Não precisou muito para alarmar o jovem rapaz. Aquele nome lhe trazia muitas coisas à mente, e era, talvez, a única coisa capaz de lhe fazer expressar emoções. Não precisou muito mais do que aquilo para que ele se levantasse de onde estava e se aproximar do outro, aguardando que ele continuasse.

- Mandei alguns ninjas investigarem esse assunto à algumas semanas. Recebi um relatório deles agora pouco. Seguiram Oromoro por algum tempo, na surdina, para tentar encontrar algum tipo de base, ou local onde ele estivesse estabelecido. Acharam um esconderijo subterrâneo, no meio de uma floresta, aqui mesmo no País da Água. Não se sabe muito sobre o local, exceto que a entrada está escondida entre um arvoredo, no centro da floresta. Isso é tudo que me informaram. Deixei um pergaminho na sua mesa com o resumo do relatório e um mapa, indicando a entrada. Eu irei - Antes que o loiro pudesse concluir a frase, o Terceiro disparou em uma caminhada acelerada, passando pelo lado deste, sem dar uma palavra sequer. - Squall! Por favor... tenha cuidado. - Disse, vendo que o homem parou por um segundo, na escada, para o ouvir quando fora chamado, e na sequência adentrou o gabinete.

"Espere por mim... eu vou cumprir minha promessa."

Informações:

Considerações:

O Terceiro desceu as escadas apressadamente, rumando à sua sala, o primeiro local de parada na longa viagerm que se iniciaria. Antes de pegar o que estava na mesa, pegou sua capa, que estava pendurada logo ao lado, vestiu-a, fechando-a na frente, assegurando-se que sua espada estava atada À cintura. Voltou-se para a mesa, e abriu o pequeno pergaminho que estava sob ela; notou uma carta ali também, mas agora não conseguia pensar em mais nada. Desenrolou o pergaminho, observando o desenho do mapa, fazendo um rápido desenho na sua própria cabeça do trajeto que faria para chegar. Estava familiarizado com o caminho por entre os arquipélagos, e isso não seria tarefa difícil para ele. Terminou de checar todo seu equipamento, e então, virou-se para a janela, enxergando a vastidão do vilarejo ali de cima.

"Eu farei deste um lugar seguro para nós. Logo... estaremos juntos aqui. Eu irei cumprir minha promessa.” - Pensou, assegurando-se de mais um motivo para lutar por aquele lugar com sua vida - e talvez, mesmo que por egocentrismo, o maior motivo de todos.

O rapaz não fazia ideia exata do que o aguardava, o que enfrentaria ao certo, nem de onde precisamente estaria indo, mas havia algo o compelindo; aquela promessa feita à ela, naquele dia. Já havia falhado por muito tempo em cumprí-la, agora precisava agarrar a chance de fazer jus às suas palavras.

Informações:

"Eu farei deste um lugar seguro para nós. Logo... estaremos juntos aqui. Eu irei cumprir minha promessa.” - Pensou, mais uma vez checando seu equipamento e fechando sua capa.

Antes de sair, o rapaz fez um selo usando ambas as mãos, e na sequência, quatro cópias suas surgiram ao seu lado. Desfez três delas, recobrando o chakra destas, e instruiu à última.

- Fique e cuide da vila enquanto eu estiver fora. Se precisar, envie a serpente para me encontrar. - Disse, virando-se de costas, e batendo a porta ao sair do local.

Aproveitou uma das janelas abertas no corredor de saída da sua sala, e fez por ali mesmo a sua saída do local, saltando para fora do prédio. Não mediu esforços em sair apressadamente, saltando de prédio em prédio em prédio, casa em casa, deixando apenas a sua capa balançando ao vento como vista de qualquer visse passando. Dentro de seu peito uma ansiedade crescia, quase começando a se formar em agonia; a viagem até o local ainda era longa, e por isso mesmo precisava se apressar. Seus olhos corriam de um lado para outro, buscando o melhor ponto de equilíbrio para pousar de um salto e já encaixar o próximo, sempre buscando o maior impulso possível. Não tardou muito para que chegasse aos portões da vila. Os guardas agora se faziam visíveis, sob a leve neblina que insistia em se fazer presente. O Mizukage sinalizou com a cabeça para eles que estaria viajando, mas todos sabiam que uma cópia sua ficaria no gabinete, como de praxe. Sem delongas, passou pelo local e partiu em sua viagem, em uma corrida fenética para ganhar tempo.

Informações:

A umidade da neblina se acumulava por entre o rosto do rapaz, que agora passava por entre os portões da vila, dando as costas para os guardas, que o observavam indo ao longe, fazendo seus próprios comentários sórdidos.

"Vale do Fim… as histórias do passado desse local. Espero chegar logo ” - Pensara, correndo através da planície que circunda a vila do Redemoinho.

Em seu âmago residia um forte sensação de inferioridade; não seria surpresa, visto que graças à sua tão corriqueira fraqueza durante sua vida, ficou incapacitado de cumprir com sua promessa e de estar do lado da pessoas que era importante para ele. O anel que lhe dera no dia em que se despediram quase tinha voz em sua mente, visto que era o momento mais nítido em sua memória daquela situação; o seu compromisso de se reencontrar com a garota. Seus olhos estavam bem abertas e fixos no caminho à frente, mas sua mente divagava entre as lembranças e o mix de vários sentimentos que iam e vinham em seu coração naquele momento. O que quer que fosse que enfentaria, precisava fazê-lo logo, e mais que tudo, desejava cumrpir sua promessa. A lembrança de seu rival, e o fato sabido de que teria que o encontrar para chegar à seu objetivo lhe causava uma certa seriedade incomum até para ele, acompanhada de um forte desejo de o enfrentar e acertar as contas.

Informações:

Em meio aquele turbulento caos de sentimentos, o rapaz seguia sua viagem. Por alguns momentos, era quase como se não estivesse mais onde estava. Uma consecutiva onda de memórias e pensamentos lhe tomaram de assalto. Desde o primeiro dia em que esteve naquele orfanato; as estranhas lembranças do local lhe causavam até um certo desconforto. As brigas com o outro, mais velho, que se repetiam dia à dia, ambos sempre fazendo de tudo para provar sua superioridade naquela rivalidade infantil; cada uma das vezes que faziam questão até mesmo de competir nas pequenas coisas, como correr mais rápido, fazer quaisquer que fossem os exercícios mais rápido que o outro, s brigas até mesmo pela amizade e admiração de Rinoa, que acabou sendo próxima dos dois, embora houvesse uma ligação especial com Squall; os momentos em que esteve sozinho, sem ninguém, mas alguém apareceu para estar ao seu lado. No fim, ele era um devedor, e a promessa de se reencontrarem era a única maneira de tentar pagar essa dívida.  

"Eu… com certeza mudei... ” - Pensara, atravessando de um arquipélago para outro, cruzando a região das pequenas ilhas em volta da ilha principal, onde o Redemoinho estava estabelecido.

Em meio à fina camada de neblinca que rodeava o local, o vilarejo já não era mais visível atrás dele; e assim, seguia seu trajeto, rumando à floresta marcada no pergaminho.

Informações:

Em meio à neblina, o rapaz seguia de ilha em ilha, atravessando boa parte do território do País da Água. Não demorou muito para que finalmente chegasse ao território onde o ar era mais “limpo” como era identificado pelas crianças da vila. A grande planície, pouco distante da vila, era uma região onde a neblina não costumava ser presente, por qualquer que fosse o motivo. Mas não era hora para divagar em análises climáticas; o rapaz tinha uma tarefa, e iria cumprí-la. Correu por entre a grama do local, apressadamente, já podendo ver traços da entrada da distante floresta.

"A entrada é aqui… falta só mais algumas horas até chegar ao ponto marcado, preciso me apressar.”

Movia-se com toda sua velocidade, seu corpo inclinado para frente, visando ganhar a melhor mobilidade possível, mesmo que isso lhe custasse um pouco mais de energia. À cada metro percorrido, os sinais da mudança da vegetação eram visíveis; a grama ia aumentando de tamanho, a relva mais presente entre ela, capins de grandes tamanhos, pequenas plantas cada vez mais presentes, até que finalmente avistara por completo a entrada da grande floresta; com árvores de tamanhos médios na entrada, mais ao fundo eram visíveis outras muito maiores, que se extendiam ao céu.
"Quase lá” - Pensou, adentrando a mata.

Informações:

Corria avidamente por entre os grandes arvoredos que se estendiam à alturas inacreditáveis, quase que desapercebido de tudo e qualquer coisa à sua volta. O som que seus passos faziam ao esmagar a grama no chão cessaram assim que arqueou os joelhos, pegando impulso, e jogou seu corpo para o salto, elevando-se do chão. Seus pés, que emanavam chakra, grudaram-se à superfície da árvore cima de si, onde mais uma vez inclinou seu corpo para baixo e impulsionou-se para o alto outra vez, onde, pousando sobre um galho de grande tamanho, jogou seu corpo em um salto para o próximo, mais à frente, e assim continuou repetindo, resumindo seu trajeto. Cruzou por mais alguns metros, na altura das árvores, onde parou no topo de uma delas. Olhou à sua volta, procurando quaisquer rastros do que estava buscando, sem muito sucesso. Abriu sua bolsa, e retirou o pergaminho que continha o mapa do local; parecia estar perto, ou pelo menos na direção certa.

"A entrada é por aqui, agora preciso procurar. Hm?” - Pensara, surpreendido por um som próximo, atrás de si.

Não demorou para que se ouvisse um som conhecido; uma lâmina estava cortando o ar, e vindo em sua direção, rapidamente. Esquivou-se inclinando o corpo para frente, fazendo um círculo em volta do galho onde estava, agora suspenso nele no ar, através do chakra em seus pés. Com a virada, ficou de frente para o local de onde veio o ataque; sacou sua espada rapidamente da cintura, abrindo sua capa, e escaneou todo o cenário à sua volta para ver se encontrava o remetente do ataque. Do meio dos galos, alguém saltou com uma pequena espada em mãos, mirando um ataque transversal no peito de Squall, vindo em média velocidade, nada surpreendente. Assim que o homem se aproximou, o rapaz barrou seu avança com a Kusanagi, bloqueando-o e empurrando para trás. Soltou seus pés da ligação na árvore, e pousou ao chão, encarando aquele que o atacou, que havia feito o mesmo.

- Está perdido, garoto? - O outro questionou

Informações:

O olhar do Kage era direto e fixo, sem titubear; encarava seu adversário sem medo ou hesitação; fora treinado a vida toda para isso. Sua espada estava erguido, com a ponta um pouco acima da altura dos olhos, voltada para seu oponente, que repetia a postura. Havia se preparado por muito tempo como um shinobi para situações assim; passara por outras piores, como no CS, e tratava de manter isso em mente, para não deixar a dúvida ou medo subirem à seu coração. E então, foi seu oponente que fez o primeiro movimento, saltando em linha reta para lhe desferir um corte horizontal, na altura do peito.

"Simples demais...” Pensara, acompanhando a velocidade do outro com os olhos.

Deixou que seu inimigo chegasse mais perto, e então abaixou-se e impulsionou o corpo para cima, passando por baixo da espada do outro, cortando-lhe o peito em um ataque diagonal, saltando por cima dele. Pouso alguns metros para frente, com seu inimigo caído ao chão atrás de si;

"Adversidade superada” - Pensou, fechou os olhos por um momento, suspirando. Matar não era algo que gostasse, ou que estive realmente acostumado À fazer. .

Informações:

No chão, atrás de si, jazia o cadáver de seu adversário. Quem quer que fosse, não possuia muita força. Seria até estranho se fosse parar para pensar; alguém como aquele homem com guardas tão fracos. Mas não havia muito tempo para divagar sobre outras coisas agora.

"Se ele tentou me interceptar aqui, é porque a entrada deve estar perto.” Pensara, guardando sua espada de volta à cintura.

Fez um selo único cruzando ambas as mãos, e ao seu lado surgiram quatro cópias suas; tanto ele próprio quanto os clones puseram-se à procurar nos entornos pela dita entrada do esconderijo. Embora houvesse a localização marcada no mapa, não havia detalhes de onde, ou como encontrar a abertura do local. Precisavam procurar em cada canto; arbustos, embaixo de troncos, entre a grama, no meio da relva, por entre as árvores; qualquer lugar era um possível esconderijo. Mas, seu adversário era astuto; por mais que procurasse, não havia jeito de encontrar. Parecia algo perfeitamente bolado. Perfeitamente demais. Será que ele já havia previsto que o rapaz o procuraria ali? Será que tudo isso seria mais uma das suas manipulações, como as outras foram? Diga-se de passagem, a primeira vez que o rapaz matou alguém, foi por manipulação desse homem. Fosse o que fosse, aquilo lhe parecia muito estranho, especialmente conhecendo aquele homem. Com toda a pressa, todos os cinco continuavam sua busca.

Informações:

A busca incessante pela entrada do local que viera buscar continuava; as quatro réplicas haviam se dividido e se espalhado pelo ambiente, cada qual procurando por uma parte. Enquanto procurava, o rapaz sentia em seu peito uma angustia cada vez maior; por mais que tentasse manter sua atitude fria e calma de sempre, a ansiedade não lhe permitia; precisava se apressar e encontrar de uma vez essa entrada; precisava encontrar de uma vez por todas aquela pessoa.

"Como uma simples entrada de um local pode estar tão bem escondido? Todo esse tempo procurando, e não achamos nem pista dessa entrada… ” Pensara, olhando à sua volta, procurando por qualquer sinal.

Andou de um lado para o outro, sem nenhum sucesso. Juntou-se com os cones, e partiram dali para mais para frente, procurando por algo que pudesse lhes clarear. Foi ali, correndo para frente, que viu algo que lhe deixou em confusão inicialmente; o cadáver do homem que enfrentou tempos antes, de onde ele veio. Olhou à sua volta, e tudo parecia igual; sabia que estava no lugar de onde havia saído. Olhou em volta, espalhou seus clones de um lugar para o outro, tentando achar algum tipo de armadilha, ou algo que explicasse a situação. Mas quando parou para pensar calmamente, lhe caiu a ficha; estava preso em uma ilusão.

"Adversidade superada” - Pensou, fechou os olhos por um momento, suspirando. Matar não era algo que gostasse, ou que estive realmente acostumado À fazer. .

Informações:

FOi só no momento em que se viu andando em círculos por entre a floresta que parou para ponderar o que ali poderia realmente ser. E não precisou de muita divagação para perceber que estava preso em uma armadilha de ilusão. Lá se foram algumas horas perdidas, andando em círculos.

"Toda ilusão tem um método de entrada, o que também expõe o método de saída. Se é uma ilusão em área, é uma ilusão por expansão de chakra. Ok… agora só preciso...”

Uniu suas duas mãos, formando o selo do tigre; fechou seus olhos e focou-se no seu fluxo de chakra como um todo. Reuniu um pouco de energia da natureza à sua volta, misturando-a ao seu próprio fluxo interior. O efeito foi exatamente como esperado; o poder da energia externa quebrou o movimento estranho causado pela influência do chakra expandido e causador da ilusão. Assim que o chakra externo fora expulso de seu corpo, tratou de voltar-se à pequena entrada que estava escondida entre os arbustos, próximo de si, agora visível. Desfez os seus clones, resgatando o chakra que havia dividido entre eles, e foi-se em direção à dita entrada. PAssou por entre os tais arbustos, e abaixou-se sob a pequena passagem. Duas pequenas esculturas de serpentes estava postas, uma de cada lado da entrada. Isso confirmava ONDE ele estava.

"Sem dúvidas, é aqui.”

Informações:

Assim que saira da dita ilusão, o rapaz permeou pelo meio da relva e dos arbustos, alcançando a entrada do esconderijo. As duas pequenas serpentes de pedra postas aos lados da abertura sinalizavam que era o local certo.

"Sem dúvidas, é esse o lugar” - Pensara o rapaz, adentrando a pequena passagem.

Assim que tocou a pequena escadaria do lado de dentro, sacou um pergaminho de sua bolsa, e fz alguns rabiscos nele, desenhando pequenas bestas com a tinta. Ajoelhou-se ao chão, sob o pergaminho, e fez um único selo simples com a destra livre.

- Ninpo: Choju Giga! - Falou, dando vida aos traços formados sob o papel.

Saíram da seda do pergaminho cinco pequenos rastros pretos, feitos de tinta; os pequenos ratos desceram rapidamente as escadarias, correndo pelo escuro corredor à frente, a fim de cumprir seu propósito; escanear o local. Sondaram cada corredor, quarto, esquina, entrada, sala, cada detalhe presente no local, e então fizeram a artimanha final para a qual foram projetados; retornaram À seu conjurador, à fim de repassar as informações coletadas. Assim que chegaram ao princípio de sua criação, correram de volta para o pergaminho que as gerou, infundindo a tinta de volta à seda, revelando todas as informações de tudo que viram por onde passaram.

Informações:

No instante em que a tinta se dissolveu sob o papel e as informações do local começaram a se formar, o rapaz fechou seu semblante, cerrando as sobrancelhas. Aquilo era muito inesperado.

"Quieto. Quieto demais… algo aqui não está certo.” - Pensara, fechando o pergaminho e guardando-o de volta em sua bolsa enrolado e devidamente preso.

Desceu pelas escadas utilizando de suas habilidades de movimentar-se silenciosamente, adquirido ainda quando estava na Folha. Habilidade essa que lhe permite camuflar os sons de seus movimentos, conseguindo passar desapercebidamente pelo mais astuto ouvinte. Manteve o ritmo desacelerado de seus passos, cuidando tudo à sua volta, e à medida que ia chegando ao fim da escadaria, ficara visível um largo corredor, iluminado apenas por velas penduradas dos dois lados da parede. O ar macabro daquele lugar era insano, mais uma vez atestando que de fato era onde encontrar aquele~homem. Logo mais à frente, um cruzamento onde 3 corredores se dividiam; esquerda, direito e para frente.

"Clichê” - Pensou, avaliando todas as rotas.

Optou por seguir em linha reta, o que seria mais fácil de “controlar”, falando em termos geográficos. Caminhou sorrateiramente pelo corredor, até que esse fez uma curva obrigatória para a direita; assim que averiguou o caminho À frente, pode ver mais adiante várias portas nas paredes laterais da passagem. Possivelmente salas ou quartos, todos vazios.

Informações:

Chegando no ponto onde a passagem fazia sua primeira curvatura, o rapaz parou, inclinando sua cabeça para observar o que havia mais à frente. Viu o corredor vazio, com várias portas nas laterais. Quartos ou salas, todos vazios. Moveu-se casualmente pelo corredor, sem se ater à ir sorrateiramente demais, mas sem muita pressa. Passou pela região onde haviam as portas, sem dar muita atenção à estas, prosseguindo pelo caminho. No instante em que passou das portas, ouviu um som no corredor logo à sua frente; alguém estava caminhando em sua direção. Fez um selo de mão, tornando seu corpo completamente transparente, ficando praticamente invisível à olho nú.

"Meisagakure no jutsu” - Proferiu mentalmente, enquanto o chakra se espalhava, misturando sua aparência ao entorno de seu corpo.

Foi usando sua habilidade e aptidão especial com ninjutsus que ele fora capaz, também, de remover todos os traços de seu cheiro do ambiente, só por precaução. Afinal, estava dentro da base inimiga, e não tinha ideia de quem estava por vir. Encostou suas costas sob a parede atrás de si, reforçando a eficiência de sua camuflagem, permanecendo imóvel, mais uma vez se beneficiando do seus movimentos silenciosos para camuflar sua presença. Não demorou para que o dono dos passos aparecesse; um completo desconhecido, que carregava uma espada em sua cintura. Caminhou casualmente, mas virou-se para a direção onde o rapaz estava, caminhando quase em linha reta até ele.

Informações:

No lado direito, pouco mais para trás da têmpora, quase tocando a pálpebra quando passou pela sobrancelha. O caminho que a gota de suor fez ao descer da testa do rapaz denotava seu nervosismo conforme a figura À sua frente caminhava e se aproximava dele. Não era medo por ser morto, ou derrotado; nem por incapacidade de vencer. Tinha plena confiança em suas habilidades e força. Mas, o fato é que estava em uma situação de perder ou perder; estava no meio do território inimigo, sozinho, sem conhecer o local, e sem ideia de quantos inimigos poderiam estar dentro daquele local. Embora os ratos não tivessem localizado ninguém, existia um limite até onde eles poderiam ir. Mas, aquela não era hora para estar perdido em seus costumeiros devaneios. Prendeu a respiração ao ver o homem se aproximando e estendendo a mão em sua direção. Sem barulhos, recolheu energia natural À sua volta, para estar pronto para o que quer que fosse acontecer em seguida. Fixou o olhar no do outro, tentando discernir se ele havia o visto, ou sentido de alguma forma, mas assim que sua mão cruzou ao lado do rapaz, agarrando a maçanete da porta que estava bem do seu lado, tudo ficou claro. Conseguiu acalmar-se, e assim que a porta se trancou por dentro, ele pode desfazer seu jutsu e respirar fundo.

"Por pouco… por hora, estou seguro, mas é melhor sair logo daqui” - Apontou mentalmente, virando o rosto para o seu destino.

Informações:

A destra do rapaz repousara sob o cabo da espada constantemente, com dois dedos entrelaçados sob ela; seguia pelos diversos cruzamentos e bifurcações do local, procurando por seus objetivo; Oromoro. Parou defronte para um salão oval, que começava logo no fim da passagem onde estava, poucos metros à frente. O local parecia vazio e muito quieto.

"Quieto demais, de novo.” - Pontuou para si, esgueirando pela beiradas da parede, tentando olhar em volta.

O local parecia completamente vazio, com algumas entradas contendo barras de ferro na frente, como uma espécie de...

"Cela? Estão prendendo gente aqui embaixo?” - Avaliou mentalmente, observando as várias entradas trancadas.

Manteve-se abaixo, na entrada do local, observando as celas barradas; nenhum síngulo som podia ser ouvido ali de dentro. Deu um primeiro passo à frente, indicando entrar, quando ouviu m ruído atrás de si cortando o ar

"Uma lâmina” - Pensou enquanto virava seu corpo, bloqueando com sua espada o ataque que o jogou para dentro do salão.

Ao se recompor, colocou-se de pé, com o olhar voltado para seu resistente. Olhou em volta, observando o local onde provavelmente ocorreria a luta, atento à qualquer coisa que pudesse usar à seu favor. O outro adentrou o local, portando uma espada em sua destra, que logo ergueu e apontou para o Kage.

Informações:

A figura adentrou o local e logo apontou sua lâmina na direção do rapaz, que por devolução, fez o mesmo com sua própria espada. O outro não proferiu uma única palavra antes de disparar o primeiro ataque em sua direção; mirando-lhe um corte vertical vindo de cima, o que foi bloqueado pela lâmina do Uzumaki; embora a força do seu inimigo não fosse tão grande, sua velocidade compensava.

"É rápido” - Pensou,. mal tendo tempo de bloquear o golpe que veio de cima

O ataque lhe empurrou para baixo, apoiando um dos joelhos no chão; no rosto do homem, um sorriso estava estampado, como se debochando do rapaz. O adversário empregou mais força na lâmina, empurrando a da Sombra para baixo, aproximando-se do seu rosto. Aquela luta resumia-se Àquele golpe; tudo precisava ser resolvido ali mesmo; não podia arriscar que ele chamasse ou alarmasse mais ninguém. Por mais que resistisse, seu inimigo se estava se aproveitando do ângulo superior para ganhar mais força em seu ataque, e a cada segundo que se passava, se aproximava mais do rosto do Uzumaki. Em um impulso, empregou mais força do que o esperado, e a Kusanagi voou de suas mãos para o lado, rodopiando do ar. Aquele instante parecia correr como em câmera lenta; seu adversário virou a espada em suas mãos para baixo, segurando o cabo ao contrário. Levantou as duas mãos, erguendo a espada, e começou a descer esta, mirando perfurar a cabeça de Squall.

Informações:

Os olhos do rapaz se arregalaram por um instante, ao ver a lâmina inimiga começar seu trajeto, descendo para lhe tragar. Com um selo de mão único, com a mão esquerda, concentrou-se em expandir seu chakra e alcançar sua lâmina, que havia caído perto de si; a espada adquiriu um intenso brilho azul claro, indicando que a técnica fora efetiva. Sem tempo para pensar, dobrou os dedos fazendo com que, sob seu controle, a lâmina voasse na direção da espada do seu quase assassino; quando sentiu a lâmina do homem se aproximar de seu rosto, fechou os olhos por um momento, até que ouviu um som de corte; quando olhou novamente, viu a espada inimiga caindo ao chão, e muito sangue. Sua técnica fez a Kusanagi literalmente decepar a mão de seu inimigo, frações de segundos antes deste lhe atravessar o crânio. A sensação não era boa, mas o objetivo era maior.

"Não posso morrer aqui...” - Pensou,. levantando-se.

O homem à sua frente tinha uma leve expressão de dor em seu rosto, mas assim que a outra mão dele alcançou a ferida, uma aura de chakra verde começou a aparecer, e seu semblante foi voltando ao que era antes aos poucos.

"Técnica medicinal.”

Assim que finalizou a cicatrização dirigida pelo jutsu que usara, o homem estalou seu pescoço, tombando a cabeça para o lado esquerdo, e quando a reergueu, fitou Squall com um sorriso confiante no rosto.

Informações:

Ainda com o confiante sorriso, o adversário fechou seus olhos por um instante, movimentando seu chakra e mudando sua aura.

"Lá vem” - Avaliou,. assumindo uma postura de batalha novamente..

Distanciou-se um pouco de seu inimigo, enquanto observara este realizar o que seria sua técnica; uma lâmina de vento que se esticou no lugar mão perdida, formando uma espada manual.

"Vento. Então é assim que impulsiona sua velocidade. Eletricidade não funcionará aqui ” - Pontuou, analisando tudo antes de fazer qualquer coisa.

O Uzumaki empunhou sua espada, e percebeu então o outro arqueando os joelhos; iria lançar um ataque. Não estava enganado; o homem disparou em alta velocidade, perceptível somente por causa da distância. Desta vez o Kage optou por rolar seu corpo para desviar, lembrando do erro que foi tentar bloquear o ataque antes. Quando virou-se e se pôs em pé mais uma vez, percebeu pelo olhar daquele que buscava sua vida que aquilo era sério. A sua desvantagem naquela situação era muito grande; seu elemento mais forte estava em xeque. Com a Kusanagi em mãos, preparou-se para a luta; dessa vez, despontou uma investida ele mesmo contra o outro; correu em zigue zague, utilizando chakra em seu corpo para acelerar seus movimentos, e ao se aproximar, mirou um corte horizontal na altura do peito do adversário; o outro, porém, ergueu sua lâmina de vento por baixo, jogando o rapaz para traz mais uma vez. Não houve tempo para muita coisa até que ele saltou com a lâmina retraída para trás, pegando impulso para um investida à força.

Informações:

Outro ataque direto vinha, com a mesma velocidade incrementada de antes. O rapaz ativou um impulso elétrico em seu próprio corpo, a fim de poder ampliar sua velocidade e acompanhar os movimentos daquele que lhe atacava; correu em sua direção, agora com movimentos em velocidade similar, desferindo um golpe diagonal contro o adversário, cruzando as espadas no ar, que barraram uma à outra. Assim Que conectaram o golpe, Squall arqueou os joelhos e jogou seu corpo para cima, saltando por cima do seu adversário; assim que caiu do outro lado, fez um movimento de semi círculo, girando seu corpo em 180 graus em um golpe horizontal; seu adversário mal teve tempo de escapar sem uma cicatriz; um corte reto em suas costas. O segundo corte sem uma vitória.

"Isso está demorando demais… daqui a pouco essa sala pode estar cheia.”

O outro virou-se, com a mesma expressão de dor de antes, exalando raiva, enquanto olhava para a lâmina da Kusanagi, por onde o sangue escorria até a ponta da espada, pingando ao chão. Esse deveria ser seu derradeiro ataque; Squall disparou em corrida, sentido ao inimigo, mas ao chegar, lançou das mangas de sua mão uma grande quantidade de serpentes que se enrolaram em volta do corpo do outro e o morderam, liberando um veneno que lhe deixaria inconsciente. Sem se mover nem tentar resistir, o homem apenas sorria, olhando nos olhos azuis de Squall, enquanto sua consciência ia se esvaindo.

"Ele se deixou cair de propósito? O que está acontecendo aqui?” - Pensou, observando o corpo caído ao chão.

O Uzumaki empunhou sua espada, e percebeu então o outro arqueando os joelhos; iria lançar um ataque. Não estava enganado; o homem disparou em alta velocidade, perceptível somente por causa da distância. Desta vez o Kage optou por rolar seu corpo para desviar, lembrando do erro que foi tentar bloquear o ataque antes. Quando virou-se e se pôs em pé mais uma vez, percebeu pelo olhar daquele que buscava sua vida que aquilo era sério. A sua desvantagem naquela situação era muito grande; seu elemento mais forte estava em xeque. Com a Kusanagi em mãos, preparou-se para a luta; dessa vez, despontou uma investida ele mesmo contra o outro; correu em zigue zague, utilizando chakra em seu corpo para acelerar seus movimentos, e ao se aproximar, mirou um corte horizontal na altura do peito do adversário; o outro, porém, ergueu sua lâmina de vento por baixo, jogando o rapaz para traz mais uma vez. Não houve tempo para muita coisa até que ele saltou com a lâmina retraída para trás, pegando impulso para um investida à força.

Informações:

Ataques diretos pareciam ser recorrentes daquele homem; aparentemente, era seu ponto forte. Utilizava-se de sua velocidade natural impulsionada pelo elemento Fuuton, servindo como turbina para aumentar a velocidade de seu corpo. E a lâmina de vento tratava de dissipar quaisquer defesas elétricas. Um cenário que parecia meticulosamente bem encaixado; até parecia.

"Algo premeditado… Então, ele deve saber que estou aqui, ou pelo menos que eu viria..” - Pensou, observando o outro caído ao chão.

Estranhamente, ao usar aquele poder proveniente das serpentes, o outro se deixou ser pego propositalmente, sabendo que isso poderia lhe custar a vida. Toda essa situação estava muito estranha; enfrentara duas pessoas até agora, e nenhuma delas falou mais do que uma frase, mesmo diante de um invasor em suas bases. E aquelas celas em volta… esse lugar de fato causava arrepios. Limpou a lâmina de sua espada e a calçou na cintura mais uma vez; deixou sua capa aberta na frente, justamente para poder acessar rápida e facilmente sua espada, em caso de necessidades. Ignorou todas aquelas celas barradas à sua volta, e voltou-se para o caminho adiante por onde iria continuar sua busca.

"Essa sensação de novo...”

À cada passo que dava, seu âmago preenchia-se com a mesma ansiedade de antes, uma estranheza àquele cenário todo; como se estivera em um tabuleiro de xadrez. A exata mesma sensação que tivera em todos os encontros com aquele homem.

Informações:

Por menor que parecesse pela pequena entrada no lado de fora, o interior daquele local era imenso; parecia um gigantesco labirinto, com bifurcações e cruzamentos de corredores quase sem fim. Toda a arquitetura dele, a iluminação pelas velas, aquelas celas no meio do local, as duas serpentes na entrada… tudo colaborava para dar aquele ar macabro que se passava naqueles corredores. Squall tentou respirar fundo para diminuir aquela estranha sensação em seu peito, embora fosse inútil e ele soubesse disso. Só o fato de saber que estava próximo de conseguir respostas sobre ela já colaborava para o deixar muito inquieto.

"Rinoa… você está aqui?” - Pensara, cruzando pelos corredores do local com todo o cuidado possível.

O corredor que encontrou ao fundo do local lhe deu uma (in)feliz certeza de que era o caminho certo à ser seguido; possuía uma largura diferente dos outros, sem nenhuma bifurcação ou portas laterais; apenas seguia em linha reta, e era muito longo. Nas paredes, a luz produzida pelas velas ia diminuindo ao longo deste corredor, deixando o fundo dele muito escuro para se ver qualquer coisa.

"É aqui, não é?.” - Pensou, sentindo uma estranha presença vindo do interior escuro.

Deu um passo à frente, e seu coração acelerou, enchendo sua mente de dúvidas. Era como se todos os instintos do seu corpo gritassem para ele retroceder. Sentia um pavor correr por seu interior, como uma energia se misturando ao sangue em suas veias. Sua destra começou a tremer de leve, assegurando-o do pavor real que sentia.

"Não é outra ilusão..” - Assegurou a si mesmo, cerrando suas sobrancelhas um pouco mais, com o semblante fechado.

Informações:

Aquela aceleração no ritmo de batimentos cardíacos incomum se intensificava só de o rapaz pensar em dar um passo à frente. Todo aquele ar sombrio se intensificou em um nível assustador. Seu corpo inteiro começou a tremer, como se barrasse seus movimentos, impedindo o rapaz de caminhar para frente. Mas aquela sensação era um tanto familiar...

"Esse medo… essa sensação de paralisia… isso é igual àquela vez...” - Pensou, lembrando-se da época do CS e da sensação igual que sentiu advinda daquela mulher, Korra.

Retorceu seus braços, e então mordeu seu próprio lábio, causando uma pequena dor que aparentemente lhe trouxe de volta à “realidade”, fazendo seu corpo mover-se livremente, embora o deixasse ofegante. Levantou seu rosto para olhar para seu destino mais à frente, e mesmo ainda preocupado com tudo aquilo, seu objetivo servia para lhe reassegurar de que deveria ir em frente, com ou sem medo. Recuperou sua postura, firmando seu passo, e preparou-se para caminhar em frente. Marchou, como um soldado indo em busca de seu alvo, enquanto adentrava por completo o sombrio e escuro corredor; sua visão ia diminuindo ao passo que se aproximava da área escura ao fundo, mas isso não o fez diminuir o ritmo. Foi quando chegou à completa penumbra, ausente de qualquer tipo de luz, que conseguiu observar duas pequenas luzes à frente, aparentando estarem bem distantes. Ali, diminuiu um pouco o ritmo, para poder observar à volta com um pouco mais de clareza, o que fosse possível naquelas circunstâncias. O som do silêncio reverberava por todo o local.

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Em meio àquele marasmo de silêncio e trevas, os olhos do rapaz ficaram fixados naquelas duas pequenas chamas, as únicas coisas visíveis naquele mar de escuridão. seguia caminhando vagarosamente, por entre as sombras, buscando camuflar sua posição e seus movimentos. Avançou em meio à penumbra, até que chegou ao interior; o local hospedava um macabro silêncio, mas ao mesmo tempo, exalava uma intensa presença que parecia consumir tudo ali. Conforme caminhou, começou a ser iluminado pelas velas laterais que iluminavam o salão; ao fundo, onde vira as duas chamas de longe, havia uma estátua gigante de uma serpente de frente para a entrada, como se estivesse encarando quem adentrava o ambiente. Olhou à sua volta, sem conseguir ver muita coisa, até que uma voz um tanto familiar ecoou pelo salão inteiro.

- À quanto tempo, minha criança. - Disse a conhecida voz, com um sorriso que era identificável pelo som da sua voz.

"Essa voz….” - Pensou, arregalando os olhos, tentando localizar de onde vinha.

- Que bom que finalmente veio… hmhmhm - Finalizara, com sua típica gargalhada.

Squall não sacou sua espada, nem fez gestos bruscos. Não havia necessidade, e de alguma forma, ele sabia disso naquele instante. Passos foram ouvidos do meio da escuridão, vindo em sua direção. O ar parecia mudar em todo o local, tomando a forma daquele que sentira momentos antes, quando estava paralisado, do lado de fora. Esse era o momento pelo qual tanto esperava e procurava. Aquele homem estava ali, e com ele, todas as respostas que precisava. Do fundo lateral do local, uma silhoueta começou à tomar forma no meio das sombras; aquela pele pálida começou a ficar visível aos poucos; os olhos com íris afinada, de cor clara.

"Como uma serpente.” - Pensou, virando-se para encará-lo.

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- Seu olhar parece surpreso. Não foi atrás de mim que veio por livre espontânea vontade, garoto? - Dizia, ainda com o mesmo sorriso que podia ser sentido em sua voz.

O rapaz relutou contra si mesmo; a vontade de partir para cima daquele homem e arrancar as respostas que veio buscar existia, mas o medo instintivo causado pela situação toda era talvez maior. Até na voz daquele homem podia se notar uma intenção maligna; como um predador se porta quando vê uma presa em sua frente. Feito uma serpente diante de sua presa, sendo mais exato. O olhar era fixo no rosto do outro, que começava a aparecer em meio às sombras; aquele tom pálido de pele de sempre, quase cinza; aqueles olhos desejosos de poder que fizeram Squall lembra-se do primeiro encontro entre eles, e o que o homem lhe disse naquela ocasião.

"O mesmo olhar que eu carregava...” - Pensou, lembrando do primeiro encontro e fixando o olhar nos olhos do outro.

- Esses olhos… faz algum tempo que não os via… hmhmhmhahaha....

As lembranças do último encontro entre os dois afloravam com uma intensidade inexplicável na mente do rapaz, como se fossem induzidos. Cerrou seus punhos, o que não passou despercebido pelo homem de cabelos pretos.

- Parece que eu não estava errado, não é? Ou por acaso você veio para lutar comigo? - Finalizara, com sua típica gargalhada.

Todo os músculos do corpo do rapaz se enrijeceram. Era uma pergunta óbvia demais; não eram amigos.

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Com os punhos cerrados, o olhar do rapaz permanecia baixo. Ainda estava seguro e certo de seu objetivo; ela, mas o mero ouvir da voz daquele homem lhe despertava um lado seu que temia; o lado cobiçoso por poder. E Oromoro parecia saber disso, visto sua postura no último encontro entre os dois. O homem dos cabelos longos deu alguns passos na direção de Squall, ficando mais à mostra agora. Estampado em seu rosto estava um sorriso maligno; exalava suas habituais intenções.

- E então, meu jovem… me responda. Veio para me matar? Ou...

A pausa na frase fez o coração do rapaz acelerar por um momento. Estava diante de uma encruzilhada interna. Sabia que para sair dali com a garota ia ter um alto preço; mas também sabia do poder que aquele homem possuía. A sedução da força parecia mais interessante agora. À cada segundo ali, seu silêncio parecia ser revelador para o outro, que o examinava com o olhar, quase que penetrando em sua alma.  

- Como da última vez, vejo dúvida em seus olhos. Eu sei o que você deseja, Squall. Venha comigo… e você terá um poder que nunca sonhou ter.

Aquelas palavras penetraram fundo. De algum modo, aquele homem entendia mais sobre Squall do que seu antigo colega de time e sua ex-mestra, quem diziam ser sua família. E nem uma palavra sequer precisava ser dita. Isso parecia o que aconteceu da última vez que se encontraram; porque não ceder mais uma vez? Porque não se deixar ir e alcançar a força que tanto procura? O que estaria lhe impedindo? Agora se tornara até mesmo um KAge; líder autônomo de toda uma vila. À quem prestaria contas se o fizesse? Shion? Ele está morto, como ele próprio disse na aparição. E porque precisaria depender de outrem para fazer sua escolha? Porque deixar uma oportunidade como essa se ir por causa de outras pessoas? O que lhe prendia, afinal?

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Uma única escolha; era tudo que precisava fazer naquele momento. E ao mesmo tempo, era o maior abismo que encontrara em sua vida. Poder; o que buscou sua vida inteira. Mas e agora? Era realmente isso que estava procurando? Era esse seu objetivo? Era para isso que vivia? Poder, sem um propósito? As enxurradas de perguntas bordoavam a mente do rapaz, que se pegava sobrecarregado de perguntas sem fim. O que deveria fazer? Porque ninguém lhe dizia o que fazer? Ninguém? Então acabaria dependendo dos outros para seguir com sua vida? Patético. Foi ali, no meio de todo aquele conflito interno e confusão emocional, que, ao fechar seus olhos, teve um flashback repentino. De repente não estava mais naquele buraco na terra; olhou à sua volta, e demorou um pouco para reconhecer o local;

"O orfanato?” - Pensara, vendo a velha edificação, ainda em seu tempo de grandiosidade.

Em volta ele enxergava as crianças correndo de um lado para outro, brincando.

"Felizes...” - Observou.

Cada milímetro do local parecia estar em plena ordem; exatamente como se lembrava de sua infância. Olhou em volta, e começou caminhar em direção à saída, que estava pouco mais À sua frente. Do lado de fora, entretanto, o que lhe aguardava era estarrecedor. Viu a si mesmo, quando garoto, de frente para o campo florido que ali havia. Mais ao fundo, viu uma figura que mudou seu semblante endurecido; ela. Por mais que quisesse estender sua mão, ou chamar seu nome, sabia do que aquilo se tratava.

"Uma lembrança?”

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