Após deixa a vila o primeiro destino de Kaido foi o litoral do país do Trovão, onde uma série de pescadores e comerciantes podia ser encontrado em plena atividade. Kaido se aproximou dos homens e foi imediatamente reconhecido. Os pescadores cumprimentaram o líder da Nuvem com entusiasmo e perguntaram se poderiam lhe auxiliar – Sabe, eu estou procurando por vilas próximas, ilhas, assim como nossa colônia Shimogakure... Preciso encontrar com os líderes de todos os países próximos para discutir planos futuros -. Os homens começaram a discutir entre si, comentando sobre todas as ilhas e vilarejos que havia pelos arredores. Kaido pediu licença para um dos homens e colocou sua mão osbre o crânio do rapaz.
O chakra de Kaido parasitou o cérebro do pescador, resgatando dele todas as informações de que ele necessitava. Muitos vilarejos pequenos eram conhecidos pelo rapaz, mas apenas um deles interessava a Sombra, o vilarejo iluminado pela lua Tsukigakure – Agradeço pela informação, rapazes... Se me derem licença, preciso correr... O sol logo já estará raiando -. Após se despedir, Kaido preencheu seus pés com chakra e avançou mar adentro.

Após algum tempo de viagem um pequeno e discreto ponto Luminoso foi avistado no horizonte. Kaido traçou sua rota até o local, correndo sobre o mar como se essa não fosse diferente de concreto.
A mão do rapaz foi em direção a Kusanagi, a espada do corte supremo. Apesar de não desejar transformar aquela missão em um banho de sangue, Kaido não baixaria sua guarda, se manteria atento e em postura de combate durante toda a investida.

O ponto luminoso logo foi ganhando maiores dimensões, mas não podia ser mais do que um pequeno vilarejo escondido entre os montes da ilha. Daquela distância, poucas eram as massas de chakra que podiam ser sentidas e essas eram de um volume quase que insignificante “Guardiões dos arredores, batedores encarregados de vistoriar o litoral da ilha. A posição deles é privilegiada, mas basta que eu invista com velocidade e nada poderão fazer”. Sabendo que não poderia abusar de suas técnicas de inexistência naquele momento, Kaido optou por um avanço rápido, um deslocamento que talvez não pudesse ser acompanhado pelos batedores e que não lhes daria muito tempo para agir, mesmo a distância.
Kaido acelerou e tomou o rumo da primeira dupla de batedores, homens que se encontravam na praia da ilha. A luz da lua entregou a aproximação da Sombra, que era visto pelos guardas como um borrão, mas definitivamente uma ameaça. As lanças e espadas foram sacadas pelos homens, que talvez se questionavam se enfrentar o invasor era mais prudente do que fugir e alertar o resto da vila.
Antes que uma decisão melhor pudesse ser tomada, Kaido já teria alcançado a praia, e consequentemente, seus adversários. O olhar cuidadoso do rapaz pousou nos homens, definindo um plano de ação, um mantra ecoou dentro da mente da Sombra, insistindo para que sangue desnecessário não fosse derramado naquela noite “Sem banho de sangue, sem banho de sangue...”.
Kaido alcançou as costas dos homens e desfiriu contra a cervical dos mesmos um forte golpe com a lateral de sua mão. O golpe, calculado, não seria o suficiente para matar ou aleijar os guardas, mas faria com que suas mentes fossem temporariamente desligadas “Quando acordarem mal conseguirão andar, sentirão fortes dores pelo corpo... Mas irão ficar bem”.
Kaido se ajoelhou ao lado de um dos gaurdas desacordados e colocou sua mão sobre a cabeça do homem. A leitura mental do clã Yamanaka mais uma vez se mostrava de extrema utilidade para a Sombra da Nuvem, que em todas as suas investidas contra outros vilarejos fazia uso daquela estratégia para evitar confrontos desnecessários.
As inforcmacoes sobre as rotas e demais detalhes da vila foram rapidamente tomados pelo Yamanaka, que deveria então fazer simplesmente uso de suas habilidades sensoriais e de suas técnicas de inexistência para penetrar no coração da vila e arrumar uma forma de tomar seu poder.

Kaido entrou na floresta que circundava a vila. Naquele ponto, não só a sombra das arvores o esconderiam, mas sua habilidade de supressão de chakra também, de forma que guardas com habilidades semelhantes a de Kaido não conseguiriam localizar o rapaz por meio do rastreamento de seu chakra.
Não demoraria para que o forasteiro, guiado pelas memorias rubadas, alcançasse os portões do pequeno vilarejo. Dois eram os guardiões dos portões, e o nível de poder e experiência de ambos não podia ser maior do que o daqueles homens que se encontravam desacordados nas areias da praia. Kaido novamente estudou os homens, que encararam a sombra com curiosidade.
Kaido, que até aquele momento andava, acelerou novamente, alcançando as costas dos guardas em um salto. Kusanagi retirada do sinto da Sombra, que precisou novamente repetir seu mantra “Sem banhos de sangue, sem banhos de sangue...”. As ágeis mãos do rapaz traçaram uma rota para espada para que essa atingisse o crânio dos guardas com a parte cega do metal.
O golpe, aparentemente besta, era desferido com a força avançada da Sombra e também com seu conhecimento anatômico. A tempura dos guardas seria o alvo do golpe, o que faria com que dentro da caixa craniana dos mesmos, o impacto faria com que o cérebro se chocasse contra os ossos, provocando um trauma que causaria a imediata perda de consciência dos guerreiros.
Com os guardiões caídos, Kaido deixaria de lado a supressão de seu chakra e faria uso de Mujin Meisai, técnica mais refinada que permitiria que o Yamanaka penetrasse o coração da vila com mais eficiência.
Invisivel, Kaido desviaria dos guardas com mais facilidade e conseguiria alcançar a resdencia do líder daquele vilarejo. O edifício, simplório, localizado no centro da vila, era como esperado, guardado por mais guerreiros, homens um pouco mais fortes do que aqueles que haviam sido combatidos até o momento.
Kaido estudou o edifício e tracou uma rota segura até seu interior. O guerreiro iria penetrar o edifício por uma janela aberta, um portal que permitiria que o rapaz alcançasse a sala do líder do vilarejo.
Um simples foi necessário para que a janela fosse ultrapassada e o guerreiro penetrasse na residência. Apenas alguns passos depois e o próprio quarto do líder seria violado pela Sombra da Nuvem, que acomodaria suas nadegas em uma velha cadeira de balanço ao lado da cama antes de acordar o homem que ali dormia.
- Desculpe interromper seu merecido descanso, senhor, mas eu tenho assuntos urgentes para tratar com você -. Assustado, o líder da vila despertou. O grito de espanto do homem chamou a atenção de seus seguranças, o que fez com que Kaido precisasse mais uma vez fazer uso de suas habilidades.
Quando a dupla de guardas adentrasse o quarto, os mesmos seriam apanhados por uma onda de chakra que os tomaria a consciência. Os homens desfeririam socos uns nos outros até que ambos estivessem inconscientes – Me desculpe por isso, mas é que a conversa que teremos deve ser privada, senhor -.
O líder do vilarejo não respondeu, mas Kaido continuou – Eu tenho interesses políticos em sua vila... Ela deverá fazer parte de uma nação maior, de um novo país... Mais forte, rico e poderoso do que você sequer imaginou que sua vila poderia ser... Bom, para isso você precisará ceder as terras do vilarejo para Kumogakure, mas poderá permanecer aqui, organizando suas coisas, trabalhando e o mais importante de tudo... poderá continuar vivo -. Kaido levou sua mão até Kusanagi, ameaçando o homem – Ok, ok... eu faço o que você quiser -. Kaido sorriu, mas é claro que eu precisarei de uma garantia, afinal, não posso confiar simplesmente em sua palavra, não é mesmo? -.
Kaido criou entre seus dedos uma agulha negra de areia. A agulha foi lançada contra o líder da vila. Quando o material penetrasse a pele do homem, Kaido iniciaria a imposição de condicoes – Amanha de manha você irá passar as terras de Tsukigakure para Kumogakure, não comentará para ninguém sobre o que houve aqui hoje, inventará alguma desculpa bem elaborada para justificar suas atitudes... Jamais irá me trair ou trair Kumogakure, permanecerá fiel e fará tudo aquilo que eu pedir -. Ao terminar, Kaido acariciou o cabo de Kusanagi, impondo certa pressão para uma respsta positiva – Eu concordo -. Quando as palavras foram ditas pelo líder do vilarejo a agulha se desmaterializou, finalizando o pacto – Obrigado... Agora se me der licença, eu preciso ir a uma reunião urgente -.
Kaido deixaria a residência do líder do vilarejo, olharia para o sol que a algum tempo já havia nascido e para o movimento na vila que já se encontrava em plena atividade “Droga, acho que já estou atrasado”. Kaido deixaria o vilarejo, tomando o rumo do continente, mais especificamente, de Otogakure, onde sua reunião deveria ocorrer.

”Considerações”:

”Equipamentos”:

”Jutsus Utilizados”: