Menimienai kenshi

目に見えない剣士

“Vamos seu preguiçoso, acorde” essas palavras entravam em minha cabeça durante o sono, fazendo com que eu abrisse meus olhos com certa preocupação, porém foi tudo em vão, afinal, não passava de meu pai tentando me acordar enquanto revirava meu corpo na cama. Com o costumeiro mau-humor em que eu acordava quando criança, olhei para meu progenitor e sem entender muito do que estava acontecendo, falei - Por que está me acordando tão cedo, pai, você por acaso é louco? – passei uma de minhas mãos nos olhos e finalmente conseguia olhar nos olhos de meu pai  “Hoje irei lhe ensinar um jutsu importante para academia, me encontre no nosso lugar” ele falou portando um sorriso de canto a canto na boca. Assim que digeri aquela informação, pulei de minha cama, pois estava muito animado com aquela situação, coloquei meu quimono branco, tomei um café que meu velho havia trazido e deixado em minha mesa, então após isso sai pela janela de meu quarto rumo ao nosso local de treinamento.

Correndo pelas ruas do vilarejo, não conseguia tirar o sorriso de meu rosto e pensar O que será que esse velho vai me ensinar? soltei uma leve risada com meus próprios pensamentos. Havia chego ao lugar em que nós sempre praticávamos nossos treinamentos, o ponto mais alto de Iwagakure e também o melhor ponto da vila p/ara aproveitar de uma bela paisagem. Meu pai saiu de trás de uma pedra e disse para mim “Como sempre atrasado, Awashi” mas com um sorriso no rosto, respondi fazendo uma piada – Os heróis sempre chegam atrasados, isso trás uma sensação de surpresa – ri e olhei para meu pai que estava um pouco frustrado com meu atraso. Surpreendendo-me, meu velho fazia uma posição com as mãos, praticamente criando uma cruz com seus dedos, assim fazendo uma cópia idêntica sua então soltando uma risada, falei com certo deboche– Pai, Bunshin é um jutsu muito infantil, você já me ensinou isso há anos. – Então sendo surpreendido pela cópia correndo em minha direção, me movi rapidamente, pois o clone estava com seu braço estendido pronto para  me socar, então com os olhos um pouco arregalados, questionei a meu pai  – Mas... Mas... Bunshin não serve para apenas confundir? Não sabia que eles poderiam atacar. - então tentando imitar o deboche que havia feito após o jutsu dele, meu pai respondeu “ Sim, Bunshin são realmente inúteis, mas essa técnica é chamada de Kage Bunshin no Jutsu, isso vai muito além de apenas fazer uma cópia, ela gera um clone com possibilidades infinitas de movimentos, tudo depende do que você desejar, ele pode ser usado para seguir alguém ou até mesmo matar essa pessoa” observei a explicação de meu pai com total atenção, então tentando copiar o movimento de mãos que meu pai, cruzei meus dedos fazendo a “cruz” que o mais velho havia feito a momentos atrás, assim então gritei  – KAGE BUSHIN NO JUTSU – mas como esperado a tentativa foi em vão, então se aproximando de mim, meu pai bagunçou os meus cabelos e disse – Você vai ter que se concentrar muito para isso, não é um jutsu simples, seu rank é classificado como B, vai muito além de qualquer coisa que você já aprendeu. Bom... Você vai demorar com isso, irei almoçar e volto mais tarde – o mais velho dirigia-se até a vila. Então sussurrei depois de notar estar sozinho, pois ele havia desaparecido em instantes – Esse velho só me dá trabalho... – não consegui conter a risada após o comentário, então levando minhas mãos para novamente fazer o movimento continuava a tentar, mas sem sucesso novamente.


Meu pai já me observava  de certa distância a algum tempo e deveria admitir que a cada tentativa, eu chegava mais perto do sucesso do sucesso em realizar aquele jutsu. Meu chakra já estava a ponto de se esgotar, mas minha personalidade fazia com que eu nunca desistisse até obter sucesso em meus desejos, então após mais duas tentativas, admiti a mim mesmo – Essa é minha ultima tentativa, não irei aguentar mais, meu chakra está acabando – então se concentrando ao máximo, me acalmei e esqueci de tudo ao meu redor e realizei a posição de mãos já feita tantas vezes anteriormente, e sentia de certa forma meu chakra fluir por toda minha extensão corporal, então nesse momento gritei – KAGE BUSHIN NO JUTSU – assim com certa animação, observei a fumaça sendo criada ao meu lado, e com certa alegria no olhar, observei o clone criado perfeitamente em minha direita, então com um pulo de alegria, gritei – EU CONSEGUI, EU TINHA CERTEZA QUE IRIA DAR CERTO – a minha vontade era muita, mas meu corpo não aguentava mais esforço, então por conta do cansaço, levei meu corpo ao chão sem nem mesmo uma tentativa de ficar em pé, mas fui surpreendido por meu pai que com certa velocidade me colocou em suas costas e carregou-me, então com um sorriso e usando minhas ultimas forças, falei – Você estava aqui o tempo todo, velho desgraçado – ao fim de minha frase, apenas adormeci nas costas do mais velho. Não lembro de muita coisa ao voltar para casa, apenas de estar em minha cama e adormecer.


Após ter mais ou menos seis horas de sono, acordei e no mesmo momento já levantei da  minha cama. Fui até a cozinha com muita fome e logo abri a geladeira, notei que meu pai não havia deixado algo pronto para comer após o longo dia de treino, então o mesmo observei os ingredientes que existiam dentro da geladeira e tive uma grande ideia. Encontrando todos ingredientes necessários para fazer um bolo, sussurrei - Eu sou péssimo na cozinha, talvez precise de uma mãozinha – sorri, então afastei meus pés um do outro, fechei os olhos e fiz o movimento do jutsu aprendido mais cedo, e então após concentrar meu chakra, falei - KAGE BUSHIN NO JUTSU - com o jutsu sendo feito perfeitamente, impressionei-me com o número de clones feitos, que no total eram quatro, três a mais do que havia feito mais cedo em meu treino. Então sorrindo e observando os clones, falei - Você faz isso.... Você aquilo - e designei  os clones a fazerem as tarefas para mais tarde degustar de meu delicioso bolo. Após um tempo o bolo estava finalmente pronto, assim dividi o doce em pedaços iguais para todos clones e nos deliciamos com aquele alimento.