— O Teste final começou Goku. — Começaria o velho de repente. Estávamos simplesmente observando o pôr do sol, quando ele anunciou aquilo. Ergui a sobrancelha. — Tá falando sério, velho? — Questionei, ainda tentando engolir. — Sim. O seu limite é até o Sétimo Portão. Pelas suas capacidades você nunca conseguirá morrer com o Oitavo. E, acima de tudo, não quero que morra cedo. Quero que viva muito e que torne um grande lutador shinobi. A constar, você ainda é um Gennin. — Eu realmente não estava entendendo tudo aquilo. — Velho... Isso soa como uma despedida. — Argumentei, erguendo uma das mãos para arguir. — NÃO PODE ESTAR FALANDO SÉRIO VELHO?! VAI ME LARGAR TAMBÉM?! — Questionei, irritado e incrédulo.

— Não. — Foi a resposta, direta, frívola e sem emoções como sempre. O velhote Taigo se viraria com as mãos atrás das costas como sempre. — Quando o guerreiro tem de completar a última fase de sua jornada em uma de suas ramificações... É uma prova de morte. É o sacrifício pelo poder final que se pode obter. No fim, certas famílias do seu Clã adotam esse principio, a sua, também é uma delas. No fim, só eu ou você sairemos vivos dessa. — Aquilo me encheu o peito de raiva e de uma chama explosiva tão profunda que não me contive. — NÃO PODE SE ADERIR A MERA MERDA DE UM CLÃ RIDICULO, VELHO! — Gritei, quase dando um soco no peito do mais velho. — Aí que você se engana. — Aquilo me fez erguer exageradamente as sobrancelhas. — Ahn?

— Eu também sou do Clã Lee. Por que acha que eu sei muito sobre o Clã? Nunca passou por sua cabeça? — Aquilo me fez arregalar os olhos.  — Eu sou um dos homens mais velhos do Clã. E sou seu ancestral. De tempos em tempos meu espirito encarna em guerreiros que trarão grandes mudanças. Normalmente, guerreiros lendários. Eu, fui um deles. Meu nome é Taigomatsu Lee II. O Dragão Demônio Esmeralda. — Aquilo foi como um soco explosivo no estomago. — Só pode estar de brincadeira! Você ser um lendário e um membro do meu clã? Nada disso faz sentido! Por que não me falou antes? Tudo o que eu achava era que somente era um velho de merda senil com a idade já fora de forma! Você é um desgraçado, um mentiroso! — Cuspi.

— Uma hora você teria de me comparar com seu pai e sua mãe. Bem, meus motivos são diferentes. Eu escondi para você porque precisava que isso não interferisse no seu ascender. Certas coisas não devem ser contadas na hora errada no momento errado. Você está entendendo? — O velho retiraria sua manta, somente para que eu pudesse ver a grande marca do dragão verde quase apagada que subia ao longo de suas costas até a nuca. “Ugh. É ele mesmo... Maldito!” — Pensei. — Mas o Dragão Demônio Esmeralda sumiu faz mais de 200 anos! Como pode estar tão vivo velho?! — O velho se viraria, exibindo o físico invejável apesar de visível idade, e por ora, cheio de cicatrizes de batalha. — Buddhaga Yagrogi. Uma técnica que desenvolvi em que consiste em vários fatores, que prolongam a vida e torna o corpo saudável o suficiente para viver mais. Mas sinto que meu papel por este mundo está terminando, eu já vivi muito, vi muito, fiz muito, minha hora de partir está chegando, e daqui a um tempo, irei encarnar novamente.

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— Entendi. — Foi o que respondi após tudo aquilo. Estava claro na minha mente agora. Aquele homem havia pegado a mim quando criança, cuidara de mim, educando-me com tudo o que sabia, tudo que acumulara ao longo do tempo. — Mas por que se tornou recluso? Por que sumiu do mundo, velho? — Questionei. — Porque, quando se passa muito tempo neste mundo, se vê coisas. Se vê tantas coisas que sua cabeça muda. O mundo Shinobi não é algo bonito, Goku. Não é algo como um mar de rosas, as pessoas, o sistema, tudo é ruim, não há uma segurança verdadeira nisso tudo. É verdadeiramente podre. — Explicaria, calmamente. — A melhor resposta para quem deseja ascender sozinho, é não deixar que vilas ou pessoas, a realidade o afetem. Nunca. A manha para isso é isolar-se dessas influencias que podem te tornar tóxico, e praticar o autoconhecimento com base naquilo que sabe, e você ira se expandir naturalmente e sozinho, tornando-se mais sábio e experiente por conta própria. Não necessita de terceiros para fazê-lo senão a si mesmo, em total forma com a natureza como ela é. — Terminaria, ele por fim.

— E é isso que você irá fazer quando eu partir. — Emendou após algum tempo. Enquanto falava, uma aura esverdeada começava a fluir a partir de seu corpo, o chão começava a quebrar. — Comecei na Vila da Folha, e terminei aqui. Não me arrependo de nada! — Gritou, batendo um dos pés ao chão e provocando um enorme buraco, enquanto se posicionava, fazendo uma postura dragônica. — Agora, irei terminar satisfeito, tendo passado meu legado. Você é o meu garoto, melhor do que aqueles que te criaram, mesmo com seu temperamento horrível! Agora, aceite isto para a sua provação final! — Ordenou, emanando uma aura muito forte de poder cuja qual eu nunca tinha batido o olho antes. Ele estava em seu máximo, eu podia ver cada fibra do seu corpo rugindo, cada musculo vibrando, cada veia pulsando com todo seu auge e esplendor de um soldado. Após algum tempo, suspirei fundo, fechando os olhos por alguns segundos. — EU ACEITO ESSA MERDA! — Gritei. A raiva fluía dentro de mim, o sentimento borbulhava tão forte que estava começando a extravasar. Eu nunca recusava uma batalha, nunca! Agora, eu iria terminar tudo o que ele começou. O meu corpo vibrava, exalando as chamas esverdeadas e meu corpo avermelhava, meus olhos ficando brancos. — VAMOS RESOLVER ISSO DE UMA VEZ, VELHO! — Dei o veredito.

— É assim que se fala. Pelo visto, te criei bem. — O corpo do velho avermelhou também, seus cabelos brancos agora estavam vermelhos, e ele exalava chamas verdes, a marca do dragão em suas costas agora se espalhava por todo o corpo daquele homem. Tal era a sua alcunha do Dragão. — Sexto portão. Abrir. — Gritei, exalando então ainda mais poder, era como se os cadeados de meu corpo fossem abertos, soltando uma gama de energia indestrutível. Flexionando os joelhos, me agachei  e me desloquei pelo espaço, visando o espaço a minha frente. O outro fez o mesmo, se chocando com o meu punho. Uma enorme explosão aconteceu enquanto uma onda de choque faria um chocalho ambiental, levando tudo ao nosso redor. Socos e chutes eram trocados ali, cada um tendo uma gama de explosão ao redor. Um soco me atingiu na barriga, enquanto meu punho atingiu o pescoço do meu oponente, e mais vários golpes atingiram-me com tudo. — Ugh! — Gemi, e o velho cuspia sangue. Era como ter um baque forte nos ossos e ele quase ceder. A batalha ainda seria prolongada.

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O soco que veio a seguir buscaria atingir bem no meio da minha cara. Saltei para trás enquanto parte do punho do velhote passava de raspão pela minha bochecha. O chão explodiu na minha frente, pedras voaram e fumaça, poeira fora levantada. — Droga! — O pé se deslocou pelo ar, abrindo um caminho por aí, onde mal tive tempo de desviar. Precisei erguer os braços a frente  do corpo, onde o pé bateu neles, me jogando para trás. — Guhj! — Girei no ar, batendo os pés nus sobre o chão enquanto um vulto passava por mim. — Velho! — Gritei, girando, deslocando o punho fechado e flexionado para trás de mim. Meu punho bateu sobre a face dele, explodindo o chão embaixo de mim. Porém, como resistência, ele moveu uma das pernas novamente, dando um chute bem imponderado no meio da boca do estomago. — Guh! — Cuspi sangue e voei para trás, batendo em uma pedra. — Ugh... — Minha boca sangrava muito. Mas não tinha tempo para reparar. Ouvi um “Konoha Dai Senpuu!” E logo me joguei para longe dali, quando um segundo depois uma rocha explodiu, voando pedra para todo o lugar. Eu nem sabia o que era. — Ugh... Que destrutivo. — Me ergui, posicionando em seguida.

A aura verde saltou no ar, fazendo um arco. O velho fazia agora uma nova posição, pronto para que pudesse então executar uma nova técnica. “Aquela posição... É o Asa Kujaku.” Respondi mentalmente. Saltei no ar, não iria deixar que ele se sobrepujasse sobre mim. — NÃO VOU DEIXAR! — Gritei, fazendo a posição do pavão. O velho parecia sorrir.— ASA KUJAKU! — Gritamos ao mesmo tempo, exibindo socos velozes ao mesmo tempo, onde nossos socos iriam de encontro como meteoros em chamas. Um enorme bombardeio aconteceria ali como um fogo de artifícios. Fogo explodindo no centro do céu enquanto a pressão dos socos em ressonâncias gerariam uma grande onda de choque colossal para todos os lados. Mas, meu golpe falhou, o velho era mais forte. Meus punhos não emitiram mais chamas, onde tudo então pareceu se abater sobre mim mesmo. — GAHHHHHHHHHH! — Os socos acertavam a mim como uma enxurrada enquanto era levado para trás, me protegendo de tudo que eu podia, praticamente me encolhendo. Voando para trás, parecia explodir no chão e se arrastado sobre o solo de tal maneira que voei até o fundo de um enorme buraco cuja fumaça era grande.

Ergui-me do chão, cambaleando. O velho permanecia parado á alguns quilômetros de mim. — Enquanto não despertar o Sétimo Portão, você nunca vai me vencer, Goku! Esta é  sua provação final! Você irá morrer e eu não irei sentir nenhum remorso sobre isso! Somente que estarei cumprindo meu dever e sendo condenado a mais alguns centeios na Terra! Portanto, desperte-se, ou você irá sumir deste mundo para sempre! Eu não estou brincando acerca disso! — Rugiu ele. Meu sorriso era eminente, eu estava contente com aquilo. Ver o velho no auge do seu poder, e eu poder lutar com ele assim, perfeito, eu estava cumprindo umas de minhas metas. — Agora, prepare-se para o seu veredito! O destino irá decidir se você vive! — Anunciou o mestre. Aquilo fez eu ficar atento, pois eu não sabia o que ele poderia aprontar dessa vez. Ele era alguém que tinha vários truques na manga, portanto, eu poderia ser pego de surpresa. Assim, flexionando as pernas sobre o chão, ele esticou as mãos em frente ao corpo e fez uma posição, fechando os olhos para se preparar. Uma grande energia começou a subir do velho, gerando uma ventania.

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— O que é isso, velho? Ughh...  — Meu poder se esvaiu de meu corpo, e eu cai de joelhos ao chão. — Droga... Numa horas dessas... — Eu estava condenado se não fizesse nada a respeito. O velho continuava a focar seu poder continuamente. As chamas parecia subir ao céu de forma ininterrupta, como um furacão ascendente. — Só mais um pouco e você irá sobrevoar os céus! Adeus, Goku! — Gritou, e eu senti uma péssima sensação sobre aquilo. Ele então soltou no ar flexionando os braços para trás do corpo ainda que as mãos estivessem juntas, seria alguma espécie de golpe. — Morra de uma vez por todas! Hirudora! — Gritaria o velho, jogando suas mãos para frente e soltando algo inexplicável diante de meus olhos. Um enorme tigre gigantesco estava vindo direto para cima de mim. Aquela luz, tão forte, tão cinza, era como se ele fosse feito inteiramente de energia de pressão. O grande tigre rugia. Mas, algo aconteceu, uma luz envolveu a tudo e eu me senti ofuscado pelo seu brilho, como se doesse demais abrir os olhos, não que eu fosse cego. — Ugh... Onde? — Questionei.

Havia uma chama esverdeada diante de mim. — Que caralhos é isso? — Questionei. — Sou o seu poder adormecido. Você ainda não despertou ainda, mas seu corpo está rugindo para que você desperte. Sempre agindo pelo medo, por situações extremas, chegou o momento em que sua mente está para decidir, que aceita este poder cujo prejuízo é tão alto, ou que apenas bloqueia de vez, estando somente atrelado ao último ato que fez. A balança tem que ser feita... E só você pode decidir isso. De um lado, recebe um grande poder, mas que seu corpo pode se desgastar totalmente após sua utilização, ou, se permanece com o Sexto Portão em troca de dano nenhum; escolha. Quanto mais tempo passar mais você estará apto a morrer. — Explicaria a chama. — O seu mestre está decidido a te matar de uma vez por todas, portanto, decida logo. — Eu trincaria os dentes. — Ótimo! Eu aceito, dê-me essa porra logo! — Gritei, estendendo a mão, e o brilho da chama se chocaria contra mim mesmo. Coisa mais bizarra que eu nunca havia visto antes de certa forma. Mas, eu precisava agir, eu precisava vencer aquela batalha.

O poder que veio a mim despertou uma sensação indescritível, como se eu sofresse uma turbinada máxima em cada poro do meu corpo. Eu secretava um suor esverdeado que não era comum em aberturas daquele nível. A chama esverdeada continuava lá, envolvendo-me a todo o vapor. Sem tempo para falar, comecei a socar o chão, tomando impulso com as pernas rapidamente, de modo a entrar ao chão e evitar tudo o que seria lançado contra mim. Em parte, o golpe passou por cima quando eu já estava profundamente adentrado, levando parte do terreno ali e tornando a vir uma reformação ambiental notável. Agora, após o impacto passar, era só subir e voltar rapidamente, mudando o curso dos meus golpes, passei a ir para cima, onde me guiei de volta para a superfície. Após algum tempo, explodi o chão provocando uma grande onda no local. O velho apareceu em pleno ar enquanto me deslocava. Moveu a perna e tentou me acertar um golpe na cabeça, onde bloqueei com o punho. Em seguida, contra ataquei e trocamos uns golpes, onde segurei um punho dele e tomei impulso evasivo.

Caindo ao chão, eu estava ofegante. O velho também. Ele então desfez-se de sua forma e caiu ao chão, ululando de dor e vomitando sangue. — Ugh... Meu limite... Fazia tanto tempo que não o usava... Meu corpo está ruído em todas as fibras dos músculos... Nem sequer posso mexer-me... — Comentava imóvel ao chão. Eu permanecia parado ali, sem reação aquilo. — Velho... — Mumurrei.

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— Ugh... — Eu tinha que dar o ultimato. Levantei-me com certa dificuldade, rumando em direção ao velho que estaria bastante debilitado por ter usado todo eu seu poder. Após alguns passos, me aproximei o suficiente para que eu pudesse estar a frente do mais velho. Ele nem sequer olhava para mim, havia deixado tombar a cabeça e fechar os olhos, esperando apenas sua morte. — Me mate Goku... Eu não tenho capacidade mais para lutar. Eu perdi. — O céu parecia estar se fechando, o seu azul estava começando a ser envolto pelo cinzento mórbido das chuvas. — Ande... Não quero prolongar muito mais. — Emitiu mais uma vez, emendando como uma ordem. E então, o céu já estava quase totalmente envolto pela nublagem. Fechei os olhos e suspirei fundo. — Não sei o que dizer sobre isso. — Trinquei os dentes. — Ficarei sozinho. — Arguiria. — No fim você morre sozinho, em todo o caso. Todos nós. — Sua voz era falha, como se estivesse a beira da morte.

A chuva começou a cair, onde as águas desemborcaram sobre nós, encharcando a tudo, ensopando, molhando e umedecendo a tudo mesmo. Retirei uma Kibaku Fuuda. — Está terminado. Conseguiu o que queria. — Soltei diante de seu peito frágil e me virei para ir andando. Após algum tempo, meu poder se esvaiu e então senti o corpo dar uma tremida. Gritei de forma agonizante. — GHAHHH! — A dor que eu havia sentido a partir dali era anormalmente forte. Acabei caindo de cara ao chão, sem capacidade de me mexer. — Droga... — Murmurei. Era o efeito colateral que eu havia sido alertado. Fechei os olhos e fiquei ali, inerte. Não havia nada que eu pudesse fazer. A dor me fez até mesmo vomitar grandes quantidades de sangue, manchando o solo. Após algum tempo, uma explosão aconteceu por perto, e mesmo sem ver eu pude concluir que o velho estava morto. — Acabou. — Murmurrei.

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