O Sol raiou, a luminosidade invadiu a vila e trouxe calma aos animais noturnos e o começo da rotina aos diurnos. Poucas eram as pessoas que se atreviam a levantar naquele horário, a grande maioria tinha trabalho ou por algum motivo tinham de sair de suas camas. Ao contrário de praticamente todos eles, Nio também já estava acordado mas não por obrigação, muito menos por trabalho mas sim para aperfeiçoar suas técnicas ilusórias. Seu desejo crescente por adquirir força e com isso conseguir cumprir seus objetivos não o deixava dormir até tarde. Encontrava-se em uma pose de meditação, provavelmente acalmando seus nervos e tentando controlar seu egocentrismo que, por mais que fosse algo quase comum nesta idade, limitava seus aprendizados.

Ele ignorava totalmente o ambiente ao redor e mantinha-se concentrado em seus objetivo. Sua meditação atingia um nível pouco afrente do que conseguia naturalmente, e isso era considerado um avanço, mesmo que de pouca importância. Em seu interior se encontravam desejos poderosos e uma forte determinação, mas não era o suficiente para se tornar forte atualmente.

Sua atitude em meditar o levou para seu subconsciente, onde encontrou diversas falhas próprias e, já sendo clichê, um lado negro que se assemelhava a ele e parecia conter-se para não destruir tudo ao redor com sua fúria elevada. Talvez algo inventado, ou talvez sua mente estivesse lhe pregando uma peça, não tinha como saber.

Tempo se passou e o garoto continuava vislumbrando seus podres. Caminhou mais a frente em seu subconsciente, observando por vezes algumas cenas passadas, onde parecia tratar algumas pessoas como lixo graças ao seu egocentrismo, e outras o tratavam como um lixo. Essa troca de pensamentos ruins não fazia bem para nenhuma das partes. Prosseguiu e se viu em um tempo diferente, quando era ainda menor e não demonstrava qualquer tipo de ego, apenas era sincero e puro. Nesta etapa, irritado consigo mesmo, voltou ao mundo real e desfez a pose de meditação.

Colocou uma mão junto a outra em frente ao corpo e começou a liberar chakra, mas de forma que ele não se perdesse e apenas circulasse pelo corpo. Esta era uma forma de treinar o chakra para que assim conseguisse utilizar mais precisamente tal energia em suas ilusões que prometiam o levar ao sucesso... ou ao desastre.

A linhagem sanguínea trazia certa vantagem à Nio, já que ele facilmente podia dominar seu chakra e o moldar em ilusões com diversas finalidades apenas com um olhar, caso utilizasse de sua vermelhidão ocular, ou com um toque, também ao uso de sua técnica ocular. Pouco tempo se passou e o necessário havia sido atingido, agora lhe faltava prosseguir ainda mais a fundo, caso desejasse.

Levantou, olhou aos céus e esboçou tamanha felicidade.
-- Um dia ainda serei o maior cozinheiro de ramen do mundo, vocês verão!