A jovem nuvem.
Aquela manhã era como qualquer outra, ninjas à fazerem missões, moradores à trabalharem, tudo estava em seus eixos. Não havia nenhum feito heroico para se cumprir e nenhum evento para se presenciar, portanto, o jovem Izuku partira para a biblioteca com um único fim. Este era, expandir seu conhecimento.

Havia crescido bastante desde sua promoção para Chunin, em uma velocidade assustadora. Mas não deixava aquilo subir-lhe a cabeça, pois sabia que havia muito caminho a percorrer ainda. Izuku adentrou na biblioteca, procurou por alguns livros de conhecimentos gerais e anatomia, seus preferidos, e sentou-se em um canto mais reservado para lê-los. Era uma leitura fascinante e enriquecedora, afinal o Chunin podia aplicar os conhecimentos anatômicos em seu novo estilo de luta, e conhecimentos gerais nunca eram demais. Estava parte por parte do corpo humano, pontos vitais e importantes para o bom funcionamento do organismo, imaginava que se os acertasse poderia acabar com a luta sem uma morte desnecessária, algo que incomodava bastante a mente de Izuku. Lembrou-se da vez em que quase matara um colega Genin durante o exame de promoção, e um arrepio subiu por sua espinha. – Ainda bem que nada aconteceu! Concluiu, engolindo seco antes de voltar a estudar mais.

Depois de muita leitura e aprendizado escutou o “rugido” de uma voz conhecida, que entrou pelas portas da biblioteca chamando atenção para o homem que passava por elas. Toshinori era o homem, o primeiro professor de Izuku que o ensinou o básico dos portões internos e até a abertura de alguns deles, técnica essa utilizada até os dias atuais por Izuku como seu “trunfo”. – Sensei! Disse Izuku, ouvindo o chamar de seu mestre. Suas declarações envergonhavam o rapaz, que não sabia lidar com tantos elogios e tudo que fazia era desviar o olhar e coçar a cabeça. – Hehe, você acha?! Ah, obrigado! Logo veio a pergunta sobre a abertura de mais portões, e Izuku disse orgulhoso: – Sim! Eu aprendi só! Me disseram que você estava em uma missão e eu tinha que me tornar mais forte para o exame! O tom de voz dos dois era impróprio para o lugar e olhares incomodados fuzilavam os dois, então ambos aluno e mestre deixaram o lugar, Izuku acompanhando seu mentor. – Quanto tempo faz, sensei! Que bom que está bem.

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Depois de bater as portas da biblioteca, o mentor do Lee proferiu palavras inspiradoras para o futuro de seu pupilo. Revelando seu codinome, "All Might", Toshinori revelou uma aura de orgulho de ter tornado-se em quem era, algo invejável para Izuku, que sempre desejou reconhecimento. – Certo, All Might-san. Repentinamente o grande homem abrira os quatro portões de uma única vez, solicitando que Izuku fizesse o mesmo. – Ahn, hã? Tá! Pego de surpresa, o rapaz ficou meio confuso, mas seguiu as ordens de seu mentor e abriu o quarto portão.

All Might saltou entre os edifícios e construções, e Izuku seguiu-o no mesmo passo, tomando cuidado para não destruir nenhum patrimônio alheio em seus saltos e corridas. – Isso é meio difícil. Falou consigo mesmo, referindo-se à não quebrar nada. O destino do mestre e seu pupilo parecia ser o campo de treinamento, área muito frequentada pelo jovem Lee e lugar onde conhecera seu mentor, Toshinori.

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Com as acrobacias e piruetas exageradas de All Might, ele e seu pupilo chegaram ao imenso campo de treino. Com isso, a explicação do quinto portão começou, e Izuku ficou de olhos e ouvidos vidrados em seu mentor em busca de todos os detalhe possíveis, que não vieram. Tudo que soube foi a localização e o nome do portão, mas era o suficiente para aquele menino prodígio. Dotado de inteligência, o rapaz sabia bem o que fazer pela experiência de liberação dos outros quatro portões.

– Aqui vou eu! OOOOOOH! Cruzando os braços rente ao queixo e abaixando seu centro de gravidade com uma base bem firmada no solo, o rapaz liberou o quinto portão e sua aura esverdeada se intensificou. O solo abaixo de si rachou com o aumento de sua força e suas veias incharam ainda mais, junto com seus músculos. – Posso sentir o poder, sensei! O garoto parecia entusiasmado para provar do poder de seu novo nível, e para isso avançou contra uma árvore qualquer, destruindo o solo onde pisava no percurso. Mirando no tronco da árvore, o jovem desferiu um único golpe com seu pé direito, suficiente para quebrar a árvore ao meio e enviar o tronco voando na direção do golpe.

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