+1 (+1) no atributo

Alguns dias haviam se passado desde que me vi ativo da última vez. Assim que concluí uma missão de alto risco e dei início aos estudos toxicológicos, não realmente fiz nenhum denso progresso desde então; durante minha época no Jardim, era muito mais difícil procrastinar coisas, uma vez que se tinha rigorosos tutores lhe auxiliando em todas as tarefas que realiza durante o dia. Agora, contudo, me via com maior liberdade individual, pela primeira vez. Entendi que era como um tipo de confiança que meus pais depositavam em mim para testar se eu realmente era alguém inteiramente responsável; a julgar pelos últimos dias, eu sinceramente não sentia que este era o caso, já que me encontrava procrastinando coisas demais e dormindo demais. Em partes, porque os fantasmas do passado insistiam em voltar para me assombrar. Em partes, também, porque me via incapaz de amontoar motivação o suficiente para realmente me engajar na tarefa de realizar coisas que pareciam exigir tanto esforço, como acordar cedo.

Consumido por pensamentos inférteis, percebi que seria mais um dia difícil. Raciocinei, com isto, que seria melhor não realmente me engajar em atividades cansativas em demasia, uma vez que seria incapaz de terminá-las em questão. Ao invés disso, principiei a raciocinar de que maneiras eu poderia ser minimamente efetivo mesmo enquanto sentia o peso do mundo sob minhas costas, um sentimento que se tornou tão comum ao longo dos últimos meses. Tive uma faísca de ideia assim que olhei para minha enciclopédia toxicológica, que repousava sobre minha pequena e improvisada mesa de leitura. Abaixei meus olhos, ainda sentado na cama, conformando-me com o fato de que o assunto não me interessava de imediato; mas a escolha de livros como um método de manter minha eficácia num mínimo patamar enquanto me encontrava num mal estado foi um bom pensamento. Ao invés de minha enciclopédia, portanto, resolvi rebuscar entre outros livros que eu possuía, isto é, os que trouxe comigo do orfanato e que eram interessantes o suficiente para que eu os fizesse caber em minha mochila. Um dos títulos me chamou a atenção, e ressonou com minha baixa habilidade em interações com outras pessoas: “Retórica e Lógica”, assinado por um autor que eu desconhecia, foi eleito como minha leitura das próximas horas.

Era interessante como o livro interligava a habilidade da fala com inteligência; eu sem dúvida era alguém muito inteligente, embora não conversasse muito bem ainda. O livro prossegue, por fim, dissertando sobre como você pode efetuar breves e rápidos raciocínios durante uma conversa para efetuar determinadas ligações lógicas para que se veja capaz de não só manter uma conversa fluindo como também aprender várias coisas de si mesmo, da pessoa e do assunto debatido em questão. Um improvável sorriu se esboçou em meu rosto.

+1 (+1) no atributo

Fechei o livro alguns sólidos minutos depois, utilizando um marcador que tinha por perto para retornar à sua interessante leitura mais tarde, num momento mais oportuno; eu continuaria lendo-o facilmente, entenda bem, mas minha motivação se via gradativamente elevada conforme eu aprendia novas coisas através do livro. Poderia parecer algo bobo, mas entender que eu ainda era capaz de entender coisas que eu gostava de entender era o suficiente para me dar a confiança necessária para fazer mais alguma coisa com meu dia ao invés de desperdiçá-lo sonhando acordado. Aproveitando a injeção de ânimo, portanto, levantei-me, arrumei minha cama, ainda baqueado pelo sono, escovei os dentes e coloquei uma roupa que me permitiria interagir com outras pessoas. O prospecto de testar as novas linhas de raciocínio num diálogo que eu aprendi era interessante, mas na verdade este não era meu propósito: Raciocinei que precisava melhorar uma de minhas vertentes ninja, como um de meus tutores da Academia me recomendou. Como não havia antes feito isto, julguei que seria um bom momento para ao menos ver como me sairia.

Assim que me aprontei e comi algo que seria o suficiente para espantar a fome pela próxima hora, informei minha mãe de minha próxima inesperada atividade, que me elogiou pela iniciativa. Despedi-me dela após concluir minhas pendências, e movi-me para uma floresta, razoavelmente distante da vila, que me seria o local adequado para treinar; era interessante como ele simplesmente assomou em minha mente enquanto estava pensando onde deveria treinar, provavelmente é porque me pareceu certo, um local isolado onde eu poderia vislumbrar a natureza, servir como inspiração para que eu pudesse treinar. Caminhei, provavelmente, por dois quartos de hora até que lá chegasse. Assim que meus pés me levaram para o local em que iria treinar, sorri, tendo certeza de que fiz a escolha certa para meu campo de treinamento: as altas árvores, as vibrantes cores que adornavam, os pequenos animais que vez por outra passavam por ali e o fato de ninguém mais estar presente fora eu e meus companheiros selvagens eram tão ideais para mim que o cenário parecia ser algo saído de minha mente.

Os próximos minutos, entretanto ,revolveram em torno de trabalho duro: Como eu já era proficiente em manifestar linhas de chakra para manipular minhas marionetes, resolvi que eles não seriam um método de treinamento difícil o suficiente. Ao invés disso, resolvi sentar-me numa pedra, cruzar minhas pernas e, com o símbolo do tigre, movimentar meu próprio chakra ao longo de meu corpo; pendia-o para um lado, depois para o outro, depois para a parte superior de meu corpo e logo depois para a inferior. Descobri que tinha um exímio controle de chakra, e este, por sua vez, auxiliava-me na tarefa de melhor coordenar ninjutsu de quaisquer maneiras que eu fosse capaz de utilizar. Me vi motivado o suficiente e realizando suficiente progresso para ficar ali por um tempo maior que o desejado, altercando meu chakra e buscando manifestá-lo de diferentes formas em diferentes locais de meu corpo, inclusive expelindo-o para fora por vezes, concluindo meu treinamento com minhas linhas de energia, manipulando alguns objetos próximos ao longo do perímetro.

+1 (+1) no atributo (463 palavras)

Havia ficado em casa durante alguns dias, aguardando o resultado de meus testes de treinamento; basicamente, algumas vezes por ano alguns ninjas do meu nível eram submetidos a testes periódicos, que estipulariam nossos pontos em determinados atributos que compõem a roda de habilidades de um ninja. Em termos simples, eu não tinha uma concepção fixa sobre os tais testes. Normalmente, revolviam em torno duma prova escrita e de uma bateria de exames, mas eram realizados individualmente, não num aspecto competitivo, então mais se assemelhava com uma consulta médica do que qualquer outra coisa. Perguntava-me, por outro lado, se os outros ninjas que eram submetidos aos testes eram aqueles que estavam no orfanato comigo; como nunca os via, já que realizava o teste sozinho, não poderia ter certeza. De quaisquer maneiras, a data prevista – que nunca falhava – de entrega do resultado dos testes era hoje, então resolvi utilizar isto como desculpa para não fazer muita coisa neste dia. Por outro lado, pensava sobre como sentia que meus atributos haviam visto uma melhora desde a última vez que o realizei, e, pensando comigo mesmo sobre o agente causador desta melhora, determinei que a resposta fosse o tempo de estudo e treino que utilizei para me aprimorar durante os últimos dias. Decidi, com isto em mente, melhor aproveitar meu tempo através de mais algumas horas de estudo. Deveria, agora, pensar numa maneira de realizá-las efetivamente sem sair de casa.

Eu já havia devolvido os livros que emprestei na biblioteca, mas as anotações que fiz embasando-me nos mesmos ainda se encontravam em minha posse. Possuía alguns cadernos que utilizava como rascunho para estudar a parte teórica de minhas habilidades, então, me submeteria a folheá-los. Revendo minhas anotações, gozei de um novo ponto de vista a respeito daquilo que denotava nos cadernos, podendo aplicar o conhecimento ali armazenado de uma maneira diferente. Com alguns lápis em mãos, adicionei minhas escritas sobre aquilo que já tinha observado, vendo minhas anotações momentâneas como um trabalho concluído, por enquanto. Enquanto realizava a tarefa, todavia, não pude deixar de notar o quão prazerosa estava sendo a tarefa; do quê eu estava gostando, exatamente? Não precisei levar mais que alguns segundos para saber que era a escrita. Acostumado a raciocinar desta maneira, pensei que deveria iniciar a escrita como uma tarefa de lazer quando tiver tempo. De quaisquer maneiras, retornei para minha atividade de estudo.

Concluí-a assim que ouvi algumas batidas na porta seguida por um chamado que, camuflado pela distância que existia entre nós, tornou-se indiscernível quando atingiu meus ouvidos. Mas, pude, logicamente, conectar os fatos para entender que se tratava, provavelmente, da entrega de meus relatórios e o resultado de meus exames. Interrompendo meus estudos, por fim, daria completa atenção para a análise de meu desempenho como ninja através da leitura.

+1 (+1) no atributo (468 palavras)

Fiquei feliz ao ver que meus esforços voltavam para mim como resultados; esta é a “bênção dos dedicados”, diria um pensador desconhecido. Na lista numérica de meus atributos, “databook”, como nomeada a lista, vi um ótimo acrescimento nas duas áreas que havia treinado recentemente: Ninjutsu e Inteligência. Com tamanha precisão nos resultados, parei para me perguntar, durante a leitura, se, na verdade, os números eram manipulados com base em meus estudos apenas para servir de incentivo para que eu continue a buscar desenvolvimento. Por outro lado, os analistas de meus testes poderiam simplesmente brandir grande proficiência em sua arte, determinando com invejável rigor os frutos de meus esforços e como eles alteravam minha redoma de capacidades como um ninja. Não debati por muito tempo o dilema, ao invés disto me conformando com os resultados positivos. “Poderia ser pior”, disse o pessimista tentando ser otimista. Continuei folheando as páginas, que eram muitas, já que estava ciente de que recebera também um relatório com base em meus números no final de todo o arquivo.

Já havia me incomodado desde quando havia visto o número zero ao lado da vertente, mas, na carta de conclusão do relatório, me era recomendado melhorar minhas habilidades em selos de mão. Achei irônico, já que era algo que eu sempre gostei de realizar, ganhando proficiência nas posições de mão quando criança, imitando meus heróis de infância; o problema repousava sobre o fato de eu não conseguir executá-los com o propósito de conjurar uma técnica forte o suficiente. Meditei por alguns minutos nos dados e sobre como melhorar aqueles que não exibiam um número razoavelmente alto. Uma vez que a vertente dos selos de mão mais me chamou a atenção, julguei que seria mais apropriado, portanto, começar meu aprimoramento por ela. Assim que a decisão foi tomada, levou-me mais alguns silenciosos minutos em meu quarto para decidir a maneira mais apropriada de exibir melhora naquela ramificação. A biblioteca da vila tornou-se minha melhor fonte de conhecimento desde que conheci sua existência, portanto, meu pensamento condicionado automaticamente redirecionava uma busca por solução na mesma. Não tinha plena certeza de que existiam livros específicos sobre selos de mão, mas, por outro lado, já tinha visto alguns pergaminhos simplórios que carregavam alguns selos de mão básicos para qualquer um que desejasse aprender. Não tinha certeza de que seria o melhor método de treinamento, mas com certeza era o único disponível no momento.

Assim que terminei de me aprontar, saí. Aproveitaria o dia, rumando para a biblioteca, coletando alguns pergaminhos, e depois para minha isolada área florestal nos arredores do vilarejo que costumeiramente utilizava para treinar. O método que desenvolvi era replicar os selos, um por um, manualmente, depois, embaralhá-los numa sequência, replicando a própria com vários movimentos, delineando uma gama de selos de mão num curto espaço de tempo.

+1 (+1) no atributo (534 palavras)

Mais alguns dias em marasmo se passaram. Continuava prometendo a mim mesmo que “na próxima semana eu iria melhorar”; o problema é que esta semana nunca chegava. Eu sentia que estava melhorando gradativamente, mas este sentimento vinha acompanhado da certeza de que toda a melhora não era suficiente. Era inteligente, astuto, de capacidades invejáveis de estratégia e coordenação motora, que empregava em minhas marionetes. Todos me elogiavam, dizendo para mim ou para minha mãe como tinham certeza de que eu iria longe por ter tanta capacidade. O problema é que eu sequer cogitava em como eu poderia ser tão bom assim enquanto me sentia um lixo. E isto me fazia querer treinar mais. Então, eu sentia que estava melhorando gradativamente, mas este sentimento vinha acompanhado da certeza de que toda a melhora não era suficiente. E tudo se repetia novamente, como um ciclo sem fim. Não tinha certeza, mas suspeitava que, se eu me esforçasse o suficiente, seria capaz de quebrar esta roda infindável de uma vez por todas. Tsc. Que situação nojenta. Esfreguei minhas mãos pela extensão de minhas bochechas algumas vezes, como que alongando meu próprio rosto; deitado em tardias horas, me punia em pensamentos pela aparentemente infindável exaustão que me dominava quando minha mente insistia em me colocar para baixo. Sentindo o frio quando puxei as cobertas para fora de meu corpo, levantei-me o mais rápido que pude para não dar chances à minha consciência de me puxar para baixo mais uma vez. Vivendo no inverno atualmente, meu primeiro esforço quando levantado era caçar algumas peças de roupa quentes, confortáveis e esteticamente agradáveis o suficiente para adornar meu corpo naquele tétrico dia.

As missões já haviam sido feitas, por assim dizer; as tarefas de nível D haviam sucumbido a uma mera atividade rotineira quando eu não tinha nada melhor para fazer, já que se tratava de incumbências pouco desafiadoras em todos os sentidos uma vez que você entende o conceito delas e desenvolve as qualidades que elas buscam amadurecer em ninjas. As de nível C, por sua vez mais interessantes e suficientemente desafiadoras, eu me via proibido de fazer uma vez que tínhamos uma quantia limite destas para se realizar por semana. Eu tinha o desejo de fazer algo, por agora, mas me via impedido por conta da burocracia. Mas não iria permitir que complicações tão simplórias impedissem meu progresso. Assim que uma solução plausível assomou em meus pensamentos, disparei para fora de casa o quanto antes.

O raciocínio por trás de minha estratégia era simples o suficiente: caso não possa fazer missões, treine. Meu treinamento, por sua vez, revolvia em torno de velocidade; de acordo com os relatórios que recebi desde a última vez que fiz uma bateria de exames na Academia Ninja, não possuía maestria o suficiente sobre este atributo em particular, então, como era um dos mais baixos em minha ficha ninja, resolvi treiná-lo. A vantagem que ele possuía era o de ser treinável em qualquer lugar; provavelmente é por isto que resolvi correr ao longo da cidade enquanto cronometrava meu tempo quando concluía um determinado perímetro previamente demarcado. Aos poucos, minha velocidade se superava o suficiente para que eu me sentisse realizado o suficiente com o treinamento.