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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Furino
Mestre de RPG
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── NARRADOR

Toma um fósforo, acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro.
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa ainda pena a tua chaga
Apedreja essa mão vil que te afaga.
Escarra nessa boca de que beija!
Augusto dos Anjos

Longas paisagens de neve, o branco estendia-se até o horizonte de seus olhos, e a fome logo começaria a ser um empecilho se o garoto nada fizesse. Algo parecido com uma casa de madeira poderia ser visto, embora ainda como um ponto no horizonte. Talvez poderia não ser uma boa ideia ir até lá; mas o livre arbítrio era tido como uma das leis do mundo em que viviam, portanto qualquer direção que fosse certamente encontraria algo novo - isto é, se antes não morresse de fome.

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Furino
Ficha de Personagem : http://narutorpgakatsuki.net
Convidado
Convidado
Pé após pé seus calçados se cravam fundo na neve. Cada passo que ergue os pés para cima e a frente é um esforço grande demais para se aguentar. Essa caminhada, que tinha tudo para ser inofensiva, o fez mudar de opinião sobre o país nevado: não é, de modo algum, mais agradável que o calor escaldante do deserto. O frio, cruel, faz atenuar-se a sensação de estar só. Mesmo quando para e olha para toda as direções não consegue divisar nada senão a manta branca que cobre a terra e se estende até o limite do horizonte, tocando o céu com seus dedos gélidos. Tentou acender um cigarro, mas o vento insistia em golpear com lufadas diretamente na chama, apagando-a toda vez que a aproximava do cigarro. Até que conseguiu. Traga a fumaça, deixa que ela inunde seus pulmões e traga à cabeça a sensação de leveza de sempre. Entretanto, percebe uma sensação até então diminuta toma conta: fome. A náusea sobe varrendo sua consciência e ao mesmo tempo ainda pode divisar algo que surge no horizonte. Não sabe se é um truque de sua mente, decidindo ir nesta direção mesmo assim. Cogita até mesmo invocar um dos sapos apenas para frita-lo e come-lo, mas sua situação ainda não é extrema.

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Furino
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── NARRADOR

Por ironia do destino, uma tempestade de neve se aproximava, assim como o garoto se aproximava da casa imersa na neve. Se ele gritasse, não seria ouvido; se ele batesse na porta não seria atendido; se ele ficasse na neve, seria soterrado. Ele tinha que fazer alguma escolha, e força-la até que ela cedesse. A neve que ele enfrentava era o inferno de cabeça-para-baixo.

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Furino
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Convidado
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A visão da casa que surge diante dele, agora percebe, fora antes ampliada num zoom desleal por um truque de sua própria psique. De todo, percebeu também, não importava se fosse mansão ou uma casinha de cachorro. Seus sentidos alterados pela intensa fome podiam de certo modo pressentir que se conseguisse adentrar aquele lugar sua fome em breve estaria saciada. Forçou com o ombro a entrada, sem tentar nenhuma das opções convencionais; seres humanos tendem a ter um comportamento agressivo quando colocados em situações onde suas necessidades fisiológicas se prolongam ao limite; poderia muito bem ter abrido a porta a dentadas ou arranhado até atravessar a madeira, mas acabou por optar por uma alternativa mais sensata dentro de espectro de selvageria.

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Furino
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── NARRADOR

As pupilas de Lydia se dilataram, seu coração acelerou, e seu corpo passou a movimentar-se insanamente, saindo de sua cama e direcionando-se para a frente da porta de madeira. Estava irritada. Haviam a acordado, e agora tentavam forçar a entrada na sua casa. Pois logo sacou uma espada, e aproximou-se da fechadura da porta, levantando com a ponta da lâmina a espécie de alavanca que funcionava como maçaneta para abrir o único portão que dava entrada à casa. Abriu, e trouxe a lâmina de volta ao seu corpo, segurando firmemente com as duas mãos o cabo da espada.

── Quem é você? O que deseja? ── Perguntou visando descobrir se não se tratava de um assassino ou um ladrão. Se suspeitasse de qualquer coisa, mesmo que pequena, não hesitaria em descer a lâmina em seu pescoço e retirá-lo a vida. Ninguém veria mesmo, no meio daquele deserto gélido.
A casa por dentro pareceria um pouco maior, havia um tapete vermelho, uma cama encostada na parede, uma lareira e uma pequena mesa com duas cadeiras. Em cima da mesa, um cinzeiro e um bule, tão frio quanto o líquido que jazia em seu interior.

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Furino
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Convidado
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Ao abrir a porte logo vê a mulher armada que irrompe em sua direção. Pouco tempo atrás em sua visão só havia o branco e nada mais, agora, uma lâmina brilhando à luz da lareira. Aquilo parece o devolver ao seu estado natural, seu corpo torna a ignorar forçosamente os instintos de sobrevivência aflorados pela fome. Ele saca a própria espada rapidamente, apenas para deposita-la no chão de madeira. Fecha a porta atrás de si, tomando cuidado para que seu corpo sempre evite a ameaça da espada. Torna a olhar para ela e diz:

— Oh, perdoe-me. Estava perdido e com fome. Imaginei que fosse uma casa abandonada, é tão... — deu de ombros com uma expressão neutra no rosto, coçando a nuca — tão pequena. Não tome-me por ladrão, sou Shizuke. — Carrega ainda a bandana em algum lugar que não é a testa, talvez num bolso de suas vestes — se é que não a perdeu. Enfia as mãos aqui e ali, até que acha. Ergue-a contra a luz das chamas e mostra para a anfitriã. — Está vendo, minha querida? Eu era um membro da vila da Folha. Agora sou apenas um andarilho.

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Furino
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── NARRADOR

Compreendendo a situação, estando numa clara vantagem, decide por ajudá-lo. Mas não quer que ele acostume-se com a mordomia, e por isso age de modo ainda grosseiro para que não ocorra o risco de ser saqueada, na pior das hipóteses. ── Certo. Como espera que eu te ajude, Shizuke? ── Diz, pronunciando seu nome com uma ênfase em cada sílaba, e com um olhar de desprezo. ── Sente-se ── Solicita, enquanto dá as costas dirigindo-se para a cozinha, onde cortou duas fatias de pão, passou geleia e voltou, depositando-a em cima da mesa. ── Então, Andarilho de Konoha, o que faz nas terras do País da Neve? O que acha que encontrará de bom aqui, se não a fome e o frio? Tenho certeza que nos aposentos do País do Fogo você encontraria algo muito melhor do que um pão com geleia ── Agora sua mão ia até o bule, ao passo que novamente virou as costas e colocou-o no fogo da lareira para esquentar. Ela tinha vinho, mas não queria oferecer.

Sua cozinha ficava ao lado da lareira, com algo em torno de um metro de comprimento, composto por uma mesa de pedras com peles de animais sobrepostas, provavelmente para fazer tapetes iguais o que ela possuía em sua casa. Era o local onde realizava seu trabalho de dissecação dos animais que capturava.

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A hospitalidade vem a custo e não vem com gentileza alguma. A garota, percebe facilmente, é áspera, um porco espinho ao contato. Sabe que debaixo dessa camada protetiva disfarçada de maus modos há uma garota com medo do homem que veio andando sem rumo pelo deserto de neve até despontar nessa casinha. Pega o pão com geleia e dá uma mordida vigorosa. Àquela altura, naquele estado, pouco lhe importa se o sabor é o do melhor pão que já comeu, temperado com as especiarias que chegavam à Sunagakure ou uma comida completamente insossa. É o suficiente para suprir parcialmente sua necessidade, assim como suprime por ora o Shizuke primitivo que surgiu quando a fome tomou conta. — Obrigado — diz simplesmente. O tom não é tão amigável como a apresentação de antes, mas também não carrega hostilidade nem desprezo como a voz dela. É uma fala de agradecimento genuína, nem mais nem menos que isso.

— Preciso descobrir quem eu sou. Provar que sou digno. E o País do Fogo nunca foi minha casa. Não nasci lá e muito menos pretendia morrer lá. — Um instante depois e não soube porque disse as coisas daquela maneira, talvez a comida o tivesse deixado vulnerável. São palavras vagas, de todo modo. Limpa os lábios com o dorso da mão esquerda, tirando alguns farelos. Dá uma boa olhada pelo interior da casa, só por não ter mais o que dizer. Estica o pescoço e nota peles de animais repousando sobre a luminosidade gerada pela lareira. Eles brilham de maneira estranha sob a luz, o que leva o andarilho a notar que aquela é a parte interior da pele. Provavelmente ainda não foi limpa.

— Caçou você mesma? — pergunta e a ponta o indicador para as peles. Espera uma provável resposta ríspida ou talvez nenhuma resposta, mas permanece inabalável em demonstrar a educação que recebeu como nobre da Areia.

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── NARRADOR

A garota percebia sua aproximação, e manteve-se inerte, pronta para atacar. Mas não precisou. Era só uma pergunta curiosa. Ela então pegou uma das peles e jogou para que o viajante pegasse com suas próprias mãos, dirigindo-se para um alçapão que ficava em um dos vértices daquela casa. Pegou um lobo, morto. ── Quer ver como eu disseco? ── Perguntou, dando a entender que sim, era ela quem os caçou. Puxou uma mesa da altura de seu joelho, e colocou uma bacia para escorrer toda a sujeira que faria. Com um facão, começou abrindo a barriga do animal e deixando seu estômago cair.

── Começamos assim ── O intestino grosso era o próximo, que prosseguiu por alguns segundos até sair por completo do defunto. Lydia dava um sorriso de canto de boca, olhando para Shizuke, esperando que ele estivesse manifestando nojo em sua expressão. ── Tem estômago pra isso, garoto? ── Ironizou, colocando uma piada relacionada ao que estava fazendo no meio de sua fala. Eis que encontrou um órgão estranho.

Ele estava preto, como se estivesse apodrecido antes dos outros. A garota olhou para Shizuke, e pediu um favor ── Pegue meu livro de anatomia, em cima da bancada, e abra-o na categoria de... ── Ficou pensativa, quase levando o dedo até o queixo, mas ele estava tão ensanguentado que ela acabaria se sujando ── Sistema digestório ── Ela queria entender o que havia acontecido.

Então continuaria com leves cortes, contornando a carne do animal para retirar seu couro, em conjunto da pele. Partes mais gordurosas como a carne poderiam ser reaproveitadas para que eles comessem depois. O procedimento duraria cerca de dez minutos, devido a grande habilidade que a garota possuía.

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Assente com a cabeça afirmativamente diante da pergunta, está de fato interessado em saber como se disseca um animal — ao que parece, os cadáveres que ela tem foram adquiridos na própria ilha, refutando a teoria dela ser inóspita como Shizuke pensara. Assiste a performance mantendo certa distância, não estando disposto a desafiar para ver até que ponto vai a hostilidade da mulher. Sente o cheiro forte exalado do corpo aberto do lobo morto e sente que o pão sobe até a garganta, prestes a ser jogado para fora. Consegue, de algum modo, por de volta a comida no estômago. A palavra seguinte parece estar fora de seu tom de desprezo, conjunto sempre a hostilidade, e Shizuke permite-se aproximar um corpo do animal morto para ver com clareza quais sãos os movimentos que ela realiza com sua faca. Seus olhos, profundamente imersos nos cortes precisos, fazem com que todos os demais estímulos estejam temporariamente desligado, de modo que o odor e a sujeira avermelhada sequer incomoda. Apenas volta a se dar conta do fedor quando ela interrompe seu progresso e pede para ele alcançar um livro sobre a bancada. Nem termina de escutar tudo e corre para pega-lo, como um ajudante fiel. Ao menos espera que a aparente bajulação sirva de algo, que alivie a tensão que parece nunca ir embora nela. Checa o índice e abre na parte desejada, colocando na seção do sistema digestório. Faz uma leitura rápida, dinâmica, antes de entregar o livro. Segue então observando, escrutinando a ação cirúrgica com olhar também cirúrgico. Não é um ato rápido, mas a a maneira com que suas mãos femininas fazem a faca deslizar sob a pele faz com que o tempo corra de igual modo, fluído. Não sabe quanto tempo se passou desde o início, mas poderia muito bem dizer que não correu um minuto sequer. Ainda assim, aquilo está um pouco aquém de suas expectativas: é um gesto que mesmo meticuloso se torna sujo, bagunçado.

— O que é comestível disso tudo? — Perguntou de súbito, só para quebrar o gelo, sem perceber que era uma ação inconsciente de seu corpo dizendo: Ainda estou com fome. — Aliás, não sei seu nome e já lhe disse o meu. Não há razões para ser tão rude comigo só por eu ser um completo estranho. Seja nas planícies verdes do País do Fogo ou no deserto do Vento, a hospitalidade é um valor indispensável. Esse lugar é tão vazio que me surpreende você imaginar alguém vindo até aqui só para rouba-la, estripa-la ou seja lá o que for. — Já não se importando mais, afasta-se do sujeira sangrenta da mesa e acende um cigarro perto da porta.

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── NARRADOR

Deslizando a adaga pela barriga, retirou uma fatia ─ um filé ─ de carne, entregando-a para Shizuke. Esboçava nesse momento um sorriso desafiador, enquanto fungava como se estivesse com o nariz escorrendo. ── Você não sabe nada, Shizuke ── Respondeu ── Essas peles são vendidas para um certo grupo de selvagens. Sinto que eles adorariam consegui-las de graça... Me chamo Lydia ── Revelou seu nome, agora já não mais temendo que o ele pudesse ser um destes selvagens, por não se enquadrar no perfil. Ela estava na verdade feliz por tê-lo de companhia, mas não era algo que ela diria tão facilmente.

Tornou agora ao local onde pegara o cadáver, pegou outro, e deu-no para Shizuke. ── Sua vez. Se você errar, tem ainda mais dois defuntos ali.

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Toma em sua mão o pedaço sangrento destacado do corpo fresco do lobo, mas não sabe bem o que fazer com ele. Dá uma olhada em sua forma, sente o peso sobre a palma da mão e o cheira. Cru não vou comer, conclui rapidamente. Pousa ele ao seu lado, na mesa. Tem de concordar com o fato de que não sabe de nada, pois é fato que realmente não o sabe. Um garoto sem nacionalidade, sem casa para voltar, sem amigos ou parentes em quem se apoiar; o que tem — e o que é melhor, sabe que tem — são seus grãos de areia dourada que nunca o falham, sua espada infame porém sempre afiada e o contrato assinado a sangue com sapos de uma montanha que até hoje não sabe bem onde fica. Ele é uma rocha oca boiando num oceano que se estende de horizonte a horizonte. Os tubarões sequer dão atenção a uma rocha e por que dariam? Todos prazeres e dores são negados à ele. O sopro de vida não é sua benção, nunca será.
O oceano metafórico no qual está banhado subitamente se transforma em areia e a imagem da queda de Sunagakure logo surge, antes borrões quase ininteligíveis e então a imagem clara e inapagável. Neste momento, nenhuma vontade sobrepõe a de encontrar a parte de seu cérebro responsável por aquela memória angustiante e fazer um buraco nela.

Enfim consegue expulsar, de uma vez por todas, os devaneios e as memórias. Corta como pode o novo cadáver sobre a mesa, mas sente que não pode repetir o feito tão perfeitamente como Lydia. Suas mãos não tremem nem nada, mas há uma insegurança que se manifesta no fato de ele nunca ter esfolado um animal antes. Não é como cortar uma pessoa com uma espada e deixa-la para morrer, aqui cada centímetro precisa ter a mesma precisão. Desliza a faca entre a pele e a carne, sentindo através do cabo o caminho a ser cortado. Definitivamente não posso repetir o feito, pensa enquanto segue cortando. O cigarro à boca, ainda aceso, permeia o silencio.

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── NARRADOR

A garota agora concentrava um pouco de seu chakra na mão, formatando um invólucro de sua energia ao redor da palma da mão ── Veja o que eu farei ── Tocava a pele retirada, e com o chakra manifestado em sua mão removia o restante da carne que ainda estava grudada na couraça. ── Isso exige um bom controle de seus poderes. Consegue fazer? ── Disse, e olhou para um montante de peles que haviam para ser retiradas. Após os ditos, Lydia levantou-se, direcionando-se para a cozinha. ── Vou preparar comida pra gente. Continue fazendo isso, para que possamos ainda hoje nos encontrar com os selvagens para vender essas peles. Se quiser ficar nessa casa, terá de realizar essas pequenas tarefas ── Provocou, limpando o sangue de sua mão para poder temperar a carne dos lobos e assá-las na lareira.

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Observa atentamente enquanto a energia pulsa sobre a mão de Lydia, desfazendo as ligações entre a carne e a pele onde estas teimam em seguidas conectadas mesmo após o corte. Tenta o mesmo ele, mas logo nota o empecilho que é — pela primeira vez descobre um malefício em ter reservas monumentais de chakra — tentar concentrar apenas uma pequena porção de seu chakra sobre a mão: a energia parece ter vontade própria ao jorrar de seu sistema circulatório, tomando forma e quantidade ao bel prazer. Shizuke tenta estabelecer seu domínio sobre o próprio poder, formando uma camada fina sobre toda a mão, igual apresentado pela anfitriã. Ao menos por ora consegue manter. Passa a mão abaixo da pele, separando a carne do tecido. Faz isso minuciosamente por toda a extensão do interior da pele. Por fim:

— Como está? Aproveitável?

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── NARRADOR

Respondia com uma simples olhadela, esboçando um sorriso que entregava sua satisfação. "Ele aprende rápido" ─ Pensou. Tornou a virar de costas para Shizuke, terminando de fritar a carne e colocando-a em um prato. ── Vamos comer? ── Perguntou, sentando-se na mesa, começando a comer sem ao menos esperá-lo [...]

No fim, Lydia levantou-se e arrumou-se, guardando a espada em uma bainha alocada em sua cintura, vestindo sua bota de sair na neve e guardando o material trabalhado ─ as peles ─ em um grande saco, que alocou em suas costas através de uma alça. ── É hora de irmos. Eles não costumam esperar por muito tempo ── Indicou, saindo pela porta e afundando seu pé na imensa camada de neve que depositou-se por todo o chão nos arredores. Ela seguiria para o leste, até cruzar uma pequena floresta imersa na neve, onde era o ponto de encontro com o bando dos nativos que ofereciam produtos (ervas medicinais, medicamentos, drogas, tabaco e ouro) em troca das peles. Toda semana era assim.

Chegando no ambiente, veria-os como uma multidão, sendo que seu líder estaria alguns passos na frente do bando, encarando os dois. Não falavam a mesma língua; deveriam se comunicar através de gestos, o que Lydia já estava acostumada. Parou cerca de cinco metros do selvagem mais a frente, e lançou o saco de peles no chão. Ele deveria abrir, checar e se estivesse tudo correto, lançaria a recompensa. Mas desta vez ele não lançou. O líder olhou para o vice do bando, que por sua vez respondeu com uma indagação em uma língua desconhecida pelos dois ninjas ali presentes. Eles pareciam desejar o Shizuke.

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O sorriso o atinge de surpresa. Sabe que nesse curto tempo já ganhou a confiança de Lydia, mas ainda assim é um tanto espantoso ver como seu semblante mudou tão rapidamente. Atrás dela o cheiro da carne sobe em redemoinhos, desperta ainda mais o apetite de Shizuke. Está faminto e come como se subitamente esquecesse a etiqueta adequada. A comida desce e parece por fim acalmar sua fome. Acende outro cigarro enquanto Lydia se prepara para sair atrás de si. Sabia da necessidade de vender as peles, só não sabia que ela o faria tão imediatamente. Limpa a boca com o dorso da mão esquerda, checa o quão afiada está sua espada e se certifica da presença de todos os adornos e da pequena bolsa de equipamento que leva à cintura. Está tudo ali.

Fecha a porta atrás de si. Na primeira lufada de ar que recebe no rosto seu cigarro se apaga e ele percebe que não há jeito de fumar do lado do fora. Descarta na neve o cigarro ainda pela metade. Aperta e aperta as vestes contra o corpo conforme caminha, por sorte porta um manto negro e grosso acima de suas vestes usuais. Mas o frio ainda dá jeito de atingi-lo até o ossos. As pernas custam a seguir sem fraquejar, tremendo de dor e frio pelo esforço de abrir caminho no mar branco. O caminho aparenta não ter fim nunca, mas o filho da Areia não ousaria abandonar a garota depois de ela tê-lo ensinado a esfolar animais mortos e alimentado-o. Não é uma dívida pra vida toda, porém ao menos por ora pretende auxilia-la com o que for preciso.

Enfim divisa o bando. A trupe contrasta com a manta alva que se estende até o infinito — qualquer coisa viva, para falar a verdade, contrasta com a neve. É um grupo grande, de dez homens e isso é só o que se revela ao olhar. Pergunta-se se há outros além da visão. Outros que espreitam e se perguntam porque a caçadora solitária de sempre agora trás um homem que obviamente não é dali para sua negociação. O nervosismo está ali, embora não tome conta. Quase chega a colocar a mão sobre o cabo da espada, decidindo por não fazer no último instante. A situação está longe do conforto e todos aqueles movimentos de xadrez vem agora à memória. O jogo de duas peças contra dez parece injusto. Sente os minérios no solo quase que por instinto, seu corpo já prevendo as atitudes necessárias para a sobrevivência. Técnica de invisibilidade, contrato com sapos, esferas móveis de areia dourada, uma muralha, uma versão colossal de si mesmo. Respira fundo e limpa a mente. O que faz é pura precipitação, é ansiedade. — O que estão dizendo? — Pergunta por fim à Lydia, quase cochichando em seu ouvido. Imagina que as negociações de longo prazo ao menos deram algum entendimento daquela língua à ela.

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── NARRADOR

O frio não era apenas no ambiente externo, mas também no interior de Lydia. Ela estava tentando se conformar que devia desfazer-se de seu mais novo amigo, entregando-o para a tribo que faria coisas inimagináveis com o coitado. Ouvia a indagação, preocupada com o idioma que eles estavam falando, mas nem mesmo ela poderia traduzir; ela só sabia o que desejavam. Muita experiência com os gestos davam-lhe essa capacidade. Lydia suspirou, e tomou uma difícil decisão. ── Vá com eles... por ora ── Foi o que somente disse, empurrando Shizuke com toda sua força, que seria recebido com um abraço pelo homem de dois metros de altura.

Com aquilo, a negociação teria sido um sucesso, embora feria o tênue sentimento de empatia da garota, que tentava ser fria e apagar o que sentia. Ela retornaria para seu lar. O filho da areia seria amarrado por cordas nos pés e nas mãos, sendo alocado no ombro de um dos mais fortes homens que estavam ali. Eles caminhariam por meia hora, até chegar novamente em seu acampamento: centenas de cabanas, fogueiras, e um festival aconteceria de noite. Enquanto isso, Shizuke permaneceria como prisioneiro, mantido amarrado dentro de uma simples cabana.

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Talvez a ansiedade fosse seu instinto de sobrevivência falando mais alto. Agora pouco importa. Lydia o empurrou diretamente nos braços de um daqueles homens e ele ficou rendido num aperto forte — sequer tentou sair daquilo. Tenta sentir raiva mas não consegue. Sabe que ela precisa daquele grupo para a própria sobrevivência. Não tem como culpa-la. É levado até o que deve ser o acampamento do bando. Ao primeiro olhar as dimensões impressionam, são muitas as casas. Pelo que vê, aquilo configura uma tribo ou um povoado pequeno.

— Algum de vocês selvagens fala a língua dos humanos? — troçou todo o caminho e até depois que já estava naquela moradia de dimensões mínimas. Não gritou seu escárnio, apenas o disse num tom audível. Conjectura uma teoria: se têm contato com Lydia, pode muito bem haver outra pessoa capaz de se comunicar com ele, Shizuke. As amarras não são empecilho algum, o que o separa de sua própria liberdade é apenas a curiosidade de saber o que acontecerá em seguida. Os grãos dourados sempre podem irromper do solo ao seu socorro.

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── NARRADOR

O homem respondia Shizuke com um grunhido, enquanto encarava-o. Ele não estava em condições propicias para falar. Ele seria mantido dentro daquela cabana até que o festival fosse efetivamente iniciado, que seria quando o sol de pusesse.

Então, dois selvagens vieram. Agachariam-se simultaneamente rente ao seu corpo e pegariam-o um pelas pernas, outro pela região da cabeça, erguendo-o pelos sovacos. A multidão fora da cabana festejava. Inúmeros outros festejavam ao som de um tambor, e o prisioneiro seria levado para a fogueira a qual grande parte das pessoas permanecia, dançando, cantando e aguardando pelo climáx que seria o sacrifício. Os dois homens levariam-o até o centro da fogueira, e inúmeros olhares direcionariam-se à eles no momento em que saíssem pela porta da residência. O executador já estava pronto. Tudo estava preparado.

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Todo o tempo que passa naquele quartinho escuro, amarrado, só pensa na traição de Lydia. Parte de si não quer aceitar aquilo como traição. Ele é um estrangeiro numa terra que possui lei própria — ao que parece, a lei daqui é que não há leis. Existem apenas diversos lados de uma única moeda, a moeda da sobrevivência. Sente como se a fome voltasse a assola-lo e pensa em como todo esse cenário inóspito de neve também leva as pessoas de volta a seus estados mais primitivos. Por fim, decide definitivamente que não tomará a mulher como traidora por tê-lo abandonado. De todo modo, a situação segue controlada: mesmo Lydia que demonstrou saber usar o chakra parece não ir muito além disso e esses selvagens então...

Uma dupla surge na porta. Se aproximam dele. O dia correu já há muito e no dado instante devem se aproximar da aurora. Lembra do que Lydia disse antes: Vá com eles por ora. Será que isso tem significado algum? Não importa, pensa, poderei perguntar diretamente à ela assim que sair desse lugar, seja lá onde for. Tudo parece igual quando se está certado por um manto branco que cobre a relva até perder de vista, até se juntar com o céu estrelado. As pulseiras que usa escorrem como água de seus braços, formando um par de adagas que se encaixam em ambas as mãos, lâminas apontadas ao contrário, roçando a corda. Círculos negros envolvem seus olhos preguiçosos, dando profundidade e seriedade ao olhar. Se liberta e atira como projéteis as armas recém feitas. A distância, inferior a um metro, faz com que pouca habilidade seja necessária no lançamento e com sorte os algozes terão gargantas perfuradas, um afogamento silencioso no próprio sangue.

Tempo não pode ser perdido. Dificilmente não teria sucesso em sua fuga: cobriria-se num manto de invisibilidade, chakra que o tiraria da visão da primitiva de qualquer um que pudesse avista-lo enquanto saía daquele lugar e voltava à casa de Lydia. Claro, não deixaria de apanhar seus adornos transformados antes da fuga.

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Dois selvagens eram abatidos. Shizuke poderia deixar a cabana. Porém, teria que passar por todo o acampamento dos selvagens primeiro, desviando das pessoas que festejavam e dançavam a musica alta. Antes de sair completamente, notaria algo: uma mulher sendo carregada em direção a fogueira. Se prestasse atenção, veria que era Lydia. Ela tinha sido pega quando tentou salvar Shizuke, antes mesmo de entrar com sucesso no acampamento. Se nada fizesse, ela seria amarrada e colocada num tronco de árvore. Seria uma questão de segundos para que eles a jogassem no fogo.

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Tento não olhar para a profusão de selvagens que se estende pelo acampamento, tendo somente o horizonte como meu norte. Quero sair o mais rápido deste lugar. Os punhos ardem um pouco e, olhando para eles, vejo como estão vermelhos pelo atrito com as amarras. As horas avançam cada vez mais dia adentro e a luz já é abundante. Sinto o efeito de minha invisibilidade chegar próximo do fim. Forço-me a andar um pouco mais rápido, com passadas compridas e apressadas. Não corro. De canto de olho noto algo que me chama atenção: é a primeira vez que me permito observar atentamente o que acontece naquele ambiente caótico de celebração. Um coral de pés pisoteiam o solo enquanto avançam em sincronia, carregando um corpo. Paro e penso que poderia ter sido esse o meu destino. Mas não foi. Espremo um pouco os olhos para ver quem é o desafortunado que carregam na direção do fogo. Empalideço. É Lydia. Que estupidez pode ter levado ela para um destino como o eu? Vá com eles por ora, me lembrei. Por ora. É o que isso significa então? Que ela viria ao meu resgate? Espero que esteja apaixonada ou coisa do tipo; que pensamento inconsequente levara uma pessoa que tem quase as mesmas capacidades de um civil a invadir um acampamento com dezenas e mais dezenas de figuras hostis? Por outro lado, tenho agora a certeza de que não fui traído. Gostaria de ter sido informado de seus planos, assim poderia evitar a situação atual. Sinto, acima de tudo, alívio.

Desfaço minha técnica antes de seu término, passo a ser facilmente visto naquele lugar; minha aparência me deixa completamente deslocado em meio a homens e mulheres primitivos. As pulseiras em torno de meus punhos brilham sob o efeito da luz diurna. Observo o astro no céu e marco sua posição, devo segui-lo para alcançar o fim do acampamento. Não há outra forma, penso, para conduzir minha saída senão a de semear um caos irrecuperável no local. Da terra irrompe uma figura à minha imagem, idêntica, mas feita com areia dourada. E colossal. Apesar de todo o peso se move com certa ligeireza. Somente seu surgimento já me é um auxílio, mas não deixo de mesclar isso a outra técnica, que enche rapidamente uma área satisfatória como areia. Os grãos se movem em todas as direções, como vespas raivosas. Visão, audição e até a locomoção de quem está no alcance de meu feito sofrem severas penalidades. A tempestade de areia que crio também contribuiu para o caos. Avanço à direita, golpeando no pomo-de-Adão com o cabo da espada. Ao outro dedico a ponta da lâmina, impelindo esta contra seu abdômen. É quase sem sentido dizer que tentei, pois ali me movo como o vento, envolto num véu de vespas, à sombra do gigante dourado. Libertaria Lydia, cortando suas amarras, conduzindo-a sem pressa acampamento afora. A figura colossal que criei de mim nos ajudaria com a fuga, golpeando qualquer um que tentasse nos impedir. A tempestade me seguindo onde eu fosse.

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── NARRADOR

Primeiro viam que algo grande e estranho se aproximava. O grupo de naturalistas que estava mais próximo à essa figura nada fez, a não ser olhar fixamente na tentativa de entender o que era aquilo. Cochichavam um para o outro que poderia ser algo relacionado ao espetáculo, e na medida que se aproximava, apontou o dedo e começou a gritar para todos os outros também prestarem atenção naquilo. E todos prestaram. Até que a figura avançou e atingiu o grupo com seu imenso corpo de areia, afogando todos os cinco e matando-os sem dó nem piedade.

Muitos outros que acompanhavam a mutreta, pegavam suas lanças e escudos e logo estavam prontos para o combate. Avançavam e desferiram ataques contra a figura de areia tentando decepar seu pé, enquanto outros sentiam arranhões fisgarem seus olhos e pele. Outros cinco ficaram cegos e debilitados.

O pé da figura finalmente seria decepado? Dez lanças vinham em sua direção de modo constante, uma após a outra. O mais bruto selvagem aproximava-se com uma espada longa de dois metros visando cortá-lo, e continuar correndo se afastando até ficar dez metros de distância.

Lydia estava perto do fogo, ainda não tinha sido jogada. A atenção do bando era plenamente na figura de areia, portanto havia apenas um selvagem guardando a pessoa que seria sacrificada naquele ritual. Sua velocidade era inferior, mas ainda sim pôde acompanhar claramente a lâmina de Shizuke vindo em sua garganta, o que o fez erguer a lâmina rapidamente na vertical e bloqueá-la. A mesma posição que manteve a espada só precisou ser redirecionada alguns centímetros para baixo, gerando por sua vez uma colisão com o segundo movimento de espada efetuado por seu adversário.

Com isso, partiria agora numa ofensiva que visaria saltar para trás, afastando-se 5m, e jogando a sua lança na direção de Shizuke. Outros cinco selvagens veriam que havia um homem lutando contra um dos seus, e imediatamente aproximariam-se para ajudá-lo.

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Ao contrário do que penso, eles não desistem fácil. Sua condição primitiva deve estar atrelada à alguma vontade de ferro. É a benção na qual consigo pensar agora: quando se é desse jeito tudo em que precisa pensar é sobreviver, nada além; sem complexas relações entre vilas, missões, conflitos, ameaças além da compreensão; há somente um dia após o outro, a caça e a troca de mercadorias.

Um bando alveja o golem sem qualquer resquício de medo, portando suas lanças, lançando e espetando. Não me viro para olha-lo, de certo modo posso sentir todo o tormento ao qual ele é acometido. É minha criação, afinal. Resolvo deixa-lo ali, golpeando enquanto pode, mesmo que perca uma perna ou um braço. Sinto o buraco considerável que deixei em minhas reservas: de um instante utilizei deliberadamente uma grande parte de chakra, sem me preocupar com esse uso. Claro, faz cócegas em meu sistema de circulação, pois desde sempre senti que as vias que transportavam meu chakra de uma parte a outra sempre se encontravam entupidas com a energia que possuo. A quantidade irrisória retirada, ainda assim, me incomoda. Acho que a razão não é o uso mas sim sua ineficácia no auxílio de minha fuga. Os dons inatos que recebi de nascimento não podem suprir minha completa inexperiência, tampouco posso alcançar o patamar de ser digno como único filho da Areia com vida.

A velocidade com que sou alvejado pela lança é alta. Quase não posso escapar de seu aperto mortal, sinto a ponta metálica passando ao lado de minha orelha, tocando meus cabelos negros que rodeiam a lateral da cabeça como um beijo delicado e suave. Foi um movimento descuidado, não posso negar isso, me projetei adiante, sem tentar evitar a lança, apenas o fazendo por acaso. Contorno o selvagem, levando minha lâmina contra as amarras de Lydia, ao passo que, olhando para trás, posso ver outra leva de inimigos a se aproximar. Divisando a distância com os olhos, tenho uma ideia — talvez a primeira que me ocorre tratando-se de assuntos bélicos, algo que devo ter lido num livro do assunto quando ainda em Sunagakure. Seu conteúdo arranha a superfície de minha psique apenas parcialmente, sei o que tenho de fazer. Projeto a lâmina que rasga o solo de baixo para cima, não é mais a Kurosawa que trabalha e sim uma técnica minha. Projeto meu intento lateralmente, de modo que seu levante irá apanhar toda a fileira de algozes recém apercebidos de minha tentativa de resgate à Lydia. Sequer poderão saber de algo antes que a morte chegue, presumo: a técnica surge do solo abaixo, erigida na superfície em um piscar de olhos.

A frente, pego na mão de Lydia, intento de guia-la para longe dali antes do definitivo movimento. Eis minha estratégia: ao afastar-me por completo do acampamento, deixando todos inimigos atrás de mim, poderei liquidar todos com uma única peça. Xeque?

Lembro-me do tempo em que precisaria tocar o solo com minhas palmas para invocar aquele suprimento infinito de grãos dourados, como um chafariz ou um gêiser, mas violento e irracional. Imponho, agora, minha vontade unicamente com uso do chakra. O que surge é uma onda que varre tudo. Ela segue seu rumo sem qualquer pudor, desprovida da empatia e da falta de crueldade que tenho. Há uma lenda em Sunagakure, que diz que o próprio deserto foi criado por esta técnica, mas seu utilizador tinha acesso somente aos grãos de coloração bege, comum. Minha técnica não para por um bom tempo, vai seguir ali até que eu me sinta exausto, até que grande parte da ilha se torne uma porção disforme de dourado, como uma erupção abrupta. Não obstante, meu intento é o de seguir de volta à casa de Lydia, junto com ela, é claro. Acendo um cigarro.

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── NARRADOR

Núcleo 1

Mais de 20 selvagens continuavam a lutar contra a estrutura de areia, desferindo golpes incessantes com objetivo de matar algo inanimado, sua baixa capacidade intelectual fazia daquele um decoy perfeito, atraindo a grande maioria numa luta sem sentido em que, no máximo, não perderiam, porém nunca sairiam vitoriosos.
O próprio clone de areia não meramente um distração, ele definitivamente possuía seu valor ofensivo na batalha, já havia conseguido derrubar 04 dos tribais, contudo no momento em que o homem de espada grande cortou-lhe no meio, seus alicerces começaram a tremular, prestes a se desmanchar sem os cuidados de seu dono, depois deste momento, se tornou um saco de pancadas, até finalmente desmanchar em um morro de areia dourada.

Núcleo 2

Dois tribais corriam para longe, em direção a algumas cabanas, desaparecendo do combate, não eram devidamente percebidos por ninguém e, até o momento, não possuíam nenhum valor para a narrativa.

Núcleo 3


Shizuki desviava por reflexo da lança arremessada em si, indo em direção a Lydia priorizando o resgate da garota, com o canto do olho podia perceber um grupo de selvagens se desvincilhando da batalha "central", indo em auxílio de seu camarada encurralado, o mesmo havia arremessado sua lança, e de primeira instância parecia inofensivo, portando meramente um escudo não conseguiria impedir o hábil Shinobi, contudo a verdade por muitas vezes difere dependente do ponto de vista — Uma faca grudada atrás do escudo estava presente em seu arsenal, que na realidade, compunha de mais itens secretos ainda para empunhar, e com tal, avançou novamente no Sennin, visando lhe impedir o resgate, tardou em seus atos, deixando a garota se livrar das amarras, e mesmo com sua interferência no momento, não conseguiu poupar seus aliados vindo ao resgate.

A lâmina de areia que subia abaixo dos pés de seus adversários era precisa, não dando tempo de reação, cortando ao meio de modo brutal dois dos selvagens despreparados, um deles acabou por escapar, enquanto outros dois sofreram ferimentos graves, contudo não mortais.

Neste momento, após tal ataque e antes de sua tentativa de fuga, que o rapaz era alvejado pela lâmina, por um descuido seria perfurado se não fosse pelos movimentos de Lydia, o empurrando para longe e desviando-o forçadamente, contudo veio a um preço; A própria foi perfurada. Quase na altura do ombro, seu braço era rasgado, o sangue escorria rapidamente, sendo infestado pela areia do próprio protagonista, piorando a situação, o selvagem avançava freneticamente, ignorando Shizuki e alvejando outros cortes no corpo da mulher indefesa.

Núcleo 01

Agora despreocupados por finalmente destruírem seu adversário, rugiam e batiam em seus peitos comemorando a vitória, rapidamente perceberam um novo núcleo de combate próximo a fogueira e começaram a se aproximar para auxiliar, liderador pelo homem maior carregando sua imensa espada em direção às oferendas.

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No olho do tornado o golem enfim conheceu seu trágico fim. Aguentou o quanto pode as investidas selvagens, até que o grande volume destas o levasse a sucumbir. Lutou bem enquanto se manteve de pé e por esse motivo Shizuke ficou grato; sentia em seus ossos as cicatrizes de batalha de sua criatura, os golpes de lança e espada que levou até não existir mais. De todo modo, pouco importava: poderia dar vida a muitos outros daquele enquanto respirasse. A lâmina do deserto também serviu bem ao propósito de sua existência, varrendo deste mundo suas vidas alvo — empecilhos. Porque sua mente agora se tornava limpa não havia necessidade de um vislumbre mente adentro do andarilho, apenas suas ações precisavam de nota.

O erro fora percebido tarde demais e agora Lydia reclamava para ela o preço do ataque descuidado. Seu braço em frangalhos. Como era seu o controle, Shizuke fez a areia se afastar, limpando do membro estraçalhado todos os grãos cintilantes. Num só movimento tratou de aparar os golpes que a alvejavam, aproveitando o fim destes para executar uma estocada rápida e à curta distância: precisava a quase-certeza de acerto que a proximidade entre ele e seu algoz implicava, mas não seria mais desprecavido. A estocada em si não pretendia ser definitiva, usaria desta para explorar qualquer abertura conseguinte, aplicando um golpe lateral com sua lâmina para tentar abrir o abdômen do alvo e derramar suas tripas — não obstante, notou a covardia e selvageria que o era o ato, tendo outras opções que poderia ter explorado. Ter-se apercebido do próprio erro e dos posteriores avanços contra Lydia fora o ápice de seu físico, tendo essas ações banhadas em jorros de adrenalina.

Tinha tudo favorável para que continuasse a canção da espada, mas um breve disparar de seus neurônios o lembraram o quão ruim era a situação da mulher. Tomou-a para si de maneira quase brusca, com esforços para impedir o sangramento contínuo. As forças que não tinha era um resultado direto de suas funções fisiológicas exercendo controle: todo o sangue em áreas desnecessárias para a situação agora era bombeado principalmente em seus músculos. Com isso, carregou-a meio sendo usado como apoio, meio carregando-a no colo. Atrás de si os bandos ainda podiam ser divisados com clareza. O xeque de antes fora estupidamente presumido — se vale aqui espaço para uma consideração pessoal do andarilho. Tratou de libertar sua areia numa grande área, que envolvia todos os alvos primários, em questão de distância. Em complemento, isolou-se do acampamento, varrendo-o com uma onda que ia na direção oposta à de sua fuga. Acendeu um cigarro assim que pode, desvencilhando-se de sua companhia apenas para alcançar a caixinha de fósforos no bolso e depois por o maço à boca, acendendo.

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── NARRADOR

Núcleo 3

Shizuke usava de sua manipulação para evitar uma infecção causada pela própria areia, aproveitando a mesma para impedir que o homem continuasse seus ataques, avançou lhe desarmando a ofensiva, sua habilidade com espada não deixava dúvidas de que nem mesmo um tribal dependente de força bruta seria páreo para si — Antes que sua guarda fosse posta com o escudo, recebeu um corte no abdômen, caindo de joelhos no chão tentando suportar a dor.

De fato, aqueles homens possuíam uma resistência enorme, continuavam por pura força de vontade a sobreviver as diversas investidas do Shinobi, e ele havia decidido que estava na hora de por-lhes no caixão.

Núcleo 2

Os tribais que haviam fugido finalmente voltavam, ainda um tanto apagados, corriam em direção ao grande grupo que pretendia esmagar a dupla de fugitivos, ambos carregavam algo novo em suas mãos; Um cajado e uma bolsa com pedras brilhantes.

Núcleo 1

O grupo liderado pelo homem tatuado prosseguia no encalço das oferendas, sem temer as habilidades misteriosas daquele que enfrentavam, acreditavam fielmente que conseguiriam o derrubar — Seus números eram maiores, seu físico era superior, sua convicção era inabalável.
Porém, seus corpos não eram imortais.

Núcleo 3

O homem de pele morena corria, auxiliando Lydia na fuga, a mesma se recusou a ser carregada pelo rapaz, dizendo ser completamente capaz de usar suas pernas, segurava seu braço com os dentes rangendo para não grunhir de dor, seu rosto contorcido era resultado de um descuido de Shizuke, e ele mesmo que apático, sentia o peso de seu erro.

O Sennin então começou a preparar um jutsu para por fim àquela palhaçada, finalizaria todos de uma vez num ato de misericórdia, se assim pode se dizer, morrer soterrado e compressado não é a maneira mais honrável e indolor de se partir.

Núcleo 2

Os dois rapaz conseguiam alcançar o grupo, mesmo que partindo depois, talvez por não estarem exaustos do combate mantinha uma velocidade maior, a areia começava a se acumular em volta de todos, e então se multiplicar, pressionando e criando uma zona visivelmente perigosa, arremessaram o que carregavam ao homem na frente, gritando algo do fundo de seus pulmões, uma fala desconhecida pelo Shinobi, que ainda sim, compreendia o significado.


Núcleo 1/2

O homem carregando a imensa espada crava-a no chão, pegando os objetos arremessados, observava em sua volta a areia fazer seus companheiros sumirem, cravava então o bastão no chão, virando a bolsa de couro e derrubando todas pedras, enquanto pegava uma e colocava no topo do objeto de madeira ritualístico, com algumas falas e mexidas no objeto, uma energia azul circulava o mesmo.

Todos os tribais restantes sofriam do ataque, sentindo a pressão causada pelo caixão de areia de alta escala, como uma tempestade que se fechava e condensava, até finalmente finalizar suas vidas, quebrando seus ossos e enchendo seus pulmões de areia.

As pedras ao chão começavam a se quebrar, uma a uma, enquanto a barreira mudava de cor, azul, vermelha, verde, cada vez que rachava, tomava uma nova coloração, e sua estatura diminuía, complicando para o homem de grande porte.

Núcleo 3

Shizuke acendia um cigarro enquanto andava calmamente para longe, caso questionasse o estado da mulher, responderia que iria sobreviver, porém se sentia um pouco tonta. Perda de sangue, talvez? Ela tentava estancar o ferimento com sua própria mão, segurando um pedaço da blusa que rasgou sobre a abertura, passos podiam ser escutados atrás de si, quando ambos se viraram, enxergavam ainda um sobrevivente.

Núcleo 00

Finalmente, a tempestade cessava, restava apenas uma pedra roxa ao chão, que o homem colocava na ponta do cajado, enquanto observava envolta, falando em murmúrios o que muito bem poderia ser nomes ou xingamentos.
Arrancou a espada do chão, e começou a se mover, segurando ambos objetos em direção a Shuzike, que logo perceberia ao fundo que mesmo sua técnica suprema havia deixado um sobrevivente, o maior guerreiro estava com uma nova pintura em seu rosto; Lágrimas escorriam de sua face, enquanto seus olhos queimavam nas chamas mais ardentes de raiva, sua tribo inteira havia sido dizimada, filhos, amantes, amigos, familiares, companheiros, todos foram mortos por aquele Shinobi, ignorando qualquer criança ou idoso que não estivesse no campo de batalha.

Desfecho

O homem ao enxergar a face de seu arqui-inimigo, partia em um estado de fúria em sua direção, erguendo a espada imensa com sua mão direita sobre seu ombro, enquanto deixava o cajado na esquerda, balançando o mesmo num corrida frenética, seu corpo estava tensionado a um ponto acima do normal, como se o mesmo estivesse segurando um imenso peso, seu rosto contorcido passava apenas uma emoção, apesar das lágrimas; Ódio.

Caso Shizuke tentasse a mesma técnica de antes, os pés descalços do selvagem sentiriam a natureza se movendo, e saltaria desviando da espada de terra. Caso ele visasse um ataque direto de areia, ele esticaria o cajado, realizando uma última barreira roxa que impediria o mesmo, saltando enquanto a areia estivesse parada, e arremessando o cajado como uma lança em direção a Shuzike — O mesmo possuí uma lâmina na parte inferior, a qual ele usou como ponta.

Se Shuzike decidisse o combater corpo a corpo, quando chegasse perto o suficiente, o homem arremessaria o cajado para o lado, portando a espada em ambas mãos e realizando um corte horizontal, apoiando ambos pés no solo e girando o torço, fazendo um rápido spin para criar uma força centrífuga suficiente para partir um homem em dois caso acertasse diretamente.


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Um homem sobreviveu ao suplício do sarcófago dourado. Shizuke sobressaltou-se com o fato de ter escutado seus passos que abriam caminhamo em meio ao deserto artificial. Aqui e ali os resquícios de suas criações; um golem morto, uma lâmina ensaguentada e dunas e dunas. O festival de cores só serviu para preencher o tempo anterior ao que sabia ele ser inevitável. Ordenou, com um movimento de mão e uma breve fala, que Lydia seguisse adiante mantendo pressão sobre o ferimento. Ele a encontraria na cabana. Tornando a fitar o algoz remanescente, pode ver como seu rosto se iluminava com a chama do ódio e do pesar. Numa criatura primitiva não poderia haver motivação maior. Um calafrio subiu pela espinha, rápido e gélido. A mão foi instintivamente atraída pelo cabo de espada ao notar o avanço. Era notável que a ofensiva estava cega pela raiva, um golpe desesperado contra o negrume.

Contra a visível superioridade física manter-se inerte e no solo seria suicídio. O ataque frontal e direto era óbvio, previsível. Não obstante, seu golpe fatal deveria se alinhar com a abertura criada e para isso esperou. A igualdade em velocidade apertava sua janela de defesa mas também era esse fato seu aliado: observou com cautelosa frieza o cajado em sua trajetória lateral, o pegar da espada por ambas as mãos e o girou que deslocou a lâmina para rasgar o ar e Shizuke. O filho da Areia saltou ante o início do círculo, impelindo a Kurosawa por cima da cabeça de seu algoz, enquanto o corpo bronzeado se projetava em seu salto acrobático, visando descer a lâmina infame contra a região onde nuca e espinha se juntavam, afundando a ponta do metal até onde fosse possível.

O cigarro à boca o tempo todo, os corpos antes suspensos na armadilha arenosa agora despencando sem vida, se perguntou como estaria Lydia.

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