A lua cheia era o preludio da iniciação do jovem garoto na mais pura melancolia de sua vilania, aquela vila pacata em um futuro incerto seria deixada para trás, o almejo de mais poder lhe era maior que qualquer outra coisa em sua vida até o momento. Meus passos guiados pela luz da lua naquela escuridão da noite me levavam para além da vila. Uma voz em sua mente lhe perguntava. — Para onde foi parar aquele seu belo sorriso? — A minha resposta era imediata. — Na parte mais obscura do meu ser assim como meu desejo de virar herói — A voz suave voltava a perguntar. — Então qual seu desejo agora? — Minha seriedade na resposta daquela pergunta mostrava meu desejo. — Destruir todos esses falsos, sem exceção! —

Ao abrir meus olhos lentamente tudo o que eu via era a escuridão acima de mim e uma luz azul atrás, me sentia molhado, no momento que tomava conhecimento sobre aquilo, percebi que eu estava boiando sobre a água, e luz vinha justamente de dentro da água. "Morri? Ou estou preso em meu subconsciente?" - Era o que pensava sobre aquela situação confusa. A luz que vinha da água simplesmente ficava cada vez mais e mais fraca, "Estou morrendo afinal?" - Era a sensação que eu tinha nesse momento. Totalmente envolto de escuridão, no canto do lugar onde julguei ser o limite do local, conseguia observar o olhar escarlate e brilhante de alguém, estava perto deste e longe ao mesmo tempo. — Quem é você? — Perguntava alto o bastante para que eu fosse ouvido. — Estive lhe observando por todo esse tempo, você se mergulhava cada vez mais e mais a cada diz que passa!— Respondia a voz vinda dos olhos brilhantes.

Aquilo não respondia minha questão, então disse para o ser ali presente.— Isso não lhe diz respeito. — Um breve momento de silêncio ecoava pelo lugar obscuro, aquilo seja o que for caminhava sobre a água dizendo. — Mesmo estando sob meu julgamento você ainda soa egocêntrico. — Esse comentário sobre minha pessoa, me fez perder calma em que me mantive, gritava rebatendo-o. — JULGAMENTO? QUEM VOCÊ ACHA QUE É? — O grito era seguido com a tentativa falha de me levantar, "Não consigo me mexer!". — Só agora você percebeu? — O ser parecia que leu minha mente. Em meio aquilo soltava uma gargalhada sádica, debatia apos. — Não ache que pode me vencer assim! —

— Lhe vencer? Digamos que eu quero propor algo para você. — Meu sorriso sádico dava vez a uma expressão de duvida em minha face. A pessoa misteriosa completava. — Posso oferecer o poder que você precisa, em troca quero que você admita que você esta incapacitado de lutar contra mim e que perdeu! — Alguém falar algo assim justamente para mim, era considerado um pecado, admitir algo assim era impensável, mas caso isso tornasse meu objetivo mais próximo mesmo com dificuldades, admitiria. — Ksc...Eu, adim...DROGA!— O cara de olhos escarlates provocava — Não ouvi. — Sentia raiva e ódio que refletia em minha expressão e nas palavras que tentava dizer. — Certo, eu perdi! — No momento em que proferia as tais palavras, as águas na qual eu estava boiando se agitavam, me engolindo para baixo, perdia minha consciência aos poucos. Esse episódio confuso em sua vida ele nomeou como "Envolto na escuridão", aquele acontecimento poderia influencia de algum modo meu futuro?

[...]

Em sua casa, o dia amanhecia após as tão recentes missões que eu havia concluído. Seus olhos entre abertas revelavam aquele vermelho escuro quase que imperceptível devido a pouca iluminação que o seu quarto tinha. Apesar do cansaço, e da vontade de continuar ali descansando, também possuía anseios, anseios esses das quais eu não iria alcançar perdendo tempo. E foi com esse pensamento em mente que em um pulo ele levantou, e fora direto para a ducha matinal.

Com uma maçã em mãos, o garoto rumava ao campo de treinamento. E num ciclo interminável de jogar a fruta e pegar com a mesma mão, ele refletia mediante as suas habilidades, e no que ele precisaria melhorar. Para uma auto-ajuda, ele carregava consigo alguns livros, livros estes das quais tinham por nome; "A arte do ninjutsu", e "A importância da velocidade para um Shinobi!". Seus passos foram precisamente rápidos, apesar de não ter corrido e pulado como a maioria dos ninjas de sua idade, sempre apressados e ansiosos. Colocou os livros encostados em um dos muitos troncos daquele ambiente cheio de verde, e ali sentou, dobrando as pernas com as costas repousadas na madeira. Seus olhos acompanhavam cada linha daquele paragrafo, o que fora suficiente para ampliar seu conhecimento teórico sobre o assunto "chakra". Apesar dos pesares, ele já não era leigo no assunto, se prontificou em pé, abrindo um bom espaço entre as pernas, fechou ambos os olhos e com uma concentração digna de um Genin esforçado, o garoto começou a movimentar o próprio chakra dentro de si. Era como se ele pudesse ver, mas sem imagens. Podia sentir perfeitamente o controle que aquilo poderia oferece-lo em uma situação de risco. Ele direcionava o fluxo dentro de si para direita, e o chakra obedecia, para a esquerda, a mesma coisa. Um sorriso surgiu, e seus olhos se abriram ao mundo novamente, saindo do transe que se encontrava.

Decidiu pegar seu segundo livro "A importância da velocidade para um Shinobi!" e passava horas lendo linha por linha para então, fazer da teoria a prática. Considerado gênio por muitos os que o conheciam ele fazia jus graças a contante leitura dele e a dedicação que tinha, a manha o jovem passou lendo o livro e a tarde, praticou sua velocidade - Ele havia criada entre as rochas do deserto armadilhas com rochas gigantes e ele mesmo as ativavam para melhorar sua agilidade - Com o tempo, seu tempo começava a se sobressair e uma armadilha de nada mais servia e então uma segunda foi feita. Essa o pegara de raspão mas, ele não desistia e continuava. Madrugou e o genin estava bastante cansado, ele viu que o treino foi produtivo e descansou em meio a caverna no deserto.  

[...]

A capacidade acima da média do jovem uma hora seria revelado, mas até lá o garoto esperava pacientemente para que acontecesse tudo o que o destino quisesse. Sendo portador da linhagem do Akagan, Chisaki teria um grande fardo e um grande desenvolvimento como ninja para treinar cada vez mais até seu limite e assim desperta o seu poder oculto em si, fazendo com que seus poderes evoluíssem cada vez mais ao ponto de se igualar aos kages ou quem sabe um dia superar eles, se é que isso seria possível para ele em alguma momento de sua humilde e desprezível vida. Tendo feito uma boa quantia de missões e gostando do gosto de fazer com que as pessoas o agradeçam, Overhaul estava preparado para mais outra, ele teria contemplado a beleza natural envolto da pacata vila por cerca de uma semana depois de completar a missão anterior, era um teste de resistência e ao mesmo tempo uma questão de sobrevivência do mais forte, pois observa bem como funcionava os animais do local, assim como os "humanos".

Uma missão simples o aguardava. O garoto como sempre poderia ter recebido alguma coisa mais complicada, porém, não era apenas de missões difíceis ou que rendessem mais coisas que o mundo ninja vivia, alguém teria de fazer as mais chatas as vezes e dessa vez ele teria sido o escolhido, novamente. Seu humor não estava os dos melhores, já que não estaria esperando por aquilo só que não era hora do genin fraquejar ou coisas similares, manteria a calma sendo a maior virtude do Overhaul.

O jovem recebeu todos os itens de que precisava para começar a varredura das vias principais da vila, uma senhora que estava lhe aguardando desejava boa sorte para o garoto que por sua vez esboçava um leve sorriso de canto de rosto. Ele começava pela via principal sendo o centro comercial, o sol escaldante da vila ao que chegava ao meio dia batia contra o rosto do Overhaul, pouco suor era derramado por parte do garoto que estava costumado e até se sentia bem com o calor emanado pelo sol. Horas se passavam e a limpeza estava prestes a termina, naquela missão em especial Chisaki percebeu o quanto estava sendo reconhecido e o quanto as pessoas de sua vila queriam seu bem, tanto que alguns lhe trouxeram garrafas de água para o jovem bebe. A missão que terminara a noite, foi bastante satisfatório para o genin que reforçou a ideia do porque resolveu virar shinobi, talvez não fora só pelo seu objetivo pessoal, mas no fundo ele sentia que era algo mais profundo. Com a varredura nas ruas feitas, o jovem viu que era bom e partiu para descansar em sua residencia para no outro dia relatar a missão no posto.

[...]

Depois de seu descanso devido sua missão concluída, o garoto decidiu que seria melhor praticar com algum ninjutsu, para talvez aperfeiçoar sua afinidade com o atributo. Baseado em um dos pergaminho que havia pegado, utilizava de suas duas mãos juntas, e ali, concentrando o fluxo de chakra por todo o corpo, um pequeno filete de luz passava a se separar do corpo do garoto, ao que suas mãos abria, a quantidade se expandiu, passando a ser uma caixa que vagava em meio ao ar. O fleche de luz parecia ficar cada vez mais rápido, e ali, ele contemplou um de seus poderes considerados divinos darem forma. Observou-o e pensava no quanto aquilo poderia ser feito com mais agilidade, desde a concentração até o momento final. Ele treinou e viu que o jutsu poderia servi de base para os demais. — Isso foi bom...—

Afirmou para si, mas ainda assim, sentia que não era o suficiente por aquele dia. Se agachou novamente, e com a mão em seu segundo livro, começou a folheá-lo, se deparando com o primeiro tema; "Fuuton; Princípios Básicos". Aquilo de fato era necessário ao garoto que normalmente era "impulsivo", sua produtividade só era constante devido a grande força de vontade, e mesmo assim, AINDA assim, entre vezes e outras, ele não conseguia ter essa força de superação mental. Devido a um teste feito em sua casa por meio de seu pai, ele sabia que tinha afinidade com o elemento Fuuton. Folheando a página, apos lido tinha uma ideia de como executar os jutsu elementais do pergaminho que havia pegado na biblioteca. Começava com o jutsu mais simples, com o pergaminho do próprio jutsu o segurava em uma de sua mãos e então liberava o chakra de fuuton assim como foi feito no teste de afinidade elemental com a folha e aos poucos o pergaminho fora cortado. — Fácil até! — Não havia gasto quase nada de chakra para tal feito, então partia para o próximo. Esse agora era o justsu de cintilação corpoal, o shunshin no jutsu não aprendido na academia, com o uso do ninjutsu tentava utiliza-lo, usava o conceito base do shunshin no jutsu com seu chakra nele para aos poucos desaparecer em meio a cintilação subiria sob seu corpo. Foram necessária três tentativas para conseguir dominar a técnica, o treino do jovem era pura demonstração de genialidade e esforço que antigamente não tinha.

Um pouco depois do treino do estilo fuuton, o jovem leu pelo menos umas dez páginas em poucos minutos do livro chamado "A Crônica De Deus", retirou uma caneta e passou a sublinhar pontos importantes sobre o que ele lia, tais como; Disciplina. Ali ele passou a escrever numa parte da folha onde não possuía texto algum, planejando metas diárias as quais ele teria de realizar, ou então ficaria sem comer Ramen por um mês como limites para si. Passou para o próximo tópico do livro, onde esse dá dicas básicas de como ser um bom estrategista, criar metas e atingi-las. Pensou um pouco sobre tudo aquilo que havia lido, e pensou; "Como eu vou saber se uma estratégia pode vir a ser útil, ou inútil?". Se prontificou novamente, cortando algumas páginas e as escrevendo com tinta, Goddness. Ali, o garoto simulava algumas Kibaku Fuda.

Pulou em uma árvore, e posicionou um de seus papéis bomba no tronco, atravessando o mesmo com uma agulha e barbante, no caso, higiênico. Simulando cordas de nylon. Seus cabelos se esvoaçavam entre um pulo e outro, a qual Overhaul os dava com o objetivo de ser rápido. Entre essa movimentação e outra, o garoto posicionou várias Kibaku Fuda na região daquele lugar, e as interligou com o fio dental, que por sinal, havia acabado. O garoto acabou montando um mecanismo simples e ao mesmo tempo complexo. Simples pois não era nada demais, esticou o fio o máximo que o material sustentava, e os posicionou de uma forma discreta entre um arbusto. Complexa pois um simples civil simplesmente não conseguiria montar algo assim, levando em consideração que cada tarja explosiva falsa era interligada a outra, e o garoto havia criado em torno de vinte e cinco dessas, todas bem espalhadas e com seu local bem posicionado. Em cada folha, ele havia colocado uma pequena pedra, e caso o atrito entre qualquer coisa e a linha escondida levantasse a pedra, seria sinal de quê caso fosse uma tarja explosiva real, a mesma explodiria. Analisou tudo pela última vez, relembrando passo a passo do que havia feito ali.

"É isso!" - O jovem sem percebe direito havia rompido um selo no qual não tinha conhecimento do mesmo, sentia algo diferente, sua visão ficava cada vez mas clara e aos poucos um clarão era visto em sua frente, um tipo de estrela tomava conta de seus olhos seu corpo vagarosamente liberava um chakra esbranquecido diferente do normal, inconscientemente o jovem fechava suas mãos e logo depois as abria lentamente. Naquele peculiar momento, o genin se aprimorava e ficava ainda mais forte. Terminando seu treinamento, o mesmo havia se descoberto cada vez mais. O jovem rumava a praça de Kumo, saindo da gélida montanha, deixando seus livros em uma caverna das varias cavernas do local.

[...]

O sol ofuscante alertava aos habitantes daquele vilarejo que um novo dia iniciava. O garoto acordava relativamente bem ao som de pássaros que passavam rasgando os céus Overhaul sentia que sua saída da vila estaria mais próxima, um ano já tinha se passado desde que o garoto começou sua vida "honrosa" como shinobi naquela vila. Seu plano de saída se configurava com o passar do tempo, sua malevolência aumentava cada vez mais com o passar dos dias, como aquele ser havia mencionado naquela ocasião extremamente confusa, tudo era questão de tempo e enquanto isso ele brincava de ninja na vila, fazendo os serviços e missões como um ninja qualquer. Nenhum expressão reinava sobre a face daquele que tinha tendencia vilania, calmo se sentia, pensamentos não tão felizes vinham em sua mente ao que se mantinha em sua casa. "São as coisas que mais amamos que nos destroem, irei destruir tudo que já amei e me levantarei de minha própria morte caso preciso, para cumprir meu objetivo com todos os poderes da escuridão."