Missão:

Mayu nunca teve problemas em se esforçar e buscar seus objetivos, então não houve realmente nenhum protesto por parte dela quando foi designada para ajudar a pintar os muros e cercas recém construídos ou consertados. Havia uma compreensão de que deveria contribuir o máximo que conseguia, então ela arranjou alguns potes de tintas e todo o material necessário para realizar pinturas. E, apesar de não possuir realmente uma experiência pintando coisas, ela sabia da teoria e não parecia realmente ser uma atividade muito desafiadora. Naturalmente ela estava totalmente errada. Quando ela enfiou o pincel em forma de rolo na tinta acabou percebendo que havia muita tinta acumulada, mas mesmo assim tentou usar aquela quantidade de tinta. Que acabou derramando pelo chão e até se espalhando pela mão dela.

Mayu resistiu ao impulso que franzir a testa para a tinta, mas compreendeu que precisava de menos tinta. Tomando cuidado para pegar a quantidade menor e conseguindo passar o pincel pela parede sem grandes problemas. A pintura dela era terrível, cheia de falhas e com camadas finas demais, que precisavam de uma segunda passada. E ela acabou percebendo o fato quando terminou de pintar a primeira parede, ganhando alguma distância para julgar o trabalho que tinha feito. O resultado era terrível e Mayu não demorou a tentar pintar novamente, o pensamento de que talvez uma segunda camada pudesse resolver suas péssimas habilidades em pintura. Naquele ponto ela tinha se sujado bastante com a tinta, sendo possível encontrar até mesmo traços coloridos em seus cabelos. Mas fazia parte daquele trabalho se sujar.

Ao menos a parte de que Mayu tinha sido designada a pintar tinha uma altura que ela conseguia alcançar sem grandes problemas.

Ela seguiu para um muro próximo quando julgou que o muro inicial estava aceitável, isso significava que não estava com falhas notáveis e nem com um acúmulo de tinta muito óbvio. Infelizmente era o melhor que ela conseguia fazer naquele momento.

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Missão:

Havia uma felicidade suave nas feições de Mayu, que quase sempre estavam envolvidas em seriedade ou desgosto. Uma marca do mau humor constante que a atingia, provavelmente por culpa da idade. O fato é que haviam lhe designado a missão de limpar a biblioteca e um dos melhores lugares que existiam no mundo eram bibliotecas, mas não por apenas existirem livros, mas pelo fato de ser normalizado o silêncio e o mínimo de contato humano. As pessoas sempre estavam cada uma existindo no próprio espaço, sem se importar com interações. O que era maravilhoso na visão dela.

A única parte ruim consistia na poeira e pequenos grãos de areia que, inevitavelmente, se acumulavam.

Mayu tinha experiência em limpar coisas, como toda pessoa da sua idade, ela julgava. Então foi óbvio que ela deveria começar varrendo o chão, para tirar a sujeira mais pesada e depois deveria limpar as prateleiras dos pergaminhos para impedir que a sujeira ou areia se acumulasse e viesse a causar algum tipo de problema. E foi isso que ela fez.

Armada de uma vassoura, Mayu varreu todo o chão e recolheu todo o lixo, que consistia em poeira e areia, como ela tinha previsto. Só então era passou para as prateleiras, sempre limpando com cuidado e não se esquecendo de retirar os pergaminhos para que não fossem danificados. Apesar da curiosidade que sentia de dar uma olhada, ela sempre levava em conta o bom senso, que dizia que ela deveria limpar tudo e só então aproveitar algum tempo livre para ler.

Suas mãos, naquele ponto, estavam doendo de tanto limpar e reorganizar as coisas. Até mesmo os músculos das panturrilhas estavam latejando pelo esforço que ela fazia para alcançar os lugares mais altos. Mas, de todo o modo, ela realmente gostava de limpar e organizar as coisas, principalmente em silêncio. De forma que o tempo realmente passou rápido.

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Missão:

Mayu não costumava pensar muito sobre a dificuldade de certas coisas, como as missões que era atribuída. Ela apenas reconhecia que possuía um papel e que deveria cumpri-lo para ajudar a manter as coisas dentro do controle, mesmo que fossem aparentemente sem importância e insignificantes. Naturalmente ela não reclamou e apenas se moveu para o lugar onde estavam arrumando o chão. Locais sem calçamento poderiam representar riscos às pessoas comuns e até aumentar a incidência de areia no lugar.

Ela não hesitou em começar a carregar os paralelepípedos prontos para o lugar onde deveriam ser assentados no solo, apenas acenando para o senhor que parecia ser o mestre de obras. Não houveram grandes questionamentos. Cada pequeno bloco que seria colocado na rua era pesado e ela podia ver que faltavam trabalhadores, por isso tudo movia-se muito devagar. Mas com uma pessoa a mais carregando blocos, certamente o calçamento avançou um pouco mais de acordo com o decorrer das horas.

Haviam muitos blocos e ela carregou de um em um, até onde haviam mais dois trabalhadores os encaixando na rua. Apesar dela sentir as costas reclamarem, Mayu não parou para descansar. Até que restassem apenas os blocos que outros trabalhadores estavam fazendo. Só então ela juntou-se aos senhores que estavam os encaixando na rua. Era simples e não parecia tão complicado, apesar de demandar alguma força.

De todo modo, quando terminaram de arrumar o calçamento daquela rua já estava escurecendo.

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Missão:

Ela não sentia como se fosse a pessoa mais adequada para aquela missão, mas como era comum para ela, não houveram reclamações. O caso é que uma criança da academia ninja havia desaparecido. Naturalmente ela não conhecia a criança e não entendia como ela poderia encontra-lo, apenas seguindo seus instintos, que nunca eram bons. De todo modo Mayu começou rodando pelas ruas, em busca da criança que haviam lhe descrito como de cabelos escuros e olhos dourados, por volta dos doze anos. E, como ela esperava, ele não estava em lugar algum, ao menos não nos óbvios, se não alguma pessoa já teria o encontrado e logo não seria necessário que ela fosse atribuída a buscá-lo.

Antes de seguir para outros lugares Mayu tentou observar lugares para onde uma criança poderia se esconder, mas todos estavam vazios ou não pareciam seguros para se estar. Mayu percorreu as ruas uma última vez, desejando ser minuciosa em sua busca, mas consciente que já havia se passado pelo menos uma hora desde que começou a vagar.

Então ela seguiu em rumo a uma parte mais inabitada de Suna. Havia um rastro de destruição evidente, apesar de possuir mais areia do que tudo. As pessoas geralmente ignoravam toda a parte inabitada e se concentravam apenas onde havia vida. Mayu naturalmente não gostava de estar ali, mas não sabia pontuar exatamente o motivo. Ela continuou caminhando, cerrando os olhos para impedir que os ventos pudessem trazer fragmentos de areia para seus olhos, sempre lembrando a si mesma que precisava achar a criança.

O barulho que era provocado pelos ventos não impediu que, depois de um tempo, ela escutasse o resmungar de uma voz. Seguindo em direção a voz sem pensar duas vezes. Encontrando a criança que buscava escondida em um vão entre duas paredes caídas. Era um lugar de sombra e que parecia perfeito para o tamanho dele. O garotinha resmungava meio chorando sobre algo que Mayu não conseguia compreender ao certo. Mas na visão dela não importava muito. Mayu moveu-se e a criança finalmente percebeu que ela estava ali. Ela nunca foi a melhor pessoa para lidar com lágrimas de crianças ou de qualquer outro indivíduo, mas ela estendeu a mão e não disse nada. Esperando com paciência até que ele pegasse sua mão de volta, saindo de onde estava sentado.

Ela o guiou de volta para a vila, não oferecendo palavras de conforto. Mas ao menos ele tinha parado de chorar.

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