Akosih estava em seu quarto a noite com todas as luzes apagadas, o silêncio tomava conta de tudo, não há como saber, será que estava ventando? Será que estava muito escuro ou a luz da lua estava fazendo a vila brilhar? Mais uma vez... Não há como saber, ao menos para Akosih, pois o jovem além de com luzes apagadas estava com a janela fechada e uma cortina velha cobrindo a luz que poderia vim dali, o que estava fazendo? É uma pergunta que aquele garoto mesmo não saberia responder, já que ele se perguntava isso diariamente, deitado no chão do seu quarto, enquanto sussurrava somente para si mesmo ouvir e algum inseto que poderia ter em um local que não era limpado a semanas.

"Eu perdi minha vida e o alento,
E os amigos, e a intrepidez,
E até mesmo aquela altivez
Que me fez crer no meu talento."

Ele sussurrava sempre as mesmas frases, estaria tentando escrever um poema? Provavelmente, mas sempre com as mesmas estrofes jamais se tornaria um completo, o jovem precisaria fazer algo, adquirir uma nova vivência para completar a poesia. Eis que teve uma ideia, lembrando-se de todas as experiência malucos que seu pai fazia com seu corpo, lembrou-se de quando vivia amarrado, já fazia um tempo que não sentira tal sensação, estava na hora de tê-la novamente, logo ao perceber isso o jovem procurava algo pra amarrar entre si, tudo que achou foi uns pesos, que ninjas mais antigos usavam para aumentar o porte físico, sabia disso por conta do jovem Chunnin que em uma outrora salvava a vida de Akosih.

Enfim, chegava a hora de buscar uma vivência, eis que o Genin Morow sai de sua casa pela janela, e pela primeira vez em dia ver como é uma noite na vila, ele tinha tempo para olhar todos os detalhes dessa vez, pois com os pesos apertados no seu corpo, mal conseguiria se mover, quanto mais correr. E foi estranho, quando o ninja finalmente chegou no portão da vila, aquela lua que nem parecia existir já havia sumido e surgia um sol, sol esse que com o seu calor batia no corpo do garoto que sentia um conforto, como se fosse uma amiga, eis então que conseguiu uma nova estrofe para seu poema, e foi o repetindo até voltar para sua casa.

"Vi na Verdade, certa vez,
A amiga do meu pensamento;
Mas, ao senti-la, num momento
O seu encanto se desfez."

Quando finalmente o escreveu, é que o garoto percebeu, que incrível nem mais pesava tanto aqueles pesos, talvez por ter sido poucos? Como o jovem Akosih é indolor, não sabia ao certo se doía usar coisas tão pesadas, mas ele sabe que apertou ainda mais dessa vez, e com ainda mais pesos ele passou a semana, do mesmo jeito que passou as outras, apenas em seu quarto, comendo o pouco que ainda restava em sua casa, o jovem passou mais alguns dias apenas andando pela sua casa tentando ter mais ideias para seu poema melancólico, eis que quando chega em uma certa noite, o vento estaria tão forte que a cortina levantou-se por um leve segundo, e caro leitor não se engane, não foi alguma luta ou nada do tipo, apenas a janela estaria aberta dessa vez, o que permitiu o vento bater naquele pano velho. Aquele breve segundo foi o suficiente pra luz da lua entrar no quarto, e encantar os olhos de Morow.

Mais uma vez o jovem saía, dessa vez forçou seu próprio corpo a correr desde o primeiro minuto, até o dia amanhecer novamente, o cansaço estava obvio, pois sua barriga roncava muito, ele queria comer algo, e viu um carrinho com petiscos deliciosos e de cheiros de da fome ali abrindo, mas não tinha saído com dinheiro de casa, eis que o jovem chega até la com um sorriso e pergunta se aceitariam aqueles pesos em troca, e foi aceito, não por se interessarem pelo peso, mas sim para tirarem o garoto dali o quanto antes, afinal um andrógeno não era comum naquela época. Tendo feito a troca e se alimentado, Akosih voltou correndo para sua casa, e acreditem, ele chegou mais rápido do que nunca, fruto de um treinamento inconsciente que fez, embora não tenho conseguido completar seu poema ainda, terá muita história pela frente na vida desse ninja.

Considerações:

PS: