairia dali sem ela, mesmo que tivesse que lutar.

- Devo reconhecer que você se tornou forte, minha criança, mas…   - Pausou, mudando seu semblante e expressão - Você ainda é uma criança em um mundo de adultos - Disse, batendo a palmas das mãos uma contra a outra.

Na frente de Oromoro, um caixão de coloração bege surgiu do chão, subindo rapidamente, aparentemente saído de um portal. Assim que o caixão se pôs de pé, o seu conjurador saiu de trás dele e parou ao seu lado, tocando-o; sua porta despencou, e de dentro, uma figura masculina de cabelos marrons de média tamanho saiu de dentro. O outro estava com o sorriso de antes novamente estampado em sua cara, proferindo gargalhadas infindáveis. O que quer que fosse aquilo, parecia ser seu trunfo. O homem de dentro do caixão saiu para fora, caminhando duramente; ele possuía diversas marcas espalhadas por seu corpo, como se fossem rachaduras. Seus olhos eram diferentes; possuíam uma coloração negra estranha.

- Confuso? Este poder… que pode trazer os mortos à vida… ele pode ser seu também.

Correu seus olhos pelo corpo que estava em sua frente; se fosse de fato um morto trazido de volta para lutar, faria sentido. E não seria a primeira vez que ouviria sobre tal coisa. Mas, antes que qualquer coisa pudesse ser feita, uma outra voz familiar ecoou por entre as sombras.

- Deixe eu cuidar disso, Oromoro-Sama. - Disse a voz que se aproximava, advinda da escuridão.

Os olhos de Squall se apertaram um pouco, deixando seu semblante um tanto mais fechado; sabia bem de quem era aquela voz, e diferente do último encontro não haveria o fator surpresa ao lado dele, nem a vantagem de uma habilidade muito superior.

- Seifer. - Entoou, sem mover-se do lugar.

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O outro aproximava-se com a mesma postura, olhar e sorriso debochado de sempre; exalando uma arrogância e superioridade no olhar que podiam ser notados até no escuro. Deu alguns passos à frente, parando ao lado de Oromoro; sua espada, muito semelhante à de Squall, estava apoiada com a parte de trás da lâmina sob o ombro.

- Já faz algum tempo, fracote.
- … realmente se tornou o cão de guarda dele então.. - Comentou, fechando os olhos por um breve instante, abaixando a cabeça.
"E pensar que você foi tão longe, porque? O que fez você chegar À esse ponto?” - Pensou, antes de voltar o olhar para o ruivo.
- Eu me tornei tudo que sempre quis ser. - Começou, colocando a mão livre na cintura - O poder que eu alcancei Squall, nunca teria se vivesse como medíocres ninjas caseiros como você. Mas, não espero que que entenda; uma criança nunca entende um adulto. - Falou, abrindo os dois braços e os extendendo, como se desistindo de uma ideia. - Eu me tornei o seu cavaleiro… - Falou, apontando sua espada para o alto, com a cabeça erguida.
- Onde ela está, Seifer? - Questionou, com a mão descansando sob o punhal de sua espada.
- Só tem um jeito de descobrir, Squall. Acha que consegue?. - Questionou, apontando sua espada para o rapaz agora.
"Seifer… acho que não tem jeito” - Pensou, colocando a destra sob o ombro esquerdo.

Com um movimento da mão, retirou sua capa do corpo, jogando-a para o lado. Suas vestimentas padrão ficaram à mostra, bem como sua espada na cintura.

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- Isso será interessante.. - Disse Oromoro, fazendo o caixão ao seu lado sumir, junto com o homem dentro, caminhando para as sombras - Termine isso logo, estarei esperando. - Disse, antes de desaparecer.

Squall sacou sua espada, e assumiu posição de luta; seu adversário portava sua arrogância quase como algo palpável em volta dele. Avançou rápido na direção do rapaz, girando seu corpo 360 graus, desferindo um corte lateral, o qual foi bloqueado por Squall.

- Espero que dessa vez torne as coisas mais interessantes - Disse o ruivo, girando seu corpo novamente, no sentido contrário agora, atacando pelo lado oposto.

O inclinou seu corpo de lado para embalar a espada na direção de onde vinha o ataque, defendendo-o. àquela altura, era sua vez de atacar; desferiu um chute no peito do outro, que cambaleou para trás; saltou na sua direção com sua espada coberta de chakra elétrico e desferiu um ataque de cima, corte vertical, mirando o peito do mais velho. O homem de sobretudo branco ergueu sua espada, apoiando-a por baixo com a mão livre para bloquear o ataque; embora tenha defendido, o impacto acabou o empurrando para trás um pouco. Observou o fato de canto de olho, então voltou para a luta mais uma vez.

- Esperei muito por isso… não me decepcione - Disse, correndo na direção do rapaz com sua espada coberta por chakra elemental.

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O vento que cobria a lâmina do outro se chocou contra a eletricidade da Kusanagi de Squall, fazendo os dois elementos criarem uma mini explosão, de pequenas proporções, devido ao choque com alta força entre ambas. empurrando os dois para trás. Entre os dois uma fumaça pairava, por conta do choque elemental; do meio desta, Seifer disparou um rápido e forte ataque com sua espada, o qual mal deu tempo para Squall se esquivar, sofrendo um leve corte em seu rosto, na bochecha esquerda. Enxugou as gotas de sangue que escorrem com sua luva, e então disparou contra seu inimigo mais uma vez; realizando uma rápida sucessão de ataques com a lâmina, vindos de direções alternadas; foi entre os bloqueios do ruivo que ele encontrou um pequena brecha entre a troca de ataques de Squall para golpear a lâmina deste por baixo, empurrando-a para cima, ainda nas mãos do rapaz; acertou-lhe então um chute na altura do estômago que o empurrou vários metros para trás, caindo sentado. Não tardou para se reerguer e recobrar a espada; mas, para sua surpresa, o inimigo estava parado onde estava quando lhe acertou; exibindo seu convencido sorriso. Este permaneceu parado, de olhos fechados por alguns instantes; sua pele começara a mudar completamente. A tonalidade ficou cinza, começou a adquirir escamas por toda ela, assemelhando-se à uma verdadeira serpente. Era ali que a verdadeira luta começaria. O ruivo, usando de sua velocidade aumentada, desferiu um ataque direto contra o rapaz, que bloqueou fechando seus punhos, mas se viu arrastado pela força incrementada do outro por alguns metros. Assim que o impulso acabou, o rival de Squall desferiu um ataque lateral com a espada, o que qual também fora bloqueado, mas serviu apenas como distração; À sua frente, o outro estava para cuspir uma grande bola de fogo de sua boca que rapidamente cobriu Squall e passou por ele, que permaneceu em pé com os braços na frente do rosto para se proteger.

- Está vendo, Squall? A diferença gigantesca que existe entre nós? Este poder… vale qualquer preço à ser pago.

Do meio das chamas que já iam acabando À sua volta, Squall abaixou seus braços, deixando seu rosto queimado à mostra. Seu casaco estava arruinado, virado cinzas. Retirou os restos dele de seu corpo, e jogou fora. Recolheu energia natural À sua volta sem mover um músculo, e preparou-se para a sequência da luta. O outro, tomado por sua arrogante confiança, desferiu outro ataque direto com sua espada, mirando o ombro de Squall; desta vez, não houve dificuldades de esquivar-se e deixar a l^mina passar rente à pele, dando a falsa sensação de acerto ao ruivo, que arregalou seus olhos em surpresa por ter errado. Quando voltou seu olhar para o rosto do rapaz, percebeu o motivo; os olhos de Squall estavam diferentes, mais uma vez; o Modo Sábio da serpente. O semblante do ruivo mudou subitamente; era claro seu incômodo, e talvez, a sensação de inferioridade. Com o olhar sério e mais pesado agora, Squall o encarava diretamente; liberou de seu corpo uma onda de raios omnidirecionais, que cobriram o entorno do rapaz, eletrocutando o ruivo no processo. Uma fumaça se ergueu do local, e dessa vez foi Squall quem se aproveitou, usando o sensoriamento para rastrear a localização exata do outro; disparou em uma velocidade ainda mais alta que seu adversário, do meio da fumaça, com uma lâmina de relâmpagos formada em sua mão.

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Do meio das chamas que já iam acabando À sua volta, Squall abaixou seus braços, deixando seu rosto queimado à mostra. Seu casaco estava arruinado, virado cinzas. Retirou os restos dele de seu corpo, e jogou fora. Recolheu energia natural À sua volta sem mover um músculo, e preparou-se para a sequência da luta. O outro, tomado por sua arrogante confiança, desferiu outro ataque direto com sua espada, mirando o ombro de Squall; desta vez, não houve dificuldades de esquivar-se e deixar a l^mina passar rente à pele, dando a falsa sensação de acerto ao ruivo, que arregalou seus olhos em surpresa por ter errado. Quando voltou seu olhar para o rosto do rapaz, percebeu o motivo; os olhos de Squall estavam diferentes, mais uma vez; o Modo Sábio da serpente. O semblante do ruivo mudou subitamente; era claro seu incômodo, e talvez, a sensação de inferioridade. Com o olhar sério e mais pesado agora, Squall o encarava diretamente; liberou de seu corpo uma onda de raios omnidirecionais, que cobriram o entorno do rapaz, eletrocutando o ruivo no processo. Uma fumaça se ergueu do local, e dessa vez foi Squall quem se aproveitou, usando o sensoriamento para rastrear a localização exata do outro; disparou em uma velocidade ainda mais alta que seu adversário, do meio da fumaça, com uma lâmina de relâmpagos formada em sua mão. Assim que o ruivo viu o ataque, tentou erguer sua espada em defesa, mas o punho eletrificado da Sombra passou por ela antes que entrasse no caminho.

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- Acabou, Seifer.

Foi assim, em um mero instante quase imperceptível, que a luta acabou. O Raikiri atravessou a parte superior externa do ombro direito do rival de Squall, abrindo uma ferida média, nada sério. A única resposta que Seifer conseguiu se trazer à dar foi o silêncio. Fora completamente derrotado, mesmo acreditando que havia alcançado o ápice de poder naquela forma, através de tudo que aprendeu com Oromoro. Não conseguia nem se questionar porque seu rival havia desviado o punho para apenas causar uma ferida não letal quando teve a chance de matá-lo; tudo que sentia era frustração. Sua transformação sábia expirou, fazendo seu corpo retornar ao seu modo normal. Abaixou sua espada, e permaneceu imóvel, de cabeça baixa. Por mais que pudesse fazer várias perguntas para o rival, Squall apenas deu as costas para ele, e seguiu a localização que o rastreamento de seu Modo Sábio proporcionou da posição de Oromoro. Ao virar-se, desfez sua própria transformação sábia em um piscar de olhos, correndo para a profunda sombra. Atrás de si, seu adversário ficou imóvel, no centro do local. Através das sombras, o rapaz seguiu pelo estreito corredor que servia de saída daquele cômodo. Correu, irrompendo entre as trevas que tomava o local todo, na direção que seus sentidos naturais apontavam; em linha reta.

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A penumbra da passagem logo chegou ao fim, quando o destino do corredor ficou à mostra, mais À frente. Além do local todo, também era visível uma figura alta, de cabelos longos pretos parada de costas n

"Oromoro… ”

Assim que o rapaz adentrou o local, não houve um síngulo movimento do outro. Permaneceu imóvel, com o rosto voltado para cima. À sua volta, diversos tipos de equipamentos científicos de todos os tipos estavam à disposição, espalhados pelas mesas da sala. Um laboratório. Quaisquer que fossem os experimentos que ele fazia ali, Squall preferia nem imaginar. Parou à porta da sala, com o olhar fixo em quem estava procurando. O silêncio que se seguiu foi quebrado por uma leve gargalhada do homem de cabelos negros.

- Onde ela está? - Questionou, ignorando a histeria momentânea do outro.
- Você não tem ideia do que está acontecendo, não é, minha criança? - Disse, ao que teve o silêncio como resposta.
- Por que tudo isso? Você era o dono do nosso orfanato, não era? - Questionou, atraindo a atenção do outro.
- Então, você sabe. Interessante. Sim, eu criei aquele lugar, e ajudei a criar cada um de vocês.
- Por que
- Tem certeza que quer saber?

O silêncio que se seguiu denunciou as dúvidas que se passavam na mente do rapaz.

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No escuro ambiente, a risada do homem ecoava, causando um estranho medo correr pelo peito do rapaz de olhos azuis. Seu olhar era fechado, fixo na figura à sua frente, com a cobia por respostas gritando alto em seu interior.

- Aquele orfanato… foi onde eu encontrei os talentos que eu tanto procurei. - Disse, mudando o tom de voz. - Cada um de vocês possui um talento nato. Alguns chegam a ter… poderes peculiares, como ela.

E foi essa resposta que mudou a expressão do rapaz, que trouxe ao semblante deste a expressividade que normalmente lhe faltava. Cerrou os punhos e jogou o braço direito para o lado, como se dando um soco para o lado, demandando respostas.

- Porque? Porque eu? E porque ela? Por que nos envolver nisso?
- Por que eu preciso de vocês, minha criança. - Respondeu o outro, virando-se para Squall, com seu sorriso de sempre no rosto. - Por que eu preciso de vocês, minha criança.
"O que tudo isso significa? O que diabos está acontecendo?” - Pensou, agora tentando se acalmar e recuperar sua postura habitual.
- Seja lá o que queira fazer, não é da minha conta. Eu vim aqui para buscar ela, e é o que vou fazer. Onde ela está? - Questionou, mais uma vez repousando sua mão sob o cabo da espada.
- Garanto que você não vai querer saber, pelo seu próprio bem. .

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As dúvidas causadas pela constatação do homem eram preocupantes.

- Quer mesmo saber onde ela está? Terá que me fazer falar Squall. Será que consegue?

Por mais forte que Squall fosse, o mero olhar daquela criatura o fazia recuar dois passos. Exalava uma força descomunal, maligna. Causava constantes arrepios no outro, que permanecia parado, confrontando o olhar à sua frente.

- Você não enxerga, Squall? Você está completamente sozinho. Não há ninguém com quem contar.
- Não... - Respondeu, abaixando seu rosto, tentando se convencer da sua resposta.
- Olhe para o lado. Essa é a prova… e é por isso que ainda não se tornou tão forte quanto pode ser.
"Angell… Takane… Jiro… Tatsuo… Eu estou mesmo… sozinho?” - Questionou-se, abaixando o rosto. "E se estiver? Não foi sempre assim que eu vivi? Porque precisaria de alguém agora? Eu posso viver sozinho… certo?” - Questionava-se, tentativa de se convencer da ideia que era auto-suficiente.

- Squall? - Disse uma voz feminina, leve e delicada como uma suave brisa de verão, que mal pode ser sentida, mas traz o devido refrigério aos que são tocados por ela.

Oromoro mantenve-se parado, observando Squall, premeditando aquela cena; o rapaz, de seu lado, arqueou as sobrancelhas, abrindo seu semblante, como se estivesse abrindo toda sua guarda, ficando vulnerável. Tudo isso, apenas com o som da voz dela, que vinha da escuridão do laboratório. Se houvesse qualquer chance de ser ela, o rapaz precisava saber; um som de rachadura podia ser ouvido acima deles, no teto, e raios de sol começaram a passar pelas frestas, iluminando o local. No fundo, um tipo de tubo gigante era onde a garoto estava, como uma espécie de experimento. A Kusanagi caiu ao chão devido ao movimento brusco que o rapaz fez, começando à correr; correr, como alguém que viu um anjo.

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- Squall! - Era tudo que o rapaz conseguia ouvir.

Corria desesperadamente, passando por Oromoro; à frente, via a garota com as mãos estendidas sob o tubo, com os olhos fixados no rapaz. Se não estivesse enganado, podia ver uma lágrima escorrendo no rosto dela. Colocou toda sua força nas pernas; queria acabar logo com isso, e apenas dar-lhe um abraço. Mas… como se o destino quisesse diferente, uma surpresa ocorreu. Uma grande explosão ocorreu acima deles, destruindo todo o teto do local, que começou à desmoronar sob o ambiente, destruindo o laboratório. Um grande destroço caiu no meio do caminho, impedindo que Squall pudesse prosseguir. Virou-se para cima afim de ver o que havia ocorrido. Oromoro estava fitando a parte superior também, sério. Do alto, uma figura parecia estar flutuando no ar era difícil identificá-lo, por conta da luz do sol atrás dele, que impedia a visão.

- Você realmente veio, no fim das contas… - Oromoro constatou, com um olhar preocupado.

Trocou olhares entre este e a figura no céu, e então, o rapaz voltou-se para quem veio procurar; tentou achar uma passagem por entre os escombros, mas sem sucesso. Sentiu uma onda de força o amarrar e paralisar, e quando conseguiu se virar, a figura estava mais próxima, flutuando onde era o teto do local. Um homem de cabelos cinza, longos. Em suas costas, uma única asa negra, estendida. Carregava em sua mão uma espada de lâmina fina, mas longo comprimento.

- O segredinho da Folha.... - Falou Oromoro, respondendo às incertezas visíveis em Squall.

Fosse quem fosse, estava atrapalhando em um assunto pessoal; Squall, liberando seu modo sábio outra vez, juntou seus punhos, formando uma estatica negra ao redor deles, e quando estas aumentaram, separou-as em seus dois punhos. Fitou o homem ao alto, que nem sequer preocupava-se em olhar para ele; mantinha seu sorriso de superioridade estampado. Arqueou seus joelhos para pegar impulso, e saltou na direção daquele ser, mirando-lhe seu golpe mais forte; seja lá quem fosse, era uma ameaça clara. Depois disso trataria de obter respostas. Mas, conforme ia chegando perto, quase nem viu o movimento sendo feito, apenas sentiu algo atravessando seu ombro direito, causando uma dor aguda. Quando caiu em si, estava pendurado pela lâmina daquele homem, que o perfurou sem que Squall sequer pudesse ver. Em um rápido movimento, ele arrancou a lâmina e perfurou-o várias outras vezes, tão rápido que o corpo do rapaz nem tinha tempo de cair antes do próximo golpe. Quando foi largado para cair, despencou do alto, caindo ao chão perdendo a consciência aos poucos. Virou sua cabeça para trás, onde a garota estava, e viu Oromoro pegando-a da cápsula, preparando-se para fugir. Quando os olhos do rapaz começaram a se fechar, viu o mesmo Ororomo se aproximando de seu corpo, colocando a mão sob seu corpo.

"Droga… mais uma vez… eu deixei… você ir… Ri...noa...”

E assim, fechou os olhos, apagando. Acordou alguns dias depois, no hospital do Redemoinho.

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